Aventuras de Bibica Day 8

Hoje esta chovendo e eu estou melancolica... Presa dentro de uma casa escura, que parece um casca de noz. Ontem, eu e a Ruivinha conseguimos dar mais uma saidinha. Tadinha, confesso que eu nao era a melhor companhia para uma adolescente que nao ve sentido na contemplacao, so na acao. Mas NY eh o lugar da acao do cartao de credito, gente! E tanto o meu, quanto o dela (ela tem? rs) estao de quarentena, como se estivessem com a gripe suina. Nao podem sair da carteira ate segunda ordem.

Pois bem... Pegamos o trem e fomos para a cidade depois do almoco. Carol nunca consegue comer tudo do prato que pede. As porcoes aqui sao gigantes. Ela olhou o cardapio com resolucao e pediu um sanduba que lhe pareceu coerente: Mascote. O restaurante eh brasileiro. O Mascote, no entanto, eh padrao americano. O sanduba dela era maior que o meu cheeseburger (que ja era um ogro). Para encontrar sentido, falei com ela que os mascotes de futebol americano sao sempre grandes mesmo. Um pobre coitado vestido numa fantasia idiota e colorida.

Gosto de ver a evolucao dela. Ja faz algumas coisas sozinha. Parece meio idiota eu falar assim, mas ela mora no interior. Mas isso nao quer dizer burrice, porque varias vezes ja se mostrou mais esperta que eu. Nos sentamos juntas no trem e vamos observando a paisagem la de fora e a de dentro, que sempre nos parece muito estranha. NY e a periferia de New Jersey parecem abrigar um pedacinho do mundo, com muita gente estranha, diferente (por estranha, eu falo a nossa realidade). Entao, me aproveito vergonhosamente do sungalss que nao deixa mais o meu rosto, mesmo em dias de chuvisco, para olhar as pessoas em estado de pura contemplacao. Um dia faco um post so sobre GENTE.

O dia estava bem quentinho. Caminhamos da 33 ate mais ou menos a 39. No meio da rua, eles fizeram uma especie de praca, eu chamaria de um oasis no meio do caos. Existem cadeiras e mesas espalhadas, para as pessoas que querem fazer uma hora, tomar um cafe ou fumar. Passa carro em duas laterais e a faixa das bicicletas na outra (fica uma praca em forma de triangulacao). Compramos uma coca light (US$ 1,00) e dividimos a latinha sentadas ali. Eu estava me amarrando em olhar o povo passar. Fiquei alguns minutos quieta, formulando algumas teorias e a Ruivinha falando... O que? Eu nao sei. Naquele momento eu me desliguei, porque ela fala mais que radio.

Fiquei reparando que muitas meninas que seriam rotuladas de gordinha no Brasil, ali eram absolutamente dentro do padrao. Ate as meninas mais magras, que eu classifico como as cheerleaders, possuem uma boinha ou nas costas ou na parte da frente. Lisas mesmos, so as Orientais (super estilosas e as nojentas estao sempre bebendo um veneno daquele de chocolate, que so de olhar me engorda!).

Fomos a Grand Central Station, outro lugar que eu adoro ir... So de pensar que queriam acabar com aquele lugar, me causa ainda mais encanto. Falei com a Carol que Jackeline Kennedy (Onassis) foi quem nao deixou que aquele lugar lindo fosse destruido. Ele me pergunta: “Quem?”. Eu olho para ela, pensando com os meus botoes oh, daddy! Quando ela me diz: “Nao foi aqui um dos cenarios de Madagascar?”. Tenho que me render... Sim, foi... Cada um na sua!

Caminhamos pela Madison – coisa que eu nunca tinha feito – de volta a area da 33st. Na 34, eu entrei em direcao a 6 avenida, para que ela desse de cara com o Empire State Building (hoje o maior predio da ilha). Carol repara que turista eh aquele que olha para cima. Faz sentido. Pela 6 (Avenida das Americas) caminhamos ate a 25, atras de uma loja incrivel que a Onca me levou uma vez. Nao achei. Voltamos pela 7, que eh uma avenida feia... Mas esse caminho nos possibilitou a passagem em frente ao Madison Square Garden. Eh um verao atipico, nao tem show legal e nem sol todo dia... O mundo esta triste ou sou so eu?