Sei que longas viagens de coletivo me aguardam nessa nova etapa da vida. Ao mesmo tempo que ando sonhando com o dia da alta na clínica de direção (para quem tem medo de dirigir), também fico contente com o fato de que a minha leitura vai avançar bastante. Eu amo ler em coletivos - FATO. Isso quando não durmo ou quando um aspecto neurótico do cotidiano não me toma toda a atenção - e depois vira história.
E em pouquíssimos dias de entrega ao contidiano proletário urbano, já acabei com a biografia da Oprah Winfrey, com "Comprometida" e agora sigo com firmeza na leitura de O Semeador de Ideias, que é o terceiro volume de uma saga bem estruturada por Augusto Cury. Esse autor, sem dúvida, é um dos caras que gostaria de entrevistar, de sentar para conversar sobre vida e escrita, assim como fiz nos primórdios com Pedro Bloch, o homem que despertou a mágica da literatura na minha vida.
Outro dia vi um link do BibideBicicleta em um site que fazia resenha de filmes e indicava blogs que faziam o mesmo. Cuma? Daí pensei que assim como falo de livros, vez ou outra também dou meu parecer sobre filmes, o que não me torna especialista nem em uma coisa e muito menos na outra. Mas tinha uma definição de jornalista que eu amava quando faziam referência: "especialista em generalidades". Pode soar meio pejorativo, mas me agrada a ideia de poder falar um pouquinho de cada coisa sem necessariamente ter que se apronfudar demais nelas.
Então vou terminar o texto indicando o livro "Comprometida" de Elizabeth Gilbert. Eu simplesmente devorei esse livro (que é bem feminino, tá? Mas não é no estilo girlie não, pode agradar a ala masculina dotada de um nível 2 de sensibilidade). Essa é a mesma autora do mega sucesso "Comer, Rezar, Amar", que vendeu mais que pão quente pelo mundo.
Quanto a esse primeiro tive lá minhas ressalvas, mas cheguei confiante até o final do livro. Lembro que quis meio que imitar a ideia da autora que foi a Itália, Índia e Indonésia. Já eu queria ir de Nova York à Nova Zelândia. E voltar nova para o Brasil. Não rolou, mas quem sabe um dia? Não abandono e nem aposento meus projetos, eles apenas adormecem na imaginação. Ainda quero dar a volta nos EUA em um carrinho de Montanha Russa, por exemplo.
Em "Comprometida", Liz Gilbert fala sobre a questão do casamento historicamente e de uma perspectiva bastante pessoal (e divertida). Ela tem pânico da ideia, depois que saiu de um divórcio complicadíssimo. No fim do primeiro livro ela encontra o tal "par perfeito", que também é avesso à casamentos pelo mesmo motivo. Mas o destino lhe pregou uma peça: para não perder esse grande amor, ela se vê obrigada a sucumbir à ideia. O desenrolar da trama é bem realista, sem romancear demais o fato já tão glamurizado e esteriotipado por tantos.
Claro que me encontrei em alguns momentos. Questiono (ainda hoje) a necessidade da cerimônia de casamento, que as vezes me causa arrepios... Mas as vezes também me causa muita comoção, como quando fui madrinha de um em que cada coisa estava em seu devido lugar, pronta para mostrar que amar sempre vale a pena. Até em detalhes. E cada um tem o seu detalhe, não é verdade? Bom é juntar os detalhes, aparar as arestas e formar uma significação que perpetue para toda a vida.
21.2.11
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2 comentários:
uma hora e meia no ônibus, amiga, Vc vai ler muuuito.
vou de metrô
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