Ponderar, pensar, refletir

Uma ótima reflexão da Ruth de Aquino em sua coluna na Época (AQUI).  Há duas semanas li sobre essa antiga história que ela trata essa semana. Achei surreal, mas totalmente possível nos dias de hoje (um ex-casal brigar pelo Facebook e isso ir parar nos tribunais). Li também na Coluna do Joaquim Ferreira dos Santos, em O Globo, de onde a história de Ruth foi originada, dando ensejo à publicação anterior, que agora ela explica, omitindo, claro, o nome do grande veículo. Faz parte do jogo, nada demais...

Lembro de ter me deparado com várias dessas matérias falsas em grandes veículos! Uma delas, sobre o direito à masturbação, li na Isto É. Estava na redação e todo mundo ficou pasmo, achando graça. Rimos muito sobre o fato e cada uma das colegas começou a pleitear seus direitos - os mais absurdos possíveis, para tornar a brincadeira, aparentemente séria, mas interessante. O que você faria com seus 15 minutos no banheiro?

Nunca passamos por tempos em que a reflexão de tudo e sobre tudo fosse tão necessária! Há quem creia piamente naquilo que está escrito. Os mais velhos em maior profusão (minha mãe, por exemplo. Outro dia ela foi manifestar sua indignação na rede, porque leu que o Ronaldinho Gaúcho fora recebido na Academia Brasileira de Letras como Imortal), mas não só eles, que fique bem claro. A própria imprensa - que deveria ser a vigilante profissional - corrobora e repercute erros. Vide o texto da Ruth. Mas acredito - e não estou só - que é necessário sempre ponderar sobre aquilo que lemos, sobre aquilo que dizemos e ainda mais, sobre o que o outro nos diz (para e sobre nós).

Essa semana o Professor Xéu escreveu uma coisa muito interessante, que divido com vocês e encerro o meu pensamento: 

"Um dos pressupostos da Programação Neurolinguística é 'o mapa não é o território!' O que isto quer dizer? O mapa não é uma representação real do que vemos, ou seja, cada um de nós tem uma visão pessoal das coisas que nos cercam e a minha representação mental de mundo não precisa ser igual a sua. Aquilo que pode ser tão caro a mim, pode ser indiferente ao outro e isto não torna nenhum de nós melhor ou pior que o outro, apenas diferentes. Diferentes, mas iguais, enquanto humanos". 

Ponderar, pensar, refletir. Apreciar, examinar, meditar. Pesar, argumentar, amadurecer. Considerar, avaliar, medir. Isto é existir no mundo das ideias.