Leste Europeu por Ruth Amorim
Hungria -
Budapeste
Acordamos cedo na 5ª feira, 2/8. Fomos ao café muito farto
do hotel Radisson Blu e apanhamos o ônibus com o Robert, atencioso na direção,
e fomos ao encontro da nossa guia em Budapeste, que se apresentou como Verônica
e falava a língua portuguesa com sotaque de Portuagal. Ela explicou que era húngara
casada com português.
Verônica nos conduziu à praça principal da cidade, que fora
projetada e construída quando os húngaros completaram 1000 anos que haviam
vindo em 7 tribos e se fixaram em Budapeste. Ao lado da praça, avenidas largas
e espaçosas foram construídas. Nossa guia, muito boazinha, parecia uma vitrola
emperrada que não parava de falar. Contou-nos uma história, quando caminhando
pela cidade perto de uma universidade havia a estátua de um cavaleiro, herói da
terra, montado em seu lindo cavalo. Disse que os alunos quando passavam e iam
fazer provas tocavam no ‘badalo’ do cavalo e era prova boa na certa! Já pensou
se fosse cavalo de verdade? Coitado!
Caminhando chegamos à praça dos valores gastronômicos e como
era hora de almoço combinamos de nos encontrar às 13h30m para fazermos nosso
passeio de barco pelo rio Danúbio com suas águas azuladas. Alguns companheiros
juraram de pés juntos que a água não era bem azul. No barco, nos receberam com
uma valsa linda de Strauss e subimos para tomar a fresca lá em cima. Pensamos: vamos
ficar um pouco livres da falação da Verônica... Mas que nada! Ela falou o tempo
todo em que o barco nos conduzia, oferecendo-nos um pedaço de bolo com uma
xícara de café. Quase encerrando o passeio, nos deram uma taça de espumante que
aproveitamos para brindar à nossa alegria de estarmos juntos. A valsa, que era
tão bonita, não pôde ser mais tocada porque a “vitrola” não deixou.
Dali, Verônica ainda nos mostrou muitos prédios históricos e
nos fez fotografar a imagem de centenas de pares de sapatos dos judeus, na era
comunista, que tiveram que deixar seus sapatos para atravessar o rio Danúbio
que estava congelado. Eram velhos, jovens e crianças de ambos os sexos. Pura
covardia! Mas os sapatos estão lá para que nunca nos esqueçamos do lado triste
desta história do Holocausto.
Ao chegarmos ao hotel, deixamos nossas ‘coisitas’ e partimos
para as compras no Shopping West End. Lá chegando, nada pudemos comprar... Não
aceitavam euros, só cartões de crédito ou florins, moeda circulante no país
Húngaro. Voltando do shopping, já às 17 h, tivemos “furo” de reportagem
envolvendo algumas pessoas do grupo. Uma delas estava na berlinda, sabe a Roméria?
Ela foi à piscina ontem e entrou vestida na sala de sauna e lá estava um homem
nu na banheira de ofurô, se banhando calmamente. Roméria levou um susto e o
homem também! Levantou-se nu e foi se queixar que a moça entrou lá de roupa. Será
que ele queria que ela entrasse lá peladona?
Outra da Roméria. Ela ganhou uma amostra de sabonete no
comércio e pensou que fosse sorvete. Será que ela provou? Roméria é uma boa companheira
de viagem, muito alegre, muito brincalhona.
O outro assunto é de um certo braço do Zezinho, que não
estando na tipoia, pôde ser oferecido à dona Leda para ajudá-la a caminhar. Também
foi confundido e ganhou o braço da Sonia, pensando que era o Carlinhos, seu
marido (hehehe). O Zezinho disse que iria me ajudar a fazer o diário. Coitadinhos
de nós, será que vai sair muita pimenta?
Por falar em pimenta, a companheira Sueli sofre quando a
comida vem apimentada. Seu filho André fica só consolando a mãe, mas ele come de
tudo! Na hora do almoço, lá na área gastronômica, eu, Bia, Norma e Eunice nos
arrependemos de ter escolhido um restaurante bonito, com lindas mesas e
cadeiras. O almoço foi farto, tão farto que tivemos que deixar a metade nos
pratos. O garçom era lerdo, o dono era devagar quase parando, o tesoureiro
difícil de fazer a conta ou cambiar... A hora correndo e nós na aflição para a
viagem no barco. Por favor, não escolham nunca aquele restaurante!
E, lá vamos nós... Amanhã já será 6ª feira, 3/8. Como os
dias estão correndo. Tudo se repete: café da manhã no Hotel Radissom Blu; nove
horas partindo para a Polônia com parada obrigatória em Vadovice, terra natal
do papa João Paulo II. Visitaremos a Igreja e a casa onde ele nasceu e viveu
com a família e então partiremos em direção à Cracóvia, uma das mais belas
cidades da Europa Central e antiga capital da Polônia. Aguardemos...
Já ia me esquecendo de dizer que o pastor João Morelli na
devocional, pela manhã, falou-nos sobre o primeiro versículo do salmo 23. Explicou-nos
uma parte interessante que eu desconhecia e talvez muitos de nós naquele ônibus
também. A tradução real do hebraico para o português é: “O Senhor, meu pastor, não
me faltará”. Gostei da sua explicação. Obrigada, nosso Deus, que está sempre
presente nas nossas vidas e obrigada pastor João pelas suas devocionais. A Deus
toda a glória.
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