28.9.12

Leste Europeu por ela (Bratislava)



Leste Europeu por Ruth Amorim

Eslováquia - Bratislava

De fato, bem cedinho colocamos as malas no corredor e descemos para o café da manhã sempre muito farto. Até fila para o omelete havia e a Cleri ficou indecisa se iria enfrentar a fila ou não... Por fim, decidiu e voltou de lá com aquele prato cheiroso. As 9h em ponto tomamos o ônibus rumo à Bratislava. As estradas estavam bem cheias de caminhões de carga, mas notei que os motoristas faziam questão de chegar mais para a direita a fim de dar passagem para o nosso ônibus. Isto se chama educação no trânsito.

Chegamos à Bratislava mais ou menos 11h da manhã e encontramos a nossa nova guia, a EVA, que nos conduziu a pé pela cidade. Eva falava o espanhol e o português misturados, mas deu muito certo. Primeiro subimos até o Castelo de Bratislava de onde avistávamos toda a cidade lá em baixo e o rio Danúbio.

Na lojinha de souvenir existente compramos alguns artesanatos e lá havia também café e banheiros à disposição. Pegamos o ônibus e fomos ao centro da cidade. Descendo ali, a pé fomos conhecendo grande parte da cidade. Paramos numa praça cuja fonte existente tinha água potável, não esquecendo de dizer que passamos pela Embaixada do Brasil.

Bratislava não é uma cidade muito grande. A população é pouca em relação aos grandes centros como Praga e Viena. A República Tcheca já foi aliada da Eslováquia no tempo em que os Húngaros tomaram Bratislava e governaram por 13 anos. No tempo em que foram aliados, tudo de 1ª qualidade era para Praga e Bratislava ficava com o restolho, o que desagradava muito ao povo. Um dia, depois de muita reclamação e protesto, foi lhe dada à oportunidade de independência. Os bratislavos enfrentaram tudo e abraçaram a independência, já haviam sofrido muito com o regime comunista.

Eva contou-nos muitas historias sobre a Bratislava e eu gravei uma: havia um comerciante próspero na cidade que tinha uma vontade muito grande de ver o rei de perto, mas nunca tinha oportunidade. Neste dia, sua mulher chegou à janela e viu que lá vinha o rei e gritou para o marido: ‘corra que lá vem o rei’. O marido, que estava no banho, saiu pelado correndo para ver o rei pela janela e naquela curiosidade tão grande e muito nervoso caiu da janela na frente do rei e sua comitiva. Que fatalidade! Ele vira o rei de perto, mas foi preso por estar nu!

E lá fomos nós com a Eva, uma senhora de uns 60 anos, mais ou menos, mas nos encantou com sua bondade, paciência e sabedoria. Ensinou-nos ela como poderíamos almoçar bem e se foi embora alegremente. Muitas lojinhas pelo caminho e às 14h esperamos na praça no centro da cidade o ônibus com o Robert na direção para nos levar até Budapeste capital da Hungria. Cá pra nós: que nome feio! Um lado é Buda e o outro lado é Peste. Não sabemos se é o Buda que já morreu e está enterrado e só vai ressuscitar no último dia como nós todos ou se é Peste que felizmente fomos todos vacinados contra ela antes de começarmos nossa viagem lá no Brasil.

Mas, só amanhã quinta feira, 2 de agosto, é que vamos conhecer um pouco mais desta cidade que parece ser linda, banhada pelas águas azuladas do Danúbio, rio famoso no mundo todo. Então, até amanhã se Deus quiser. Ah! Um detalhe: o hotel Radisson Blu é lindo e o jantar estava saboroso.

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