Leste Europeu por Ruth Amorim
Alemanha – Tour
por Berlim
Hoje, 4ª feira, o despertador do hotel tocou às 6h30m da
matina e nós, às 7h30m, já estávamos no café, muito farto por sinal. O nosso hotel
chama-se Park INN e pertence ao mesmo grupo do Radisson Blu. Ele fica bem no
centro da cidade. Caminhando por dentro do hotel, descobrimos que à esquerda
havia a Praça Alexander Platz, com um comércio muito bom e uma área espaçosa
com pessoas apresentando suas artes: músicas, teatros, pessoas pintadas que
ficam imóveis como se fossem estátuas, um show. Que lugar tão bom!
Partimos então para fazer comprinhas. Tínhamos saído com a
guia Ana para fazer um tour pela cidade de Berlim. O nome certo dela é Hanelore,
mas a chamam de Ana. Ela fala bem o português. Mostrou-nos a cidade e usou até
mapas para podermos compreender bem como foi a queda do Muro de Berlim e como
os comunistas no seu ideal de perfeição dividiram a Alemanha em duas partes: Alemanha
Oriental, que era comunista ou socialista, como eles gostavam de ser chamados,
cuja capital era Berlim; e Alemanha Ocidental, que se conservou democrática e
sua capital era Bonn.
Ninguém poderia passar da Oriental para a Ocidental e, assim,
ficaram divididos até que chegaram à conclusão que a Alemanha Oriental estava
ficando muito empobrecida, o desemprego era grande e o sofrimento do povo muito
maior. Assim, aos poucos, o partido socialista foi dando chance a alguns
cidadãos para que visitassem suas famílias do outro lado, mas se quisessem
voltar, não poderiam, eram impedidos. Já que foram, não poderão voltar para
suas casas.
Contou-nos ela a historia toda e disse: quando menos se
esperava, o povo se uniu de um lado e do outro, uma 500 pessoas, e fizeram
protestos e gritaria até que começaram a atravessar. Em 1998 o povo se uniu e
com machados e picaretas começaram a derrubar o muro. Hoje, lá está... Bem ao
lado do rio Spree, uma amostra do restante do muro, demonstrando que divisões
entre irmãos não dá certo e nunca dará. O líder socialista refugiou-se no Chile,
onde ainda vive sua esposa.
Depois de andarmos bastante, conhecendo Berlim, encontramos
numa praça famosa uma Igreja dos Hugenotes e do outro lado da Praça Kurfürstendamm,
uma Igreja Luterana. Coisa difícil de encontrar pela Europa. Mas, estejamos
certos que no último dia vão aparecer aqueles que perseveraram na fé e serão
arrebatados para a eternidade, como nós também seremos quando Jesus voltar.
Estou ficando com sono, mas preciso comunicar a vocês que a
mala da Roméria apareceu. Que bom, não é? Preciso falar também da nossa viagem
até Potsdan (no leste da Alemanha, capital e cidade mais
populosa do estado federal de Brandemburgo). A cidade palaciana é símbolo
do poder da Prússia, onde habitavam os monarcas no Palácio de Sanssouci, a
réplica de “Versalhes” da Alemanha, com seus jardins feitos por Frederico II.
Antes da visitação, paramos para almoçar num lugar de
sombra, uma comida simples, porém gostosa. O palácio que visitamos foi mostrado
pela guia Sabina, que falou em Alemão e foi interpretada pela Ana. O palácio é
todo em estilo rococó - que quer dizer concha - e todo rebordado em ouro. Suas
paredes, seus tetos, seus espelhos... Uma riqueza imensa, só vendo para
acreditar!
Antes de Potsdan, visitamos o Museu Pergamon, que traz uma
réplica do tempo áureo daquela cidade da Turquia. Transportaram de lá grande
parte de suas esculturas, que chegaram bem destruídas, mas estão lá naquela
sala grande, faltando pernas, braços, cabeças, cavalos pelas metades etc. Na
outra sala, estão as pilastras e colunas também transportadas. Lembrei-me das
ruínas e escavações em Israel.
Para entrar no museu, havia uma fila imensa de pessoas
esperando, mas nossa caravana já possuía licença especial para entrar. Ufe! Que
alívio! E assim, queridos, lamentando ainda a ausência do pastor João, na hora
do jantar houve um incidente. Todos nós ficamos surpresos com a energia do
nosso comandante Daniel, que sentindo que a nossa turma estava sendo
desconsiderada por uma Fräulein mandona
dentro do restaurante, ficou de pé, levantou o bração de l.90m, baixou o braço,
bateu na mesa com toda força e exigiu da chefe da “Gestapo” o nosso direito de
cidadãos de respeito e pagantes como os demais hóspedes. Ela calou a matraca e
todos comeram em paz. Estão pensando o quê!? Cuidado companheiros, o Daniel Cordeiro
pode de repente virar um leão. Não pisem no seu calo.
Brincadeirinhas à parte, nossa viagem está mesmo um barato.
Quanta
coisa vimos hoje em Berlim! Cidade linda, cidade grande, cidade onde mora Angela Merkel, chanceler da Alemanha, mulher inteligente que
não está deixando a peteca cair... Entenderam? Boa noite.
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