Amigo meu, Ciello, de outro tempo, de outro lugar na estante da vida, esteta e depois poeta, mandou um e-mail com uma saborosa advertência carinhosa. Que dizia assim:
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares ...
É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos..
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares ...
É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos..
* Este trecho está atribuído na internet a Fernando Pessoa e, pelo que vi, erradamente. Mas vale mesmo assim.
***
Compartilho, porque tantas e tantas vezes experimentei a sensação de que o que era direcionado a mim, na realidade servia para nós. Um alvo muito mais amplo que aquele localizado no centro de um círculo fechado. Como a pedrinha que a gente atira no meio de um lago. Ela cai inerte em um ponto, mas seu raio de ação se espalha pela água.
2 comentários:
Prima,
Acredito que
Os caminhos devem ser construídos, não percorridos.
Os sonhos perseguidos, não louvados.
Os riscos enfrentados, não temidos.
E os tantos nãos que encontramos pela frente, ignorados. Aliás, né prima, o quanto aquele que não abandona a sua roupa, crítica e reprova aquele que o assim o faz.
Mas o gostoso da vida vem dos recomeços e não dos meios ou dos fins.
Amei o trecho, >P
Line
Hum, tô pensando na réplica. E ela há, só precisa de tempo!
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