27.10.19

O desastre nas praias do Nordeste e o caminhar da humanidade



Assim que apareceu na minha tela, esta foto capturou a minha atenção. Fiquei olhando fixamente. É ilustrativa, é trágica, comunica um sentimento de urgência. Sintetiza bem a calamidade que atingiu as praias do Nordeste nos últimos tempos (pelo lado ambiental e não humano, que é outro viés). Em especial quando lemos que ventos e\ou maré levam de volta o que sobrou de óleo no fundo do mar para lugares que já estavam "limpos". Muito pela ajuda e esforço de voluntários.

Um registro "solitário" e agonizante que me faz pensar em filmes como "Mad Max" e "O Livro de Eli". Apocalípticos. Essa tinta preta sobre um belo cenário de cores e formas parece até a ampulheta de areia, que vai nos avisando (aflitivamente) que o fim está próximo... Há quem não acredite em um fim. Mas todos sofremos e sofreremos as consequências das mudanças enquanto elas acontecem.

A ganância vai acabar com o planeta. Pelo menos da maneira como o conhecemos. Essa é a tendência. E a realidade tende a se aproximar da ficção perigosamente. Ainda não temos carros voadores (essa era sempre a projeção infantil para o que aconteceria no futuro), mas já sonhamos que um dia a comunicação seria feita face a face. E não foi o que o smartphone nos trouxe? (Sempre lembro de uma cena do filme "O Demolidor", com Stallone e Sandra Bullok, que na LA do futuro (San Angeles), a ligação telefônica era feita pela TV.

Revendo uma entrevista que o Pedro Bial fez com o escritor, professor e filósofo Yuval Noah Harari, que escreveu "Sapiens", ele reflete (mais ou menos assim):

"... teremos crescimento econômico, mas sem benefícios para a maioria da humanidade. Tentamos mudar o mundo para fazer as pessoas se sentirem melhor (desde os primórdios da sociedade). Controlamos animais, os rios, as florestas; mudamos o mundo exterior. Então percebemos que o que realmente determina a felicidade humana é o que acontece no interior, portanto, dentro dos nossos corpos. Então, para progredir, temos que controlar o que ocorre no corpo e na mente humana. Precisamos decifrar os sistemas biológicos..." 

E o novo ciclo começa...

📷a_nexo

2.10.19

Posso?



Três anos longe do blog. 

A vontade de recomeçar bateu forte.

Lembrei a senha que achava perdida para sempre.

Layout estranho. Ferramentas novas. 

Um universo inteiro para redescobrir.

Será que vai? 

2.11.16

As Meninas do Quarto 28

# Das Coisas que Aprendi nos Livros

Outro dia vi no Fantástico uma reportagem LINDA sobre o impacto do LIVRO na vida das pessoas. Alguns volumes foram deixados em lugares públicos estratégicos com dedicatórias incentivando à leitura por aqueles que encontraram o presente. Foi incrível ver como uma história pode impactar positivamente a vida das pessoas. Amigos meus, como o jornalista Sidney Rezende e a blogueira Marina W, já tinham esse hábito e o incentivavam. Recentemente descobri que outro amigo também deixava livros com o endereço do blog dele como uma ferramenta de duas boas propagandas: leia livros e acesse o blog.

Outra experiência desse tipo que me chamou a atenção foi a história contada em "O Ano da Leitura Mágica". Após uma perda brutal, a autora se reencontra depois de uma jornada de um livro por dia durante um ano. E para cada tomo lido, uma sinopse/resenha compartilhada na internet. Quem nunca se encontrou em meio a uma história?

Já deixei livros para que outras pessoas encontrassem. Já fiz da minha estante uma biblioteca viva e aberta para os vistantes que desejassem ler. Já doei livros para instituições filantrópicas de todos os tipos. Já vendi um bom material para um sebo. Já perdi o timming para me desfazer de livros antigos, do tipo enciclopédia. Hoje funciono de uma maneira um pouco mais "egoísta" e aderi à leitura digital. Difícil emprestar para alguém, embora já o tenha feio. As pessoas têm um pouco mais de rejeição ao livro digital - por N motivos, que não cabem serem discutidos aqui (Não as culpo. Aprendi a gostar e hoje não vejo grande diferença). Mais complicado ainda é guardar tudo o que leio no Tablet. Não tem espaço.

Como não posso mais deixar livros pelo caminho (digital) e também não tenho a expertise necessária para ler um por dia - acho que nem por semana... pensei em como poderia deixar uma contribuição, já que ler é uma paixão, inspirada nessas duas iniciativas? Joga no blog! Faz tempo que não atualizo o meu espaço e vez ou outras as pessoas ainda me perguntam o que estou lendo...

A leitura é algo MUITO pessoal. Nem sei se as minhas palavras inclinariam as pessoas à leitura. Os temas e/ou o tipo de escrita preferidos é algo do universo de cada um. Sou do tipo de leitora que se tem um livro em mãos, vai até o fim. Seja qual for. Mas boas experiências sempre me deram um gás a mais para ler uma história. E é isso o que vou tentar por aqui na série "DAS COISAS QUE APRENDI NOS LIVROS".

Fica combinado assim: a cada livro devorado, um textinho contado as impressões ou uma frase que tenha me arrebatado ou uma curiosidade ou um história relacionada com a minha própria vida ou qualquer possibilidade que nos leve para dentro da história, além da capa.

Vem comigo?


***
     



Em As Meninas do Quarto 28, Hannelore Brenner reúne relatos de Helga, Flaka, Zajicek, Marta, Judith, Eva e Handa, sobreviventes do Quarto 28 do Abrigo para Meninas do gueto de Theresienstadt. Durante a perseguição aos judeus, diversos prisioneiros passaram pelo pelo gueto - transformado em uma cidade de faz-de-conta para desviar a atenção da imprensa e da Cruz Vermelha Internacional -, antes de serem encaminhadas para os campos de concentração. Ali, naquele quarto, aproximadamente 60 crianças moraram, das quais somente 15 sobreviveram. 

O livro, que traz histórias mescladas com fatos históricos e anotações do diário de Helga Pollak e seu pai Otto Pollack, desenhos infantis feitos durante aulas de desenho secretas e poesias escritas em álbuns de recordações, apresenta uma história feita de tristeza, amizade, compaixão e esperança. É de uma força arrebatadora. 

A história do Holocausto sempre me chamou atenção. Em 2002 visitei o Museu do Holocausto em Washington DC e foi daquelas experiências que te transformam para sempre. Foi ainda mais impactante que visitar os Campos de Concentração in loco. Talvez por ter tido aquele primeiro e gigante impacto de como o ser humano pode ser cruel e sua crueldade socialmente aceita. A tragédia tem que ser lembrada SIM, para que ela NUNCA mais aconteça. 

Contudo, o livro me despertou para uma questão que eu ainda não havia refletido direito sobre: e as crianças? Documentários e filmes como "O Menino do Pijama Listrado" apenas pincelavam sobre o assunto. Na minha ignorância acreditei que elas tinham sido todas imediatamente dizimadas - sobrando apenas as que conseguiram se esconder... Talvez o sucesso de "O Diário de Anne Frank" tenha me levado a esse tipo de conclusão. Mas As Meninas do Quarto 28 me levaram para um novo nível de todo esse horror perpetrado durante a Segunda Guerra. Curioso é que a história me fala muito mais de esperança, resiliência, superação e amizade, que sobre a malignidade do destino imposto. 

***

A leitura engrenou do meio em diante. Demorei para terminar, mas no final estava esticando os momentos de leitura para conhecer logo a história. Aprendi sobre as crianças no gueto e descobri um MONTE de outros campos de concentração aos quais eu nunca sequer tinha ouvido falar.        

Livros devorados entre setembro e outubro/2016

Um post daquela série - o que eu li recentemente - e algumas observações bem particulares sobre a minha experiência com cada livro.




Brilhante - Muito mais que a história inacreditável de Jacob Barnett - que foi diagnosticado como autista, mas tem QI mais elevado que Einstein, uma prodigiosa memória fotográfica e foi capaz de aprender cálculo matemático sozinho em duas semanas - essa é a história de um mãe que não desiste do seu filho. Kristine rompe com especialistas e desafia até ao próprio marido para conseguir fazer com que seu filho se desenvolva. Foi assim que ela não deixou uma mente notável se perder em si mesma ou para o sistema. Quando foi diagnosticado, aos dois anos, a previsão mais otimista era a de que Jake conseguiria amarrar seus próprios sapatos somente aos dezesseis. Contudo, com a ajuda inestimável e a força inesgotável dessa mãe, aos nove anos ele começou a desenvolver uma teoria original em astrofísica - que, para os acadêmicos da área, um dia pode levá-lo Nobel - e aos doze tornou-se pesquisador remunerado em física quântica na universidade. O mais bonito dessa história real é que todo o processo e o aprendizado na área não ficou restrito a Jake. Ele foi a inspiração para que outras crianças também pudessem se desenvolver de maneira plena, saudável e divertida. 



Corta Pra Mim - O jeitão descontraído e cheio de marra do jornalista Marcelo Rezende foi transposto com perfeição para as páginas desse livro. São as histórias e bastidores de grandes reportagens feitas por ele em seus 40 anos de jornalismo. Vibrei ao imaginar os caminhos da reportagem. Eu não teria a estrutura, a frieza e a estratégia necessária para desenrolar os casos narrados no livro. São momentos que acompanhamos o resultado final na TV. Só senti falta - e muita - das histórias que ele acaba deixando nas entrelinhas de alguns - muitos - capítulos.


   

Portas Abertas - Sabe aquele tipo de aventura que você sempre sonhou em fazer, mas nunca teve coragem? Pois é, acho que até hoje eu não teria. Aos 26 anos, Aline Campbell comprou apenas a passagem de ida e de volta da Europa e rumou para o Velho Mundo sem um centavo no bolso. Não levou nem cartão de crédito do tipo SOS. Viajou no ano de 2013 levando a cultura do desapego ao grau máximo e a vontade de ver lugares e conhecer pessoas praticamente ao sabor do acaso. Digo praticamente, porque ela combinou previamente de desabar em alguns sofás amigos por uma ou duas noites, na casa de quem um dia ela mesma já havia hospedado no Brasil ou conheceu através do couchsurfing - "rede de sofás amigos pelo mundo". O saldo foram 30 cidades entre os 14 países visitados nos 92 dias na Europa. Tudo contando apenas com a bondade das pessoas. O registro das aventuras, claro, virou esse livro. Achei de uma coragem imensa, superação constante (fome, frio, perigos), um pouco de folga e cara de pau para dar liga à mistura e um resultado muito bacana.


Caminho - Esse livro foi superfalado na época de seu lançamento. Quando passei pela capa na lista de obras que eu poderia ler, dei a chance. Foram mais de 20 anos para eu conhecer o livro que deu uma chance da Adriane Galisteu ser ouvida de alguma maneira na época da morte prematura, inesperada e chocante do Senna. Certamente foi uma obra feita às pressas, mas que procurou conservar um jeitinho da Galisteu dos 20 anos da época. Percebo bem quando são frases dela ou do autor a quem ela deu o depoimento. Certamente está bem longe da Adriane de hoje, descolada, vivida, reinventada. Já a entrevistei algumas vezes e até hoje vejo a gratidão que ela tem pela Caras - que editou o livro. Gratidão parece ter se tornado algo muito efêmero, de uma raridade nos dias de hoje, que achei justo falar disso por aqui. Acho que agora mais distantes daquela história triste e mais cientes da realidade que se seguiu e segue, a leitura ganha outro contorno. 

      
Todo Dia Tem - O fato de falar sobre o Canadá, o último país que visitei, me despertou interesse. Mas é claro que a primeira coisa que me ganhou foi o título. Se deu M* com alguém, você quer saber o que foi e como você faria para evitar. Pior que me coloquei no lugar do autor em várias situações e mesmo que as histórias contadas por ele sejam as mais malucas possíveis, eu também já tive a minha cota de eventos surreais. Quem nunca? Demorei um pouco para terminar de ler, porque embora tenham histórias muito leves, a narrativa é bem repetitiva e muitas vezes você já sabe o resultado final e ele ainda está no meio de uma longa explicação. Mas é uma boa pedida para aqueles dias de engarrafamento no coletivo ou metrô com lentidão exaustiva...

   
Órfãos - Há quem diga que esse livro é apenas mais uma jogada de marketing em cima do tema - já bastante explorado. Há quem considere a parte inicial, que conta a história de vida dos seis irmãos da família Gandy antes do fatídico dia da onda gigante, desnecessária, uma enrolação. Eu, particularmente entendo quem possa pensar dessa maneira, mas nenhum desses aspectos me fez gostar menos da obra. Aliás, o filme "O Impossível", que trata de uma família sobrevivente na Tailândia, já havia me ganhado. Histórias reais já arrebatam muitos pontos no meu score. No livro, a tragédia do Tsunami é contada a partir do Sri Lanka. A parte inicial mostra a união dessa família e as habilidades que eles vão ganhando ao longo do tempo através justamente do tipo de criação diferenciada que eles recebem. É preciso paciência e um pouco de sensibilidade para compreender, lá na frente, que o que vem antes da tragédia em si vai justificar a superação encontrada no clímax. Gostei de verdade. Livro para ler sem muitos compromissos, para deixar voar o pensamento.          

25.10.16

Frase da Frase



"Às vezes somos bons demais com as pessoas - sejam as certas ou as erradas - e ruins conosco - com ou sem motivo. Isso desequilibra" [Bia Amorim]

Meu parceiro: o gato!



Meu parceiro: o gato!


Precisava sair de casa, mas estava com aquele "bode" de ir para a rua sozinha. Gosto de companhia, mas nem sempre - quase sempre - não a tenho disponível para as atividades a que me destino - banco, mercado, farmácia, hospital público, salas de espera de forma geral... Hoje escalei o Guigui para ir à farmácia comigo. Não a da esquina, mas a que preciso pegar o carro e ir para achar melhores preços. E olha que a coisa anda tão feia, que o desconto vale até a ga$olina. Fui. Fomos: meu gato & eu. E todos os Pêlos brancos que ele deixou na minha blusa. 

Meu 'gatíneo' se comportou muito bem no banco da frente do carro. Como um verdadeiro companheiro de viagem. Não se mexeu, não miou, não se tremeu todo. Foi deitado com tranquilidade e olhos azuis fixos em mim. Parei o carro em frente à farmácia. Saltei. Dei a volta no carro e o peguei no banco do carona. Sim, deu trabalho para entrar na bolsa - tipo sacola de feira, mas de couro vegetal, molinha - mas uma vez lá dentro, permaneceu quieto, deitado, de olho em mim pela fresta aberta da bolsa. 

Curioso é que o sr. Levadeza ficou na sua. De carro ele já havia passeado mais recentemente, mas a bolsa/toca era novidade. Também fiquei na minha, porque não é todo lugar que aceita a presença de pets. Até que comecei a ouvir os gritinhos atrás de mim na fila. Beijos soltos no ar e falas fofas se seguiram. Guigui estava com a cabeça para fora na outra ponta da bolsa e observava as pessoas da fila que mexiam com ele. T-u-d-o-n-u-m-a-b-o-a. O senhor atrás de mim sacou o celular do bolso e me pediu para fazer uma foto dele. E eu vestida como mendiga, rezava para só sair o gato e bolsa. 

- Claro! - disse toda orgulhosa. 
- Nunca vi um gato ficar tão quietinho dentro de uma bolsa na rua...

flash flash flash e eu arrumando o melhor ângulo, meio vaidosa dos comentários tipo 'grande' e 'lindo' 

*Início do Adendo*
Guigui fica bem nessa bolsa, assim como é tranquilão na gaiolinha/caixinha de gatos! Nina só se sente em paz nessa bolsa. Às vezes as pessoas nem percebem que tem um gato ali - já aconteceu isso até em uma consulta no veterinário. Na caixinha Nina grita como se eu tivesse tirando o seu couro para fazer tamborim. Dora não gosta de sair de casa. Não curte nem a voltinha no corredor, quando saio para jogar o lixo fora. Ela foi resgatada por mim, já conheceu a dureza da rua. Foram dez dias de medo e fome até chegar aqui em casa e virar princesa. Malandra! E eu respeito esse medo, não a forço, não a exponho. A menos que seja uma ida ao vet.
*Fim do Adendo*

Terminamos a compra na farmácia - bem longa, por sinal - e paguei a conta justificando a camisa preta malhada de branco. Era o Guigui soltador de pêlos escondido na sacola! Voltei para o carro e o coloquei primeiro. Ao dar a volta para assumir o volante, meu gatão escolheu curtir a viagem no banco de trás. Ao sentar e não o ver ao meu lado, chamei: 

- Guigui! 
- Miu...

Ele respondeu com um miadinho, só levantando a cabeça, como quem diz: presente! Respeitei a sua escolha e meu gatão curtiu o retorno ao lar no banco de trás mesmo. Sentadinho, de olhos azuis fixos em mim. Um anjo... Se não fosse o mesmo azougue que na semana passada caiu de cima da bancada trazendo consigo um forninho elétrico, que ficou em mil pedaços e deixou um roxo no meu braço por tentar amparar (estava sentada logo abaixo e no reflexo achei que era só o gato e não o gato plus eletrodoméstico)! kkkkkk Ele é desses, mas se comporta bem na rua hehehe.

22.6.16

reflexões sobre o trânsito carioca

Coisas que eu ainda não entendo no trânsito do Rio:



* Por que as motos acreditam piamente que a faixa que separa as pistas dos carros é onde elas devem estar? Ai de você que não dá passagem, corre o risco de ficar sem espelho;
* Tendo em vista o ponto acima, me pergunto como os paulistanos fazem para trocar de faixa? Nunca vi lugar com mais trânsito&motocicletas;
* Por que permitem o uso de farol "fluorescente"? Maluco, aquilo me cega!
* Insulfilme tem seu motivo aqui na cidade, mas só eu que implico em não enxergar o trânsito à frente? Faz muita diferença!
* Por que tantas vezes justamente o cara que te dá uma cortada é o que fica 'lerdando' na sua frente?
* Seta é artigo de luxo ou sinal para o cara ao lado acelerar e não te deixar passar...

* Aliás, "deixar passar" é característica dos nobres de espírito! Sou ogra as vezes, confesso...
* Fila tripla em entrada dupla é algo muito natural. E se fechar uma via então, parece garantir mais pontos no jogo;
* Se você é ônibus, você tem SEMPRE a preferência. Regra de ouro. O mesmo para caminhões;
* Aliás, preferência por aqui parece só fazer sentido para quem chega mais quebrado no hospital após a colisão;
* Se você é mulher, você está errada; mesmo que a lei de trânsito esteja ao seu lado;
* O mundo caindo (trânsito pesado) e o carro da frente está "Conduzindo Miss Dayse". Acontece muito!
* Buzina de ônibus são pisadas sistemáticas no freio. Aprendi a ignorar;
* O flanelinha obviamente não sabe dirigir e fica apenas rodando o braço no ar - freneticamente - para qualquer lado para te ajudar/atrapalhar a estacionar. Por que?

* Por que eu tenho que dar dinheiro em praticamente todo lugar que vou estacionar? Flanelinhas simplesmente surgem do nada e se multiplicam feito Gremlins. Pior ainda é pagar para o cara fingir que olha o carro...
* Por que o cara de trás fica nervoso, quando você é obrigado a frear porque justamente o da frente (ou dois à frente) fez m*? Direção defensiva não tem nem espaço para existir aqui;
* Por que há pessoas que não se satisfazem com o espaço destinado a seu carro e sempre "comem" a faixa do carro ao lado? Gente gulosa! kkkkk

A refletir...

1.4.16

Continuo a ser uma Looping Girl 3



Há quase seis anos, exatamente em 22.06.2010, publiquei a primeira lista de Montanhas Russas que tive o privilégio de experimentar até aquela data. Em maio do ano passado houve mais uma atualização. E essa lista - se Deus quiser - vai crescer! De tempos em tempos volto para fazer um update.  

A última da lista é um bis. Mesmo parecendo "marmelada", resolvi colocar porque foram em lugares completamente diferentes. A experiência foi outra. Mesmo! A primeira vez que andei na "Looping Star" foi no Playcenter. O parque não existe mais fisicamente funcionando, mas permanece vivo na mente de uma geração. Lá, a MR ficava no meio da selva de pedra, rodeada de outros brinquedos e atrações.

Quando voltei a experimentar as curvas e quedas da "Looping Star" , ela reinava majestosa em um dos cantos do Rock in Rio. Do alto do primeiro drop você conseguia ver um bom pedaço do bairro da Barra da Tijuca, no Rio, de Janeiro. Mas o que realmente capturou a minha visão foi o público que se aglomerava lá em baixo à espera dos shows. Foi sensacional. Eu estava ao lado do apresentador infantil Luigi Montez e trazia em uma das mãos o celular para gravar o passeio dele para uma matéria da revista Quem Acontece. Foi MUITO divertido. E falei para ele sobre essa lista, que hoje estou atualizando.  

   

Continuo a ser uma looping-girl, mesmo com os primeiros fios brancos querendo surgir na cabeleira (um ou dois, tá? kkkk). Assim devo permanecer até que esteja com a cabeça toda platinada. Não vamos esquecer de que a minha mãe teve sua primeira vez em uma MR na Nitro - aos 78 anos. 

(dica de um leitor) A gente usa um site chamado coaster-count.com (gratuito) pra fazer essa lista. Lá tem o ranking mundial, ranking por países, continentes, etc.


Vamos à lista!

1) Montanha Espacial / Super Tornado (Tivoli Park / Mirabilandia)
2) Montanha Russa (Tivoli Park)
3) Monte Makaya (Terra Encantada)
4) Monte Aurora (Terra Encantada)
5) Piuí (Terra Encantada)
6) Happy Mountain (Terra Encantada)
7) Montezum (Hopi Hari)
8) Vurang (Hopi Hari)
9) Katapul (Hopi Hari)
10) Billi Billi (Hopi Hari)
11) Tornado (Playcenter
12) Boomerang (Playcenter)
13) Looping Star (Playcenter) 
14) Windstorm (Playcenter)
15) Montanha russa (Simba Safari)
16) Montanha Russa / Tigor Mountain (Beto Carrero World)
17) Kumba (Busch Gardens) 
18) Sheikra (Busch Gardens)
19) Cheetah Chase (Busch Gardens)
20) Gwazi (Busch Gardens)
21) Kumba (Busch Gardens)
22) Air Grover (Busch Gardens)
23) Montu (Busch Gardens)
24) Scorpion (Busch Gardens)
25) Python (Busch Gardens)
26) Chiller Blue (Six Flags Great Adventure)
27) Chiller Red (Six Flags Great Adventure)
28) Batman: The Ride (Six Flags Great Adventure)
29) Dark Night (Six Flags Great Adventure)
30) El Toro (Six Flags Great Adventure)
31) Kingda Ka (Six Flags Great Adventure)
32) Superman: the Ultimate Flight (Six Flags Great Adventure)
33) Skull Mountain (Six Flags Great Adventure)
34) Nitro (Six Flags Great Adventure)
35) Blackbeard's lost treasure train (Six Flags Great Adventure)
36) Medusa (Six Flags Great Adventure)
37) Bizarro (Six Flags Great Adventure)
38) Great American Scream Machine (Six Flags Great Adventure)
39) Viper (Six Flags Great Adventure)
40) Rolling Thunder 1 (Six Flags Great Adventure)
41) Rolling Thunder 2 (Six Flags Great Adventure)
42) Runnaway Mine Train (Six Flags Great Adventure)
43) Lightnin' Racer Green (Hershey Park)
44) Lightnin' Racer Red (Hershey Park)
45) Wildcat (Hershey Park)
46) Wildmouse (Hershey Park)
47) Great Bear (Hershey Park)
48) Roller Soaker (Hershey Park)
49) Sooperdooperlooper (Hershey Park)
50) Comet (Hershey Park)
51) Sidewinder (Hershey Park)
52) Dueling Dragon – Ice (Islands of Adventure)
53) Dueling Dragon – Fire (Islands of Adventure)
54) Flying Unicorn (Islands of Adventure)
55) Incredible Hulk (Islands of Adventure)
56) Pteranodon Flyers (Islands of Adventure)
57) Revenge of the Mummy (Universal Studios)
58) Woody Woodpecker's Nuthouse Coaster (Universal Studios)
59) Journey to Atlantis (Sea World)
60) Kraken (Sea World)
61) Shamu Express (Sea World)
62) Space Mountain (Magic Kingdom)
63) Big Thunder Mountain Railroad Big (Magic Kingdom)
64) Dragon Coater (Dorney Park)
65) Steel Force (Dorney Park)
66) Talon (Dorney Park)
67) Thunder Hawk (Dorney Park)
68) Wild Mouse (Dorney Park)
69) Woodstock's Express (Dorney Park)
70) Hercules (Dorney Park)
71) Boomerang (Parque de La Costa)
72) Desafio (Parque de La Costa)
73) Vigia (Parque de La Costa)
74) Minhocão (Cidade das Crianças)
75) Montanha Russa (Cidade das Crianças)
76) Green Lantern (Six Flags Great Adventure)
77) Kong (Six Flags Discovery Kingdom)
78) Medusa (Six Flags Discovery Kingdom)
79) Roar (Six Flags Discovery Kingdom)
80) Superman Ultimate Flight (Six Flags Discovery Kingdom)

81) Looping Star (Cidade do Rock/Rock in Rio 2015)

3.2.16

Foi por água abaixo todo o exercício de doçura...

Lygia Fagundes Telles é indicada ao Nobel de Literatura


A escritora Lygia Fagundes Telles (Foto: Divulgação/UBE)

Ainda no tema literário... Não tem como não celebrar a indicação da Lygia Fagundes Telles ao Nobel de Literatura, né? 

Meu primeiro encontro frente a frente com a autora foi no mínimo "curioso". Era muito foca (dando os primeiros passos no jornalismo) quando fui cobrir a Bienal do Livro para a Revista Caras. No geral, a gente ainda usava pouco o Google (pois é, escritores não eram celebridades e o Facebook não era nem um projeto. Sim, estudei datilografia na escola e peguei a chegada dos computadores na faculdade). Assim sendo,  a maioria dos autores só conhecia de ler as obras ou sobre eles. 
Cheguei ao estande da editora da Lygia e me mandaram entrar sem nenhuma orientação. Havia vários autores por ali. Fui até ela sem saber que a senhorinha sentada era a Lygia Fagundes Telles. Ela ficou muito chateada com isso (já estava cansada com a fila de autógrafos que havia enfrentado momentos antes), mas com muita doçura e sorrisos consegui contornar a saia justa. Finda a entrevista, veio a pergunta clássica que não poderia faltar no veículo para o qual trabalhava:

- A senhora está com quantos anos?

Uiiiiii! Foi por água abaixo todo o meu exercício de doçura...

Hoje, já sei ser mais sutil em relação a abordagem (claro! e continuo doce e cheia de sorrisos) e fico feliz de ler que "aos 92 anos Lygia é uma das maiores escritoras brasileiras vivas e que a qualidade da sua produção é inquestionável".  

O Pequeno Príncipe x A Arte da Guerra

Hoje fiz um programa que para muitos já pode ser considerado "das antigas": fui até uma livraria. As duas últimas vezes que estive na Saraiva ou na Travessa foi para tomar um café com alguém interessante. Mas ainda amo passear por aqueles corredores, garimpar achados, ver as novidades, reencontrar os conhecidos em nova roupagem. Confesso que faz tempo que deixei esse programa de lado em função das compras e leituras online e dos livros que andei pegando emprestado ou os que havia ganhado e estavam à espera de um milagre na estante. Fui mediante uma urgência: ganhei um cartão-presente que estava prestes a expirar - um ano que morava na minha estante ou carteira. Sou de peixes, vivo no mundo da lua para certas questões práticas do cotidiano...

Enfim, achei que a frequência nas livrarias mais escondidas estaria em baixa e me surpreendi com a fila enorme que me esperava no caixa. Uma segunda olhada me fez compreender a questão: muitas crianças no local. Volta às aulas, volta à vida em certos estabelecimentos. Por um segundo achei que apesar da crise e das facilidades da tecnologia, as pessoas estivessem dando chance à cultura. Não foi bem assim, embora algumas jovens senhoras estivessem em busca dos amigos-livros não-escolares. Uma delas estava entre "O Pequeno Príncipe" e "A Arte da Guerra"...

Não julgo gostos. Eu, por exemplo, trouxe para casa um autor que gera polêmica (na Academia, principalmente): o suíço radicado em Londres Alain de Botton. Que gere! Nunca li um livro dele, mas já me deliciei com alguns textos. E se curti, isso basta para experimentar. Além disso, sou fascinada por seu projeto na School of Life - ele é famoso por popularizar a filosofia e divulgar seu uso na vida cotidiana. O outro livro é de uma autora francesa (Muriel Barbery) que fez um sucesso enorme com seu romance de estreia "A Elegância do Ouriço", livro que ganhei da Bia Bomfim e amei. Resolvi fazer nova aposta nela. Tudo isso patrocinado pela Onça, que sabe me presentear como ninguém!



19.10.15

O tempo voa mesmo. Já foi!

O BibideBicicleta não morreu. Voltando a escrever quando a inspiração me dá um sacode! hehehe

Da série: o tempo voa.

Lendo a coluna do Leo Dias​ hoje (no Jornal O Dia do Rio de Janeiro), me deparo com uma informação que poderia passar batida, mas não passou. Pelo menos não para mim, que me mexi na cadeira.

"... A jornalista Carla Vilhena, do ‘Fantástico’, escolheu o Espaço Ônix, no Jardim do Golfe, em São Paulo, como cenário da festa de 15 anos dos filhos gêmeos, Pedro e Clarissa, no começo de 2016..."

Gente, confesso: era meu plantão na Caras, a Carla Vilhena estava no Rio - casada com o jornalista Chico Pinheiro, eles tinham apartamento no Rio e SP - e uma das minhas missões era ligar para ela e saber se tinha entrado em trabalho de parto; como estavam as coisas. E ela levava isso numa boa! Hoje, nem consigo imaginar como isso funcionaria. Talvez hoje fosse plantão no Instagram!  

Os gêmeos não nasceram no meu plantão (ufa). Mas, olha!: o fato vai fazer 15 anos! E eu lembro de quem eu era, de como eu era, dos detalhes da cobertura. Sim, clichê dos clichês, parece que foi ontem. Época de pouco uso de internet - redes sociais nem sinal de fumaça; de falta de foto de celular em especial; de poucas agências de fotografia, porque tudo vinha de dentro da redação. O mundo mudou, o jornalismo está em transformação feroz e eu, mesmo sendo outra pessoa, tem dias que sinto que 'ainda somos os mesmos e vivemos como nossos páaaaaaaaaaais'.

Mas já!?



ps: Anos e anos depois, como freela da mesma revista, cobri o novo casamento da Carla Vilhena no Outeiro da Gloria ;)

#souForrestGumpmesmo     

24.6.15

Luciana Gimenez na Glamour

Luciana Gimenez em Londres para a Revista Glamour
(Foto: Robert Astley Sparke)
Nem sei dizer como cheguei à matéria da Luciana Gimenez para a Glamour. Mas cheguei, vi e guardei para mais tarde. Tipo, agora (risos). Gosto muito da Glamour e curto a Luciana Gimenez enquanto personalidade (Ohhhhhhhhhhhhhh). Apesar do furacão em que se meteu durante os dois últimos relacionamentos conhecidos - o atual casamento e o namoro com Mick Jagger - ela não é de dar muitas entrevistas, de buscar mídia para a sua vida pessoal. Protege os filhos do assédio também. Tenta. Coisa rara na cultura das celebridades nos últimos tempos. Só ai já há um ponto de interesse.  

Quando ela resolve falar, acho que fala bem. A gente acreditando ou não no que foi dito. O julgamento alheio foge totalmente ao controle de quem quer que seja e cada um só acredita naquilo que quer acreditar, não é verdade? (Ela fala sobre isso na reportagem). Sempre dou uma olhada nas matérias que saem sobre a Luciana e toda vez me deparo ou com um fato novo ou com uma frase de efeito - do tipo "molecona". Dou risada muitas vezes. E a vida é feita disso também. Separei uma frase que curti no fim do texto...

Taí alguém que falta eu entrevistar... Certamente deve render um bom papo.

"Tivemos uma relação de quatro anos. O Mick não é um cara a quem se pode aplicar o conceito de namoro, entende?" 

      

Estamos combinados?



Muitas e muitas vezes eu penso se devo deixar meus pensamentos registrados aqui no BibideBicicleta. Sempre acho - e percebo - que as pessoas deixaram de ler blogs, principalmente os sobre tudo e sobre nada (menos os de moda, beleza e fitness, muitos desses BOMBAM na rede). Acho, ainda mais, que deixaram de ler o meu blog. Os números não mentem, mas eu também não sei usar direito o programa que faz as estatísticas, rs. Mas, oh, sei números básicos (hehehe). 

Então, me seguro à ideia de ter um lugar para registrar meus pensamentos (para mim mesma, que seja). No momento seguinte, vem o questionamento interno: "me diz um dia que você tenha voltado no tempo para ver o que estava pensando quando...?". Verdade. Só volto para ver o começo do blog e textos específicos, como frases, crônicas e poesias que não me saem do pensamento.

"Continue a nadar", ouço a minha Dori de "Procurando Nemo" interna me dizer. Foi mais ou menos isso que o Zuenir Ventura me aconselhou uma vez. Não sobre blog, mas sobre escritos. "Guarde, mesmo que não goste. Resista a rasgar. Um dia você volta e melhora". Pode ser. Mestre é mestre. Já cruzou por esse caminho espinhoso. 

O fato é que se não for aqui, não vai ser em outro lugar. Por falta de tempo, por ter horror no que a minha letra se tornou ao longo do tempo como jornalista, por já não saber como usar caneta e papel para registrar momentos e ideias. Não sei mais. Simples assim. O papel só me salva para fazer poesia. Na máquina não sai direito (kkkkkkkkk). As maluquices nossas de cada dia. Quem não?!

E tem mais um fato, claro! Se houver dois ou três leitores - que seja - é melhor do que deixar um texto morrer a míngua dos olhos alheios em um caderno qualquer. Essa é a vaidade de quem escreve, o combustível, a meta. Leitores. Então, continuo a nadar. Estamos combinados?     

22.6.15

Visita


Pessoas públicas também são... pessoas. Frase óbvia, né? Mas quando falamos de artistas é muito fácil imaginar para eles uma vida que não necessariamente se parece com a realidade. Ainda mais uma realidade imaginada, hipotética, onírica. É gente que ri e chora, que se despenteia e borra a maquiagem, dá topada com o dedinho do pé... Muitos pegam no pesado e todos tem sentimentos tantos, quanto eu e você. Uma vida para preencher, uma mente que precisar se aquietar para dormir o sono dos justos, contas a pagar, amigos para fazer e manter. Um trabalho, um ofício. Outro dia bati papo com a Lucy Ramos, de I Love Paraisópolis, e ela visitou o BibideBicicleta. Tirou daqui uma frase que gostou e compartilhou no seu Instagram. Amo visitas que retiram o melhor do melhor que eu tento dar.  

27.5.15

25.5.15

A que será que se destina?


Menino morre afogado em piscina durante almoço na casa da tia em MT




Duas notícias que me fazem pensar. A vida por um fio. Nossa vida por um fio sempre. Por que uns vão e outros ficam? Por que dizem que diante da constatação da efemeridade certa, da transitoriedade da nossa existência nesse mundo como o conhecemos devemos aproveitar cada dia como se fosse o último?

Deveríamos, portanto, viver de extremos? Pé no acelerador? Não deixar passar oportunidades? O que seria aproveitar cada segundo para cada um de nós, individualmente? E as obrigações? E os deveres? E as missões? E a entrega? E as lições através dos equívocos? E as não-escolhas? E o que não depende de nós? E o errado que acaba virando o certo? E as contrariedades? E o desejo do outro? Questionamentos pessoais que nos levam a novos questionamentos que perpassam - ou não – diante de um desejo coletivo.

A família saiu ilesa. O menino morreu afogado. Um evento extremamente parecido aconteceu comigo, antes dos cinco anos de idade (meu pai me trouxe de volta numa manobra de primeiros-socorros). Fico me perguntando, com certa constância, a que será que se destina a minha presença nesse mundo? Ou a minha não-ausência? Acreditei, levianamente e com certa infantilidade durante um tempo, que estava destinada a grandes coisas. Vivi com o pé no acelerador por acreditar que tinha pouco tempo para isso. Para tudo que cabia no conteúdo dos meus sonhos e no fôlego que a criatividade me impulsionava.  Ainda acredito que luto contra o tempo – e ironicamente perco tempo pensando nisso (risos). Mas no fim das contas, acredito que sobrevivi para isso mesmo: sobreviver. A cada dia, a cada desafio, a cada contrariedade, a cada aposta que não termina da maneira que sonhei, quando “me lancei à aventura”.