13.1.10

Outras Noites Iguais


"Que será da minha vida sem o teu amor
Da minha boca sem os beijos teus
Da minha alma sem o teu calor?
Que será da luz difusa do abajur lilás
Se nunca mais vier a iluminar
Outras noites iguais?
Procurar uma nova ilusão não sei
Outro lar não quero ter além daquele que sonhei
Meu amor
Ninguém seria mais feliz que eu
Se tu voltasses a gostar de mim
Se teu carinho se juntasse ao meu..."


Outra música de letra magnífica que figurou nas briguinhas (ou brigonas) entre Dalva & Hrivelto. O amor inspira, mas o desamor faz transbordar as letras, derramando a dor em forma de poesia. Tem certas coisas que escrevo na dor do desamor, do tentar amar diferente aquilo que só se quer amar igual. Nada é igual. O que é, já foi. Nem as nossas lembranças são imutáveis e fiéis aos acontecimentos. Fantasiamos coisas, situações, pessoas, encontros e até desencontros. Fantasiamos a perfeição do imperfeito. E vice-versa. Fantasiamos a redenção daquilo que não tem remédio e nem redentor da forma que evocamos. E remediamos uma ferida que só tem cura no esquecimento. E no isolamento. Quando for uma lembrança e apenas uma lembrança. E não mais a tentativa de uma desmemória que não se deixa e nem se remedia.


PS: Lembro muito do meu irmão, que não era dessa época - mas a família era -, cantar uma versão dessa canção para a babá dos meus priminhos. Ao invés de: Que será... Ela canta Cí-cera... O nome dela. E parava por ai, porque nada mais havia a dizer. Fazia isso toda vez que alguém chamava o nome dela. Era irritante. Hoje, dou risadas contidas hahaha

Um comentário:

Saulo disse...

Ahhhh lembrei desta história! rsrs