Aventuras de Bibica Day 10

Oi galera!
O jantar com o Juan foi maravilhoso!
Alias, o dia ja comecou com uma vibe diferente!
Era domingo e os meninos estavam em casa, ou seja, day off. O Tom fez a maior bagunca na porta do quarto, porque eu ainda dormia (que novidade ha nisso? Sou boa de cama!hihihi). Levantei parecendo um pavao misterioso, so que o rabo era o meu cabelo, que se apresentava aberto em explendor. O motivo da farra eh que todos nos iriamos tomar cafe da manha juntos! Ate o Vava, o mineirinho que mora aqui tambem e nunca sai de casa. O local escolhido foi o bom e velho Hamburgao, restaurante brasileiro frequentado por todas as tribos daqui.

OBS: O Tom sempre pede um galao (estou sem o til, voce leia como se fosse um galo grande mesmo). Galao aqui eh cafe com leite. Palavra herdada da colonia portuguesa. Aprendi outras duas palavras inventadas e muito usadas aqui, que vieram o ingles: parquear (que vem do verbo to park - estacionar) e buchetando (que vem de bull shit, que eh merda de touro no literal que vem do falando merda).

Tomamos o cafe com direito a muita palhacada! Foi bem legal. Os meninos foram comprar carne para o churrasco que eles estavam preparando, enquanto eu, Bia Bug e Carol fomos rodar por aqui mesmo. Compramos um despertador para o Vava, que vem acordando no susto a cada manha de trabalho, e uma cafeteira para o Tom, porque a dele ja estava querendo se aposentar. Sabe quanto pagamos em casa item? 9,90! Po, a cafeteira era para 10 copos de cafe, minha gente! Gentileza de menos para o tanto de carinho que a gente ganha dessa dupla.

A Carol estava passando por um dia muito agitado. Ate a hora de sair, ela nao sabia se queria ir ou se queria ficar (hormonios adolescentes em baixa). Ela acabou ficando para o churrasco dos meninos e eu fui com a Bug ate o carro do Juan. Ganhei um abraco gostoso, surpreendente para os americanos que nao sao chegados a contato fisico. Ele estava no carro do pai dele, o mesmo que me levou ao aeroporto com 30 malas, quando eu morei aqui. Esse foi o start para as lembrancas...

Ele nos levou ao TGI Friday's - mais americano, impossivel. Depois eu entendi o motivo: o Chris e a Ash tambem se encontraram la! Amigos de tempos antigos, que me fizeram uma bela surpresa! Ficou aquela mesa cheia de gente falando ingles. Meus amigos sao muito generosos comigo, porque nao tenho um ingles perfeito, mas eles entendem perfeitamente o que eu digo e nao ficam me corrigindo ou com ma vontade diante de certa dificuldade aqui e acola. A gente ja desenvolveu uma linguagem propria e cheia de afeto. Depois de muitos risos e brincadeiras, Juan pagou a conta. DE TODOS! Aproveitando-se de uma piadinha que eu tinha ensinado a ele de que quem senta na cabeceira no Brasil, paga a conta. Assim ele se sentou, assim ele se ofereceu para pagar a de todos: "Ja que eu estou na cabeceira..."

Dali, a ideia era irmos ao cinema. Voces sabem, nao ando brincando com o Porquinho, nao estava afim de ir para um lugar fechado. Pedi ao Juan que nos levasse a um Mall. O mais perto dali, era o Mall que a gente frequentava, quando morei ali. Ja gostei, imaginem so!? No meio do caminho, Juan se deu conta de que era domingo e de que o Mall estaria fechando. Todos nos precisavamos ir ao banheiro, chegamos 5 minutos antes do Mall fechar. Foi o suficiente para a gente entrar e quando saimos o mundo parecia ter caido: chovia horrores. Nao, gente! Parecia que a gente havia entrado num portal de tempo, numa chave que nos levou a um outro lugar. O mundo estava derretendo, virando liquido. Vento e agua caindo feito cachoeira. A gente olhava a cena sem acreditar que aquilo era possivel...

Olhar ja parecia assustador. O passo seguinte foi decidir que a gente tinha que enfrentar aquilo para chegar ao carro. Tsc tsc tsc. Decidimos todos correr... Nem no meu mais delirante sonho eu podia imaginar que ficaria TAO molhada! Uma corrida ate o carro me lavou inteira! Corpo, alma e espirito. Foi um senhor banho de chuva. Cheguei ao carro antes do dono, mas esperei por ele pulando, porque so ele podia abrir (de que adianta eu correr mais?). Quando nos tres entramos no carro, rindo horrores da situacao ridicula, a chuva simplesmente parou. EU JURO! Parou do nada! Simplesmente fecharam a torneira, como se fosse chuva de cinema americano... Rimos ainda mais, porque foi bizarro e inacreditavel. Ninguem poderia imaginar que era um tempestade de 5 minutos!

Voltamos molhadas para casa. Eu e a Bia levamos numa boa, mas o Juan parecia meio desapontado. Fui o caminho inteiro animando ele e deixando claro, que justamente a chuva seria o elemento comico que tornaria todo encontro inesquecivel. E eu vou lembrar dessa lavada para sempre!