Foto: iG
É muito inacreditável o que está está acontecendo na região serrana do Rio. Perdi um companheiro de trabalho doce e muito gentil nessa loucura toda. E fiquei chocada. Primeiro por ele, que perdeu junto a mulher, que eu também conhecia (estilista), e o filho deles, que vi na barriga, pouco antes de nascer. Dureza.
Então a gente pega esse choque minimizado e aumenta as proporções. Fica difícil ver as imagens. Torna-se impossível não ler o noticiário. Me emociono. Ricos e pobres afetados. Gente e bicho vitimados pelo horror. E fico pensando que se antes disseram que o sertão viraria mar, quem ia imaginar que a serra também viraria?
Companheiros de trabalho que ainda não conseguiram abraçar as suas famílias. Isso também é triste. Pelo menos estão vivos. E longe de mim querer jogar "cinzas" na situação, mas até quando, se as precipitações do céu só nos enchem de terror?
Angra dos Reis, Santa Catarina, Niterói no Morro do Bumba, Rio de Janeiro no Morro dos Prazeres, Região Norte e Nordeste há pouquíssimo tempo. Tempo... O que está acontecendo com ele? O que está acontecendo com o mundo? Talvez não seja hora de reflexão, mas de ação, mas os fatos também nos dão ensejo a ela...
Essa perplexidade, lembro bem, me era antiga e aconteceu durante os terremotos no México.Lembro de grudar na TV atrás de notícias de um lugar que me era tão desconhecido geograficamente, mas me deixava tão perto no sentido da solidariedade. Nos dias atuais esse sentimento me tem sido evocado com muito mais frequencia.
Quem pode determinar o que eu ainda tenho que viver, se a vida é tão delicadamente imprevisível? Gostaria de viver o hoje com você, porque o amanhã é questão do tempo...
6 comentários:
Oi, Bia!
Foi alguém do iG? Conheci?
Bjs,
vou pegar a foto, tá? Beijo
Não, trabalhava comigo no Fashion Rio no lounge da Estilo. Foram quase 6 temporadas juntos. Uma tristeza!
MW: Claro!
As catástrofes como essa paralisam não somente a vida daqueles que são diretamente afetados. Paralisam também a nossa; aterrorizados à distância. Ficamos estarrecidos com a força da Natureza que reclama os anos acumulados de maus tratos, de descaso diante da desordenada ocupação humana. Resta-nos a solidariedade.
Fico me perguntando uma coisa séria:com o crescimento populacional correndo nessa pregressão, onde vai caber todo mundo? Será que estaremos sujeitos a esse tipo de agonia sistemática em um futuro nem tão distante?
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