Há quem goste de planejar cada passo da sua vida. Não há
nada de mal nisso, mas não sou bem assim. Tenho sonhos e objetivos, mas me permito
a me aventurar por alguns atalhos para alterar o cotidiano e surpreender as
retinas. Foi assim que eu e Professor Xéu decidimos ir para Recife em 5
minutos, depois de ouvir sobre uma promoção da Gol. Compramos a passagem na
mesma hora e logo se juntaram a nós a Sassá e o Onassis. Grupo completo. Gosto
de viajar em quatro pessoas. Acho o grupo ideal.
Depois de garantir a passagem é que fomos dar uma olhada
no local que iríamos ficar. Foi uma dessas boas sinapses da vida que chegamos à
conclusão de que Recife ficaria para depois, porque, de fato, tínhamos que ir
para Porto de Galinhas. Assim foi decidido. Encontramos o lugar para ficar
através de uma pesquisa pela internet. Fugimos do centro e fomos para
beira-mar: Pontal de Maracaípe, que fica entre 3 e 5km do fervo. Boa e má
ideia. Para chegar ao centro, onde estavam as compras e melhores restaurantes,
a gente pagava 20 reais de táxi (e mais uma dose de disposição). Mas o local
escolhido, bem em frente à praia, tinha uma vista privilegiada, o que
proporciona outro clima à viagem.
A meta inicial era chegar ao aeroporto e pegar um ônibus
urbano até o centro de Porto de Galinhas. Dali, então, um táxi nos levaria ao
destino final. Como Deus é bom, a ideia do coletivo foi logo descartada,
mediante ao nosso cansaço – seriam duas horas de estrada e mais o tempo da
espera no ponto. Entrou o corpo a corpo, o jogo do pechincha. Fechamos um táxi
por R$ 130,00, com um abate de quase R$ 50,00. Pegamos um motorista gente
finíssima, o Fernandes, que foi nos contando um pouco sobre a região.
Rodovia bem escura, mas ânimos às claras. Até chegarmos
ao Pontal. Uma ressaca na Páscoa destruiu toda a estrada e impediu o acesso à
Pousada Brisas. Ficamos parados, no escuro, há quatro propriedades à distância.
As ondas acabaram com tudo, arrancaram postes, palmeiras ficaram tombadas com
as raízes à mostra. Aquele era o retrato do caos. Os meninos foram caminhando
até a nossa hospedagem e trouxeram um funcionário para carregar as nossas
malas. Ele só levou a do Xéu e este, levou a minha (hohoho). Uma pequena
lanterna iluminava a passagem.
Chegamos exaustos, famintos e um pouco assustados. Não havia um único funcionário, além do vigia. Nada estava aberto nos arredores. O vigia nos deu um folheto de uma pizzaria. Bons preços, entrega rápida. Diante do susto, era uma excelente notícia. O sabor? Delícia. Comemos na sala. O nosso bangalô tinha dois quartos e uma sala ampla. Camas macias, ar condicionado potente. Rústico, mas aprazível. Fomos relaxando, ajudados pela vodka levada pelo Professor Xéu. Era hora de dormir, porque o dia começa cedo por aquelas bandas.
2 comentários:
Muitas lembranças e histórias para contar! hahaha, banho à luz das estrelas...
"Banho de espuma é muito legal"
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