"Entendi a tolice de nossas ilusões ocidentais,
nosso orgulho idiota de querer construir cidades que durem para sempre.
Porque tudo o que fazemos é temporário,
tudo o que construímos em algum momento vai virar poeira.
Acreditar no contrário é apenas vaidade.
A mente oriental, mais sofisticada do que a nossa, captou isso.
Esse mundo instável não passa de uma ilusão.
Por isso, não teve consequências para Hanazono
o fato de a Tóquio de sua juventude
não ser mais do que uma lembrança.
Mesmo se todas as construções ainda estivessem lá,
a cidade não seria mais a mesma.
Tudo muda, tudo se transforma.
Aceitar isso é ser iluminado.
Não posso dizer que atingi esse nível de sabedoria.
Ainda desejava algum tipo de permanência"
- Ian Buruma em 'A Amante da China'
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