4.11.11

57ª Feira do Livro em POA



Tá rolando a 57ª Feira do Livro em POA. Queria estar lá fisicamente, mas estou apenas em pensamento. Para quem não conseguiu ir à Bienal do Livro na própria cidade por falta de carona (obstáculo já resolvido para a próxima edição) e companhia, seria, no mínimo, incoerente baixar no Sul do país para ver ao vivo gente que escreve com a alma e faz tanto sucesso pelas bandas de lá e chega aqui com caminho consagrado. 


Impressionante como o sul do país é celeiro de bambas da escrita. Já amava LFV, a quem já timidamente abracei (e antes dele, amei seu pai, Erico Verissimo), e também Lya Luft (para desespero de alguns coleguinhas. Não ligo). Agora me contentaria em tirar uma foto com a Martha Medeiros e tomar um café - ou algo do gênero - com o Fabrício Carpinejar. E flanar pelo corredores com a alma aberta à novas descobertas.


A junção do Rio com São Paulo em certas áreas da arte, faz a gente pensar que isto é Brasil. Obviamente, não conscientemente. Martha é do Sul, mas está em O Globo, assim como Lya está na Veja, ou seja, são Brasil. Meu neurônio do resto do país é desligado até que o talento de fora é celebrado na grande imprensa e se torna menos local e mais coisa nossa. Etnocentrismo bobo, mas não voluntariamente excludente. 


Percebi essa minha projeção durante à visita ao Maranhão. Entrei em uma livraria e bati papo com uma simpática atendente. Ela me falou sobre os autores locais e me mostrou onde ficavam localizados nas prateleiras. Falou sobre uma poetiza famosa na região e eu fiquei feliz por talentos terem seus espaços em sua própria terra. Essa maximização que ocorre no eixo SP/RJ talvez torne até mais difícil para um autor encontrar seu espaço. Talvez, esse é só um pensamento em formação. E talvez uma mudança de paradigma interno. 

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