28.8.12
Sweet Suíça
Eu amei visitar 'Zurich' com todas as minhas forças. Berlim e esta adorável cidade merecem um bis se Deus me der a chance! A maior cidade da Suíça respira arte, portanto, não sem razão a minha câmera funcionou feito louca. Muitas bicicletas paradas em esquinas memoráveis de tão lindas e floridas com uma intensidade só. Uma tela se materializava a minha frente a cada quarteirão. Fiz boa parte do city tour a pé (um bom tênis na mala é prerrogativa para um passeio agradável e sem dor).
Destaque para os vitrais de Chagall que enfeitam a catedral de Fraumünster junto com o de Giacometti. Maravilhosos. Não pudemos tirar foto, é proibido :( Mas banhou a minha alma de cultura, assumo! A parte afetiva ficou por conta da visita à catedral onde Zwínglio pregava. Esse cara foi o responsável pela Reforma Protestante na Suíça e tem uma estátua bem bacana dele numa das ruas da cidade velha, com a Bíblia e a espada na mão. Zwínglio não contemporizava e expunha sem medo a sua opinião, sem se conformar que o cristianismo precisasse aceitar posições conservadoras como as que normalmente hoje lhe são associadas.
Eu me safei bem no inglês durante quase todo o período, mas havia lojas nas quais as pessoas falassem apenas o alemão. Com uma boa dose de gestos e euros na mão, a gente consegue TUDO, não é mesmo. Minha Mãe disse uma coisa no começo da viagem que me marcou muito: "Minha filha, com dinheiro no bolso ninguém fica perdido". haha - Assumi essa sentença para todas as situações, mas foi engraçado e angustiante ao mesmo tempo não ser plenamente compreendida. Ainda mais porque a moeda local são os Francos Suíços e o troco é na moeda local e não em Euros. A Suíça é CARA. A conversão na mente tinha que ser bem rápida para não ser levado no bico (tipo comprar algo sem ter noção de seu real valor). Os suíços são polidos, gentis e sentem-se bem em ser prestativos. E tem cada lindo lá, negros, principalmente, de tirar o fôlego. Achei muitos e muitos portugueses no comércio, sempre com muita doçura e sorrisos.
O rio Limmat, onde se veem diferentes patos e cisnes, corta Zurique e divide a cidade velha. Fiquei loucamente impressionada por ser tão transparente de perto. Outra coisa que me chamou atenção foi o número de bicas e fontes com água potável espalhadas pela cidade. Bastava andar com um copo na mão e foi preciso, porque estava bastante calor. Ruas íngremes de paralelepípedos, construções antigas, baixas e geminadas, com telhados triangulares, que datam dos séculos XV, XVI e XVII, conferem uma atmosfera romântica à cidade. Arquitetura intacta e de muita beleza me fazia pensar toda hora no Renan, meu primo.
Cidade sofisticada, a capital econômica da Suíça atraiu gente interessante e que fez história para suas ruas, como Wagner, Lenin, Jung, Einstein, James Joyce, Thomas Mann e o poeta romeno Tristan Tzara, criador do “dadaísmo”, movimento que tinha por objetivo destruir qualquer semelhança que a arte ou literatura tinham com a ordem. Vimos uma casa onde esse movimento teria surgido. O mais surreal é que visitamos Zurich justamente quando estava recebendo um street parade só de música eletrônica, um festival de gente jovem, colorida e bem maluquinha bebendo e farreando pelas bucólicas ruas. Antes da festa começar, muitos deles estacionaram seus carros nas margens do rio e ficaram tomando sol numa espécie de praia improvisada. Achei tão curioso! Ali também há alguns píers onde as mulheres se banham e tomam sol sem a parte de cima do biquíni (há quem o faça sem roupa mesmo). Tudo muito europeu...
Andar de bonde elétrico, comer chocolate, ver a sede da ONU, saber que está diante dos melhores relógios do mundo... E que as pessoas cumprem horário. Flores por toda parte, ruas limpas, limpíssimas, cultura preservada, arquitetura romântica, educação, pôr do sol às 21 horas! E bicicletas, não esqueçamos, muitas bicicletas encostadas sem correntes e sem cadeados... Como não amar a Suiça, gente?
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2 comentários:
Linda cidade mesmo!
Que saudade! =D
Com sua descrição de lá só confirma minha vontade de conhecer. Se Deus me permitir!!
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