Foto: Ponta D'Areia - São Luis por BibideBicicleta |
Foi um roteiro afetivo pelo Maranhão. Como disse em outro post, o foco acabou sendo mais em gente, que no lugar propriamente. Mas esses dois lados da moeda acabaram por acontecer de forma muito natural.
A primeira pessoa com quem tivemos contato foi uma "irmã da irmã de caridade", com a qual a minha Mãe travou um papo em uma das conexões que fizemos. A irmã dela havia trabalhado durante anos no Maranhão e ela foi inúmeras vezes visitar a região. Ela nos trouxe o pior panorama possível: de um lugar sujo, pobre, desprezado pelos governantes e aparentemente esquecido por Deus. Esse tipo de colocação nos esvaziou por dentro. Isso, porque minutos antes de entrarmos na aeronave, um menino de dois anos cutucou a minha Mãe e perguntou:
- Mulher, você vai nesse avião comigo? Esse avião que vai cair?
E entre tantas "urubuzadas", cheguei a me perguntar internamente se eu havia feito a escolha certa. Falta de fé? Que nada! Meu entusiasmo estava sendo minado sistematicamente! A sorte é que eu carrego energia extra para as viagens (Mario Bros). E logo que encontrei a Fer, tudo virou festa e a expectativa voltou "Up In The Air". Tenho uma frase que sempre repito: "Não importa onde, mas com quem". E com a Fer estava tudo bem.
As previsões da irmã mau-agouro caíram por terra assim que pisei fora do aeroporto: um céu como aquele de fim de tarde foi a melhor das recepções. Espetacular em tons púrpura. E o trajeto até o hotel nos brindou com muitas gratas surpresas, que foram sendo narradas pelo Zé. Memórias de um tempo dele e das coisas que costumava fazer por ali. Assim, foi no calor de boas recordações que o nosso primeiro city tour se fez. Tudo lindo, menos o trânsito e a fome: sem comida desde 8 da manhã. E assim vai a primeira dica...
1# Se o voo é no estilo cata-corno (cheio de conexões) vale a pena levar a sua marmitex. Amigo meu, comissário de bordo, foi taxativo: "avião não é restaurante". Assim sendo, tal qual farofa na praia, é fashion levar o seu farnel bem variado. Fora de moda é passar fome. Mommy e eu estávamos OUT!
Nosso dia de Somália foi elegantemente resolvido pelos nossos anfitriões. Eles nos levaram para um restaurante típico lindíssimo chamado Cabana do Sol. Comida ótima e ambiente estiloso. Clima perfeito para a primeira refeição juntos. Minha intimidade com a Fer era tal, que parecia que a gente já se conhecia há séculos. No meunu: carne de sol e arroz de cuxá. Um drink com o Zé para celebrar a chegada e lá se foi a timidez em relação ao cara sério que não entendia esse lance de amizade na internet. Oba!
Dica 2# É sempre bom procurar um restaurante típico (aqui no Rio qual seria? O Bibi Sucos? hehehe)
E foi justamente por causa do Zé, que a gente teve outra noite memorável, no dia seguinte. Ele nos levou para um jantar na casa de um dos advogados mais prestigiados da região e sua doce esposa: a Bebel. Uma fofura de casal. Uma casa linda. Filhas gêmeas de 4 meses. E a hospitalidade maranhense bombando. Nunca havia participado com de um congraçamento com o poder, que não fosse trabalhando. Pois à mesa a gente tinha uma deputada e um prefeito. Conseguimos nos misturar à turma e foi uma noite realmente para se guardar na memória.
Dica 3# É ótimo se misturar com os locais.
E a noite seguinte ainda nos reservou uma baita surpresa...
2 comentários:
Bibi,querida
Fico morrendo de saudades lendo tudo isso.
Noite gostosa e descontraída.Muito bom!
bjos
:) Saudade Fadinha!
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