30.9.09

Jabuti



Fico tão triste de ver como a literatura nacional é desprestigiada... Pode parecer que estou legislando em causa própria, diante de outras tantas dificuldades pelas quais o nosso país passa... Não quero comparar saúde e alimentação com cultura e educação; mas, veja bem, cada item tem importância inequívoca e percentual na formação do ser humano em sua completude e necessidade. Não podemos esperar viver com mais de um e menos de outro item gerador da vida, porque o desequilíbrio gera a sobrevivência e não a vivência em sua potencialidade total e correta.


Esse desabafo tem motivo. E nome engraçado também. Jabuti. Isso lá é nome de premiação de grande importância? Pois assim é chamado o “Oscar da Literatura Brasileira”: Prêmio Jabuti. Na época da escola, eu pensava que era prêmio de literatura infantil, porque jabuti é tartaruga e tartaruga anda devagarzinho... E na minha mente de criança, literatura infantil era para quem estava começando na incrível carreira de escritor, portanto, começando devagarzinho... Ganhando um Jabuti, para (quem sabe?) depois tentar um prêmio leopardo ou leão, como já existe.


Curiosidade: O jabuti é a designação vulgar dos répteis do gênero Chelonoidis da ordem dos Quelônios.


Pois então... Essa semana saiu o resultado do Prêmio Jabuti. Cada escritor ganhou o maravilhoso prêmio de... R$ 3 mil reais (chora bebê). Mas você pode replicar: “são 21 categorias”. E daí? Cada trabalho inscrito no prêmio tem que pagar a módica quantia de R$180,00. Esse ano, mais de 2500 obras foram apresentadas. Portanto... Não é uma premiação que se paga, mas há um investimento por parte de quem devia ser celebrado. E investimento alto, porque o autor só tem direito a 10% do total das vendas dos livros, que é geralmente o correspondente aos seus direitos autorais. 3 mil é uma piada. BUT... Mo dia 4 de Novembro vamos conhecer os vencedores na categoria Ficção e Não- Ficção, que embolsarão 30 mil reais. Òooooo


Entrevistei uma vez a Lygia Fagundes Telles e me apresentaram como a vencedora do Prêmio Jabuti. Começo de carreira, eu mais tonta que peru bêbado em véspera de Natal, ficava olhando aquela mulher simples, cujos bajuladores se gabavam de um prêmio com nome tão sem sentido (para mim). Depois entrevistei a Nélida Piñon. Ano 2005. Ela arrebatou o Prêmio Príncipe das Astúrias, na Espanha. Aí sim, digno. Será que as letras só hão de ser valorizadas no Velho Continente? Para onde caminhará um país dito em Desenvolvimento, se ele não investe no desenvolvimento da mente, da inteligência, do conhecimento, da educação?

29.9.09

Nojo

CARA, SE TEM UMA COISA QUE NÃO DÁ PARA AGUENTAR É HOMEM FOFOQUEIRO! ISSO É O FIM DE QUALQUER LIMITE, VOU TE CONTAR!
... e parafraseando o filósofo Seu Madruga: a "fofoca" nunca é plena, mata a alma e a envenena. A Bia Bug sempre diz que um dos piores defeitos de um homem é ser frouxo. Eu acrescento à lista o ser fofoqueiro para ganhar moral em cima! E a fofoca é quase sempre um substrato da verdade, portanto, uma atitude puramente nociva. Que nojo!
Este é um post desabafo. Totalmente endereçado e com carta registrada.
NOJO!
Te afogo com meu cuspe!

CASOS DE FAMÍLIA - O PÃO

CASOS DE FAMÍLIA - O PÃO

Meu Pai é uma espécie de "Silvio Santos da padaria". Basta ele entrar lá para o lugar virar uma festa. Ele fala alto, brinca com todo mundo, chama cada um pelo nome, faz as mesmas piadas de sempre e todo mundo sempre ri. Cada um conta seu causo de vida e ele ouve sem ouvir. Tá meio surdo, muitas vezes não entende nada, mas dá a maior atenção. Cada pequeno que aparece com a sua Mãe ganha um afago do vovô [ja tem muito tempo que ele saiu da categoria TIO. E eu sempre fico rindo da cara dele - que me devolve um sorriso amarelo, coçando a cabeça com conformidade. hehe]. Tio qualquer um é, mas vovô só os especiais!

Outro dia ele entrou lá e foi direto no gerente tirar uma dúvida.

- Marquinhos!?
- Oi?
- Porque o pão normal mofa rápido e a torrada demora tanto a mofar?
- Ah, fácil. É por causa da "humildade" (sic).

A "humildade" no Rio de Janeiro é alta! Tomem cuidado!

Marina W


Eu quero tanto escrever esse
post, mas tanto... Que vou até arriscar fazê-lo mesmo sem sentir que estou nos meus dias de dedos afiados. Sabe como é: inspiração não é tal e qual receita de bolo, que você junta farinha, fermento e ovos com um incremento e faz uma “escultura” gostosa.



Na quinta-feira passada tive um encontro SENSACIONAL. Coisa de filme para essa minha realidade virtual compartilhada. Eu tomei um chope e comi uma pizza com a musa deste blog e o que era um desejo virtual, se tornou um sonho real. Marina W existe e é um amor de pessoa.


Se não me engano, tudo começou no ano de 2003. Semanas antes de ser destacada para a pauta [sobre a qual eu falarei], minha coleguinha Leleu me apresentou ao blog dos blogs. Foi assim, numa simplicidade tamanha que conheci Marina W. Viciei. Leleu já era addicted e durante várias oportunidades a gente comentava as notícias de lá como uma grande brincadeira séria. Era leitura obrigatória diária tanto quanto o Globo Online [hehehehe]. Leleu fez um blog para ela e eu...


... Não, não foi assim que nasceu o Bibi de Bicicleta. Ainda [só viria a se tornar realidade cerca de três anos depois]. Na semana seguinte à apresentação do espaço virtual mais descolado da blogosfera, fui destacada para cobrir o lançamento do primeiro [(?) I guess so] livro da Maria Adriana Rezende: O Caderno de Cinema de Marina W [a própria]. Séculos se passaram e eu ainda me lembro de detalhes dessa noite. Ganhei um livro autografado e o guardo comigo em lugar especial da estante.


Por causa dela tive o insight de fazer o Bibi de Bicicleta; ela, portanto, se tornou a musa do meu blog – com quem eu gostaria de parecer quando eu crescer na internet. E de Blog para blog, nós trocamos mensagens e tantas outras coisas acabaram nos conectando em várias esferas. Até que...


Na quinta-feira passada tive esse encontro SENSACIONAL. Tomei um chope com essa mulher incrível. Desci do táxi e a vi sentadinha na mesa do restaurante me esperando. Um sorriso abriu os trabalhos vespertinos. Paaaapoooo rolando solto. Assuntos dos mais variados e risadas contidas durante cinco horas [e nem vimos o tempo passar! Levei um susto ao consultar o relógio]. Eu nervosinha como em todo primeiro encontro. Sou fã. Ela oferecia autógrafos rindo, um jeito de cortar o climão babão, como quem diz: relaxa! Não, taí uma coisa que aprendi sobre Marina W: ela jamais relaxa! É uma pilha de alegria, inteligência e descontração.


É tão bom saborear esses pequenos prazeres. Do it!

27

OBAAAAAAAAAAAAAAA
Mais uma Ciclista oficial: Dulci
Agora somos 27 e temos uma loirinha agregada à turma!
Welcome to my world. Be at home!

28.9.09

Quatro coisas que dizem que causam celulite e as quais (também dizem) eu não sabia:

# Cigarro - Eu não fumo e nunca fumei
# Salto alto - Viva a minha coleção de sapatilhas e meu orgulho de ter apenas 1,60m
# Roupa apertada - Proibida de usar devido ao senso de ridículo
# Sal em excesso - Meu Pai é cardíaco desde antes de eu nascer, portanto, a comidinha aqui de casa é sem sal e com a gordura positiva do girassol! Uia!

Dizem que é bom beber muita água. Minha avó reclamava que eu bebia a água toda da geladeira (hahahaha) e ela nem bebia água (quase nada mesmo. Tomava como se fosse remédio)! Acho que eu tenho um gene de camelo. BUT... Que mulher é zero celulite? Boneca inflável não vale!

PS: Já ate falei aqui que celulite e' gostosa em braile!

26.9.09

Dona Doida

Adivinha quem "apareceu" na Caras dessa semana? Sorriso de quem quer morrerdevergonha

Estou com um humor incrível hoje! Incrivelmente ruim. Alguma coisa azedou aqui dentro e não foi o jantar de ontem. Já falo sobre ele: o jantar. Fato é que até fui dar uma dormidinha para ver se levantava outra. O dragão levantou comigo. Dentro de mim. Veja bem: não é tristeza, muito menos rancor. Não é infelicidade (odeio essa palavra com todas as forças e acho que ela é como veneno, que tem que se administrar na hora de usar. BUT... Não temo palavra alguma), tampouco fossa. É a pequena tirana adormecida, que resolveu acordar com força dentro da minha mente. Já falei sobre ela aqui; essa danada... Quando não tem os seus desejos satisfeitos e isso permanecendo por um tempo grande, ela ronca igual à barriga da gente quando está com fome (ou gases, que a minha avó dizia que era apelido de pum).


BUT... A Onça voltou de NY. Acabou de me ligar e, como num passe de mágicas, toda a bronca já virou história. Quase toda [risos]. O resto estou tentando deixar aqui, transformando em palavras e dando sentido ao que parece não fazer sentido. Gosto de conversar com as palavras. De maneira geral elas são minhas amigas queridas e quem me lê; os ouvidos prediletos.

*****

O jantar. Ontem subi o Morro da Urca (cartão postal do Rio. Todo mundo chama o complexo de Pão de Açúcar, mas a primeira parada do bondinho é no Morro da Urca – para os de fora) e jantei lá em cima. Menu preparado por dois grandes nomes da gastronomia: Claude Troisgros e Morena Leite. Cada prato leve e tão saboroso! Conheci gente nova. E tive que liderar uma fila de executivos de um grupo empresarial para subir ao palco e conseguir a minha foto. Todo mundo com vergonha e eu, que não tinha nada a ver com a festa, é que fui liderar o “motim”. Com bloquinho na mão faço coisas que sem bloquinho eu jamais diria... E nem faria!


Foi como disse o motorista, no fim da noite: “Não sou o Super Homem, mas também não sou a Mulher Maravilha”. Quase morri de tanto rir. Eu não sei quem eu sou com bloquinho na mão! Dona doida! rs

MESMO QUE SEJA O MEU, UM BLOG PRA CHAMAR DE SEU...

25.9.09

Elena Kalis

Tanto a dizer.
Nada a falar.
Dando-me tempo de qualidade
Eu encontro tema certo
Para compartilhar com vocês
Quero tanto escrever
Coração pulando
Mas ele, o tempo, tá me chamando lá fora.
Eu volto com letra e emoção
Já venho, me esperem!

24.9.09

TÔ MORRENDO DE SAUDADE DE FAZER POESIA
Com pêlo no peito ou com barba?
Bafo ou chulé?
Passar o reveillon com:
A) Ratinho (o apresentador)
B) Wando
C) Latino
D) Narcisa Tamborindeguy
E) Pepeu Gomes
Carne, frango ou massa?
Desodorante creme, roll on, spray ou aerosol?
Banho de rio ou banho de chuva?
Sexo casual ou amor virtual?
Você curte homem que faz as unhas e pinta de esmalte transparente?
Um abraço apertado ou um beijo roubado?

22.9.09

Think!

"Acho que, assim como a maior parte das nossas feridas tem origem em nossos relacionamentos, o mesmo acontece com as curas, e sei que quem olha de fora não percebe essa bênção."

(William P.Young)

Drew

Afanei a foto daqui e ela diz ter pego emprestada do EGO.


VM me deu uma espetadinha hoje: "logo você, que gosta tanto de escrever, postou no BibideBicicleta uma foto sem texto [foto do post abaixo com a atriz fazendo pose no tapete vermelho]"... Tem momentos que acho que ninguém tem mais paciência comigo. Não, não vou ficar de mimimi. Chega! Continuarei escrevendo e a nossa vida será essa até que um dia uma novidade se revele.

Coloquei só a foto porque é a Drew Barrymore! Eu acho essa menina fantástica. Ela vai bem de princesa à nerd; de patricinha à grunge. Achei o vestido muito apropriado para o tapete vermelho do Emmy Awards 2009. E o tom NUDE, que é o que vem forte na próxima estação, não consegue "apagar" o brilho da estrela. Nude, nela, é quase rosa... Cor dos norte americanos branquinhos.

Ontem eu estava querendo a leveza de um Dia de Princesa. Fiz essa homenagem à Drew. E a espetadinha [carinhosa, tá!?] do VM, me ajudou a explicar o que era para ser apenas sentido. Se é que fez algum sentido... [hehehe]

PS: A foto não tem NADA a ver com o que quero dizer no post. A escolha foi para marcar o contraponto da foto de princesa com a foto da anarquista. Duas ótimas facetas opositoras.

21.9.09

ADORO

Nossa Poesia


Não sei como consegui dormir e ontem para hoje. Estava agitada, com certa angústia no peito. Tentei ler e não era o caso... Ler antes de dormir me acalma, mas ontem... Estava agitada demais para prestar atenção nas letras e seus significados. Quando estou assim, geralmente encontro inspiração para escrever alguma coisa: uma poesia, por exemplo. Essa agitação noturna quase sempre tem a ver com inspiração. Pensei em muitas frases sobre as quais eu poderia rimar, mas elas dormiram dentro de mim. Estou recolhida; portanto, com falta de poesia.


Li, em "Doidas e Santas" de Martha Medeiros, uma definição muito interessante sobre poesia. Ela diz assim: “Para que serve a arte, para que serve a poesia?... Para alterar o curso do seu andar, para interromper um hábito, para evitar repetições, para provocar um estranhamento, para alegrar o seu dia, para fazê-lo pensar, para resgatá-lo do inferno que é viver todo santo dia sem nenhum assombro, sem nenhum encantamento”.


Estava totalmente desmotivada para escrever a “coluna” de hoje, quando me lembrei desse trecho em especial do livro. Faço poesia para dar vazão a sentimentos trancados; na verdade, para provocar os meus próprios sentidos e, conseqüentemente, para tentar alcançar a alma daqueles que me lêem. Mas faço para mim prioritariamente. É outra arte que não sei fazer por encomenda.


Faço poesia desde pequena. Começou com versinhos e riminhas. Fui completando letras. Chegou a fase da adolescência, onde tudo que me parecia efêmero era tratado em forma de poesia: a arte de esconder o óbvio. Foi nessa época, inclusive, que vi acontecer algo tipicamente diferente...


Estudei em colégio de militares. Tinha um professor de matemática e física que se chamava Coronel Braga. Fora de sala de aula ele mantinha um rigor típico de quem pertence às Forças Armadas. Dentro, no entanto, ele revelava uma face adorável, era um bonachão. A turma era pequena, nada além de 25 meninas. Isso mesmo: uma turma só de mulheres. Ele estava cobrindo um “buraco” por falta de alguém mais indicado para a posição. Nós, claro, fazíamos de tudo para que ele não ministrasse a aula. Com o sem ele, a sensação era a de que a gente não ia aprender nada mesmo.


Apesar de atrapalhado, ele era fascinado pela arte de ensinar. E sabe como a gente via isso? No fim de cada aula (ou da tentativa de ensinar alguma coisa), ele lia uma de suas poesias pra gente. O homem era poeta e já tinha trabalhos publicados. Ali era o momento dele, porque todo mundo parava para escutar e batia palmas ao final de cada leitura. O velhinho ficava encantado. Era tão bonito de ver... Ali a alma dele ganhava eco e ele não precisava ser o cara durão. A platéia do Coronel Braga o “resgatava do inferno que é viver todo santo dia sem nenhum encantamento”.


Antes de terminar o ano, ele me deu um livro de coletâneas poéticas, na qual havia publicado um dos seus trabalhos, e disse: “se não puder fazer um livro inteiro, faça a sua poesia fazer parte”. Minha poesia é parte indizível de mim. Agora também do BibideBicicleta e da blogosfera.

frase

"A minha maior alegria é saber que eu nada sei; mas o que eu sei é que tenho total tranquilidade de deixar o que não sei nas mãos de quem sabe (Deus). Uma cessão total de controle". (Bia Amorim)

19.9.09

Dois Josés

Foto feita pelo meu amigo Isac Luz para o Ego. Poesia concreta.

Bafômetro


Era noite. Voltávamos da boemia do bairro da Lapa. Sexta-feira, amigos queridos em uma mesa de bar. A melhor garçonete EVER! Por termos sidos maltratados pelo garçom anterior, ela nos ofereceu uma porção de petiscos. For free. Convenhamos, foi legal da parte dela, não foi? Hoje em dia a gente vai aos lugares e nem parece que está pagando, tamanha é a indiferença no tratamento. Muitas vezes beirando o desrespeito.

Na volta para casa, uma estréia. O carro em que eu estava foi parado numa blitz do bafômetro. Não, não estava ao volante (eu não dirijo, mas é segredo!). Era a Bia Bug. O noivo dela tinha tomado uma cervejinha e estava corretamente no carona.

A gente não ficou chateado por termos sidos parados. Sinal de que fazemos parte de uma estatística e que, pirtanto, a fiscalização está sendo feita (não vou entrar nos méritos da maneira pela qual a tarefa está sendo realizada e blablabla). Sei que a Bia Bug zerou a prova. E foi um zero feliz! Aliás, foram dois. Volta ela sorrindo para o carro: "tirei zero zero".

Franitos achou que a gente ia passar sem sermos incomodados - justamente por sua noiva estar ao volante. Não foi assim. Na hora, seu polícia mandou encostar. Franitos justifica: "Só porque tinha uma vaga ali!" hahaha. A Band também estava lá, então, creio que a agilidade dos serviços estava mais apurada.

Passamos no bafão! Aliás, ela passou. Eu fiquei no carro, observando as pessoas em volta. "Autistando", como dizem... Um casal ao lado. Ela falava nervosa ao telefone e dava a localização exata de três outros postos como aquele. O marido bebia coca-cola lentamente, em um copo de plástico. Adianta? Só ouvi ela dizer; "fazendo ou não, ele vai ter que pagar a multa". Não entendi...

Um grupo de jovens fazia a maior festa. Um deles trazia estampado na camiseta o adesivo de Zero Álcool. Eles também foram a provados no teste. O tal do zero feliz. Gosto até de ver essa irreverência, quando a questão é para o bem da coletividade. Estão se achando os bons, mas estão, na verdade, fazendo um papel que deveria estar funcionando sem campanha. Contudo, prefiro que as campanhas "colem" para o bem do coletivo!

PS: Bia Bug está até agora tentando recuperar o fôlego que deixou na maquininha! O cara falava pra ela: "sopra (ou assopra?) mais forte!" E ela voltou para o carro sem ar... Tadinha! Ainda bem que o bafo tava bom. Antes da gente sair, uma menininha nos vendeu chicletes para "tirar o bafo"! hahahahhah
"Muitas vezes basta vestir-se de sorriso, armar-se de um olhar franco e dedicar-se com respeito aos ciclos existenciais, que todos as encrencas se resolvem" (eu). Hoje meu sorriso foi imbatível e consegui tirar leite de pedra em uma matéria que tinha tudo para virar água. Obrigada, meu Deus, por conseguir sorrir com a alma...

TOC TOC

Chat

Sábado de manhã.
Sol indo e vindo.
Saulo me manda um torpedo as 9 da madrugada (quer morrer?)!
Levanto, já que é dia de trabalho.
É sábado quente na aréa da construtividade funcional na vida do ser humano adulto.
Alguém que um golinho de sono?
Só um golinho... Não vou conseguir tomar esse cálice sozinha :)
BEIJO e hasta la vista!

18.9.09

Táxi


Mais uma história dentro do amarelinho. O amarelinho brasileiro, que carrega uma faixa azul, não o verdadeiro amarelinho de NY (Affe! Nunca andei de táxi em NY, acredita?! Tenho mais nojo do banco do carro, que daqueles pirulitos do metrô. Vai entender!?). Estava eu voltando para casa, um pouquinho tarde da noite - não era madrugada ainda. Claro, dei um "pega" num táxi, que não sou de dar mole para o azar. Apesar de andar de busão à noite com freqüência normal de quem trabalha, existem lugares para os quais, escurecendo, faço que nem a Angélica e só "Vou de Táxi".


Taxista é uma categoria que ADORA puxar um papinho, né? Fica um divã de lá e outro de cá. Tem horas que o passageiro quer desabafar, em outras é o motorista que quer protestar contra todo o sistema. Não naquela noite! Ele até tentou falar, coitado... Não fui rude (não ser assim gratuitamente), mas não dei muita moral (como é do meu feitio). Estava pensativa. Lembro de ficar olhando a noite pela janela. O céu, os outros carros passando... Vendo tudo e não me atendo a nada de muito específico.


Paramos em um sinal. Olhei a minha bolsa e decidi pegar alguma coisa ali dentro. Quando ela já estava com aquele bocão aberto, cheia de bagulhos para o lado de fora, encosta um menino, pedindo dinheiro. Era um menino com cara de menino. Essa não é uma frase politicamente correta, mas ela é muito atual: comunica muito nas entrelinhas. Na hora, claro, levei um susto. Ele encostou e pediu dinheiro. A janela estava fechada. Fiz um sinal com o polegar para baixo, assumindo que a coisa tava ruim para o meu lado. Vocês adivinham como ele respondeu? Desenhando um coração na poeira que cobria a janela.


Um menino. Um pedinte. Uma lição de vida ENORME. Fiquei realmente comovida com aquele coração. Talvez ele estivesse me oferecendo o que tinha de melhor dentro dele. E a situação periclitante em que a sociedade atual nos joga é tão devastadora, que a gente já não consegue ver meninos por trás de janelas.

17.9.09

Foto: TV GLOBO/ Renato Rocha Miranda / www.renatorochamiranda.blogspot.com

Zé Mayer rocks, baby!
Eu adoro um José!!
Ô lá em casa!!!

16.9.09

Booooo


EU NÃO GOSTO DE SHOWS TIPO O DO BLUE MAN GROUP.
EU ME RECUSEI TERMINANTEMENTE A PAGAR PARA VER O CIRQUE DU SOLEIL.
EU SÓ FUI AO CIRCO UMA VEZ E ME DEU PENA DE VER A MAGREZA DO LEÃO.
EU NÃO GOSTO DE CIRCO COM BICHO...
... E NEM SEM BICHO.
EU NÃO GOSTO DE ESPETÁCULOS DE BALÉ, MAS GOSTO DE VER A ANA BOTAFOGO DANÇAR. ELA E SÓ ELA.
EU NÃO GOSTO DE DEBORAH COLKER. NÃO DELA, DAS PERFORMANCES.
EU SOU NORMAL, SÓ TENHO UMA OPINIÃO DIFERENTE DA QUE A MAIORIA TEM!
EU SOU EXÓTICA?
EU SOU MAL HUMORADA?
EU NÃO SOU UMA AMANTE DAS ARTES?
NADA DISSO! EU NÃO GOSTO DE DANCINHA, MAS GOSTO DE TEATRO MUSICAL.
SIM, EU TENHO DUAS PERNAS ESQUERDAS PARA A DANÇA!
ELAS NÃO ME OBEDECEM.
SOU FELIZ ASSIM...
UMA QUESTÃO DE ESCOLHA.

Trintinha

Editor: [gritando] Quantos anos você tem?

Eu: Coloca 30...

Editor: Não "phode"*!

Eu: Heim!?

Editor: Vou checar com o diretor de RH.

Eu: [rindo] Desde quando você deixou de acreditar na palavra de um repórter?

Editor: O que ele disser, eu coloco

Diretor de RH: [voz que ecoa do fundo da caverna] Eu não estou achando a ficha dela aqui, coloca 36...

Eu: [bem preocupada] Não! Eu não tenho isso não

Editor: Se ele falou, eu vou colocar!

Eu: Só ganhei um aninho para ficar redondo, pô! 36 não vale!

Diretor de RH: [voz ecoando mais perto, quase no cangote] É... 31 e alguns meses.

Eu: Ano passado eu fiz 28. Era essa a idade no meu bolo. Esse ano eu estou dizendo que tenho 30! Já está no lucro!!! Nem minha Mãe sabe direito quantos anos eu tenho... Vocês tem que acreditar em mim, droga!

Menina da Publicidade: Eu também ganhei um ano a menos! Colocaram 45... Agora já tenho 48, com corpinho pela metade, porque estou muito magra!

Eu: Já não estou ganhando moral nem entre os amigos... Ô vida difícil...

* Hoje eu quero ter 30 anos, dá licença? Tô me sentindo assim: trintinha...

15.9.09

Samurai


Estava no táxi ontem. Seu Moço parou de falar e ligou o rádio. Não estava muito para papo (tenho ciclos sim e respeito demais os movimentos de rotação e a translação do meu mundo interno). Ando numa fase de questionar muita coisa interiormente. Faço-me silêncio e procuro-me nas sobras existenciais, nas dobras emocionais que me apertam. Refaço-me de uma perda emocional enorme e não falo de paixão somente. Existe o tal encaixe de almas, os tais encontros onde não há a menor estabilidade e você, ainda assim, se sente absolutamente confortável.

Somos escravos das nossas escolhas, mas temos liberdade total em fazê-las, certo? E pensando nisso, tocou Djavan (que é o cara da MPB com as letras mais loucas). A música? Ineditamente e fez tanto sentido...

Aaaaaiii...
Quanto querer
Cabe em meu coração..

Aaaaaiii...
Me faz sofrer
Faz que me mata
E se não mata fere...

Vaaaaiii...
Sem me dizer
Na casa da paixão...

Saaaaii...
Quando bem quer
Traz uma praga
E me afaga a pele..

Crescei, luar
Prá iluminar as trevas
Fundas da paixão...

Eu quis lutar
Contra o poder do amor
Cai nos pés do vencedor
Para ser o serviçal
De um samurai
Mas eu tô tão feliz!
Dizem que o amor
Atrai...

"Nosso único bem que é difícil de se destruir é a nossa alma"


HE IS LIKE THE WIND

14.9.09

Para Bibi

Esse registro é só para mim e para os que estão muito, muito perto. É porque no futuro eu gostaria de me lembrar do dia de hoje. E, seu eu não escrever/registrar, certamente vou esquecer. Então, me desculpem a mensagem meio cifrada (assim como quem diz que está meio grávida, meio bêbada, meio casada), mas não tenho agenda e nem diário. Vai ter que ser aqui!

Bibi, essa é para você lembrar no futuro. E só lá tudo isso fará sentido.

Já faz tempo, eu sei.
E já fez muito e muito tempo desde a última vez.
Ainda lembro de cada momento.
Fez-se história.
Cresceu.
Tantos eram contra, outros se emburravam, muitos não entendiam.
Eu não sabia o que fazer ao certo...
A gente nunca tem certeza das coisas.
No entanto, havia algo muito vivo dentro do peito.
Uma intuição me guiando o caminho.
A mão de Deus.
Algo dentro de mim me mandava ficar.
E essa razão para mim era o bastante, mesmo que não fizesse sentido algum.
As minhas decisões sempre pareceram assim:
Tomadas num impulso.
Mas para se ter impulso, há que se embalar lá atrás.
Fazer movimento.
Meus impulsos são gestacionais.
Estou grávida das minhas idéias.
E sempre estive.
Chegou o tempo de partir.
E fui com coragem e tenacidade.
Porém eu sempre soube que a história não era só essa.
Eu sempre soube que essa história ia ter uma continuação.
O engraçado é que o caminho se abriu diversas vezes.
Não estava madura.
Não estou.
Hoje, porém, tive a certeza de um novo começo.
Um recomeço em paz.
E contrariando as expectativas, inclusive as minhas, fui feliz.
Hoje foi aquele dia que eu sempre soube que iria acontecer
E que bonito é de se ver.
Eu sabia e sou muito agradecida.
Agora o futuro é incerto.
Só sei que nada sei.
Mas esse passo há de me indicar novos caminhos.
Estou um pouquinho mais segura,
Um pouquinho mais madura,
Um pouquinho mais esperta
E um muitinho mais cansada.
Ganhei muitos sorrisos.
Abraços na tia do elevador.

Quando falei


No post dos Ciclistas, Sr. Sobretudo pediu para eu contar a história do Aerobunda. Então está lá, contada. Mais tarde, veio a Fabí de Floripa e me pediu para lembrar alguma travessura de quando eu era criança; uma história boa. Essa é bem mais difícil... Não porque eu fosse um anjo - pelo contrário -, mas acontece aquele BRANCO, quando me fazem assim um pedido/tema a ser tirado da cartola/cachola.


Como a gente quando está adulto se lembra de quando era criança? Eu olho fotos hoje e tenho lembranças tão antigas... Umas coisas que precisam ser resgatadas no fundo da memória. E lá elas estão, quietinhas.


Hoje fiz de tudo para fugir das minhas histórias. Queria achar as poesias que o meu irmão do meio fez aos nove anos. Coisa de louco! O menino sempre foi articulado. Aprendeu a ler sozinho, aos dois anos de idade. Um dia leu um outdoor para o meu Pai. Assim, passeando de carro, sem ninguém pedir. O mais velho fazia desenhos e amigos onde quer que fosse. Ele era o carinha que todo mundo queria estar perto. E ainda é assim. Eu comecei a falar aos seis meses de idade. Claro que eu não lembro, mas como o acontecido rolou com mais de três testemunhas por perto, além da minha Mãe, acreditei. Minha primeira palavra? “Ai Jesus!”. Por quê? Porque a minha Mãe estava lavando o meu bumbum quentinho de fralda numa água que tinha ficado pegando sereno de serra a noite inteira. O sol ainda estava timidamente nascendo e “ela” foi resolver o problema “número dois” que eu havia aprontado. Naquela água gelada?! Até mudo falaria! Falei!


Tentando fugir de mim, pulei no baú da memória, onde a minha Mãe guarda umas coisas tão antigas... Ela foi pra lá também... E lá está até agora: vendo fotos, relendo cartas, se emocionando com um passado que hoje, em especial, guarda novos ensinamentos. Uma carta que está lendo pela décima vez, tem um novo significado; porque trouxe uma nova compreensão à luz de certas coisas que acontecem e que continuam a acontecer em seus processos naturais.


Era para eu lembrar a minha infância. Minha Mãe está relembrando uma vida inteira. Bonito de ver...

MH

ACABEI DE SABER:
MINHA MATÉRIA NA MEN'S HEALTH JÁ ESTÁ NAS BANCAS!
UM ESPECIAL COM A GUILHERMINA GUINLE.
COMO SOUBE?
UM GATINHO ME AVISOU PELO MSN...
DISSE QUE EU TENHO UM TIPO DE ESCRITA MUITO ELEGANTE!
ONHOOOOOOOOOOOOO

Morre Fácil


NÃO GOSTO DE CHÁ DE PANELA...
Estou escrevendo em caixa alta para eu mesma nunca mais esquecer desse detalhe. Mil desculpas às amigas que fizeram e farão esse tipo de confraternização (que eu irei por profunda amizade). Não acho que seja uma festa que tenha sentido para ninguém além da cozinha, que vai receber utensílios e vai poupar dos noivos uma graninha necessária par esse começo de vida a dois. A festa, no entanto, não flui.


A pobre manceba fica tentando adivinhar o presente usando unicamente as mãos e é pintada (e esculachada) quando erra o conteúdo do embrulho. E os convidados? Além de se entupirem de comida, ficam ali olhando o martírio da garota que passa vergonha para aparelhar a cozinha (meio que uma antesala do inferno). Quando o seu presente já foi, você fica na expectativa do... NADA!

Ontem o encontro foi nice. Uma grande amiga, Adê, dando um passo gigantesco e uma festa de primeira linha, com bolo e pudim feitos pelo noivo - E-L-E-F-E-Z -. DELÍCIA. No meio da galera que lotava a sala, eu só conhecia mesmo a Bia Bug, que aliás, foi quem me levou até o nosso destino. Eu nem me dei ao trabalho de "colorir" a pobre noiva, que estava transvestida de qualquer coisa com coisa esculhambada. Nada fazia sentido. E não era mesmo para fazer.

O bonitinho da tarde foi conferir com o noivo a história real de como eles se conheceram. A última versão da rádio-corredor já estava no seguinte exagero: "ele jogou o aparelho celular dele dentro do carro dela e ligou só no outro dia". Descobri que não foi tão louco assim, mas foi uma graça.

foi com um amigo à floricultura. Era Dia dos Namorados e o amigo queria comprar um buquê para a namorada. Compraram e seguiram caminho. O estava ao volante. Eles pararam no sinal. Ao lado deles, a Adê encostou com o seu 'Celtinha'. falou com o amigo: "olha que gatinha aí do lado!? Essa morria fácil, amigo!". E deu uma buzinada para chamar a atenção da motorista. Ela não viu o , porque as flores atrapalhavam a vista. Ele puxou o buquê e disse: "Olha! É para você! Comprei para você". Ela sorriu, balançando a cabeça negativamente. falou para o amigo: "Essa quer morrer!" e gritou para ela: "anota o meu celular!". Ela: "Não tenho onde!". O sinal abriu e ele gritou o número. A combinação era fácil, mas ela havia arrancado com o carro. Dúvida no ar.

Horas depois, estava sozinho em casa, passando roupa e com rádio ligado nessas músicas mela cueca que tocam no Dia dos Namorados. Ótimas para deprimir quem está solitário, na companhia da tábua de passar e do ferro quente. Toca o telefone. Era a Adê, perguntando se as flores já tinham encontrado a dona...


Papo vai, papo vem... Se conheceram, ficaram noivos e fizeram o chá de panela. Casam-se no mês que vem. E ainda lembro, de nós duas sentadas na mesma cama, dividindo os prós e os contras de se encontrar com um cara que te canta no sinal. Eu disse vai. Era o que ela queria ouvir. Foi!

O amor pode estar em qualquer esquina da vida...

13.9.09

Hoje

Um domingo de sol.
Sol lindo.
Límpido a clarear o céu.
Acordei tarde.
Tomei meu saboroso e indefectível café preto.
Feito numa cafeteira italiana.
Moderna?
Não!
Muito provavelmente Da Vinci devia ter uma igual.
Meu casal favorito: Bia Bug e Franitos me ligam.
Um oferecimento de carona.
Nem pedi, ora vejam.
Adoro fazer parte dos planos de quem amo.
Onde vamos?
Chá de panela.
Acho uma festa tão diferente.
Mas se tem festa!?
Bora festejar.
A história desse casal é bonita de doer.
Conto na volta.
Vou em busca de detalhes.
Nervosa com amanhã.
Um novo dia de velhos hábitos.
Um recomeço.
Um susto.
Um desejo.
Um ciclo.
Amanhã as histórias terão fim.
Espero por vocês.

12.9.09

Aerobunda


O ano era de 2004. Na TV brasileira, a novela Celebridade, de Gilberto Braga, estava “bombando” em audiência. E, por um viés do destino ou uma dessas coincidências loucas que vagam pelo senso coletivo, eu e o namorado da época tínhamos o mesmo nome (e sobrenome) do ex-casal protagonista. O fato já foi suficiente para que nós dois nos tornássemos as “celebridades” em Fortaleza, onde fomos passar férias. Das recepcionistas do hotel ao pessoal que fazia o shuttle até os nossos companheiros de viagem, todos, absolutamente todos achavam o fato interessante e faziam comentários ou pequenas piadas. Ainda bem que chega uma hora que cansa, né? Eles, de fazer a piada; nós, de ouvir.


Passamos ótimos momentos em Fortaleza. Andamos numa espécie de jipe/moto 4X4 pelas areias de uma praia quase deserta, navegamos em jangada (aquelas típicas do Nordeste brasileiro), mergulhei em um coral (apavorada com medo do tubarão cabeça chata. Sim, eu vi a semana do Tubarão no Discovery), andamos de pau-de-arara (esse transporte vai ficar ainda mais conhecido agora que o filme do Lula vai estrear)... O momento aventura começou com o tal do bugre (é assim que escreve?). Um carinho que parece do Playmobil, que vai desafiando as dunas com emoção. O namorado tinha medo, foi na frente. Eu e outro casal, sentados segurando aquele ferro, cabelos soltos, rostos ao vento.


Depois de passar bravamente por essa aventura, paramos em um lugar que tinha os tais dos "skibundas". Uma madeira pequena, preparada para descer a duna a toda velocidade. Eu tava olhando aquilo e ficando animada. O carinha vendo a minha bravura e a covardia do namorado, que não chegou nem perto da descida, arrumou para mim uma madeira arretada. Ele ainda me avisou: “Essa aqui ganha muita velocidade, cuidado”. Fui. Claro, no meio da descida eu, areia, cabelos, prancha, céu éramos a mesma coisa. Rolei feio. A vergonha era maior que a dor. Continuei. No fim do dia, não conseguia colocar o pé no chão. Tornozelo super inchado. Acho que a madeira bateu ali e projetei o peso do meu corpo com velocidade sobre essa parte.


Fomos parar no hospital. Primeira e única vez que uso um seguro-viagem. O ortopedista disse que era caso até de colocar um gesso, mas... Para não atrapalhar o passeio, colocou um tipo de tala que você pode retirar. Nos trajetos e à noite, usava a minha “botinha”; na praia, tirava. Quase um Pererê.


Dias depois, eu já me sentia bem melhor. Tipo: dois dias depois... Fomos visitar um lago e o guia nos dizia: “Esse lago tem o melhor aerobunda da região”! Cuma?! Já estava meio traumatizada com o skibunda, o que mais estaria por vir? Uma torre super alta, que você vai escalando os “degraus” de madeira. Chega lá em cima, vê só o pessoal “fantasiado” de formiguinha lá em baixo. Eu enfrento muita coisa, mas morro de medo de altura. O fato de estar ali, na beira da torre me angustiava. Foi quando vi que era apenas uma espécie de tirolesa. A segurança era meio precária... Mas você se sentava naquela espécie de cordinha e levava a sua bunda para tomar um ar até cair no lago (e se você não pulasse na primeira esbarrada, ganhava massagens nas nádegas porque ficava quicando na água até parar). Era engraçado, porque eu ia com o pé defeituoso para cima; assim, ele não bateria com força na água. Foi uma delícia! Testei várias vezes, pulando de várias formas, em vários momentos.


O namorado, claro, não experimentou. No entanto fez uma boa ação tirando fotos. Estas, no entanto, ficaram com ele na época do espólio! Assim como o DVD que ele comprou só porque o cara gravou o meu tombo/rolamento no skibunda do começo ao fim. Romântico, não acham? Nos separamos um ano depois da viagem, com 8 anos de namoro. Uma vida, né?

Resposta ao Tempo


RESPOSTA AO TEMPO

Sua varanda desvenda

passos
passeios

passagens
saias

seios

viagens
A minha alma revela

laços

anseios
verdade
medo
desejo
saudade

se estás na varanda

as janelas não existem

só resta o horizonte

espaços libertos

olhares tão certos

a vida chamando

o peito gritando

corações abertos

sua varanda não é pequena

se cabe uma rede

a rede é pra dois

se o beija-flor tem sede

ele busca o contento

e vem como vento

a sede saciar
eu como o beija-flor

uma versão bem mais calma

chego à sua varanda
buscando beijos de amor
deitando na rede atrás de calor

porque já estou na sua alma

(Bia Amorim)

11.9.09

Bla

(foto Curitibikers)


Não é fácil manter um blog sempre atualizado. Mais difícil, no entanto, seria viver sem ele a partir de agora. Li em algum lugar (acho que foi na Marina W.), que a Adélia Prado dizia que se ela não escrevesse sobre os fatos de sua vida, era como se eles não tivessem acontecido. Não chego a tanto. Porém, uma vez que se transporta a lembrança para o papel, você a torna mais relevante, mais viva. Frutifica um pedaço seu. Essa é uma das partes incríveis.


A outra face que não me agrada muito é o juízo fazem sobre as minhas histórias, que são típicas e de “contexto” absolutamente individual. Ela tem representação e significância para o que eu chamo de (meu) Self e pode o mesmo evento ter uma dinâmica e resultado absolutamente distintos para os que também estiveram envolvidos nele (o evento). Já vi tanto disso...


Uma vez, uma coleguinha (jornalista) se referiu a mim como “aquela maluquinha que tem um blog”. Bem, eu não gostaria de ser conhecida como “a maluquinha” só porque eu me jogo em cada momento da vida com muita intensidade e autenticidade. Por isso tenho tantas histórias: porque nunca me furtei ao sabor dos acontecimentos da minha vida.


Quando fiz um post pedindo aos Ciclistas opções de temas para serem tratados aqui, não foi falta de criatividade ou de assunto. É porque trato isso aqui como um espaço para diálogo. Instigo o leitor imaginário que existe dentre de mim e que se manifesta real através dos comentários que cada um deixa aqui - Sim, Fernando, o que você escreve tem relevância no meu conceito e no processo de construção da minha história como blogueira. Compartilho minhas inquietações e as transformo em história, que podem vir a transformar a vida, o olhar, o sentido, o dia de alguém.


Moratelli foi o único que sugeriu: contar a história do aerobunda. Com foto. Meu caro... Sabe que não existem registros desse momento quase inenarrável? Mas trata-se de um fato tópico, que detém certa dignidade para ser contado! RS. No próximo post.

10.9.09

Sorria. Isso basta

Alimentando a alma


Comecei a ler um novo livro. Sim, outro. Ler é um prazer sublime para mim. Tem gente que não gosta. Eu estou SEMPRE com um dentro da bolsa (nunca levei para casamento, porque nessa situação a bolsa é muito pequena. Mas juro que já tive vontade. Passou).

Tem gente que amo os livros e detesta esportes. Eu, pelo contrário, sou uma amante da vida ao ar livre. Não sou a melhor
em esportes coletivos (na verdade sou apenas uma pessoa com vontade de acertar, do tipo que anima o time) , mas gosto de escalada, caminhada, já fiz rapel, aerobunda, skibunda, skycoaster, rafting, andei de pedalinho, kaiaki, jangada, no lombo do burro, na cela do cavalo, toquei a boiada, comi fruta do pé...

Por que falo nisso tudo? Porque alguns podem pensar que a pessoa que se dedica muito à leitura, esquece que tem toda uma vida a se experimentar lá fora. Mas, como disse o sábio Rei Salomão: "Há tempo para tudo". Não é que dê tempo de se fazer TUDO de um momento para o outro. Assim não seria prazeroso. Mas há o momento de se interiorizar através da leitura e garantir divertimento, cultura e deleite; assim como também devemos separar um outro tempo para curtir as aventuras que esse mundo tão vasto nos chama e possibilita (cada na um na sua, claro, para fazer sentido).

O livro que estou lendo? "Mulheres que Correm Com os Lobos", de Clarissa Pinkola Estés. Fala sobre mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. É um livro enorme, que me ganhou nas primeiras linhas. É cheio de ensinamentos e comecei a ler nessa virada dos 30, quando psicologicamente a gente sustenta essa nova mulher que veio se formando ao longo das décadas.

Separei um trecho que tem tudo a ver com o que eu faço por aqui; esse ato de registrar vida e pensamento. "O ofício de perguntar, o ofício de contar histórias, o ofício de ocupar as mãos - todos esses representam a criação de algo, e esse algo é a alma. Sempre que alimentamos a alma, ela garante a expansão".
SÃO DUAS DA MANHA?!
SOOOOOOOONO!
THAT'S ALL FOLKS!

Ciclistas


ALGUÉM QUER SUGERIR UM TEMA A SER TRATADO AQUI?

O sempre tenta me pautar com idéias inteligentes, mas tenho dificuldade de escrever - por prazer - com rótulos. A vida inteira estive dentro de redações, fazendo apuração sobre eventos ou a vida de outras pessoas. O que nem sempre é interessante... Pessoas são sempre curiosas (suas histórias e relatos), mas quando a sua missão é arrancar aquilo sobre o qual elas não gostariam de falar é bastante complicado. Uma arte.

Esse texto é papo com o leitor mesmo. Não quero produzir nada além do que se vê em letras e frases. E são essas mesmas letras e frases, que quando chegam de vocês, colaboram para dar colorido ao meu blog e à minha existência. Toda vez que a
Joss, a quem considero uma pessoa super culta, salva uns minutos do seu dia para dar uma pedalada aqui eu penso: ohhhh! E o Bino? Sou fã do Bino, que me parece ser um homem de inteligência tranquila. Quando a Sah fica sem aparecer, acho que ela está fora de órbita, ficou cansada de mim. Se o Saulo não comenta, é como se o post nem existisse. O Luke sempre chega com frases que marcam. O faz graça e a Bia Bug também - com mais frequência. Bia Bacana dá um alô sempre que pode. OX e CK são os meus fantasminhas camaradas preferidos! Onça chega e sabe se colocar. Val é sempre pontual, certeiro, inteligente. Dida conhece muitas particularidades. Past, outro grande poeta, e Nat (gravidinha) escrevem quando dá. AV, quando as palavras cruzam a tela e acertam o coração. Dani Lomba, quando quer brincar (tá sumida). J25 sumiu de vez (ou não?), mas é o ciclista que eu guardo com muito carinho! Foi fiel seguidor sempre e suas palavras me encorajavam a escrever sobre a vida, porque via resultados refletidos na vida dele. Minha Sambeira, vem jogar o charme quando o jornal deixa. A Lilica, sempre que mexo com ela. Jorge fala quando fica indignado. Suspiro quando quer derramar carinho. Quando A Vivi comenta é como se me dessem um presente (e eu adoro ganhar presente!). E a Fabi de Floripa?! Sei lá como me descobriu, mas daqui numca mais saiu. Que bom! Assim como a fofura da Pri Marinho (adotei com minha mascote). Fernando sempre chega pra me ensinar algo e eu fico fascinada com tamanha bagagem cultural. Deny é uma amiga da vida e das letras. Elma e Dali comentam por e-mail, mas deixam a sua marca. E veio a Barbara Russo e sumiu Vanessa e Chris. Mas tenho sempre a Ana Martins ao meu lado, mesmo sem nunca ter encontrado. Claudinho só pedala aqui, quando eu dou um PS lá. Michel vem na fase da saudade louca. Ana Raquel, que gosto tanto quando dá sinal de fumaça. Lali, Salcedo, Medina, Carla.G,Lívia, Sarinha tantos...(É claro que vou esquecer o nome de alguém, mas por favor, não quero choro e nem ranger de dentes!)

Esses são os nomes daqueles que participam com maior assiduidade nos comentários. Sei que o
Jorge distribui o meu texto para uma lista de uns 10 nomes, que me seguem, mas nem entram na contabilidade. Nós somos muitos. Somos uma teia perfeita que a vida tratou de ir encadeando. E somos outros, tantos outros mais, como a Lu, que me encontrou por acaso e descobriu que foi minha companheira na 1ª série do primário. Não vamos falar em datas... Desnecessário, não é mesmo? hahahha

Um blog construído também pelo carinho dos que por aqui deixam a sua marca. A minha preocupação é ser agradável a mim, claro, em primeiro lugar; mas também ter um conteúdo interessante para quem lê. E para você que me lê, sem travas, preconceitos, malícias bobas e puritanismos sem sentido racional: muito obrigada!