Curiosa essa questão do tempo. Acho que fiquei duas semanas direto em casa resolvendo meus afazeres. Passei a Rio + 20 olhando a tela do computador ou entrevistando pessoas pelo telefone. E a vida é tão rara... Quando você sai pela rua, depois de um auto-exílio, até o colorido do dia é diferente. Estava sem dinheiro vivo e por 10 minutos achei que tivesse esquecido o dinheiro de plástico em casa. Horror, horror. Achei, ufa! Já fui pisando no mundo da lua. Julho está ai, mas está diferente. As pessoas no shopping pareciam de férias, foi muito curioso de observar. Em pleno inverno, todo mundo com a pele de fora, curtindo o veranico carioca: vestidos, shorts, bermudas e saias. Chinelos & chinelas. Um caminhar como se todo o tempo do mundo coubesse naquele templo de consumo. Achei estranhíssimo, me chamou atenção.
Como é fácil fazer amizade na manicure. Acabei conhecendo boa parte da vida da colega ao lado, que era a cara da Watusi (ou seja, estou denunciando a idade. Mas você ficaria impressionado com as coisas que a gente aprende com tio Google hehehe). Tinha 62 anos, mas tava no naipe das mulatas do Sargentelli. Unhas de acrílico, apliques no cabelo cumprido, olhos claros (???), muitos, muitos acessórias distribuidos pelo look macacão de malha que ressalta a comissão de fundos... Não é uma crítica. Amo o amor-próprio. Quem são se valoriza, não se estabelece.
Fase de observar o mundo. Malas prontas para a primeira viagem da temporada.
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