27.3.11

MM


Acabei de ler "A Vida Secreta de Marilyn Monroe", do maravilhoso biógrafo J. Randy Taraborrelli. Esse livro, de mais de 400 páginas, durante muito tempo "morou" no porta-malas de um carro específico. Guardadinho lá, quase esquecido naquela escuridão. Deixei no carro de alguém que raramente via (essa mania de estar com a cabeça na lua de vez em quando). Até que no nosso último encontro, ele me devolveu o livro. E nunca mais nos vimos...

Outro dia achei esse livro embrulhado numa sacolinha na minha estante (no meio do emaranhado de outros livros que por mim esperavam). Estava ali como eu o deixei na época; da mesma maneira que me havia sido entregue. Terminar de lê-lo foi meio emblemático para mim, porque é como se eu encerrasse um ciclo. Terminei o livro como se encerrasse um romance: sentido a textura das páginas, me descobrindo em cada frase, argumentando com os acontecimentos e me despedindo com um fechamento abrupto no final. Foi seu fim. Achei curioso um livro ter uma história, além daquela contida em seu interior.

Amei o trabalho do autor. Trata-se de uma biografia que desnuda mistérios de uma das maiores sex symbols do cinema, retratando a história de uma mulher que conseguia aliar carência e insegurança a um grande poder de sedução, que permanece até os dias de hoje. Uma vida conturbada, marcada pela força dos acontecimentos alheios à sua vontade, quase sempre. J. Randy não se deixa levar por boatos e conclusões precipitadas; na realidade, ele vai atrás de provas e comprovações cabais que justifiquem os fatos, o que dá o maior conceito àquilo que é lido. Jornalismo com literatura sempre foi uma ótima pedida.

Gostei muito: recomendo :)

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