Foto: Fidalgo Pedrosa
Já estive ao redor da fogueira. Lembro bem daquele calor. O calor não era apenas do fogo que ardia, mas do motivo da união das pessoas ao redor do fogo. Laços de afeto, mesmos ideias, tantas canções. Sinto falta do tempo da fogueira, quando eu olhava para cima e via o céu estralado. Era tempo de olhar para cima e me perder em sonhos e pensamentos. A esperança estava no vento.
Há quanto tempo não contemplamos o céu? Há quanto tempo não conseguimos olhar para estrelas e nos deixar perder em pensamentos, com o vento da esperança a bater contra o nosso peito? Os dias andam velozes. O concreto das construções tem nos impedido de olhar além.
Pior é quando o concreto das construções, acelerado pela questão do tempo (a falta dele, a velocidade dele), começa a pavimentar e sedimentar os nossos corações. E lá se vão sonhos, esperanças, o vento...
Nascem pessoas vazias. Criam-se pessoas blindadas. Onde está o vento da esperança na construção do seu destino? Quero o calor da fogueira do afeto a derreter o meu coração. Hoje e sempre.
2 comentários:
Bibi:
Bela e tocante reflexão. Pa-ra-béns!
Tenha um ótimo feriadão.
Joss.
Joss: FERIADÃO! Milagr, estou tendo! Nem trabalhei! UHU!
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