Alguns trabalhos que editei/redigi essa semana...
Foto: Selmy Yassuda para Caras
Foto: Selmy Yassuda para Caras
Bastidores:
A matéria com o Alexandre Borges foi muito legal de fazer. Na verdade, meu trabalho foi de pensar em um texto de abertura, depois realizar um verdadeiro trabalho de engenharia com a reportagem feita anteriormente pela repórter Roberta Freire, que me deixou 17 páginas de apuração. Foco na missão foi pouco. O trabalho de formiguinha começou na sexta-feira, editando o que valia ou não entre perguntas e respostas. Uma vez paginada a matéria, que é quando o redator sabe que tamanho ela ficará em número de caracteres batidos e as fotos que farão parte da ilustração, você também começa a desenhar o abre, que é aquele texto que apresenta as perguntas e respostas que virão a seguir. É um texto leve, portanto, parece muito simples de fazer, mas não é, creia! Eu adoro, mas sempre fico nervosa com a página em branco. Fato natural.
No próprio domingo, liguei para o Alexandre, para ver se havia alguma atualização a ser feita. Essa é uma espécie de reentrevista, onde se consolida as informações. Nada. Não consegui falar. Na segunda-feira, dia do fechamento, quando estou absorvida em mil coisas que acontecem ao mesmo tempo antes da revista finalmente fechar e ir para a gráfica - com São Paulo e Rio trabalhando juntos contra o relógio e a distância geográfica - toca o celular...
- Oi Bibi é o Alexandre Borges...
Claro que não tinha o número dele gravado no bina do meu celular, mas aquela voz é uma coisa inconfundível. Sempre acho curioso falar com artista por telefone. Minutos de euforia contida, porque eu estava falando com o Alexandre Borges, ora bolas... O cara é MUITO simpático (e lindíssimo e gente boa). Perguntas saia-justa para um entrevistado que entende a função (e o desconforto, certas vezes) do meu trabalho. E ele encara rindo, dando as explicações necessárias sem deixar a peteca cair.
Corta Para/
Essa madrugada. Eram três horas da manhã em ponto. A matéria já estava no site da Caras como janela de capa. Toca o meu celular. O bina, já devidamente registrado, dedura o interlocutor. Sim, era o Alexandre Borges... O que ele queria? Não sei, não atendi.
- Alexandre, deixa eu dormir!