8.1.12

O que aprendi com Demi Moore



O fim de uma relação real e intensa é geralmente um momento dolorido, estranho, devastador muitas vezes. Pelo menos para uma das partes. Se não, pelo menos gera algum tipo de reflexão. Ninguém ama impunemente, já ouvi. Quem ama, manifesta aquilo que há de maior e melhor dentro de si, uma vez que esse sentimento não é nada estéril. Ao contrário, frutifica.


Mas quando o amor se vai, ele deixa marcas. E foi assim que fiz a leitura da última entrevista que a Demi Moore deu à Harper's Bazaar, após o tumultuado fim de seu casamento com Ashton Kutcher. Ela diz:


"Não há forma de alcançarmos o nosso mais alto potencial se não encontrarmos realmente o amor por nós próprios", afirmou Demi Moore. "O que me assusta é se no final da minha vida descubro que não posso ser amada, que não sou digna de ser amada. Que há algo errado comigo."


Senti a dor dela daqui. Uma frase que me causa estranhamento por vir de quem vem. Na nossa imaginação infantil, mulheres-divas vieram ao mundo com combos facilitadores. Mas no fundo, casos assim nos fazem perceber que mulheres são sempre mulheres. Temos nosso código próprio independente de quem sejamos, onde vivemos. Não que homens não amem. Não que homens amem menos. Talvez amem apenas diferente, nem mais e nem menos. E essa é apenas uma percepção, não um fato consolidado na minha mente. 


O exercício de sentir não é algo extenuante, mas requer esforço, equilíbrio, troca, frutificação. E se o amor vem de dentro, ele é reflexo daquilo que somos verdadeiramente, no nosso recôndito, no inconsciente. Demi tem medo de descobrir, no final, de que não é digna de ser amada. Que triste e profundo é isso. Esperança e fé são componentes ligados ao amor. Por eles também espero. 

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