29.11.11

Nosso presente: o Consolador


* Texto religioso que publiquei há algumas semanas no boletim da igreja 


Nosso presente: o Consolador

A semana que passou foi uma das mais especiais do ano para aqueles que acreditam e confiam o todo de sua existência a Deus. Celebramos o Dia Nacional de Ação de Graças, que é uma espécie de segundo Natal para o cristão. Ao invés de exaltar o nascimento do Messias (como fazemos tradicionalmente em 25 de dezembro), separamos a 4ª quinta-feira do mês de novembro para celebrar a gratidão ao autor da vida e consumador da nossa fé. Sem dúvidas foi um momento de lembrar que as misericórdias de Deus não têm fim, apesar de nós.

Passada a celebração, comecei a me perguntar se alguém consegue ficar chateado num dia que é destinado apenas a agradecer. Talvez. Um coração aborrecido não abre mesmo espaço para a gratidão, porque não percebe as sutilezas do agir de Deus na nossa caminhada. E assim, quem não consegue ser grato, começa a ver a alegria desaparecer, a paz sumir, o ânimo arrefecer e as menores dificuldades viram grandes tempestades existenciais. Agradecer torna o nosso coração mais animado em face de qualquer circunstância da vida, seja ela boa ou ruim. É como aquele bom e velho xarope para a tosse: alivia que é uma beleza! Experimenta só começar a agradecer três vezes ao dia. É profilático.   

Por fim, lembrei de algo pelo qual sou grata, mas que na realidade nunca agradeci especificamente a Deus. Lendo o evangelho de João, percebi que Jesus, antes de morrer, se preocupou em assegurar aos seus discípulos que eles não estariam sós depois de sua partida. “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”, João 14:26. Que alegria saber que dentro de nós habita o Consolador, que nos faz lembrar que fazemos parte do corpo de Cristo, que somos suas testemunhas e que nunca, em tempo algum, estaremos a sós à mercê das circunstâncias.

- Bia Amorim

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