5.3.13

Transmutando-se para as águas calmas


Então ontem eu falei sobre levantar e agradecer sobre pequenas coisas da vida. A volta ao trabalho foi bem mais lenta, o ritmo é outro, mas voltará aos poucos - eu sei. Porém, o pensamento estava voando nas alturas. Ainda no volante estava refletindo sobre o assunto monotemático dos últimos dias: aprendendo na dor.

Fiquei grilada: por que raios a gente aprende mais na dor? No sentido mais amplo ainda não consegui parar para pensar, porque o que dominou a minha mente foi o seguinte: muita gente diz que sua vida está nas mãos de Deus. E é sobre esses que eu quero refletir. Estar perto de Deus no momentos de paz, esperança, aconchego e felicidade é mais difícil. Claro, há os que agradecem e agradecem e agradecem. Mas fica muito mais complicado ouvir a voz de Deus, porque talvez você esteja ouvindo os sininhos a tocar, os passarinhos a cantar e não quer mudar seu status.

Quando a gente fica numa pior, obviamente a gente não está onde quer. Muito menos estaríamos onde Deus quer... Ficamos mais sensíveis ao Seu amor, ao Seu cuidado e a Sua voz. Então, Ele nos guia para o caminho que Ele quer. Mas é claro que não é apenas na dor que Ele nos guia, que Ele fala, que Ele nos aquece. Mas talvez seja na dor que nós estejamos mais sensíveis à Sua voz, ao Seu chamar, ao Seu guiar. A gente se esquece do fluxo natural e se dispõe a receber aquele que é sobrenatural. Claro, para os que têm fé.

Então, nesse aspecto, talvez na dor a gente esteja mais sensível à voz e ao cuidado de Deus. Talvez por isso a gente tenha a sensação de que na dor se aprenda mais... Estamos abertos às lições, para que a nossa alma - nosso corpo também - seja transmutado para águas calmas e ventos de paz. É o tempo que a gente se esvazia das coisas lá de fora, para se encher Daquele que nos habita. Tenho pensado nisso e tenho aprendido sobre isso.

Que seu dia seja de paz, transmutando-se para as águas calmas do cuidado de Deus.

2 comentários:

Anônimo disse...

Que lindo, lindo, lindo!
Quero saber mais sobre a sua dor e todo o aprendizado que, querendo ou não, ela te proporcionou. Quero estar mais perto porque sinto, que mesmo longe, você e suas palavras que ajudam a entender e aceitar um bocado de coisas.
Assim, como você, também quero estar com Deus durante toda a minha crise de coluna e nervo ciático.
Especialmente, hoje, vivo ainda um momento importante na minha vida profissional... muitas emoções! E ler esse texto foi 'só' mais uma.

Sinto mais feliz!

Muito obrigada, beijos

Bela Campoi disse...

Como diz meu primo, amém nós tudo!
Beijos no coração, querida!