12.4.09

É Possível!

Foto batizada de: "O Jantar Está Servido!"

Quando eu comecei a trabalhar na terceira revista, tudo foi uma grande descoberta. E dentre todas as novidades que me incendiavam e angustiavam, tive o prazer de conhecer pessoas. O privilégio foi conquistar uma sintonia tão grande com alguns, a ponto de chamá-los de amigos. Um desses profissionais foi o Rod.

Chegar ao estúdio do Rod era encontrar uma turma incrível. Todos que trabalham com ele têm um astral digno de cobertor com chocolate quente em dia de alto inverno. Aconchegante e doce. Eu fazia do Mil Palavras uma continuação da minha redação. A certa altura da convivência, ganhei até um computador para chamar de meu, ao lado do deles! Luxo só.

Houve uma época em que o Rod estava muito triste. Passando por dias difíceis, como todo mundo que tem que gerenciar a si mesmo, o seu negócio, o seu talento e a vida financeira de outros funcionários. Aquilo não me foi dito, mas eu percebi as sutilezas no ar. Assim, todas as vezes em que chegava lá, levava comigo além do trabalho, um ótimo humor. Qual o preço de palavras de incentivo? Nenhum! Talvez apenas boa vontade.

Eu sempre acreditei no trabalho do Rod. Acho um cara sensível e de uma bondade que não tem tamanho. Seu carinho é tão precioso para mim, que a minha vontade era de dar colo. Como ele é casado com uma ruiva espetacular, que é minha grande amiga também, deixei essa tarefa para ela e passei a dar idéias, a motivar!

Sabe o que aconteceu então? Sem esperar, quem ganhou fui eu! Um dia, do nada, o Rod olha nos meus olhos e diz: “Você me faz acreditar que é possível; que as coisas podem acontecer”. Jamais esqueci a frase, o olhar e o impacto que toda a nossa convivência - cujo ápice foi o presente em forma de palavras expressas – me causou. São palavras escritas no infinito.

Eu não posso negar: adoro elogios! Mas quando eles acontecem sem que eu faça efetivamente [especificamente] alguma coisa [de concreto], fico que nem pré-adolescente perto de garotas bonitas: não sei onde colocar a mão. Essa semana isso aconteceu. Um querido amigo deixou uma pedalada incrível para mim e vou dividir com vocês:

“Sinto-me muito à vontade de comentar o texto, até porque a autora já sabe o que penso a respeito de sua capacidade literária. Entendo que o Fernando captou a essência do que esta "mulher", "eterna menina", passa para nós quando nos brinda com suas linhas intelectuais, sóbrias e divertidas, caminhando sempre sobre a linha tênue do bom gosto com primazia ao escrever! Sua competência em traduzir em seus textos para a vida real, com a habilidade de nos transportar para mundo simples e verdadeiro é a meu ver um deleite.A conheço faz pouco tempo, mas de certo parece que foi há cinqüenta anos. Nunca me senti tão feliz por conhecer alguém viciado! Calma gente a própria Bibi falou que é viciada em escrever... rsrsrsA propósito, seria para nós uma grande perda se ela não fosse dependente de seu teclado, caneta, lápis, pena, giz, tijolo ou sei lá o que... Algo com que se possa escrever! Pena que ela mente! Calma de novo pessoal! Alguém que escreve assim não pode se auto-aclamar sem capacidade de “seduzir” ou sem saber fazê-lo. Se o intuito foi falar de conquista, muitas vezes para ser seduzido precisamos estar preparados. Quem sabe os alvos não eram os melhores capacitados para a Bibi?Considero que ser conquistado pela Bibi deva ser uma tarefa árdua! Imagine jantar com alguém com a capacidade pensante desta “menininha”! Pode gerar dor de cabeça considerável em alguns guris... Bom, acho melhor parar por aqui para não me tornar piegas ou bajulador. Sabem como é! Um amigo ou fã apaixonado, se não ficar atento torna-se chato e tendencioso!De qualquer forma, que venham outros dias de chuva ou sol, passeios de metrô ou o que for, amizades ou pães de queijo, mas que tudo de simples e agradável seja motivo e inspiração para termos a Bibi escrevendo para nós. Trata-se de uma BENÇÃO DE DEUS, que desejo continuar recebendo!”.

Não sei o que fazer a cerca dessas coisas. Só posso escrever “um pouquinho”. Muito mais que elogios, eu gosto mesmo quando vocês respondem aos textos, mostrando que leram e que se interessaram ou não pelo assunto... Destacando partes ou comentando se a minha percepção fez diferença para quem lê.

Eu não sei como conheci o Guardião. A gente tinha amigos em comum, se via sempre e um dia falamos: oi! Desde então, somos referência um para o outro. Nunca batemos um papo profundo, mas o abraço dominical é cheio de carinho! Falei do BibideBicicleta para ele. Ele fez um blog também [O Guardião e Seu Reino, que coloquei na coluna da direita]. Demora a comentar aqui, mas quando o faz é sempre esse texto de excelência! Comenta sempre ao vivo, no entanto. Fala de sua bela esposa, que conheci. E agora celebra a dádiva de ser pai, depois de uns dez anos de tentativa. Gol de placa! Vai ser um bebê de sorte, porque carinho o pai tem para dar e vender!

Acertou perfeitamente bem quando se referiu a mim como essa "mulher", "eterna menina”. Sempre me sinto assim. Uma vez, um de vocês me chamou de "mulherzinha". Não de forma vulgar, mas absolutamente provocativa. Por isso escrevi que prefiro ser "charmosinha", como o LCaldas me chama! Acho que nós, mulheres, gostamos dessas classificações com sufixos inho e inha. Cada um em seu momento próprio: amorzinho, xuxuzinho [eu já disse que gosto de escrever com X, porque acho mais charmoso para um apelidinho], charmosinha, bonitinha, queridinha, gatinha... Esse é nosso lado mimosa [sem referência às vacas, por favor! RS].

“Considero que ser conquistado pela Bibi deva ser uma tarefa árdua”. Não, não, não! Peloamordedeus! Eu sou a favor da simplicidade! Não posso usar o blog para fazer propaganda de mim mesma, senão vai parecer “Namoro na TV”! Ou comercial de um produto tipo "mil e uma utilidades". Não sei seduzir mesmo, mas é só para dar aquele toque: “Ei, olha para mim!”. Depois... É... Hum, bem... Deixa para lá! [hihihi] Geralmente me apaixono por amigos, com quem tenho maior confiança e, portanto, cumplicidade. O último “amigo” que namorei, fiquei oito anos junto. As coisas duram o tempo necessário e ninguém sabe que tempo é esse. O último namoro [com um completo desconhecido], no entanto, durou apenas três meses. E foi tão intenso quanto. Juro! Quem pode dizer que é senhor do tempo e da razão? Quem controla a emoção? A vida é feita para viver e para te ensinar a ultrapassar certas barreiras individuais internas e externas. Não dá para fugir! Quem foge, marca passo, trota em espinhos com os pés descalços. Anda na chuva de guarda-chuva rasgado. Mais que isso, eu não preciso revelar, não é mesmo?

O resumo de tudo é: quando você é apenas o que pode ser e não fica preocupado em aparentar o que as pessoas esperam [ou o que você imagina que elas esperam], fica sensível às necessidades de quem está à sua volta e investe uma pequena partícula do seu tempo em fazer o que é bom, em ofertar uma palavra, um ombro, um ouvido, um livro, uma lágrima, que seja, um abraço; as respostas chegam de maneira inacreditável. E elas estão chegando, sem papel de troca. Resposta ao tempo. E eu ainda tenho TANTO a aprender...

4 comentários:

Dani Lomba disse...

Ler vc, é uma festa para os olhos...
Bjs,Dani Lomba

valmir disse...

O que falar com tanta palavra já elucidada? Nada, me resta destacar um bom trecho... "A vida é feita para viver e para te ensinar a ultrapassar certas barreiras individuais internas e externas. Não dá para fugir!". Não dá.
bjos

Lucas Ferraz disse...

Vc está meio Ana Carolina nessa foto...

beijão

Saulo disse...

Já li e já comentei!... ahauahau