28.9.12

Leste Europeu por ela (Budapeste)



Leste Europeu por Ruth Amorim

Hungria - Budapeste
Acordamos cedo na 5ª feira, 2/8. Fomos ao café muito farto do hotel Radisson Blu e apanhamos o ônibus com o Robert, atencioso na direção, e fomos ao encontro da nossa guia em Budapeste, que se apresentou como Verônica e falava a língua portuguesa com sotaque de Portuagal. Ela explicou que era húngara casada com português.

Verônica nos conduziu à praça principal da cidade, que fora projetada e construída quando os húngaros completaram 1000 anos que haviam vindo em 7 tribos e se fixaram em Budapeste. Ao lado da praça, avenidas largas e espaçosas foram construídas. Nossa guia, muito boazinha, parecia uma vitrola emperrada que não parava de falar. Contou-nos uma história, quando caminhando pela cidade perto de uma universidade havia a estátua de um cavaleiro, herói da terra, montado em seu lindo cavalo. Disse que os alunos quando passavam e iam fazer provas tocavam no ‘badalo’ do cavalo e era prova boa na certa! Já pensou se fosse cavalo de verdade? Coitado!

Caminhando chegamos à praça dos valores gastronômicos e como era hora de almoço combinamos de nos encontrar às 13h30m para fazermos nosso passeio de barco pelo rio Danúbio com suas águas azuladas. Alguns companheiros juraram de pés juntos que a água não era bem azul. No barco, nos receberam com uma valsa linda de Strauss e subimos para tomar a fresca lá em cima. Pensamos: vamos ficar um pouco livres da falação da Verônica... Mas que nada! Ela falou o tempo todo em que o barco nos conduzia, oferecendo-nos um pedaço de bolo com uma xícara de café. Quase encerrando o passeio, nos deram uma taça de espumante que aproveitamos para brindar à nossa alegria de estarmos juntos. A valsa, que era tão bonita, não pôde ser mais tocada porque a “vitrola” não deixou.

Dali, Verônica ainda nos mostrou muitos prédios históricos e nos fez fotografar a imagem de centenas de pares de sapatos dos judeus, na era comunista, que tiveram que deixar seus sapatos para atravessar o rio Danúbio que estava congelado. Eram velhos, jovens e crianças de ambos os sexos. Pura covardia! Mas os sapatos estão lá para que nunca nos esqueçamos do lado triste desta história do Holocausto.

Ao chegarmos ao hotel, deixamos nossas ‘coisitas’ e partimos para as compras no Shopping West End. Lá chegando, nada pudemos comprar... Não aceitavam euros, só cartões de crédito ou florins, moeda circulante no país Húngaro. Voltando do shopping, já às 17 h, tivemos “furo” de reportagem envolvendo algumas pessoas do grupo. Uma delas estava na berlinda, sabe a Roméria? Ela foi à piscina ontem e entrou vestida na sala de sauna e lá estava um homem nu na banheira de ofurô, se banhando calmamente. Roméria levou um susto e o homem também! Levantou-se nu e foi se queixar que a moça entrou lá de roupa. Será que ele queria que ela entrasse lá peladona?

Outra da Roméria. Ela ganhou uma amostra de sabonete no comércio e pensou que fosse sorvete. Será que ela provou? Roméria é uma boa companheira de viagem, muito alegre, muito brincalhona.

O outro assunto é de um certo braço do Zezinho, que não estando na tipoia, pôde ser oferecido à dona Leda para ajudá-la a caminhar. Também foi confundido e ganhou o braço da Sonia, pensando que era o Carlinhos, seu marido (hehehe). O Zezinho disse que iria me ajudar a fazer o diário. Coitadinhos de nós, será que vai sair muita pimenta?

Por falar em pimenta, a companheira Sueli sofre quando a comida vem apimentada. Seu filho André fica só consolando a mãe, mas ele come de tudo! Na hora do almoço, lá na área gastronômica, eu, Bia, Norma e Eunice nos arrependemos de ter escolhido um restaurante bonito, com lindas mesas e cadeiras. O almoço foi farto, tão farto que tivemos que deixar a metade nos pratos. O garçom era lerdo, o dono era devagar quase parando, o tesoureiro difícil de fazer a conta ou cambiar... A hora correndo e nós na aflição para a viagem no barco. Por favor, não escolham nunca aquele restaurante!

E, lá vamos nós... Amanhã já será 6ª feira, 3/8. Como os dias estão correndo. Tudo se repete: café da manhã no Hotel Radissom Blu; nove horas partindo para a Polônia com parada obrigatória em Vadovice, terra natal do papa João Paulo II. Visitaremos a Igreja e a casa onde ele nasceu e viveu com a família e então partiremos em direção à Cracóvia, uma das mais belas cidades da Europa Central e antiga capital da Polônia. Aguardemos...

Já ia me esquecendo de dizer que o pastor João Morelli na devocional, pela manhã, falou-nos sobre o primeiro versículo do salmo 23. Explicou-nos uma parte interessante que eu desconhecia e talvez muitos de nós naquele ônibus também. A tradução real do hebraico para o português é: “O Senhor, meu pastor, não me faltará”. Gostei da sua explicação. Obrigada, nosso Deus, que está sempre presente nas nossas vidas e obrigada pastor João pelas suas devocionais. A Deus toda a glória.

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