Aventuras de Bibica Day 12

Sabe aquela “velha roupa colorida”? Pois entao... Sao retalhos dela que vou passar para voces hoje. Desde a chegada da Bia Bug as “Aventuras de Bibica”, o ritmo aqui anda frenetico! Minha amiga veio com pouco tempo para fazer tudo e eu tive que recobrar o folego para dar conta de fazer caber 50 anos em cinco (hum, nao foi o melhor slogan, ne? Mas ele reflete bem a parada dura que tive pela frente e a conta que tive que pagar no fim das contas. Hoje, por exemplo, dormi ate 1 pm e so acordei porque a Ruivinha apareceu para fazer um carinho. Devia estar com saudade da tia adormecida... hehehe).

Assim sendo, desde que a Bia Bug estreou aqui em terras americanas, eu nao venho encontrando tempo para me dedicar as letras do BibideBicicleta (sou a primeira a dormir e a ultima a acordar. Vou me deitar ouvindo as meninas fazendo tic tic tic no teclado e elas devem me ouvir fazendo ronc ronc roc ao babar no travesseiro. Uia!). BUT... Procuro anotar alguns topicos no caderninho que viaja comigo para cima e para baixo, na esperança de me lembrar dos fatos mais marcantes dessa trip a Big Apple

1) Terceiro dia da Bia Bug por aqui (se nao me engano, porque ja perdia as contas), ela me intima a leva-la a uma loja que venda cameras fotograficas. Como a nossa intençao era ir para o centro da cidade, resolvi leva-la a Best Buy na 5 Avenida (uma rede de lojas famosinha por aqui por ter bons preços, produtos de todos os tipos e muitas lojas. Aqui em Manhattan, no entanto, so sei de dois endereços...). Ja fiz compras na Best Buy em NJ, a unica vantagem eh o tal do imposto, que em NY eh 8% e em NJ eh de 5%. Quando a compra eh grande, vale a pena andar mais um pouco, concorda? (ir para NJ) Mas no nosso caso, era ali ou na JVC (loja boa tambem, onde muitos brasileiros fazem compras), no final da Ilha. A Bia Bug comprou tres cameras fotograficas, um porta retratos digital e ainda olhou um i-pod, que acabou nao levando... A saida da loja, Junior, o funcionario responsavel por checar se os produtos na sacola correspondem com os produtos descritos na nota parou a loira. Enquanto ela pegava a nota na bolsa, ele falou: “Hummm tres cameras e um porta retrato digital. Voce eh Brasileira, nao eh?”. A Bug olhou para ele ja soltando uma gargalhada e eu mandei: “Isso eh bem tipico, nao eh?”. Ele riu. Americano simpatico. Tai uma coisa que a gente vem encontrando com regularidade! Bom bom bom...

2) Essa tem sido uma temporada de muitos tropeços, “trupicadas” e “trupicoes”. Nos, turistas, olhando para cima. No meu caso, eu tenho uma longa historia de tombos e quedas sem a menor enfase ou justificativa. Ainda nao cai aqui, mas todas as vezes que uma de nos chuta o chao, cantamos: “Nos trupica mais nao cai, pode botar fe que desse jeito vai...”. Um dos hits da temporada.

3) Em toda a esquina de Manhattan tem um "sinaleira" de pedestres. Acho tao engraçado ver os turistas parados, bonitinhos, esperando o homenzinho ficar verde. Voce percebe que os nativos nao esperam nada! Estao sempre com pressa, ficam fora da calçada, na faixa, passando entre os carros. Eu e a Ruivinha ja estamos assim, sem a menor paciencia. Mas, quando nao tem jeito e a gente tem que ficar atras de uma parede humana, gosto de observar a organizaçao das pessoas, quase batendo no peito para dizer: “Sou um turista educado e consciente!”. Hahahahaha! Sou uma brasileira em NY! PO!

4) Depois de um passeio pela cidade, a gente foi fazer uma boquinha no “MC Donaldo”. Eu e a Ruivinha so passamos por la uma vez, em todo esse tempo, a gente precisava levar a Bug a esse classico da comida engordativa americana. Eu pedi um wrap. Eh novidade no Brasil, mas aqui ja tem ha algum tempo e acho uma delicia. Divi com a Carol duas coisas do “Dollar Menu” (cardapio das coisas a um dollar): duas tortinhas de maça e um refrigerante pequeno (que era “ocequeserve” – fatal para consumidores brasileiros. Uia!) Papo vai, papo vem, começei a tentar sair daquele banco grande, que cabe um monte de gente sabe? Nao vi que o banco terminada e meia bunda tentou se jogar no chao (quase um bundicidio), a sorte eh que eu estava com a perna esticada e pude saltar para o banco do lado, me equilibrando na banda da bunda que queria se manter viva. Risada geral com a minha cara de C*... As meninas perderam o folego de tanto rir e quanto mais eu ria de mim, mais elas riam de mim. Foi um belo momento: UEPA!

ENGORDEI ENGORDEI ENGORDEI DROOOOOOOOOOOOGA!

5) Percebi outro fato tipico da cidade e comprovei com uma bela amostragem. Primeira vez que a Bia Bug entrou no Path Train eu disse a ela:“Bug, sabe que eh um fato natural as pessoas sentirem sono nessa viagem. Esse trem tem efeito sonifero nos americanos”. Ela:“Eh mesmo? Nao sei como as pessoas conseguem dormir no trem”. Eu:“olha para o banco da frente”. No banco da nossa frente havia 5 pessoas e, acreditem, quem tinha o olho mais aberto era a japonesa, que piscava enquanto era tomada pelos encantos de Morfeu. Uma senhora negra, um casal de indiano e um rapaz careca dormiam placidamente no banco a nossa frente. Sem pudor. Sem medo. Entregues. Eu mesma ja aproveitei a viagem para “viajar” em pensamentos distantes dali. Uma vez a Ruivinha me sacudiu, achando que a gente tinha perdido a estaçao... hahaha!

6) Outro evento como esse aconteceu na nossa volta para casa. Tinha uma jovem negra sentada ao meu lado. Ela estava claramente voltando de um dia exaustivo de trabalho. As varias bolsas estavam postadas em seu colo, de modo que ela pudesse apoiar o cotovelo e segurar a cabeça, que ja estava para la de Bagda. Soninho total. Com o sacolejo do trem, ela ia caindo para o lado, como se a qualquer momento fosse se esparramar nos meus ombros. Ela vinha para um lado, eu jogava meu corpo para o lado oposto; ela dava uma meia acordada e voltava a posicao original. E a gente veio nessa “briga” o tempo todo. As meninas sentadas a minha frente estavam rindo muito da minha situaçao. Eu quase ofereci meu ombro de vez, porque a moça estava com um cheiro tao bom de baunilha... BUT... Quando ia rolar o colinho solidario, porque eu estava me rendendo aquela guerra, a nossa estaçao chegou e a dela tambem... Fim de caso. Ombrinho “virgem”.