Pelo menos uma vez a cada bimestre (ou o que o valha) alguém pergunta: "Por que ter um blog?". Eu, geralmente respondo que esse é um canal perfeito para registrar meus textos, enquanto não começo a escrever livros. Um espaço para devaneios e ensaios que estará sempre a disposição de quem chega.
A segunda pergunta é: "Qual a graça de expor a sua vida na internet?". Essa também é um clássico e vez ou outra aparece no lugar da primeira. E de tanto ouvi-la, começo a criar aquele grilo em volta da cuca... Cuco-cuco-cuco. "Para que falar da sua vida para pessoas que você talvez nunca venha a conhecer?". É também parte do cardápio de dúvidas e questionamentos de terceiros. Geralmente os avessos à blogosfera. Falam do que não compreendem muito, como um todo. Só que não deixam de ter razão, em parte.
Não sou guiada pela opinião dos outros, mas sempre que mais de uma pessoa questiona uma situação, eu questiono também a mim mesma. Não somos seres infalíveis e, graças a Deus, para mudar de ideia ainda não se paga imposto. (Ainda, né?). Portanto, analisar certos pontos é um exercício de confiança, auto-conhecimento e maturidade. Dar ouvido ao medo, principalmente ao que vem de fora, sem raciocinar os prós e os contras, já levou muitos pseudo-campeões a desistir no meio da jornada.
"Penso, logo, existo". A dúvida hiperbólica de Descartes ainda ecoa como certeza máxima. E se existo, me dou ao direito de experimentar e ousar. E de pesar o custo benefício de cada aspecto da minha vida. Menos a respeito da imprevisibilidade dos acontecimentos. Não faço da internet o Meu BIBI BLOG BRASIL, mas procuro tornar a minha realidade mais tangível aos sonhos. Transformo fatos em acontecimentos. Registro sentimentos pessoais como se fossem uma catarse coletiva. Divido problemas tão pessoais, mas ao mesmo tempo tão comuns a todos nós. E isso, espero, nos torna mais humanos, mais unidos, mais esperançosos, mais conscientes, mas consistentes. Cada um tem uma missão nessa vida. E que cada qual dê conta dela.
"Se escrevo, logo, existo". Chego a conclusão, diante das constantes indagações hiperativas de terceiros.
4 comentários:
Seu Blog nos aproxima!!! Já disse que é uma viciante como pinga. E explico melhor fazendo a linha Valéria: "Ahh, eu gosto! É, eu gosto!"
Tu gosta mermo?
Eu tenho preguiça de responder essas coisas.
Há 10 anos falei pro meu pai "vou criar um site sobre parques de diversão", ao que ele perguntou com seu jeito gaúcho de ser:
"desculpe, mas pra que serve tu fazer um site?".
Meu pai eh rato de internet hoje em dia.
Eu não tenho preguiça (ainda) não.
Mas as pessoas, no geral, são imediatistas e me perguntam: o que vc ganha com isso?
Oe? É obrigatório esse dar e receber de volta em espécie? Não. Recebo em prazer. Ou até melhor, é algo que me satisfaz.
Postar um comentário