8.10.12
No baú da existência
A vida nos leva a vários caminhos. Em todos eles e para cada um deles temos uma espécie de baú de aprendizado - que levamos estrategicamente. Guardamos ali o que aprendemos "na pele", o que observamos de pessoas mais próximas, o que lemos, o que compreendemos instintivamente. Falta ali dentro certos aspectos que devemos desenvolver justamente enquanto caminhamos. Tal qual peças de quebra-cabeças ou retalhos pra uma colcha do tamanho da nossa existência. Sim, porque a gente só deixa de aprender, quando morre. Real e/ou metaforicamente. Há os que escolham deixar de viver em vida.
O que mais me surpreende é a capacidade que o ser humano tem de esquecer as peças que já colocou dentro desse baú da existência. Sabe quando você sofreu na pele uma lição e teve que forjar durante muito tempo uma carapaça para poder sobreviver à lição adversa? E então vem a vida e te propõem em seus caminhos poder agir diferente da maneira que sofreu enquanto esteve aprendendo certa lição. Que atitude você escolheria? Difícil o macaco olhar seu rabo, quando o que está em jogo ficou retido dentro da carapaça e não virou suave lição. Virou mortalha. Porque quando a vida nos dá a chance de reparar um erro sofrido - e não cometido -, mas na pele do outro, somos precipitados em julgar e não em amparar para remediar uma outra existência. Só que os caminhos não se fazem sozinhos, embora não possamos fazer no lugar as pegadas dos outros. Quando a vida nos dá uma lição que a gente não apreende muito bem, ela nos oferece um atalho, mas que nos leva de volta ao começo do jogo.
Viver é uma aventura, mas também é uma arte.
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