No dia seguinte...
Parecia que nada havia acontecido. Meu Pai levantou se sentindo muito bem. Era domingo. Ele, portanto, foi à igreja. A vida é transitória; perene são os bons acontecimentos. Ele quis mostrar-se forte para quem o viu em estado tão frágil. E ganhou muitos abraços. Celebrados por ele como medalhas de guerra. “Teve uma mulher que me abraçou três vezes, menina! Quer coisa melhor?”, me contou aos risos assim que chegou a casa.
Eu!? Já estou acostumada com esses sustos; embora eles sempre tragam uma boa lição. Parece meio professoral, mas sempre tento encontrar sentido para as coisas, lições para os fatos que se nos apresentam. É isso o que me preenche, me motiva e, de certa forma, o que me satisfaz na fascinação que tenho pelo desenrolar da vida.
Se aquele copo de água fosse o último, eu teria feito um grande brinde na nossa história, não acham? E por a vida ser tão transitória, tão misteriosa em seus sentidos sem sentido é que eu gostaria de viver o melhor de cada coisa que me encanta. Não importa o quanto tempo cada experiência tem, porque há atos e fatos que trazem consigo o infinito de um instante especial. É por isso que eu brigo por pessoas e projetos em que acredito. Talvez por isso o óbvio não seja o bastante para mim, porque acredito na transitoriedade das relações e em instantes infinitos.
4 comentários:
Sei que as relações são transitórias, mas me esforço para crer e transaformar todos os instantes em infinitos. Já confessei aqui que não sei lidar com ausências e afastamentos. Sou possessivo e nostálgico demais. Defeito? Qualidade? Não me preocupo quando se trata de pessoas. É meu jeito de amar e receber o amor. Nem que seja aos golinhos, tem quer ser infinito.
Falo da transitoriedade porque tudo passa do jeito que a gente conhece! Situações e pessoas se transformam periodicamente. Nós, inclusive! A questão é saber dar valor e tirar proveito a cada nova transformaçao.
Tô precisando de uma receita ou de um "chá" bem forte disso!
Sorry, de que?
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