14.10.12

Turquia

A Bia Bacana pediu para fazer um Diário de Viagem DURANTE. Gente, mas é muito complicado, porque além do fuso horário de seis horas que nos separam, a gente faz TUDO correndo. Vou tentar, vez ou outra, lançar uns tópicos por aqui.

Chegamos à Turquia por Paris. O primeiro grupo fez a conexão assim que desembarcou. O meu, foi cerca de duas horas e meia depois. Foi o suficiente para tornar TUDO muito complicado. Chegamos a Istanbul (aqui grafado com N) às 16 horas. Mas no hotel, só às 20:30. Levamos mais tempo dentro do ônibus fazendo a conexão aeroporto-hotel, que Paris-Istanbul, acreditam? Mais de 4 horas dentro do ônibus, tendo vindo de uma viagem anterior de mais de 10 horas pela Air France. Chegamos bem, mas mortos e famintos. No meu grupo ainda tinham os três pastores que nos acompanham. Tadinhos! 

Uma senhorinha, Ruth Viana, teve a mala perdida. Foi voar por outras bandas. Abriu-se um bazar amigo para ela. Mas no fim do dia, a bendita apareceu. A pobrezinha passou o dia de sapato de salto. Aguentou guerreira. Outras, de tênis, não conseguiram seguir o grupo e se perderam no meio da praça... Foram resgatadas horas depois. Agora, elas noa saem de perto do guia. A  guia tem um nome esquisito, mas fala tão bem o português. Está indo para o Rio de Janeiro no fim do mês.

Istanbul cheia de cores, cheiros e carros. Nunca vi trânsito mais caótico. É lento, mas funciona. Gosto de olhar para o céu no fim do dia de cada cidade por onde passo e  o dessa surpreendeu. Também gostei de saber que essa cidade é a antiga Constantinopla! Tão óbvio e eu não me dei conta até que falaram. As frutas são de um sabor especial, doces e concentradas. Muito charutinho de uva. Os doces são melados, mas esses, caro, evitei espartanamente. Pão de gosto divino e azeite saudável e perfumado. Cidade de sons também. O minarete avisa a hora da reza nas muitas mesquitas espalhadas pela cidade. Assim você realmente se sente no oriente imaginário. Os muçulmanos rezam cinco vezes ao dia. Não precisam ir na Mesquita, mas eles são avisados do horário dessa forma.

Conheci o mar Mármara e o estreito de Bósforo. Descobri que a Turquia fica 3% na Europa e 97% na Ásia. E é em Istanbul que essa divisão acontece, através desse estreito supracitado. Há respeito pelas religiões, ao que parece. Entramos na Mesquita Azul sem nenhum problema. Quer dizer, quase...  Entrei em uma mesquita pela primeira vez! Lenço na cabeça e pano para cobrir o pouco de perna de fora.  Bem legal, fora o cheiro de chulé, porque todo mundo entrava de meia ou descalço com sapato numa sacola plástica. Mix de odores num ambiente com pouca ventilação. Lugar lindo, apesar disso. Assim como a Igreja da Santa Sofia, quer hoje é um museu, mas já foi local cristão e depois, Islâmico. Fotos, fotos, fotos.

Antes, visitamos um Harém. Descobri ao contrário do que dita a crendice popular, que ali era um local de escola para meninas.... Não um antro de concubinato. Toda a arquitetura do oriente é de tirar o fôlego. Talvez a diferença seja algo que agrade aos olhos. Muito ouro no Grand Bazar, safiras e esmeraldas que não são para o meu bico. Temperos, lenços e pulseiras típicas.

As gordinhas fazem sucesso por aqui. Já recebi uns três I LOVE YOU das figuras mais sui generis :) hahahhahahahha  Tá bom né?

Hoje foi um dia bem puxado! Levantei às 3 da manha, porque o nosso voo era às 6. Um grupo de 50 pessoas requer um processo. E, by the way, eu não saio sem tomar banho - como alguns fizeram hehehe. Deixamos Istanbul em direção a Adana. Antes de irmos para o hotel, passamos por Tarsos, cidade onde o apóstolo Paulo nasceu. Existem ruas conservadas daquela época! Lugar mais simples, árido. Quase tudo fechado por ser domingo.

Lá também tem o portal de encontro de Claopatra e Marco Antonio. Impossível fazer foto sozinha num grupo tão grande. As pessoas ficam num estado meio letárgico olhando as coisas e se desconectam da realidade. Mas a arte é mesmo para causar, não acham? 

Almoçamos truta ao lado de uma cachoeira de águas esmeraldas. Apareceu uma noiva para fazer ali seu book e as nossas máquinas pipocaram. Pelo que percebi, os vestidos são trabalhados no brilho. Tudo aqui tem que reluzir! Pena eu estar me sentindo tão resfriada e fraca, perdi uma coisa ou outra. PS: Numa dessas vezes que fiquei no ônibus, o motorista me deu um cacho de uva colhido na hora. Disse que Tarsos é a cidade de muitas uvas. Disse em turco, mas na linguagem da mímica a gente se vira bem. Cacho DELICIOSO! E eu só fazendo para ele o sinal de positivo. Gentileza é algo que cativa e emociona a gente, não é?

Cai dura na cama quando fizemos o check in no hotel de Adana. Sono pesado. Quase nem jantei com dor de garganta. Pedindo a Deus para ficar logo boa e aproveitar isso aqui ao máximo. PS: Outra senhorinha perdeu a mala na conexão. Creio que já está no quarto. O trajeto dessa era de apenas uma hora... Muitas malas fujonas! A minha tá num peso exagerado, vejo agora...

Assim que puder, coloco fotos. Para vcs é boa tarde. Para mim, bons sonhos!


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