NÃO GOSTO DE CHÁ DE PANELA...
Estou escrevendo em caixa alta para eu mesma nunca mais esquecer desse detalhe. Mil desculpas às amigas que fizeram e farão esse tipo de confraternização (que eu irei por profunda amizade). Não acho que seja uma festa que tenha sentido para ninguém além da cozinha, que vai receber utensílios e vai poupar dos noivos uma graninha necessária par esse começo de vida a dois. A festa, no entanto, não flui.
Estou escrevendo em caixa alta para eu mesma nunca mais esquecer desse detalhe. Mil desculpas às amigas que fizeram e farão esse tipo de confraternização (que eu irei por profunda amizade). Não acho que seja uma festa que tenha sentido para ninguém além da cozinha, que vai receber utensílios e vai poupar dos noivos uma graninha necessária par esse começo de vida a dois. A festa, no entanto, não flui.
A pobre manceba fica tentando adivinhar o presente usando unicamente as mãos e é pintada (e esculachada) quando erra o conteúdo do embrulho. E os convidados? Além de se entupirem de comida, ficam ali olhando o martírio da garota que passa vergonha para aparelhar a cozinha (meio que uma antesala do inferno). Quando o seu presente já foi, você fica na expectativa do... NADA!
Ontem o encontro foi nice. Uma grande amiga, Adê, dando um passo gigantesco e uma festa de primeira linha, com bolo e pudim feitos pelo noivo - E-L-E-F-E-Z -. DELÍCIA. No meio da galera que lotava a sala, eu só conhecia mesmo a Bia Bug, que aliás, foi quem me levou até o nosso destino. Eu nem me dei ao trabalho de "colorir" a pobre noiva, que estava transvestida de qualquer coisa com coisa esculhambada. Nada fazia sentido. E não era mesmo para fazer.
O bonitinho da tarde foi conferir com o noivo a história real de como eles se conheceram. A última versão da rádio-corredor já estava no seguinte exagero: "ele jogou o aparelho celular dele dentro do carro dela e ligou só no outro dia". Descobri que não foi tão louco assim, mas foi uma graça.
Dé foi com um amigo à floricultura. Era Dia dos Namorados e o amigo queria comprar um buquê para a namorada. Compraram e seguiram caminho. O Dé estava ao volante. Eles pararam no sinal. Ao lado deles, a Adê encostou com o seu 'Celtinha'. Dé falou com o amigo: "olha que gatinha aí do lado!? Essa morria fácil, amigo!". E deu uma buzinada para chamar a atenção da motorista. Ela não viu o Dé, porque as flores atrapalhavam a vista. Ele puxou o buquê e disse: "Olha! É para você! Comprei para você". Ela sorriu, balançando a cabeça negativamente. Dé falou para o amigo: "Essa quer morrer!" e gritou para ela: "anota o meu celular!". Ela: "Não tenho onde!". O sinal abriu e ele gritou o número. A combinação era fácil, mas ela havia arrancado com o carro. Dúvida no ar.
Horas depois, Dé estava sozinho em casa, passando roupa e com rádio ligado nessas músicas mela cueca que tocam no Dia dos Namorados. Ótimas para deprimir quem está solitário, na companhia da tábua de passar e do ferro quente. Toca o telefone. Era a Adê, perguntando se as flores já tinham encontrado a dona...
Papo vai, papo vem... Se conheceram, ficaram noivos e fizeram o chá de panela. Casam-se no mês que vem. E ainda lembro, de nós duas sentadas na mesma cama, dividindo os prós e os contras de se encontrar com um cara que te canta no sinal. Eu disse vai. Era o que ela queria ouvir. Foi!
O amor pode estar em qualquer esquina da vida...
6 comentários:
Eu acredito nisso! adorei o post, Bia!!!!
Tem razão.
Gostei do final.
Bjs
Essas histórias existem mesmo? Tem aquela do cara que joga o celular pro carro ao lado e a mulher pega...
Ana: Um beijo!
CK: Onde estão as esquinas certas dessa cidade?
Val: Essa história que eu contei existe. A do celular eu vi num comercial.
Tô por fora do linguajar: Morre fácil ?!?... jeito estranho de cobiçar e desejar!...
ADORUM!
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