7.6.10

No silêncio de um ocaso


- Boa noite! - Disse ela, meio sem ânimo, aos seus queridos leitores imaginários.

Era tarde, mas não muito. As badaladas do relógio deixavam claro que ainda faltava uma hora para hoje se tornar amanhã. É na madrugada que os seus pensamento ficam mais afiados e sempre fora assim, desde que as palavras ganharam forma no papel. Contudo, os demais integrantes daquele lugarejo não a deixavam desfrutar da paz e da tranquilidade necessárias para ouvir o grito e o mover dos seus pensamentos. Eles estavam realmente confusos naquela noite em especial.

- O que se há de fazer? - Perguntou, aflita, olhando  para o céu como quem tenta conversar com Deus, pedir uma explicação que pusesse fim a uma dúvida que parecia insolúvel. Como as questões de matemática que a atormentavam na infância.

O silêncio então se fez. Contudo, não era o do ambiente, mas sim a resposta vida do alto, do além, talvez até de dentro de si. Vencida e cansada de toda sorte de pequenas indelicadezas e de tanta desatenção (deles e dele e não Dele, que tudo sabe), ela se rendeu ao óbvio. Recolheu-se. Foi para a cama que é lugar quente e calmo. Recolheu-se internamente também. Guardou dentro de si palavras não ditas.... No silêncio de um ocaso.

3 comentários:

marina w. disse...

smaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaack

Fernando Rocha disse...

Incrível a coincidência, ontem escrevi um pequeno conto que tem temática parecida, talvez estejamossintonizados na mesma frequência.
Gosto das persongens femininas, sem noime, em narrativas curtas, revelando todo o drama de existir.
Parabéns!

Bibi disse...

MW: vc nem leu! Got u! Smacks!

Fernando: Nossa frequencia é parecida em muita coisa literariamente falando, o que reflete em questões de vida e cotidiano também, eu creio. Essa identificação é bacana!
Gostei de saber do conto!
Esse conto, por exemplo, foi real :)