Leste Europeu por Ruth Amorim
Eslováquia -
Bratislava
De fato, bem cedinho colocamos as malas no corredor e
descemos para o café da manhã sempre muito farto. Até fila para o omelete havia
e a Cleri ficou indecisa se iria enfrentar a fila ou não... Por fim, decidiu e
voltou de lá com aquele prato cheiroso. As 9h em ponto tomamos o ônibus rumo à
Bratislava. As estradas estavam bem cheias de caminhões de carga, mas notei que
os motoristas faziam questão de chegar mais para a direita a fim de dar
passagem para o nosso ônibus. Isto se chama educação no trânsito.
Chegamos à Bratislava mais ou menos 11h da manhã e
encontramos a nossa nova guia, a EVA, que nos conduziu a pé pela cidade. Eva
falava o espanhol e o português misturados, mas deu muito certo. Primeiro
subimos até o Castelo de Bratislava de onde avistávamos toda a cidade lá em
baixo e o rio Danúbio.
Na lojinha de souvenir existente compramos alguns
artesanatos e lá havia também café e banheiros à disposição. Pegamos o ônibus e
fomos ao centro da cidade. Descendo ali, a pé fomos conhecendo grande parte da
cidade. Paramos numa praça cuja fonte existente tinha água potável, não
esquecendo de dizer que passamos pela Embaixada do Brasil.
Bratislava não é uma cidade muito grande. A população é
pouca em relação aos grandes centros como Praga e Viena. A República Tcheca já
foi aliada da Eslováquia no tempo em que os Húngaros tomaram Bratislava e
governaram por 13 anos. No tempo em que foram aliados, tudo de 1ª qualidade era
para Praga e Bratislava ficava com o restolho, o que desagradava muito ao povo.
Um dia, depois de muita reclamação e protesto, foi lhe dada à oportunidade de
independência. Os bratislavos enfrentaram tudo e abraçaram a independência, já
haviam sofrido muito com o regime comunista.
Eva contou-nos muitas historias sobre a Bratislava e eu
gravei uma: havia um comerciante próspero na cidade que tinha uma vontade muito
grande de ver o rei de perto, mas nunca tinha oportunidade. Neste dia, sua
mulher chegou à janela e viu que lá vinha o rei e gritou para o marido: ‘corra
que lá vem o rei’. O marido, que estava no banho, saiu pelado correndo para ver
o rei pela janela e naquela curiosidade tão grande e muito nervoso caiu da
janela na frente do rei e sua comitiva. Que fatalidade! Ele vira o rei de perto,
mas foi preso por estar nu!
E lá fomos nós com a Eva, uma senhora de uns 60 anos, mais
ou menos, mas nos encantou com sua bondade, paciência e sabedoria. Ensinou-nos
ela como poderíamos almoçar bem e se foi embora alegremente. Muitas lojinhas
pelo caminho e às 14h esperamos na praça no centro da cidade o ônibus com o
Robert na direção para nos levar até Budapeste capital da Hungria. Cá pra nós: que
nome feio! Um lado é Buda e o outro lado é Peste. Não sabemos se é o Buda que
já morreu e está enterrado e só vai ressuscitar no último dia como nós todos ou
se é Peste que felizmente fomos todos vacinados contra ela antes de começarmos
nossa viagem lá no Brasil.
Mas, só amanhã quinta feira, 2 de agosto, é que vamos
conhecer um pouco mais desta cidade que parece ser linda, banhada pelas águas
azuladas do Danúbio, rio famoso no mundo todo. Então, até amanhã se Deus quiser.
Ah! Um detalhe: o hotel Radisson Blu é lindo e o jantar estava saboroso.
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