30.11.08

Coragem!


Gente!

Sensacional a minha Sorte De Hoje do Orkut. Não costumo dar a menor bola, mas essa foi direto e reto para mim. Se liga só:

"O sucesso não é o final e o fracasso não é fatal: o que conta é a coragem para seguir em frente".

Ai Deus, obrigada pelo shake [sem milk]!

Bom, e já que voltei aqui só para escrever esse ditado MARA, aproveito para dividir um outro fato recente. Estava no carro com a Bia Bug e o Carocone, quando ela lê em uma placa a cidade de Itororó. Daí, ela começa a cantar:

"Fui no ITORORÓ, beber água e não achei..."

Eu dou uma gargalhada, achando que ela estava cantando errado, mas que até que cabia na letra da canção. Mas ela é que está certa! Itororó é uma região de seca no nordeste do país, daí a canção de roda! Céus! Eu ia morrer sem saber disso... Se bem que se "acariocarmos" a letra, ficaria:

"Fui NITORORÓ, beber água e não achei..."

Melhor que uns e outros, que achavam que "Duberrot/Duberrô" era o Gato Francês do clássico "Atirei o Pau No Gato". [Adoro gatos franceses...]

Faz cara de paisagem e passa amanhã...

A Mulher e o Buquê da Vê



Caramba! Que dia atípico eu tive hoje! Estou com uma sensação de que fiz muita coisa e ao mesmo tempo não fiz nada! Bem, não devo ter realizado nada de muito produtivo, daí a sensação. Nem coloquei o nariz na rua, o que é vergonhoso para um dia de sábado.

O mais engraçado é que a coruja já piou e a carruagem já virou abóbora e a gata borralheira aqui está com tudo! Uma agitação que só você vendo! Amanhã tenho que levantar cedo e sofro só de pensar! Porque nesse exato momento a cama não me chama, meu bem.

Fiz uma nova descoberta e estou super empolgada. É besteira, mas ainda não posso contar! Estou elaborando um projeto muito pessoal, que me estimula demais! Adoro quando posso usar a criatividade, aliada a outros elementos que me encantam, seduzem e empolgam. Poderia virar a noite em cima do que já comecei, mas tenho noção de que amanhã não posso ser o mau-humor em pessoa: almoço de família! Tias velhas e varizentas que te observam nos mínimos detalhes e lançam aquele olhar de orgulho, emoldurado pelo sorriso dentadura [um patrocínio de corega tabs].

Amanhã vou cheirar laquê e ainda vou gostar disso! Adoro uma reunião da terceira idade [e não é piada, gosto mesmo! Trabalhei em um lugar que o editor só me passava matéria dos veteranos. Depois, passei a descarcar os pepinos que chegavam por telefone também. Aquela doçura...].

Quanto ao projeto, estou surfando na crista da onda do prazer de fazer algo criativo [embora não tenha nada de inédito ou novo ou de vanguarda. A novidade é para mim]. Puro deleite de um fim de noite na santa paz, sem barulho lá em baixo e sem meus pais disputando para ver quem chama mais um ao outro [ou a mim].

Segunda-feira eu começo no trabalho novo! Vai valer um post exclusivo de lá [se der tempo]. Hoje, deixo vocês com um texto que a Vevê postou no Casa da Vó Merinda. Amei o que essa menina escreveu. Sim, é uma menina que até bem pouco tempo me perguntava se devia fazer Direito ou Jornalismo. Tire você mesmo as suas conclusões:


"Não era apenas uma senhora caminhando pela rua; era uma senhora caminhando pela rua com um buquê. Verdade seja dita, estava de branco, mas de certo não era noiva, pois não se vestia como tal. Estava cansada, percebia-se pelos olhos, mas ouso afirmar que não se tratava de tristeza. Simplesmente cansaço, na sua definição mais simples, afinal, já era noite. Talvez, fisicamente, estivesse ali, mas seus olhos mostravam que estava longe; seguia seu caminho como se ligada a algo que a fizesse chegar aonde deveria, sem ao menos perceber o percurso que fazia. Seguia seu trajeto de maneira automática. Se vivêssemos em outro século, no futuro, poderia jurar que se tratava de algum tipo de ser mecânico, cujos passos são perfeitamente calculados do local de origem, ao de destino. Mas não se tratava disso. Era apenas uma simples mulher com um buquê na mão. Não andava, não corria. Caminhava a passos lentos.

Chamou minha atenção não pelo andar, não pelos olhos, mas pelo buquê. Rosas brancas e vermelhas estavam ali, embrulhadas nas mãos daquela mulher, mas ninguém notava. Seriam aquelas flores fruto de um marido apaixonado? De um filho arrependido? Quem sabe, até mesmo, de um admirador? Era um arranjo muito vistoso. Bem elaborado com detalhes singelos, como um desses auto-adesivos fornecidos pela floricultura. Não consegui identificar o que dizia mas, de certo, tratava-se de alguma felicitação. A forma como pressionava o embrulho sobre seu corpo tornava visível o quão importante era. As cores das flores refletiam no asfalto. Qualquer um que a observasse por dois segundos, perceberia que olhava o chão com um leve sorriso nos lábios. Porém o reflexo não provinha das luzes alaranjadas da rua sobre sua sombra, mas sim dos pensamentos aos quais ela recorria naquele instante: as flores.

O sinal ordenou e meu carro andou. Poderia ter permanecido parada ali por mais alguns longos e curtos instantes, imaginando como não teria sido o dia da jovem senhora até chegar naquele instante, onde sua realidade e minha imaginação se cruzaram. Não consegui concluir nenhuma história, pois muitas seriam possíveis no contexto observado. Contudo, uma conclusão obtive: se fui eu o agente observador da situação, ela, com toda certeza, foi o transformador. Por mais que ela nunca venha a saber, seus passos, seus olhos e seu leve sorriso geraram, em mim, uma pontinha de alegria. Em uma cidade onde sirenes, gritos e tiros são percebidos pelo medo que provocam, cenas como a observada por mim são completamente ignoradas. Pensei então que não só eu, mas todos nós precisávamos de um algo mais. No lugar de armas, um buquê. No lugar de tiros, uma pétala. No lugar do medo, esperança."

27.11.08

Dia de Ação de Graças

Hoje é Dia de Ação de Graças!!!
Gosto dessa data tanto quanto do Natal. Para a minha religião, ela tem mesmo um significado especial. Mas deveria ter para todas as pessoas no mundo. Agradecer nunca é demais, porque no fundo, no fundo, a gente não merece nada! As dádivas são frutos da Graça!

Quero agradecer por tudo o que me lembro [AGORA] de ter vivido no ano de 2008 [e até pelo que esqueci, já que sou humana e, portanto, falha] até que venha o ano que vem, com novas cores para o livro da vida! E para ilustrar o post, cenas de um dos meu filmes preferidos - The Sound Of The Music - porque é assim: com erros, acertos, boa vontade, fé, risos de criança, música, lutas, vitórias, amizade, brincadeiras e coragem de amar, que eu gostaria que a vida fosse feita.
(Texto totalmente pessoal. Faço questão de registrar, mas provavelmente muitos não devem compreender. Desculpem, esse é todo meu...).

Obrigada Deus...


Pelo novo emprego;
Por ter saído bem do antigo e com a sensação de trabalho bem feito [e todas as vitórias saboreadas e celebradas com a minha família da Abril/Rio/Coleguinhas - quem é, sabe!);
Pelas mensagens de apoio que recebi;
Porque hoje é aniversário do meu Pai (e ele é um filezão feliz); Porque hoje é aniversário da Va Sopadeletrinhas, uma nova e querida amiga feita esse ano;
Pela vitória do Luke, celebrada comigo e esperada por nós há “séculos” (AEEEEEEEEEEEE) e por toda a nossa fina sintonia ever and forever;
Pela vitória do Saulo no concurso público e na vida;
Por ter recebido o Ma na minha vida de forma tão especial e guardar tanto carinho pelo que foi e pelo que há de ser daqui em diante [por guardar a vida dele de perigos e ciladas];
Pela proteção e livramentos de coisas que nem sei;
Pela minha saúde e da minha família;
Pela Mãe amiga (Gostosona dos cabelos de ovelha);

Pelo apoio e alegria que sempre encontro na Família (irmãos sobrinhas, tia, primas (os), cunhadas e os agregados, Filé);
Pelo Bibidebicicleta que me faz tão feliz e que ajuda as pessoas que nele buscam alento ou ócio criativo [e por TODOS os meus ciclistas - os que postam e os que não postam];
Pela maravilhosa viagem de férias para NY e o passeio em Buenos Aires - nas melhores companhias;
Pelo filme que fizemos no ano passado, mas que assistimos esse ano (Mestre Honey, Bu, Jorge, Suspiro, Flavio, Vitinho e Cecília, que abriu sua casa e coração para a estréia e tantas coisas mais); E o SRuivinho, parceiro nas escritas;
Por mesmo estando longe, eu os sinto tão perto (Tom, Taty, Dea, Eddy, Dudu, Gaby, Julia, Mel, Sah, kA, Bobby, Maria Macaca e Zé Gambá, Tom Sut, Chris, Juan, Ash, Sean, Lena, AnaK);
Por ter encontrado a Ivone e Kriegger e nelas ter permanecido;

Por tantas atividades extras que me deram tanto prazer;
Por guardar o Suspiro de todo mal e dar coragem para continuar [pelo abraço, consolo e sorriso dele que são coisas de outro mundo e me sinto privilegiada por tê-los sempre!];
Pela mãe da SandraJ ter conseguido operar [com sucesso]depois de ter ficado 15 dias com uma fratura exposta internada no hospital público;
Pela inspiração de cada dia e pela vontade de continuar vivendo ainda que e apesar de;
Pelos novos sonhos e pelas realizações que não merecia, mas que me foram ofertadas em amor;
Por ter conseguido emagrecer, mesmo em meio à "tempestade dos dias";
Pelo casamento da Lívia, da Lizzi, do Alvo, da Vivi e Ellus, da Anamana, do MCandido, da Sibele, CDaher, Beloca, HJunior e Deia...
Pela RO de todas as sextas e o after RO que tanto nos une (e a família RO que se formou, cuja "memória me aquece");
Pela prova feita na Globo e pela derrota ter me ensinado mais que uma possível vitória (tudo tem seu tempo determinado);


Pelo estágio da Gorda ter rolado, quando as chances já pareciam mortas e enterradas;
Por ter conhecido a Xuxu (que se foi) e o Lui (que está de partida, mas promete voltar);
Por ter conseguido fechar todas as "matérias" dentro do prazo, mesmo não acreditando que a prorrogação ainda é jogo!
Pelas pessoas a quem aconselhei;
Pelos conselhos, ombros, colos, olhares, afagos, afetos, broncas e todo tipo de atenção indispensável que recebi durante o ano;
Por poder falar do (e sentir) Seu Amor;
Pelos filhos dos amigos, que nos mostram (com graça) que a vida continua;
Pelos sorrisos e lágrimas;
Pelo reconhecimento, que não mereço, mas me preenche com honra e me anima;
Por sua ação e proteção junto a mim e a Lessinha no Fashion Rio [e a vida dela junto a mim];
Pelo Ano Novo com a Onça, pelo carnaval em Bananal (e inverno também), pelo Koinonia, pelos encontros gastronômicos [ou não] na casa da Onça, pelo Fill e a Fia terem demonstrado tanto amor ao me esperar para viajar (e tudo o mais que eles fazem), pelas festas temáticas na casa do Saulo, pelo carinho e cuidado da Lou, por já ter passado mais de dois anos dos dez que firmamos estar em amizade com o Carecone, por ter visitado aquele orfanato e ter compreendido mais uma faceta da imensidão do amor em seus múltiplos sentidos e nunaces, pelas eleições da UMP, por ter me encontrado na Catedral, pelo apoio da Anamana, Vevê, Sandra, Wallace, Will, Dudu, Jp, o Fafá (delícia), DebG, Vitor, Will, Morena, ClaraM, a mãe e o pai da Alice, LivG, Max, Charlitos e tantos outros...
Por ter me reconciliado com a KB, depois de um desencontro de mais de 10 anos;
Pelos amigos que tanto amo e as pessoas que tanto demonstram amor, afeto, confiança, carinho, admiração, apoio por mim. Pelos amigos, Senhor! Sempre eles.
Pela minha família “eleita”, para os quais me faltam palavras: Onça, Gorda, Neo, Lu, Suspiro, Lui, DebN, Carecone, Bia Bug, Fill e Fia, Quel Novaes, Nico, Vi e Ellus, CCaldas, Luke, Jujux, Naná, Mic (o chefe), Adê, Queiquei, Bombom, Tita, Ana, Sibele...
Por tudo o que tenho, tudo o que sou e o que vier a ser e ter, eu agradeço de todo coração!
Obrigada Meu Deus!

26.11.08

Eu Tenho!

O Luiz Angulo, o colega blogueiro sobre o qual falei há poucos dias, veio me fazer uma visita. Foi uma passagem marcante, porque ele deixou palavras que me falam ao coração. Ei-las:

"Quem já passou por esta vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu...

Porque a vida só se dá para quem se deu, para quem amou, para quem chorou para quem sofreu...

Quem nunca viveu uma paixão, nunca vai ter nada não...".

Vida que Segue


Depois da morte da minha amiga, fiquei meio sem chão... Aquela sensação de que tudo parecia caminhar numa ordem – mesmo que essa ordem, ironicamente, representasse o caos na minha vidinha conturbada – e em um estalo, você é pego de surpresa com uma mudança abrupta e repentina de rota. Sem aviso. Mas no fim das contas, a nossa história é mesmo cheia de revés. Não há quem controle tempo ou temperatura debaixo dos céus. Também percebo que os sentimentos são rebeldes e, portanto, avessos a qualquer tentativa de “domesticação”, “mapeamento” ou “planilha matemática”.

Entre lágrimas, soluços e lembranças eu segui em frente. Afinal, era justamente o fim de semana que passaria ao lado dos meus amigos na serra. Uma espécie de encontro anual, do qual eu nunca pude participar, porque há pelo menos três anos eu sempre fico resfriada nessa mesma época. É isso mesmo, gripão com data marcada. Febre, tosse e melequinhas me liberaram para a aventura em 2008. E como é vida que segue, resolvi juntar os caquinhos e partir.

Ao chegar ao ponto de encontro, com uma cara de sovaco mal lavado, a BetaGorda vem correndo me receber. E solta uma frase que me faz rir: “Amiga, a maldição foi quebrada! Você vai viajar com a gente e em perfeito estado de saúde!”. Pois é, fisicamente estava ótima e não consigo pensar em melhor lugar para se estar em tempos de xororô, que ao lado dos amigos. Gente que a gente ama e é amado em retribuição [Delícia!].

A viagem mostrou-se uma aventura desde o começo. Nosso motorista era definitivamente primo do Mr. Magoo [aquele velhinho, baixo, careca e cegueta, que se envolve nas maiores confusões, justamente por pouco enxergar]. Logo na saída, a demonstração foi explícita: ele conseguiu subir o meio-fio dos Arcos da Lapa, ao fazer a curva. Por pouco não leva para a serra um pedaço do monumento “boêmio” carioca [Fez o mesmo no canteiro da entrada da cidade de destino]. Inacreditável. Em seguida, foi um tal de acelera, freia em cima do quebra-mola, rola o “levanta e desce” e acelera outra vez, fazendo o nosso estômago sacudir mais que bunda de passista de escola de samba. Entre verdes e amarelos, todos chegaram sem maiores problemas.

O único acidente [ou incidente], claro, aconteceu comigo. Fui ao banheiro do busão. Peguei na alavanca para fazer o pêndulo e acertar a mira na privada. Xixi no vaso, borda seca. Papel, tudo indo super bem. Aquele cheiro de desinfetante de pardieiro me alertando que a tarefa deveria ser feita em menor tempo possível... Fui lavar a mão naquela biquinha mínima. Aciono o botão de leve e nada. Aperto com mais vontade e a água ao invés de sair pela torneira, se voltou contra mim através do botão de acionamento. Pressão e chuveirinho, com água sendo espalhada pelos quatro cantos do cubículo! Não dava para me proteger com a mão. Saí do banheiro com um empurrão na porta, toda molhada e rindo descontroladamente. Ninguém entendeu a cena. A pessoa sai do banheiro mais chulé que existe, de sobretudo e botas pretas, toda respingada! Ainda bem que não sou adepta da chapinha e progressivas... Só assim o estrago seria maior!

Foi um fim de semana chuvoso, confesso. Porém, o que poderia ter estragado a trip, nos uniu ainda mais. A pousada era em estilo colonial e tinha uma sala com vários ambientes. Como foi bom reunir a galera ali! Todo mundo meio misturado, mas cada um fazendo o que mais tinha vontade. Uns namoravam no sofá [ai, ai], outros ficaram no carteado [não adianta que eu não sei jogar sueca. Para mim tudo com números parece resistir à livre entrada no meu cérebro!], outros jogavam Imagem & Ação, tinha os que preferiram ficar vendo filme e os que, como eu, optaram por uma partida de Perfil [Sou LOUCA por esse jogo. Ganhei a partida!].


O outro ponto alto foi uma festa à fantasia organizada para depois do jantar. A semana tumultuada não me animou a pensar em alguma coisa digna, mas eu não queria ficar de fora. A idéia foi comprada por praticamente todos os presentes. Vi que a Onça estava dormindo com uma touca preta [naquele estilo meia-calça de cabeça, sabe?] e ela foi o ponto de partida para eu bolar um Rapper, o Bill, que vendia drogas na balada. Touca, óculos escuros, três relógios, anéis brilhantes em todos os dedos, um par de brincos brilhantes em apenas uma das orelhas, bota, sobretudo e uma meia 3/4 vermelha até o joelho em apenas uma das pernas. Foi muuuuuuito legal! Eu que nada programei, acabei ficando entre os cinco melhores! Tudo bem que a “montagem” veio acompanhada de um desempenho digno de Oscar [Ou Framboesa, o Oscar dos Piores]. Uma das crianças olhava para mim com muito medo, pelo canto dos olhos. Era tão engraçado reparar! Um dos meninos, o Cientista, que conheci lá, levou um bom tempo para saber que eu estava debaixo daquela fantasia! [“É você mesmo!? Não acredito! Tive que chegar perto para reconhecer”. Hihihi]. Fotos, muitas fotos para registrar aquela derrocada... Fazer o que? Gente como eu, sabe incorporar a fantasia!

Conheci gente nova [Thithi, Raposinha, Cientista, Daniecos, Tico e Teca, Fefê, Bê, Vampira, Raquel do Caju...]. Revi os que eu estava com saudade [Catita, CCaldas, JP, Rosinha, Kika, Leozinho, tantos, tantos] e estive com quem sempre está por perto. E é uma delícia sempre! A maior terapia é estar relax em meio a quem se gosta, fazendo algo diferente do habitual. [Senti falta de alguns, eles sabem que fazem falta!].

Sorri, chorei, me emocionei, fiz arte, cantei, comi bem, dormi mal, bati papo, fiquei em silêncio, abracei, beijei, me senti tremendamente cuidada, recebi elogios, dei conselhos, briguei com a temperatura da água do banheiro, vi uma maluca entrar correndo pela propriedade, vi um gato preto, admirei os gatos locais, dancei, peguei chuva, tirei foto, achei o tesouro, aconselhei a Lelê [e é sempre ótimo!] e fiz o mesmo com a CCaldas [momentos reveladores!], dividi o quarto com as 8 mulheres mais legais do pedaço [não que as outras não sejam, mas foi perfeito!]. São momentos que eu não esqueci. Detalhes de uma vida, histórias que contei e que conto aqui...

24.11.08

You Make Me Sing


Esse post pode soar meio "requentado", porque a motivação que eu tinha para escrevê-lo ficou bem lá atrás. Ainda assim, correndo o risco de parecer meio aborrecida, prefiro terminar uma história que ficou suspensa no ar. Gosto de fechar ciclos. Sem regra.

No texto If I Were a Boy, eu comentei sobre uma voz que andava me dando arrepios na espinha, siricutico nas cadeiras, aperto na alma e vapor de virilha! Na época, ele ainda podia representar certa "novidade", ter seu tom de ineditismo em terras brasileiras, mas depois de se apresentar no Domingão do Faustão, a gente já pode dizer que ele se popularizou [ou exagero?].

Conheci o trabalho de Michael Bublé em uma das minhas viagens a Nova York [acho que em 2005]. Se não me engano, ouvi uma de suas músicas no rádio e fui correndo para o youtube a fim de encontrar o rosto do dono daquela voz incrível. Fiquei completamente seduzida pelo conjunto da obra [what a nice guy! My number!]... A imagem era tão boa quanto o tom da sua voz. O repertório também me tirava do sério [e do chão com hits como Fever e Crazy Little Things About Love]. Ele canta, acompanhado por uma orquestra, um repertório que mistura standards e sucessos do pop [É o bailinho moderno, trazendo o que mais me agrada na tribo do Jazz. Ou seja: perfeição no tom, na intenção, no som, nas letras e na carga emocional que essas músicas despertam].


Bublé tem apenas 33 anos. É uma delícia de se ver e de se ouvir. E usa as suas habilidades como ator para encantar [ou enfeitiçar] sua platéia, em performances dentro e fora do palco. Bublé não tem medo de gente! [Em São Paulo, teve a sua bunda beliscada por uma fã mais afoita e fez graça com a situação]. Ele canta e eu me derreto. Voz no ouvido, com canal direto para o coração, aguçando meus sentidos! [Os cinco e, que sá, outros tantos sensoriais que acaba por se descobrir, quando você se deixa enebriar. Melhor, só ele cantando com a boca no meu ouvido. Nirvana! hehehe]. Já vendeu mais de 11 milhões de discos, em tempos de crise na indústria fonográfica. Em menos de cinco anos de carreira, já foi indicado ao Grammy, o que coloca muitas vozes sintetizadas e produzidas em estúdio no chinelão de couro, mano!


Quase morri quando descobri que teria que viajar justamente no dia de sua apresentação no Rio de Janeiro. Quase morri também, quando estava no Madison Square Garden e descobri que ele lá se apresentaria um ou dois dias depois da minha volta para casa. Quase morri, quando ao chegar em casa no domingo da viagem, vi que ele estava no Faustão, ainda mais lindo que nos videos e fotos. Quase morri quando soube que ele volta para um grande show em março!

EU QUERO TANTO IR!
Espero que o tempo nos encontre!
E que o meu seguro de vida esteja em dia...




Piadinha no show paulista:
"Todos, por favor, levantem a mão direita. É essa mão, olha. [e vira de costas para o público. A platéia grita]. Essa é a mão direita. Todos estão com as mãos para cima? Ok. Agora pegue sua mão e… Deslize-a levemente sobre a perna da pessoa ao lado". A risada é geral.


Para Ler Ouvindo: Everything
... And in this crazy life and through these crazy times / It's you, it's you, you make me sing / You're every line, you're every word, you're everything...

21.11.08

Xuxu

Salve All!
Dia triste, perdi uma amiga querida. Assim, num segundo de quem se despede e nunca mais volta. A morte é parte da vida, mas a gente sempre se pega surpreendido por ela.

Vou dar uma sumidinha no finde. Na segunda a gente volta de onde parou...

E que a Força esteja com você!
E que Deus abençoe - e muito - a família da Xuxu, que partiu e vai fazer falta, muita falta...

20.11.08

If I Were a Boy


Um dia eu pensei que seria muito difícil gostar de cara de uma música de Beyoncé [que para mim representa uma geração after mine, portanto, é do gênero devo observar com curiosidade], até que vi To the left na TV. Bem... Realmente não é uma obra prima, mas o swing me pegou de jeito. Agora está tocando na rádio If I Were a Boy, pela qual me apaixonei logo no primeiro beat se saber quem estava cantando [letra com história de amor e desamor, voz sofrida e levemente rasgada na garganta, interpretação comovente até mesmo para quem não entende lhufas de inglês]!


Hoje, vendo a MTV, descobri que era ela, a "B"!! Também descobri que a outra "B", Britney Spears, voltou a ser a número UM na escolha da audiência. E mais: a música e o clipe da menina-maluquinha fazem uma boa dupla! Amanhã eu posto algo sobre essa canção e sobre uma voz que anda me dando arrepios na espinha, siricutico nas cadeiras, aperto na alma e vapor de virilha!

Hoje é dia da "B-Good".

(Chorus)
If I were a boy
I think i could understand
How it feels to love a girl
I swear i'd be a better man
I'd listen to her
Cause I Know how it hurts
When you lose the one you wanted
Cause he's taken you for granted
And everything you had got destroyed

Tradução levemente constrangedora, porém perfeitamente compreensível do trecho e da canção, você acha AQUI.

19.11.08

Para Viver Um Grande Amor

Não estou 100% certa a respeito do pensamento que vou expressar a seguir; mas... Tem momentos em que acredito que certas histórias estão conectadas por laços invisíveis que transcedem espaço e se encontram no tempo. Ao mesmo tempo. Papo estranho? Vou exemplificar...

A BWood me deixou um recado intrigante. Disse que um amigo dela de São Paulo, o Luizangulo, também deixou o Soneto da Separação, do Vinícius, no mesmo dia que eu. Achei esse fato muito curioso e fui lá dar uma espiada no blog dele. O post que ele colocou imediatamente depois, do mesmo autor, era justamente o que eu precisava dizer hoje...

E digo!

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor. Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor. É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor? Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor.

É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor. Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva obscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.

Estou sofrendo de amor, com alguém que não sabe viver um grande amor. Mas passa... Tudo passa e o amor-próprio se renova e nos renova. Quem não sofre de amor, não ama; ou nunca amou, o que é ainda mais triste. Mas estou bem [mesmo e não sei como], vivendo os desafios de cada dia e esperando sempre em Deus pelo melhor [embora tristinha, o que é natural]. Para viver um grande amor, é preciso saber que sempre há amor para recomeçar.

18.11.08

Eureca!


Certa vez eu recebi um e-mail de uma pessoa especial com uma reflexão instigante:

"Cada indivíduo tem uma balança, onde existem pesos tão diferenciados e próprios, que torna-se impossível, sem entrar no universo particular de cada ser humano, compreender seu funcionamento. Difícil é aceitarmos a nossa impotência perante o OUTRO".

Uma análise profunda sobre as relações humanas. O outro, esse ser tão múltiplo em suas complexidades e matizes. Não há livro que possa mapear a alma humana e seus desdobramentos em relação aos sobressaltos da vida. Claro que existe um padrão, mas acredito que somos surpreendentes, únicos e com uma capacidade de mutação mais veloz que qualquer teórico possa acompanhar. Gosto daquele expressão: "Isso nem Freud explica"... E não explica mesmo. Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é, de se saber humano.

Se é difícil me compreender, como exigir de mim a compreensão do outro? As relações humanas não são baseadas somente no completo mapear do interior daquele(s) que vive(m) em seu círculo de segurança... Mas no aceitar que diferenças e semelhanças tem o seu lugar, somam certezas e completam debilidades. Basta querer. E ninguém pode querer por você. O processo é interno, dinâmico e exige entrega.
Eureca!

17.11.08

VM


Vinicius de Morais

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

16.11.08

Por Amor

Por Amor
Catedral

Faz tanto tempo mas não me esqueci,
Do teu carinho tão grande por mim,
Eu sei que um dia eu quis te esquecer,
Outros caminhos eu quis percorrer,
E a gente pensa que vai ser feliz,
Que para tudo há uma solução,
Mas solução não existe sem ti,
Preencha agora o meu coração.


(Refrão)
Por amor, teu amor,
Modificou o meu viver,
O meu ser, teu poder,
Iluminou o meu olhar,
Céu e mar,
Teu querer,
É tanto bem querer pra mim,
Eu sei que não mereço mas,
Tu és amor, amor,
Eu sei que não mereço mas,
Tu és amor, amor.

Fundo do Poço

Demorei um tempo bem grande para compreender o sentido real da expressão 'fundo do poço', depois de descobrir que ela existia metaforicamente. Seu significado era óbvio, mas você só agrega valor quando experimenta a situação que cunhou tal expressão.

Quando criança, desenvolvi mecanismos próprios para que o mundo dentro de mim fizesse sentido. Alternando a percepção da realidade cotidiana de uma sociedade em movimento constante, com a imaginação de um lugar seguro onde pudesse abrigar a minha alma e a minha mente em circunstâncias desagradáveis ou sem explicação. O poço, no caso, era apenas uma fonte de água a brotar...

No período da adolescência tudo fica naturalmente [e fisiologicamente] mais complicado. A constante variação de humor é um dado de realidade contra o qual não se pode lutar [não de forma justa e na total compreensão da tática do inimigo, que é silencioso e ardil]. Não é uma luta justa. Somam-se a isso as tantas variáveis que a história de vida de cada revela: as dores, as lutas, as vitórias, as relações, os exemplos, as doenças, os amigos, a educação, a moral, os locais que freqüenta, as roupas que usa, a música que ouve, os livros que lê, a família que tem, os segredos que guarda, os mistérios que desvenda, os choques de realidade, a falta de atenção, os dramas, os medos e a sua própria personalidade, que dita a maneira pela qual você vai lidar com isso tudo [também].

Eu jamais desejaria voltar aos meus tempos teen. Foi uma fase muito gostosa, com momentos dignos de serem eternizados, mas foi um período obscuro e de muita incompreensão... Foi aí que eu conheci o 'fundo do poço'. Mas o meu poço ainda estava em formação...

Ainda misturo o que chamo de fase jovem e fase adulta. Eu me sinto no limiar das duas. Foi na fase jovem que entendi o que era 'fundo do poço'. Sofri as piores dores, fruto de ações humanas e de deficiências até então não reveladas. E uma vez que você visita esse lugar escuro e de difícil respiração, você acaba morrendo de medo de ter que voltar para lá um dia. E se protege do poço. E se protege da vida.


Gostei de ouvir a Adriane Galisteu falar, uma vez, que o poço dela "tem uma mola no fundo: toda vez que ela bate lá, necessariamente tem que voltar para cima". Muitas vezes você necessita de alguém lá no topo para te dar a mão e te puxar [e não há vergonha nisso. Quem é soberbo tem dificuldade de receber ajuda. Quem é egoísta, tem dificuldade de ofertá-la].

Tenho vivido dias no poço. Ora lá de cima, bebendo a água mais fresca e cristalina. Distribuindo esse bem precioso para os que me cercam. Ora, saltando dentro do poço, não atrás da tal mola lá no fundo; mas de bungee jump, num sobe e desce vertiginoso e assustador. Fatos da vida passando em disparada e alternando sentimentos que não conseguem encontrar repouso. Você já se sentiu assim?

E quando a cuca está dando pinote dentro da cabeça e o óbvio parece tão 'simples', quanto a teoria da relatividade... Eis que surge uma luz. Simples e direta. Minha amiga da faculdade, MarciaBitt, conseguiu desenvolver uma relação comigo à distância geograficamente, mas muito próxima ao coração. Nos e-mails que a gente troca, a vida é passada em revista com muita segurança sobre quem está ouvindo e de que forma a informação será processada e devolvida. A cada e-mail a gente cresce como mulher do seu tempo, como amiga e como profissional. E nessa última troca de recados, ela me disse:

"Tenha a certeza de que épocas de muito sofrimento são a premissa de fases muito boas na seqüência. É sempre assim comigo e eu tenho observado isso na sua vida também. Vamos ao fundo do poço e, de repente, o céu parece que se abre. Traz novas oportunidades e a energia boa que precisamos para tocar o barco."

A presença física é um detalhe, quando as palavras preenchem um espaço de dimensões tão importantes. Ela conforta. E espero que as minhas palavras ganhem eco e conforto na vida de quem precisar. Somos todos humanos, sujeitos a altos e baixos; sorrisos e prantos; por do sol e intempéries. É o enredo da vida que é vivida em seus termos.

14.11.08

Filé


Ontem foi dia de ler e ouvir frases interessantes. Registrei e guardei cada uma delas com o devido cuidado e atenção. Vou repartir duas com vocês.

Confesso que sempre tive preconceito em relação ao seu autor. Pelo simples fato dele ter "enriquecido" através dos livros auto-ajuda. Dessa forma, achava que ele incentivava as pessoas a acreditarem que tudo de bom poderia acontecer na vida delas e que a chave estava em suas próprias mãos.

Somos parte de todo processo, sem dúvida, mas não somos responsáveis pelas inúmeras variáveis que se apresentam pelo caminho. Desse modo, quando uma coisa não dá certo, não quer dizer que falhamos... [e todo o processo de aprendizado? E o amadurecimento? E o nosso direito de experimentar algo e simplesmente não gostar ou não querer para si?].

Mas, como todo preconceito tem a sua raiz na ignorância, acabei descobrindo que o Dr. Lair Ribeiro tem frases muito interessantes. E sua obra atende a quem se lança àquela aventura a qual ela se destina. Não há mal nisso. Foi durante uma entrevista na TV Brasil que ouvi:

"Se você mudar, o mundo muda com você".
É exatamente isso que ando experimentando nos últimos dias. Incrível, não é? Essa mudança de emprego me trouxe novos olhares, novas respostas para antigas suposições. Sempre disse aos meu amigos que a vida é movimento, se você fica parado, nada acontece. A nossa velha tendência de se acomodar e aceitar o que não está bom, mas se encontra aparentemente seguro na nossa zona de conforto. ADORO ouvir coisas que repercutem fatos do meu cotidiano.

"A vida é uma escola. Quando paramos de aprender, é hora de ir embora".
Também acho essa maxima sensacional. Já a usei em inúmeras situações, inclusive aqui. Acho que ela reina no inconsciente coletivo, até alguém se apoderar de sua autoria [o que também não há mal nenhum nisso, a priori]. Quando sinto que deixei de aprender ou deixei de ter curiosidade sobre algo [alguém, alguma coisa, algum aspecto], pode ter certeza de que aquilo vai ficar sem encanto já já. O mais incrível é notar que em tudo e sempre temos a chance de sermos surpreendidos. Vou dar um exemplo familiar [silly].
Minha faxineira terminou o serviço mais cedo e foi avisar à minha mãe que já estava de saída:
- Terminei, vou ralar peito.
Minha mãe ficou olhando para ela sem entender uma palavra. Intrigada com aquela expressão. Ela achou que a moça ainda fosse tomar banho e ralar alguma coisa... Ficou com aquela cara de eco no cérebro.
A moça explicou:
- Vou sair fora. Partir.

Minha mãe:
-Ahhhhhh, menina, vivendo e aprendendo. Podia morrer sem saber disso [ela não estava sendo irônica, falava a verdade]! Você pode me ensinar outras?

A moça riu.
Dias depois, estou sentada no computador batendo um texto, quando escuto a minha mãe chamar o meu pai:
- Filézão, você pode vir aqui e me dar uma ajuda?

Cuma?! Filezão é boa, né?
Minha mãe tem muito a aprender. E ela quer!
PERIGO!

Better Place


Hoje eu recebi um e-mail do meu amigo virtual, o Vevê. Entre os que eu conheço - e não são poucos - ele é o cara que mais vezes foi a Disney com a família. Ele organiza a viagem e descola dicas econômicas inimagináveis!
Well...
Hoje ele me escreveu o seguinte:

"Falamos tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos, mas esquecemos da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta."

12.11.08

Preencher Espaços

Esse também é um texto antigo que me pegou de surpresa: é exatamente o que sinto hoje. Dei uma transformada, aparei arestas e trouxe para a realidade contemporânea. É o velho novo conhecido!
ENJOY!
"Preencher Espaços"

Hoje me deu vontade de escrever sobre "preencher espaços". Como em quase todos os textos, quero falar de amizade e de como podemos fortalecer os laços que temos em tempos que o desamor parece reinar.

Outro dia entrei em um táxi e comecei a ouvir a história que aquele motorista tinha para contar [isso é prerrogativa de taxista carioca! Você pode ter certeza de que vai entrar no carro e ele vai introduzir um assunto qualquer]. Na maioria das vezes eu fico atenta, escutando, porque ou vou escutar um relato surreal ou então ouvir as lamurias de um ser humano em crise. Sentimento de compaixão anda em falta no mercado.

O “praça” daquele dia me disse uma frase marcante: "eu estava rodeado de amigos, mas me sentia só. Eu não podia compreender que apenas Deus pode preencher esse espaço vazio". Quem nunca ouviu algo parecido? Aquela frase mexeu comigo.
Como falei lá no começo, não é fácil viver em um mundo em desamor. Durante algum tempo me senti oca, sem visão real do mundo e das coisas à minha volta. Vazia, sem nada que me fizesse sorrir. Um dia, Deus, que já tinha preenchido seu espaço dentro de mim, me mostrou que há caminhos possíveis dentro daquele caminho que a gente tem que trilhar. Complicado? A reflexão foi além.

Eu compreendi que o ser humano é dotado de corpo, alma e espírito. E que a alma é a ponte que liga o corpo ao espírito e vice-versa. Se Deus já habita o meu espírito [assim eu creio e respeito quem crê diferente para si], o espaço que precisava ser preenchido – ou reprogramado – era o da alma: fonte de toda a poesia da minha vida.
Hoje, eu olho para trás e vejo o quanto caminhei. E revendo o meu caminho, percebo que os meus amigos preencheram o espaço vazio da minha alma muitas vezes durante a rota. É neles que encontro o combustível do bem-viver. Tem um certo número de pessoas que me trazem alegria e poesia; sorriso no rosto e uma nova canção.
Tem dias que sinto que ainda preciso vencer essa batalha que iniciei há alguns anos. São momentos de virada, aos quais estamos expostos periódica e inevitavelmente e não devemos fugir [embora essa seja a solução mais fácil e também a mais cara a longo prazo]. Busco quebrar barreiras e encontrar/conservar o amor em tempo de desamor. Amor perdoa; o amor transforma defeitos em características a serem superadas; o amor torna o feio em belo; o amor não se explica, apenas sente-se; ele inspira e suspira. E as vezes também machuca, cria casca, ensina, fortalece.
Se você tem amigos – sejam eles de passagem ou estejam plantados no terreno afetivo, cotidiano e perpétuo – você é uma pessoa de muita sorte. Já existe tanta gente que nos deprecia, que não tenta nem compreender que somos diferentes e temos o direito de sê-lo, se isso não fere ninguém.
Vamos nos jogar para cima, nos acariciar com palavras, reter o que é bom. A mesma pessoa que me ensinou sobre corpo, alma e espírito; também me mostrou o quanto o marketing pessoal é importante. Então agora vou lançar o desafio: hoje é dia de você agradecer a Deus por preencher os seus espaços [ou pedir a Ele que o faça]; pensar nos amigos – os que fez ao longo do tempo e os que tem sempre por perto – e no quanto eles te fazem bem [e se estiver bem motivado, manda uma mensagem para eles, basta uma frase simples e sincera:
“estou pensando em você e agradeço por me fazer feliz” ].

Todos nós temos muito valores: um belo sorriso, um bom humor, um talento, um desejo, uma vontade, um parte do corpo, coisas boas que gosta de fazer, enfim... Tome um banho de auto-estima e vamos amar!
Beijos!



PS: Estou pensando em você e agradeço por me fazer feliz!
PS do B: Dedico esse texto a CDDaher e suas doces palavras de correção e incentivo. É uma honra contar com o seu cuidado em minha vida!

O sentido da saudade


Fiz um texto bem elaborado há cerca de um ano [ou mais] atrás. Selecionei alguns poucos amigos do círculo mais íntimo e mandei por e-mail.

Foi assim que o embrião do Bibidebicicleta começou a crescer. Queria um espaço maior, onde mais gente pudesse ter acesso ao que escrevo. E que tivesse a facilidade de voltar sempre que necessário ou desejado. E que também servisse de fonte para amigos dos amigos. Minha prima Anjinha encontrou conforto em um texto postado aqui. Meses depois, ela mandou esse mesmo texto para uma amiga que precisava. A corrente do bem é assim.

Essa semana, organizando meus textos, encontrei um antigo que me fez muito sentido. Tive o desejo de dividi-lo com mais gente. I AM SORRY, se você já leu [mesmo, sem piada ou ironia]. Eu, que geralmente não me atraio por textos requentados, encontrei acalanto num dos meus. As palavras tem forças próprias e escapam até a minha própria percepção. Tinha que postar isso... Então, lá vai:


O sentido da saudade


Toda palavra tem um sentido, mas nem todo sentido encerra o real sentimento que temos em relação a tal palavra. Um exemplo? Saudade. Será que existem palavras suficientes que possam descrever o peso desse sentimento?

Segundo o dicionário Aurélio: Saudade é a lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las.
Você tem saudade de que?

Estou há semanas sem escrever. E por uma vontade involuntária, quebrei a minha intenção de elaborar e mandar um texto semanal àqueles que se interessem em saber de mim – não sobre mim. Não considero isso uma quebra de uma promessa, mas de uma intenção de manter o coração dos meus amigos sempre aquecidos. Senti saudade de escrever, mas não é dessa saudade que quero falar agora.

Existem épocas da vida em que a gente simplesmente deixa de lado atividades corriqueiras. Sem motivo aparente. Foi o que aconteceu comigo. Parei de escrever. E nesse tempo de ausência de sentidos, procurei saber de mim; busquei pesar os sentimentos e a falta deles. E fazer uma viagem ao seu interior não é fácil. Sinto que ainda estou no começo de tudo, que não fui fundo; mas, descobri que a primeira capa que me encobre de mim mesma é a capa da saudade. Sinto falta de tanta coisa... De gente que já se foi; de gente que está ai, mas não está nem aí para mim; de gente do passado; de gente do presente. Engraçado: às vezes, sinto mais falta dos sentimentos que de pessoas que o despertaram. Foi com muita dificuldade que aprendi que o tempo é capaz de roubar de nós valores raros.

Que saudade é essa?

Muita gente já tentou definir o que é saudade:

* A saudade é um sentimento do coração que vem da sensibilidade e não da razão. (Dom Duarte)

* Como é bom contemplar o céu, interrogar uma estrela e pensar que ao longe, bem longe, um outro alguém contempla este mesmo céu, essa mesma estrela e murmura baixinho: "Saudade!" (Anônimo)

* Quando a saudade é demais, não cabe no peito: escorre pelos olhos. (Anônimo)

* Saudade são águas passadas que se acumulam em nossos corações, inundam nossos pensamentos, transbordam por nossos olhos, deslizam em gotículas de lembranças que por fim, morrem na realidade de nossos lábios. (Anônimo)

O tempo passa voando pela nossa frente. Eu já estive pensando no que fiz e no que deixei de fazer por negligência, desconhecimento, descaso ou falta de tempo e oportunidade. Tenho muita saudade do que já fiz, de quem fui, de quem passou, mas não tenho o desejo de voltar.

Estive conversando com um amigo sobre um tempo mágico que a gente viveu junto. O que ficou foi a saudade. Essa tremenda experiência nos transformou e foi tão forte que chegamos à conclusão de que agora ela é um tipo de fardo, que vamos ter que aprender a viver sem [ou com o fardo]. Saudade de um tempo que não volta mais. No fundo é sempre assim.

Fiquei pensando: quantas pessoas têm a chance de experimentar momentos espetaculares e tão decisivos em suas vidas? Por um segundo me achei especial. Cheguei à conclusão de que experiências são ofertas que a vida nos apresenta a toda hora, em qualquer lugar. Grandes momentos estão disponíveis a todas as pessoas que tenham vontade, visão, coragem de ir além daquilo que se espera e que se conhece. São esses acontecimentos que nos ajudam a formar a nossa própria história. É assim que preenchemos a linha do tempo.

Mas por que tem tanta gente que acha que não viveu nada? Os grandes momentos são aqueles que ficam guardados no cantinho da memória e eles acontecem quando temos um olhar diferente sobre nós mesmos, sobre o nosso momento e aquilo que queremos ser, viver, eternizar.

Ultimamente tenho achado que a vida me oferece uma sucessão de cartas marcadas. Infelizmente esta é a minha tendência de projetar os acontecimentos para o futuro e achar que o presente é apenas uma realidade mutante, pulsante e passageira. Porém, durante esse período de afastamento das letras e de mim mesma compreendi que grandes mudanças geralmente não acontecem através de grandes eventos. A mudança se dá passo a passo e não num passe de mágica.
A vida é um pacote que deve ser embrulhado com amor. E o amor é um sentimento que não pode esfriar em nossos corações, mesmo que o tempo seja capaz de roubar os nossos valores mais raros.

8.11.08

101 :)


Ontem eu voltei com a macaca para escrever! Como diria meu amigo Mineirinho de New Jersey: "com a Maria Macaca"! Acho que foi a mistura de Red Bull com coca light no fim de noite... O caso é que hoje não rolou a mistura punk e eu passei o dia inteiro lagartixando...

Vamos à escalada dos fatos:
... Ontem eu não contei a vocês que o desfile do Copa Palace foi coisa de doido! As "luluzetes" se espremendo para entrar na pérgula, local do desfile. A direção estava barrando geral! Só entrava de bolsa Chanel e sapato Manolo Blahnick para cima! E eu com a minha conga da Dissantini! [mentira, mas era uma sapatilha mais velha que a minha avó rodando bambolê].
...Vários colegas da imprensa falando alto para botar pressão em quem fica na porta com a síndrome do pequeno poder. Fiquei ali olhando, meio desconfiada. Um fotógrafo ficou indignado de me ver ali, barrada, e sem eu pedir, ele começou a gritar com o menino do cara crachá. Apontava para mim e dizia:
Fotógrafo [gesticulando muito] - Você vai barrar ela?! Ela escreve sobre moda!!!! Ah, isso não está certo, ninguém barra ela!!!

Eu estava bem no cantinho da porta, perto da cortina, que eu puxava enlouquecidamente na tentativa de me esconder. O colega da porta me secava de cima à baixo. Já era noite, eu estava em péssimas condições. Acho que nenhum pelo do meu corpo se encontrava em condições normais de temperatura e pressão.
Fotógrafo [ainda gesticulando e agora soltando perdigotos] - Você vai barrar ela mesmo?! Para que vem fazer evento aqui se não deixa a gente entrar!?

Pois é, meu defensor também estava barrado. Fiquei tentando entender o motivo dele estar gritando por minha causa e não em direito próprio... Cada coisa que acontece. Como aquilo ali não estava com cara de que ia ser resolvido, comecei a tentar sair daquela situação, quando aquela onda de gente compacta que se mexe junta me pegou distraída. Um cinegrafista afobado deu com a câmera na minha boca e eu quebrei um dente.
PARA TUDO!
EU QUEBREI UM DENTE NUM EVENTO INTERNACIONAL DE MODA!
ISSO É TÃO RUIM QUANTO SER CONSOLADA PELO MENDIGO!

Ah, meu pai! Onde fui amarrar a minha Louis Vuitton!? Saí dali bufando! E quando já me encaminhava para a porta, dou de cara com o Emílio Santiago. Ele foi barrado há duas portas antes de mim, ou seja, "emilianamente" eu estava no lucro! Pior coitado, é que ele deixou seus pensamentos escaparem em decibéis acima: "O que é que eu vim fazer aqui?", ele disse para o nada. E eu pensei: é mesmo, o que é que ó Emílio Santiago está fazendo em um evento de moda? E moda praia, gente?!
... Bom, o dia de hoje foi meio chatinho. Um pouco depois que eu cheguei, dei de cara com o tal do Christian Pior, do Pânico. Ele e Sabrina Sato estavam entrevistando a atriz e ex-modelo Betty Lago. Falavam sobre os tempos dela de passarela e ele afirmou que as modelos são taradas por laxante. E que assim sendo, o melhor amigo de uma modelo era mesmo o vaso sanitário. É feio, mas eu ri.

... A passarela da Rosa Chá era um espelho d'água no meio. Foi muito engraçado ver alguns desatentos afundarem o pé na poça! Tem muita gente deslumbrada até com mosquito, menina! Fica olhando para cima em busca de bunda de vagalume! Agora, teve um que foi abusado mesmo! O colunista Bruno Astuto viu as amigas do outro lado da passarela e andou por sobre as águas para se juntar mais rapidamente à turma. Ninguém acreditou! E também poucos viram, porque Bruninho é mesmo astuto [pois é, ficou ruim, eu sei, mas eu gosto dessa piadas que valem o troféu joinha!].

... Gente, Gloria Maria com um vestido super curtinho e salto alto e Adriane Galisteu de jeans, camisa toda fechada e All Star. Heim!? Volta a fita, porque eu não sei onde perdi o rumo dessa história! E olha que não estavam servindo nada etílico! Mais uma vez, só tinha café frio e H2OH. Aliás, acho que esse foi o pior marketing da história, porque todo mundo ali tá até as tampas daquela água doce e cheia de gás. Já sentiu que no fim do evento alguém explode, né?!
CUIDADO - PESSOAS GASOSAS - ALTA COMBUSTÃO

... Acho uma chatice essa patrulha com corpo de modelo. Estava na primeira fila com a Beloca admirando a "barriga negativa" que essas meninas têm. São chapadas, para dentro! Mesmo as que tiveram filhos! E as moças ali desfilando e os chatos de plantão ao invés de dar atenção para a coleção, ficam procurando furinhos e celulites para "dedar" [sem trocadilhos, por favor!]. Ah, pára com isso! Ouvi uma frase que passei a usar sempre que preciso: "Não há nada mais feminino que a celulite". E foi até a Gloria Maria que saiu em defesa com uma frase ótima: "Elas já são tão sensacionais, que se não tiveram uma imperfeiçãozinha sequer, deixam de ser mulheres para virarem bonecas".


... Encontrei a Renata Ceribelli lá. Estava com a filha, Marcela. Renata é sempre um doce comigo! ADORO! Divertida, alto-astral, bom papo, energia positiva, inteligente, te olha nos olhos e te responde com simplicidade. Foi bem legal!

... Também amei rever a Regina Martelli. Acho essa mulher um luxo em todos os sentidos. Ela é elegante, é muito bonita, bem tratada, tem um tom de voz macio e meigo, está sempre de bem e disposta a bater aquele papinho comigo. Sou filha de mineiro, adoro um "cadinho de prosa, uai!?". Ela foi uma graça e elogiou o meu vestido. Essas coisas me matam de vergonha! Se eu puder chegar à idade dela com um pouco daquele frescor, serei uma pessoa que certamente soube tirar o melhor proveito das coisas boas da vida, as que valem. Pele boa, menina! OOOOO
... Antes de voltar para casa, tomei coragem para passar em um lugar e ver uma pessoa. Estava com medo desse reencontro já adiado há séculos. Mas o medo em mim provoca imediata reação, porque não gosto dele, gosto da prudência e do cuidado. Fui sem saber o que ia encontrar. Cheguei dizendo que trazia um Vale Abraço. Acabei voltando para casa com o melhor abraço a ser lembrado nos últimos tempos.

"Ei medo, eu não te escuto mais, você, não me leva a nada!".
Amanhã tem mais!
Espero por vocês!
Um beijo!

PS: Fui ao dentista e já estou com a "mobília" reparada. O dente não caiu, só rachou! Não existe a menor chance de me encontrar 101! :)

7.11.08

Val, para os íntimos

Foto: Léo Ramos

... E começou o Rio Summer. Eu, de vestido voal e curtinho em um lugar à beira-mar. Vento dos infernos mostrando a minha calcinha do tipo vovó. Ainda bem que sou adepta da depilação! Faço feio, mas não faço horrível.

... Um calor do Saara me tira do sério. Daí, até agradeço pelo ventinho nas partes e as pernas de fora! Está abafado e só tem "a HOO do Menino" [como diz a Titia] para tomar. Água com sabor que deixa a boca amarga é sacanagem! E nada para comer. Só maçã. Heim!? É para "prender" e ninguém inutilizar o banheiro?! Ah, também não tem café. O que tinha, estava frio. Devia ser do evento passado.

... Fome e sol no "quengo" fazem com que eu me sinta no sertão nordestino. "Onde estará a cachorra Baleia?" Vidas Secas, mulheres secas e gente comum suando em bicas. Se continuar assim o sertão vai virar mar. Salgadinho e tudo. hehehehe

... Pronto. É só reclamar do tempo para ver que o tal São Pedro, que cuida do tempo e temperatura, adora brincar com o termostato. Começa a chover! Assim como formigas que saem das tocas, a mulherada procura um "tapume" qualquer para proteger a chapinha e o make-up feito a base de durepox para "guentar" até o fim do dia. Naquela altura, eu já estava desmantelada, com fios soltos por todos os lados e riscos de caneta por todo o corpo. Salvem o bloquinho! Meu cabelo pode molhar, mas o caderninho de apuração não! Sai a tinta... Nos cabelos só saem os cachos.


... Minha chefe, a mais chique das chiques, está pegando chuva! Não acredito na cena. Ela é linda, mas é do tipo normal, que tem os cabelos minguados pela água do céu. Para evitar a calamidade, ela coloca o casaquinho com capuz e segue linda, meu bem! Loira, magra e vegetariana!

... Encontrei a Erika Palomino! Sou muito fã. Ela sempre bate o maior papo comigo e eu fico ali, tentando absorver um pouco da sua modernidade. Ela diz que é novidadeira; e eu disse que sou "contemporânea de vanguarda"! hehehe. O contraponto pode ser uma mistura que dá certo. Gosto de tudo o que ela faz; mesmo que seja uma escolha que eu não optaria - como num dia em que usou saia balonê amarela e Havaianas. Nela fica moderno, em mim ficaria A Hora do Pesadelo 2. O fruto do seu olhar sempre me soa corente. Mesmo que seja em um dia de curadoria da exposição de aniversário da Melissa. Entrei na sala e não entendi nada, mas gostei de tudo o que vi. Acho que na época eu não era Thundercat e naõ tinha a tal "visão além do alcance".


... Lá está Vera Loyola. Lembra dela? A emergente que enriqueceu com padarias, postos de gasolina e motéis na Barra da Tijuca. Tem que ter gás para comer a carne onde se ganha o pão, não é mesmo? Foi-se o tempo em que era notícia o fato dela tratar as suas cadelinhas como filhas. Vera é animada, menina! Foi para o evento de moda de maria-chiquinha. Sim, você ouviu/leu bem! Ela parou de aplicar laquê e foi toda trabalhada no penteado "menina da porteira". Vera é sem palavras...


... Tirando a Vera, que sempre é um capítulo a parte, o destaque de "figuraça do dia" vai para Val! Não, não é Valmir ou Valéria. É Valentino. Isso mesmo: o estilista italiano estava circulando pelas tendas do Forte de Copacabana. Aliás, ele estava com uns fortes em Copacabana. Uns seguranças que não deixavam a imprensa trabalhar. E repetiam: "ele não quer foto!", mas bastava alguém gritar seu nome e disparar um flash, para que o moço se virasse com o sorriso armado, assim como seu cabelo impecavelmente penteado. Gente boa, figuraça. O mais legal foi que ele, digamos, entrou no espírito do evento. Já que era Rio Summer, ele caprichou no bronzeamente e chegou ao local exibindo seu tom de pele "cenoura & bronze". Também reparei que o "senhor chiqueria" é chegado em um mocassim sem meias. Um luxo, menina. Ele pode!

Eu Também posso... Ir dormir!
AMANHÃ TEM MAIS!
Beijo!

6.11.08

Rio Summer


Vou deixar vocês com uma série bem grande de posts.

Preciso dar mais uma sumidinha!

Prometo que será rápida!

É que hoje começa o Claro Rio Summer, evento de moda internacional no Forte de Copacabana.

Obviamente, estarei lá trabalhando e suando paetês e devorês.

O bom é que devo voltar também com babados!

Preparem agulha e linha para a nossa costura!

Um beijo!

Young, O Começo!


Estou muito satisfeita por ter lido várias reportagens interessantes durante esse intervalo de posts. Gosto muito quando isso acontece, porque aprender coisas novas me dá um grande prazer [sejam elas intelectuais ou a mais pura bobagem]. E compartilhá-las mais, ainda. Queria destacar essas matérias, no entanto, vou ficar com uma só: as páginas amarelas de Veja, que trouxe Fernanda Young. Eu simplesmente amei o conteúdo da entrevista [o que não quer dizer que eu concorde com tudo em gênero, número e grau] e me identifiquei com um monte de frases. Dito isto, vou desconstruir a matéria. Quero destacar e desmembrar frases interessantes e compor um mosaico no melhor estilo scrap book by bike.


1) Meu marido me fez ver que não fazia o menor sentido eu escrever sobre coisas que não me diziam respeito... Daí, comecei a falar sobre as minhas próprias histórias. Elas não são mais legais que as dos outros. O que as faz interessantes é que eu sei contar bem uma história – Foi pensando exatamente nisso que decidi fazer o Bibidebicicleta em tom pessoal. Minhas histórias não são melhores que as de ninguém, mas o que acontece comigo tem sempre um enredo, uma lição, uma premissa ou moral que posso passar de forma leve para o “papel” [why not?]. Não me importo de contar os pormenores e isso faz com que os meus dias ganhem mais conteúdo na contagem geral das lembranças.