Entrevista

Foto: Marcos Serra Lima/ doiscliques.com

Ontem eu fiz uma entrevista com uma pessoa que admiro muito. Não é um cara famoso, apesar de ser muito conhecido em um meio específico. O que eu quero dizer é que não se trata de uma celebridade, mas é um cara super importante dentro do seu contexto.

Nos aproximamos de forma lenta, mas espontânea. Tenho por ele carinho de pai e ele demonstra também sentir algo diferente e especial em relação a minha pessoa. Acho que como meu mentor, ele consegue ver através dessa capa que eu criei para me proteger de um mundo hostil. Homem de uma sabedoria magnífica, de uma paz que excede a personalidade, de uma veia pulsante de quem tem muito a fazer e vai fazer com garra, não tenho dúvidas.

Afora todas as fraquezas e fragilidades, que graças a Deus eu sei que ele tem; o que o torna mais humano na construção de suas características e personalidade míticas dentro de mim. Afora todas as decisões controversas que ele já teve que tomar, muitas vezes por força de circunstancias que eu desconheço (e, portanto o julgamento seria indigno). Afora até o que nos torna tão semelhantes... É um cara que eu admiro, que respeito e de quem quero sempre estar perto. É um guru?! Vocês poderiam me perguntar... Não, não é. É parceiro, é brother, é pai, é líder em cuja presença me sinto absolutamente confortável.

Ontem ele me contou que aos 61 anos terminou um doutorado. Minha boca caiu, claro. De surpresa, de orgulho, de vontade de fazer parecido. Ele também é a força frágil. E me contou um dos segredos que o fazem tão versátil: saber ouvir. Parece simples, mas saber ouvir é uma arte! Essa semana eu disse a um amigo: "tenho ouvido seletivo". Mas não ouço apenas o que quero, mas registro aquilo que convém.