Tive uma semana do cão. Muitas coisas acontecendo dentro e fora da minha cabeça; infelizmente. Mas quando a questão deixa de ser existencial e passa a ser um caso de saúde, é natural que a gente se desequilibre um pouco. E sigo assim, tentando reencontrar o meu balanço próprio. Então, repito aqui mais uma vez: não é tristeza simplesmente (como alguns de vocês pensaram e me mandaram lindas mensagens de consolo que são bálsamo para a minha alma), mas uma questão de readequação à novidade. É um caminho e esse leva tempo... Sigo para o alvo.
E então - dentro dessa semana de cão - precisei fazer algo por mim, que me animasse e desse energia extra. A Fer (Ciclista muito bem adquirida esse ano) disse para mim uma frase que me despertou e levantou a bola: “Já percebeu seu exato valor na vida dos seus amigos?”. Mas penso nela ao contrário e me sinto agraciada por tanta gente que vai passando na minha vida e que vai ficando pelo caminho em função do “senhor tempo”, mas não se perde.
Foi fazendo esse tipo de avaliação (e matutando) que me deu um estalo: convidei uma amiga de infância (na verdade de adolescência) para almoçar comigo. Acho que tinha uns cinco anos que a gente não conversava assim “so face to face”. Se a gente só tem uma hora, então vamos fazer o melhor dessa hora juntas. E assim foi.
Encontrei a Gui na porta do trabalho dela e foi como se a gente nunca tivesse se afastado. Um almoço com sabor daquilo que realmente importa. Porque quando se está bem triste, a gente acha que está sozinho na vida, que perdeu o jeito de fazer amizade de verdade com gente que quer estar perto, que gosta de olhar no olho, de falar de si, de ouvir do outro. Ando pensando muito no real significado da palavra TROCA. Tem viés nessa terminologia.
Depois de encontrar aquele ponto gostoso onde estar junto não é determinado pelo tempo em que se efetivamente esteve junto (perto), mas do lado de dentro, nosso momento acabou. E antes de terminar o encontro e florescer um pouco mais o meu dia, a Gui me contou uma história que me deixou histérica (eu colocaria assim):
Gui: Bibi, eu tenho uma amiga do trabalho que lê o seu blog constantemente. Desde que eu passei o endereço para ela, ela virou assídua na sua página, embora não seja uma Ciclista Oficial. Quando falei que vinha te encontrar, ela te mandou um beijo.
Bibi: Verdade, Gui? Que fofa! (já com vergonha de alguém que eu não conheço pessoalmente me mandar um beijo com tanto carinho. Não mereço...)
Gui: Outro dia ela me perguntou se você morava em TAL região, mas eu disse que não lembrava.
Bibi: Moro mais ou menos por ali sim, por que?
Gui: Porque ela disse que estava no metrô e viu uma mulher que era muito parecida com o que ela vê de você no blog. Ela sentiu muita vontade de ir até lá e perguntar e dizer: "você é a Bibi de Bicicleta? Eu leio seu blog!" Mas ela ficou com vergonha...
Bibi: hahahahaha Imagina eu!?
Está chegando o dia em que alguém vai me reconhecer na rua por aquilo que eu escrevo aqui. WOW! Encerra o filme e desçam os créditos, por favor! #morri : )
4 comentários:
Melhor do que o seu comentário no Almoxarifado foi saber, perceber e sentir queo seu humor voltou!! Fique Bem!!
Ah, PJ! Já está me conhecendo assim: até nas entrelinhas? hahahahah Obrigada pelo carinho!
Bia, minha flor!! Foi ótimo o nosso almoço, espero que logo venha mais!!!
Vou perturbar a Ciclista (ainda) não oficial pra tomar vergonha e se assumir rsrs
Bjins!
Gui
Gui: POR FAVOR?!!!!
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