23.7.11

Aventuras de Rubi - Por que Maranhão?

Foto: BibideBicicleta

Amo viajar. É uma atividade herdada (e muito feita) pela família. Durante um tempo a gente cruzou as estradas desse Brasil em um ônibus de excursão (divertidíssimo). Houve a época de visitar parentes em lugares distantes. Depois passei a fazer isso sozinha, com amigos ou numa bela companhia masculina (hummm). E assim estive nos seguintes estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará, Goiás, Pará e agora o Maranhão. Ainda me faltam 12 estados e Fernando de Noronha. Não tenho pressa.


O Maranhão, em especial, me causava muita curiosidade. Não por ser a terra de Alcione (a Marrom). Muito menos por ser a área de domínio da família Sarney. Também não fiquei curiosa quando gravaram a novela "Da Cor do Pecado" por lá e nem me chama atenção o fato do estado ser enrendo da escola de samba carioca Beija-Flor de Nilópolis no próximo Carnaval. Foi na cidade de São Luis que a minha prima Milly nasceu. E eu lá não pude estar nessa época, ficando uma lacuna na história.


Muitos anos depois - com a Milly já formada e casada -, aparece a Fer na minha vida acenando com essa possibilidade de visita. Meus olhos brilharam e agarrei a chance com vontade redobrada: conhecer uma nova amiga e fazer as pazes com esse pedaço já esquecido da minha história. Interessante notar que quando menos damos atenção, certos sonhos acordam na nossa realidade. Comigo essa história se repete: eu esqueço dos sonhos, mas Deus não esquece.


A chegada ao nosso destino foi a melhor possível. Deixei o Rio de Janeiro num frio danado e fui recebida no Maranhão com um calor de lascar (a capital está localizada próxima à zona de convergência intertropical. Mal sabia eu que o lugar é quente e úmido a ponto de deixar a minha pele parecendo uma lixa. Garota-Chokito). E isso nem foi a melhor parte. Depois de pegar as malas, do lado de fora um doce sorriso me recebe com um carinho sem tamanho:


- Olá Bibi! Tudo bem? Como foi de viagem?
- Oi. Foi boa!
- Oxê. Só você para trazer mainha para conhecer o meu apartamento. Ela odeia voar.


Esse anjo em forma de gente se chama Luana. É a filha da Fer que mora em São Luis e que durante toda a estada foi a nossa cicerone e motorista. Ninguém ali naquele pequeno grupo que se formava conhecia de fato e de verdade a cidade. Luana está lá há poucos meses, fazendo a sua residência médica. , o pai dela, até tem uma irmã que mora na região, mas parecia estar um pouco perdido em relação aos caminhos. Era como um GPS sem update. A Fer estava como eu e minha Mãe: nada sabia. Éramos três pontos de interrogação que convergiam para Luana sempre e para o , vez ou outra. E eles corresponderam à missão segundo as suas possibilidades.


E o que parecia um descompasso ao nosso city tour, acabou se transformando em uma experiência única, que recomendo a quem interessar possa. Sempre visitei as novas cidades de forma frenética, tentando fazer todos os percursos turísticos possíveis num ritmo muitas vezes alucinante. Dessa vez foi diferente. Pisamos no freio. Nos jogamos ao sabor dos acontecimentos. E essa se tornou uma viagem para conhecer lugares sim, mas principalmente gente. Nossa vida cruzou de forma efetiva com cerca de 30 novas pessoas, que trouxeram consigo a beleza de suas histórias.


Começamos com pé direito ao ter a felicidade de nos entregarmos a Fer, e Luana (que não pretendo deixar ao sabor do tempo). E depois deles, conhecemos a mágica hospitalidade dos "ludovicenses" - como são chamados os nascidos em São Luís. Aliás, dizem, a cidade é a ilha da fantasia dentro do estado do Maranhão, que junto com Alagoas possui o pior IDH (índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil, segundo pesquisa do IBGE. Então é curioso você encontrar a cada esquina carros como Porsche, Mercedes, BMW e até Ferrari. Não entendo de carros, mas conheço bem o nome das marcas...


E assim começou efetivamente o nosso passeio, já que "As Aventuras de RuBi" tiveram seu start bem antes...

4 comentários:

fer disse...

Engraçado que fico aqui te lendo e relembrando cada um dos nossos passos.
''Olá Bibi! Tudo bem? Como foi de viagem?
- Oi. Foi boa!
- Oxê. Só você para trazer mainha para conhecer o meu apartamento.''

Parece que estou ouvindo a luana e vivendo esse momento novamente.
bjo

luana chaib disse...

fiquei bastante emocionada quando li o que voce postou sobre a viagem... no inicio achei u pouco estranho e nao entendia bem essa relação virtual,mas depois que nos conhecemos vi que isso podia ser possivel. Realmente foi uma viagem incrivel..adoreiiii e todos adoraram tb. Sao Luis e Teresina ficaram sempre disponivel para voces...beijosss

Bibi disse...

Fer: Ainda lá você me disse algo sobre esse primeiro encontro com a Luana e eu fiquei com isso na cabeça. Foi especial!

Bibi disse...

Luana: Eu entendo o que você fala, porque só quem mergulha e interage de coração aberto na internet é que sabe das suas possibilidades. Aliás, é que percebe o tamanho das possibilidades, porque são infinitas, para o bem e para o mal certamente. Mas assim como você conhece uma pessoa em uma balada e não tem nenhuma referência sobre ela e se abre para a possibilidade de uma interação; assim tb acontece online. São os novos tempos cravando suas marcas e leva-se justamente tempo para a gente elaborar a quantidade de novidade que aparecem agregadas. Que bom que a gente se deu uma chance. Que bom que o destino e o coração aberto nos uniu!