Esse meu coração é terra de muitos amores. Amo sem distinção, sem colocar peneira ou conta-gotas nas comportas que desaguam nesse mar - de amor. Foi assim com a Maria Luiza Valdetaro. Conheci essa fofura de menina aos 11 meses e foi um bem-querer instantâneo entre Piscianas. E mesmo não acompanhando de perto o crescimento dela, vejo de longe, com o mesmo orgulho, com o mesmo carinho que nos uniu da primeira vez. Eu, ela e a mamãe dela, a atriz Luiza Valdetaro. Sempre que nos encontramos, ela me mostra a Malu em várias fotos de celular. É um mundo encantado, como contei na matéria (está editada em trechos, infelizmente).
Então fiquei sabendo que a pequena estava travando uma árdua batalha. Malu foi diagnosticada com Leucemia. Meu sorriso sumiu por instantes e pedi a Deus por ela, assim como muitas pessoas que gostam da Lu. Nesses momentos de vazio existencial, o amor nos chega por lugares de onde menos imaginamos para nos sustentar. Escrevi hoje uma bela frase para uma amiga que passa por problema parecido na família:
"Porque quanto mais amor a gente precisa, mais a gente recebe de onde menos se espera" - Bia Amorim
Falo daquele tipo de amor que nutre, sustenta, fortalece, vivifica. E que se mostra à disposição quando a gente realmente precisa, mas nem sempre quando se quer simplesmente. Quando meu Pai morreu, eu fui coberta por esse amor. Nas vezes em que fiquei internada quando criança, ludicamente esse amor invadiu o meu quarto. Quando a dor é tamanha e parece me faltar o ar, é o amor que me fecunda a alma e faz florescer a existência.
Hoje, li que a Malu está curada. "Remissão completa! Nem uma única célula doente em todo corpo", celebrou Luiza. Chorei eu. Amar alguém da família, os amigos que estão perto, pessoas que fazem alguma coisa por você é muito fácil. O desafio é amar além. Amar simplesmente para exercitar o coração na amplitude desse sentimento superior que a todos faz bem, muda o mundo, cessa as rixas, transforma o que antes era feio na beleza de ser com um novo olhar. Amar ao que está distante, amar pelo dom de amar. Isso expande a musculatura da alma. São esses músculos que a gente deve trabalhar incessantemente para fazer mudar em signo e significação a consistência da realidade - partida.
2 comentários:
Lindo, lindo Bia.. Primeiro que não gosto de saber e nem ver uma criança doente... segundo, vc descreveu tão bem o profundo sentimento de amor, que me levou as lágrimas! É esse tipo de amor que todos procuramos e queremos! Deus seja louvado por mais essa cura! Te amo, prima!
:)
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