"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. É preciso encontrar as coisas certas da vida, para que ela tenha o sentido que se deseja..."
- Vinícius de Moraes
Ando meio apagadinha porque estou tentando domar um verdadeiro potro chucro que "habita" em mim. Quando estou chata e cricri, digo que existe uma velha que mora aqui dentro, a Leocádia. Existem outros personagens que tomo emprestado quando estou de bom humor para justificar ânimos, desejos e risos. Esse potro chucro é a minha glicose, que anda verdadeiramente indomável. Vivo numa montanha russa até sentada em frente à tela do computador. É de um custo alto no momento (financeiro, emocional, psicológico, físico), mas ganho créditos para o resto da existência. E a vida não é isso mesmo: sempre uma batalha por se enfrentar? Então vamos em frente. Tenho no sorriso uma arma semi-letal.
A frase em cima é para justificar a maior arma nessa minha luta por conquista de territórios. Minha bússula. Ela se chama Ana Luisa Mac Dowell e é a minha endocrinologista-mãe. Ele fez muitas coisas boas por mim, tantas que eu nem saberia contar, medir, mesurar... (outras tantas que ele nem sequer imagina). Mas quando uma pessoa surge no acaso da sua vida, você não imagina que ela terá a chance de alterar caminhos outrora aparentemente definitivos. Foi o que fez ao me apresentar a essa mulher que está mudando a minha história e a quem confio inteiramente os nós dos meus maiores medos, para que ela desfaça com a destreza do seu conhecimento. E o faz com afeto e muita competência, com precisão cirúrgica, sem esquecer a sensibilidade envolvida (e necessária).
É claro que deixo a cargo de Deus operar os milagres. Eu creio em sua multiplicidade de ações. Mas quem disse que certos encontros também não podem ser creditados na lista de pequenos milagres do cotidiano? É preciso estar atento, estar em movimento, é preciso deixar que as pessoas se cheguem até você e então façam o seu papel. Torcendo e vigiando sempre para que esse papel faça a diferença na sua vida. Grande ou pequena, não importa. O rio mais caudaloso sempre começa em uma pequena fonte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário