30.10.08

Para Andy

Para Andy (um texto com conteúdo religioso):


Durante muito tempo eu andei por um lugar o qual chamava de "Vale dos Ossos Secos". Era exatamente dessa forma que eu me sentia: seca por dentro, acabada, com cheiro de coisas que não mais valem ou fazem sentido. Andei por muito tempo ali, sem encontrar um caminho alternativo, uma resposta, uma solução. E, de certa forma, ficar no "Vale dos Ossos Secos" fazia com que eu me sentisse menos insegura. Porque pior que saber-se no fundo do poço, é não saber onde se está.


A cada passo que eu tentava dar para me tirar daquele estado de prostração era uma dor imensa. Assim sendo, caminhar para o que as outras pessoas chamavam de "Horizonte Azul" era tremendamente sacrificante. Melhorar era vestir a minha mortalha. Contudo, eu tinha duas escolhas: ficar ali e perecer ensimesmada ou avançar de encontro à minha dor, para que ela se tornasse apenas uma lembrança. Só que a dor já me fazia as vezes de companheira e se eu a abandonasse, acabaria ficando sem o pedaço de mim que ainda fazia sentido. Porque estar no "Vale dos Ossos Secos" é não ter nem forças para sentir auto-piedade ou comiseração.


Sinceramente achei que podia sair sozinha daquela situação que eu mesma havia me metido. Era minha responsabilidade conseguir respirar, função básica da vida. Cada um é responsável pelos seus atos, por suas escolhas e pela sua dor, mesmo que essa tenha sido causada por outrem. E foi nesse ímpeto de me achar "dona de mim", que eu compreendi que Deus, ao mandar o seu único filho ao mundo, estava dizendo que a gente não pode NADA sozinho. Sempre existirá um Salvador, um patriarca, um exemplo, um criador, um precursor. Eu entendi que Deus como Trindade, estava a nos dizer que era UM, mas em Três. Portanto, Ele nunca esteve só. E nunca estará.


Eu compreendi que Deus fez Eva para que Adão não andasse só e que tirou dele uma costela, para que ela fosse feita não do pó, mas de uma parte humana. Dessa forma, ela seria capaz de entender o que vem de dentro, porque é desse material que ela foi feita.


Por fim, tive que refletir sobre a história de Jesus na terra. Ele foi tentado e não pecou. Ele foi exemplo de amor. Ele teve a vida mais extraordinária do planeta, porque Deus se fez homem. Quando sua missão estava para ser consumada, Jesus sentiu medo. E foi até o Getsêmani com os seus discípulos para pedir socorro ao Pai (Mateus 26.36 a 46).








“Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres”. (v.39b)



“Meu Pai, se não for possível afastar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade”. (v.42)
Jesus pediu ajuda! Jesus, em seu ministério, contou com a ajuda dos discípulos. Não porque ele precisasse, mas porque a vida só tem sentido quando a gente compartilha o amor. E Deus é amor. E nós amamos porque Ele nos amou primeiro.


Jesus não disse que não tinha medo, que era forte, corajoso e valente, mesmo que possuísse todos esses atributos. Ele sabia quem era e do que era capaz. Jesus era humano e provou o preço da dor e das lágrimas, mesmo sem ter pecado algum, mesmo sem nunca ter ofendido ou agredido outro ser humano.


O medo é esse sentimento estranho que se agarra às nossas entranhas e deixa a vida como se estivesse pendurada por um fio. Nos deixa frágil, acessível ao que mais tememos. Mas, paradoxalmente, a nossa consciência dele é o que nos alerta para a solução. É a consciência da nossa fragilidade que nos leva a procurar ajuda. Uma pessoa com problemas mentais não se reconhece doente. Os sãos sabem-se humanos.


A minha ideia de par perfeito nunca foi a de alguém SUPER [lindo, rico, atleta, musculoso, inteligente, atraente, senhor incrível]. Eu sempre quis alguém que tivesse coragem de compartilhar as suas fragilidades e que me deixasse ajudar. Quando se tem a oportunidade de fazer algum bem a outra pessoa, você se alimenta daquilo que dá forma à sua essência. 


Ironicamente, é complicado deixar o contrário acontecer. Quando você se sente necessitado, ao invés de pedir ajuda, você se encaminha para o "Vale dos Ossos Secos" e se tranca na ante-sala da solidão, para que ninguém te perturbe e você espere o temporal passar. Só que a única coisa que consegue com isso é entupir os bueiros emocionais com o lixo da água da última chuva. Porque você não está limpando os seus reservatórios, mas apenas tirando a sujeira do caminho.


Não há nada que o amor não cure. E quando alguém diz que devemos ser inteiros, avalie bem o sentido dessa palavra. Ser inteiro não é ser SUPER. É saber das suas potencialidades e fraquezas e deixar que outra pessoa te complete naquilo que te falta. Relacionamento é dar e receber, essa é a fórmula. Dar o que se tem e receber aquilo que falta. E o que falta vai se transformar em algo que não falta mais, porque vem na abundância do se liberar para que outra pessoa se encontre - dentro de você. Não que ela seja você, porque assim ela não estaria inteira. Mas que ela saiba aquilo que ela pode receber de você, sem medo de pedir ajuda, sem medo de entender-se fraco, frágil e necessitado. Pois assim todos nós somos. E Deus diz: "quando estou fraco, aí é que SOU forte, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza".


Preciso de virtudes e defeitos a serem trabalhados. E quero oferecer os meus valores e as minhas tantas fraquezas. Assim como quero ajudar, quero ser e saber-me ajudada. Assim é que se constrói UMA vida a DOIS.

29.10.08

Sumidinha não!


PRESTENÇÃO!!!!!

1) Sim, estou sumidinha. Eu confesso! E isso me irrita deveras, mas a vida não está me chamando, apenas, está me gritando! Ainda assim, tenho vários assuntos a tratar por aqui! Todos devidamente anotados em uma caderneta/bloquinho de apuração.

Tenham paciência comigo e não me deixem sozinha nessa barco/jangada/pedalinho [esse último, mais parecido com a bicicleta]


2) Não comprem o livro do Esmê errado! Aconteceu na Manchete é o título! A obra deve estar chegando por esses dias às livrarias. Esmê me disse que antes da noite de autógrafos "as melhores livrarias do ramo" devem estar com seu exemplar!


3) A Jussara, mulher do Esmê, também é uma das autoras do livro. Achei bonitinho ela comentar aqui no Bibidebicicleta. Ao entrar na fila, garantam também o autógrafo dela, que muito fez pela realização desse sonho coletivo. [Ju, elogiei tanto o Esmê, que fiquei com medo de você querer me dar uns tapas! hohoho Mas você sabe que o fã clube dele é gigantesco e quando ele se manifesta, o "ego esmeraldino" vai às alturas. Mas é muito divertido quando isso acontece! Segura as pontas! E parabéns pelo livro, pela iniciativa!].


4) Isabela e Clarissa: já espero pelos seus comentários bondosos! Fofas! hehehe


5) Se liga! O Esmê me indicou e lá vou eu. Amanhã eu vou participar de um programa chamado Atitude.com na TV Brasil. O tema é fofoca, ancorado no livro do meu querido amigo Cacau. Estou na chuva e vou me molhar... Começo logo depois do Sem Censura, com a Leda Nagle.


6) Um beijo e até já, com textos daquele jeito
que a gente gosta!

24.10.08

Aconteceu na Manchete

Acho que já contei parte dessa história aqui, mas vale relembrar e acrescentar dados.

Comecei a trabalhar bem novinha e, para a minha sorte, peguei logo de frente um chefe sensacional! Esse é um fator que pode definir os rumos de uma carreira, acreditem! Era um tempo em que me sobrava energia e me faltava experiência. Tenho vontade de rir quando lembro no quanto pensava que sabia e no tamanho da casca que tive que formar para seguir em frente. E sabe o que fez a diferença entre o continuar e o sentar e chorar? As pessoas que estavam à minha volta. Dentre elas, em especial, o “chefe” Esmê.

O Esmê é um cara experiente, inteligente e com uma bela carreira de feedback, do tipo que não precisa provar mais nada para ninguém. Ele faz e vamos embora! Acima de todos os predicados, o que mais se destaca é que o Esmê é justo, sabe avaliar as potencialidades e as fraquezas de quem está sob o seu comando. Como disse uma das coleguinhas que trabalha hoje com ele: “Ele acredita no seu trabalho, aposta em você e fecha contigo contra tudo e contra todos”. Não é do tipo “Tio Poliana”, que faz o “jogo do contente”. Suas broncas são de uma energia tal, que você mal consegue se articular. A diferença é que seu erro não é jogado na sua cara tempos depois. Após os momentos de tensão, ele já está batendo papo, trocando novas idéias e pedindo desculpa, caso julgue ter se excedido [pelo menos comigo foi assim, o que só fez aumentar a minha admiração]. Isso é caráter. Aliás, quando ele resolver fazer piadas e rir, é de um bom humor é imbatível!

Aprendi muito com o Esmê naquele tempo e ainda aprendo, mesmo só observando de longe. Até hoje, sua linha telefônica e e-mail estão disponíveis para minhas dúvidas, loucuras e chororôs. Mesmo não sendo mais meu chefe, mesmo não tendo tempo de sentar à mesa de bar para tomar aquela cervejinha gelada de fim de semana e colocar a amizade em dia. Mas sabe qual foi a maior prova de significativa amizade que ele me deu recentemente? Mostrar que acompanha o Bibidebicicleta e que acredita que esse espaço não é apenas um lugar no qual eu venho me expor e contar as minhas "vantagens" [até porque, que vantagem há em se expor publicamente? Em contar erros e acertos, fragilidade de todo gênero para um sem número de pessoas que não tem o menor interesse pela minha vida. Só quero que as minhas histórias possam fazer diferença na vida das pessoas, trazendo qualquer tipo de coisa boa]. Ontem, ele me mandou o convite do livro que está lançando para ser divulgado aqui.

ACONTECEU NA MANCHETE



Eu acompanhei a realização dessa obra; a reunião da história e de informações. Vi a “boneca” do livro pronta, antes de virar realidade.

A minha relação com o livro remete a tempos ainda mais antigos. Lembra que eu falei lá em cima que comecei novinha na profissão? Desde aquela época eu já era louca por histórias. Não saberia dizer quantas vezes me sentei no canto da mesa do Esmê, ao fim de um dia de trabalho, para ouvir seus relatos sobre os fatos mais marcantes da Bloch. Aquele parecia um tempo em que empresa e o sentimento de família se misturavam no mesmo enredo. Todos da mesma casta e o trabalho como pano de fundo de um existir. E quando o Esmê me contava os episódios, eu experimentava a tal saudade de um tempo que não vivi. E acho eu que ninguém mais viveu nada parecido com o que existia ali.

Agora, as histórias de muitos jornalistas da época estão imortalizadas em um livro. E o convite chega a mim [e a vocês também] com o seguinte texto:


Caros,
Finalmente, o "dossiê" Manchete vai sair. Como vocês sabem, trata-se de uma coletânea de histórias das redações daquele bunker envidraçado da Rua do Russell contadas por jornalistas que lá trabalharam. O lançamento
acontecerá no dia 3 de novembro, 19h, na livraria da Travessa, Shopping Leblon. No mínimo, esperamos, será uma "reunião" de jornalistas de várias gerações. Apareçam, será um prazer encontrá-los.


Portanto, queridos blogueiros!!!! PRESTENÇÃO!!!!! Se vocês quiserem conhecer o Esmê, personagem de alguns posts; se quiserem participar de uma noite de autógrafos que promete ser sensacional; se quiserem ter em mãos um documento vivo de uma época histórica, onde o amor à profissão tinha um significado único e particular, levantem a bumbum da cadeira e se encontrem comigo na fila de autógrafos! É o tipo de noite aberta ao público e da qual vale a pena participar. E caso você não consiga ir, por N motivos, compra o livro para você ou dê de presente para alguém que tenha conteúdo! [Não, eu não sou assessora de imprensa e nem estou ganhando comissão pela venda de exemplares. Simplesmente acredito na obra e em quem a fez].

VENDA LONGA AO LIVRO ESMÊ!

20.10.08

Caso Eloá


Trabalho em uma empresa de comunicação. Tudo bem que não somos um jornal [obrigado por força das circunstancias a estar em cima dos lances diários], mas uma editora. Porém, até o meio da semana, a maioria dos meus colegas ainda não estava acompanhando o desenrolar do seqüestro de Santo André. Prazos, correria do fechamento, assunto policial que não é pauta, circo ainda não armado na imprensa e o fato de eu ser meio viciadinha em portais de notícia, enquanto os outros não tem muito tempo para tal luxo. O fato é que hoje, o evento está sendo descrito e noticiado em todo e qualquer veículo e todo mundo passou a acompanhar o caso, mesmo que não quisesse. O assunto passou a ser tema da mesinha de damas da pracinha do bairro ao balcão da padaria; do debate inflamado dos motoristas de táxi durante qualquer viagem ao bom-dia de qualquer porteiro [da sua casa ou do trabalho]. Aposto que será mais um daqueles assuntos comentados por dias a fio [inesgotavelmente], mas do qual não saberemos da solução final. Ou alguém se arrisca a dizer a quantas andou o caso Von Richthofen? O caso do policial que baleou a professora no desfecho do seqüestro do ônibus 174 no Jardim Botânico? E quem matou o Sandro, o seqüestrador? O caso da menina Isabela, supostamente jogada da janela por seu pai e madrasta?

Eu estou acompanhando o caso de Santo André desde sempre. Começou com pequenos flashes na Globo e depois virou um circo da notícia. Fiquei arrepiada quando me dei conta de que programas de televisão estavam ligando para o celular do bandido, dentro do cativeiro, a fim de conseguir uma entrevista. Sério, sou a favor da liberdade de imprensa, mas existem certas atitudes que colocam em risco a vida de outrem, que está preso a uma situação à mercê de um desequilibrado. Imagina dar voz a um bandido?! Ficar ligando para uma pessoa que está vivendo uma situação limite [criada por ele próprio, está certo, mas ainda assim fora de qualquer controle ou ato de racionalidade lógica]. Fiquei meio enojada.

E o assunto foi rendendo até chegar a um desfecho trágico. Aí, aparecem uma série de profissionais dizendo que já sabiam que o pior estava por vir. Não precisa ser especialista para compreender que aquilo era uma panela de pressão pronta para explodir. O que me é de difícil captação é saber porque esses profissionais de psicologia e da psiquiatria não se envolveram no caso?! Quem estava à frente das conversações – posso estar errada – era um profissional da polícia, este, portanto, acostumado a negociar com quem tem algo para negociar. O Lindemberg, no delírio insano de um pseudo-amor-possessivo acordado nas sombras da amargura, não tinha mais nada a perder! Talvez não fosse questão de troca; talvez não fosse questão de pensar que tinha toda a vida pela frente; talvez não fosse nem o caso de pensar na família dele, já que para tomar a atitude extremada, ele pensou apenas em si mesmo e na sua dor. Era uma questão tão mais profunda, além da capacidade de pensar nas conseqüências legais de uma atitude irracionalmente tola.

Ali, amor para ele era posse. Posse de algo sobre o qual ele já não exercia poder algum. Posse de algo cuja 'posse' ele tentou retomar e infelizmente foi bem-sucedido. Ele teve pleno controle sobre o viver e o morrer de uma menina que apenas começava o seu currículo amoroso e tinha toda uma estrada pela frente. Ela provavelmente ofereceu o seu melhor e recebeu de volta um sentimento que anda muito em voga na sociedade: o egoísmo, o egocentrismo e a posse que aparecem disfarçadas de algo bom, mas que na verdade está ‘coisificando’ o ser humano, transformando-o em objeto [descartável] de suas ações e emoções [vazias]. Vence quem for mais forte... Só que no amor, não há vencedor ou perdedor: há apenas pontes para novos sonhos em caminhos de igualdade.


Vamos criar novas pontes?

18.10.08

NY – O sul da Ilha I


NY – O sul da Ilha I

O convite de hoje é para que você desbrave o sul da Ilha de Manhattan. Para mim, esse ainda é um dos lugares mais intrigantes. A geografia é da ponta de uma ilha. Na minha cabeça, no entanto, a divisão espacial não faz o menor sentido e muitas vezes já fiz itinerários enormes para sair em um ponto em que bastava apenas seguir por uma rua.

Outro aspecto dessa região que me chama a atenção é o número de lugares para passear e atrações turísticas e monumentos artísticos para se ver. Toda a vez que passo por essa região, eu acabo descobrindo um cantinho novo, uma praça belíssima com uma obra de arte, fonte ou jardim de tirar o fôlego. Obviamente não é lugar para se fazer compras descoladas, mas achei cada loja em promoção, cada buraco com lances especiais, cada barraquinha irada... Essas coisas que nos surpreendem em cada esquina de NY.

É nessa parte sul que você encontra uma pracinha linda chamada Battery Park. É nela que tem uma espécie de forte/castelinho onde se compra o ticket para visitar a Estátua da Liberdade.

Estátua da Liberdade
Você chega até a Liberty Island através de um ferryboat. A fila para a compra do ingresso geralmente é grande, mas não se assuste, passa rápido. Você só tem que observar duas coisas importantes: que você está comprando o ingresso que pára efetivamente na Ilha e se você deseja visitar a estátua. No segundo caso existe um esquema próprio e bem restrito desde 11 de setembro. Acho que só acontece no primeiro horário de certos dias. Tem que checar no guichê.

O passeio é gostoso. Você leva 15 minutos na travessia. E do barco mesmo já vai tirando as primeiras fotos. Tente ficar à direita da embarcação, bem encostado na borda. Esse lugar lota rapidamente, porque ali você tem os melhores ângulos. Fiz a visita apenas uma vez. Achei a ilha lindinha, o dia estava quente e o céu brilhando. Tem um deck onde você pode fazer uma foto sensacional de Manhattan. Vista sem igual. No mais, tudo me pareceu comum. A Estátua da Liberdade perde para o Cristo Redentor. A gente vai esperando o passeio dos sonhos, mas vive um momento comum. A Onça não deve concordar comigo, já que ela fez o mesmo passeio duas vezes e nas duas ela voltou vibrando.

Depois da visita à Liberty Island, o passeio segue. A próxima parada é Ellis Island. O lugar é bem bonitinho também, vale a descida. Ali você encontra o Museu do Imigrante, o mesmo que serviu de cenário para Hitch – Conselheiro Amoroso [lembra quando ele alugar dois Jet-sky e leva a moça para um espaço, onde ela acaba vendo o nome de um parente e cai no choro?]. Ótimas fotos, passeio agradável.

Na chegada do passeio, o segredo é andar para o norte, em direção a Bowling Green Park, outra daquelas pracinhas encantadoras. Uns passos mais à frente você topa com o Touro de Bronze, símbolo do poder e da robustez do mercado financeiro americano [hoje em dia isso soa como uma boa ironia, não?]. Ali começa a Broadway avenue. Sempre me divirto horrores por ali. Faço poses com o boi e observo, com humor, o número de japoneses que ficam ali paradinhos, encantados com o monumento. Da primeira vez que lá estive, sem noção total, consegui subir em cima do touro para tirar uma foto. Estava na companhia de dois amigos da Costa Rica, que me deram “pezinho” para a escalada. Os japoneses arregalaram os olhinhos para tamanha ousadia. E eu saí dali rindo de toda a situação.

Naquela região você ainda encontra a Wall Street. Caminhe por ela e veja o Federal Hall National Memorial, onde foi assinada a tão famosa “Bill of Rights”; a bolsa de valores com uma enorme bandeira americana; no fim da rua vemos a Trinity Church. Por ali você encontra o Red Cube, onde a Onça e eu fizemos um verdadeiro book fotográfico com direito a show público para os transeuntes e, por fim, você chega ao Ground Zero.

Ground Zero
Esse é um lugar muito “especial” da cidade. Ali estavam as Torres Gêmeas antes dos ataques de 11 de setembro. É impressionante como você sente uma aura esquisita pairando sobre a região. Quando lá estive, em 2002, havia uma plataforma que te permitia olhar dentro dos escombros e ver a extensão dos danos. Hoje, essa plataforma não existe mais, porém o lugar se tornou um grande canteiro de obras.

Lembro de ficar impressionada em como os americanos rapidamente fizeram o metrô e o trem naquela região voltar a funcionar. Em 2002 as estações ainda estavam fechadas. Em 2005, já existia toda uma infra-estrutura para o subway e também para o trem que liga o estado de New Jersey a New York [o Path Train]. Em 2007, tudo parecia em ordem. Em 2008, a mudança parece inacreditável: tudo está mais funcional, espaçoso, limpo.

Bem em frente ao Ground Zero existe uma capela chamada Saint Paul. Ela ficou conhecida como uma espécie de quartel-general nos dias de caos. Agora abriga um memorial e um sino, que todo dia 11 de setembro é tocado na hora exata do choque dos aviões com as torres. Uma lembrança. Um aviso.

Century 21
Depois de tanto memorial, você deve estar suficientemente descansado para entrar nessa loja de departamento. Esse lugar é o mundo das compras. PRESTENÇÃO! Vá com uma roupa confortável e fácil de tirar e colocar. Não se assuste com a bagunça das araras, porque a loja tem um aspecto de coisa revirada. Não vá com pressa ou cheia de sacolas. Ali você encontra produtos de marca com ótimos descontos. Se tiver paciência de “futucar”, tenho certeza de que vai fazer ótimos achados. Tem gente que detesta, mas a compradora com espírito de Paraguai e luxo Suíço, vai sair de lá garimpando peças dignas daquelas moças que colecionam carteiras da Louis Vuitton verdadeiras.

17.10.08

Cacau Hygino

Gosto de pensar que ter uma carreira é fazer uma história. Gosto ainda mais de constatar que essa história é cheia de personagens. Com uns você tem uma convivência intensa. Outros passam pela sua vida em um momento específico marcante, mas você nunca mais o vê. Há ainda os que chegam e preenchem um espaço bacana, mas você quase nunca pode estar perto o tanto que gostaria. Faz parte do show de quem trabalha. E muito. Eu tenho algumas figuras desse naipe na minha história. Um deles é o Cacau Hygino. Nos conhecemos há mais de cinco anos e nossa identificação foi imediata. Ele, na época, assessor. Eu, então, jornalista tão-somente. O encontro sempre foi muito divertido, porque o Cacau tem aquele tipo de personalidade que te envolve, te anima, põe para cima. Suas falas são olho no olho e o tratamento (ator-assessor-imprensa) é absolutamente sem frescura. Nunca sem delicadeza.

O tempo passou e vim a saber que ele também era ator. A carreira foi tomando forma e se solidificando e o Cacau foi deixando em novas mãos a tarefa, antes exclusiva dele, de dar atenção à imprensa e aos contratados do escritório. O que não quer dizer que ele tenha parado de se envolver com os eventos, de receber as pessoas ou de dar uma força naquelas matérias que pareciam impossíveis de serem solucionadas. E seguindo com a vida, ele me surpreendeu mais uma vez: mostrou a sua veia de escritor. Nos unimos ainda mais, já que o assunto é paixão de ambos. Foram várias as vezes em que ouvi ele falar sobre seus projetos, que acompanhei o desenrolar dos fatos, que me enfureci com certas injustiças cometidas, que vibrei com novas oportunidades conquistadas. E a sua história na literatura já tem um bom script: em 2005 ele lançou Mulheres Fora de Cena; em 2006, Virna – no Suor e na Luta – A Trajetória de uma Guerreira; Em 2007 foi a vez de Nós e Nossos Cães: 50 Pessoas Contam Como os Cachorros Mudaram Suas Vidas.

Agora, em 2008, mais uma produção está prontinha para sair do forno. Na próxima quarta-feira, dia 22, o Cacau vai lançar o seu quarto livro: Fofoca – Essa Simpática Palavra e Suas Conseqüências Imprevisíveis. Obviamente, já sabia que a obra estava no forno. O que me pegou de surpresa foi o fato de meu nome estar na lista de agradecimentos – junto ao de alguns outros jornalistas que cobrem esse universo das celebridades. Achei a coisa mais fofa do mundo! Um carinho generoso, um afago representativo, já que meu nome estará sempre gravado naquela página. E, como gosto de dizer, as palavras escritas têm o dom de imortalizar os pensamentos. E é incrível ver que o bom pensamento de alguém por mim estará presente em muitas prateleiras desse Brasil enorme!


Longa venda ao livro e longa vida ao Cacau, o assessor-ator-escritor-e-agora-também-apresentador-do-pet.doc-no-canal-GNT com quem sonho, um dia, formar uma parceria literária.
A noite de autógrafos será no dia 22/10, às 20 horas no salão de Jean Yves em Ipanema, Rio.

16.10.08

+ Eu Já...


Voltei ao blog da Bia Bug e lá estava uma nova lista do Eu Já... Porque ela disse que olhou a minha e deu vontade de aumentar a dela. Que engraçado, ontem, quando fui fazer um xixi básico, entre uma correria e outra, comecei a pensar em outros tópicos dessa brincadeira! O mais legal é que você praticamente passa a sua vida em revista... Tudo bem, o banheiro do escritório não é um lugar, digamos, normal para se fazer uma reflexão sobre a vida. Porém, em um local de trabalho onde todos falam com todos, de todos, a televisão fica ligada, os telefones não param de tocar e você se senta tão perto do seu colega de cubículo que se acha até capaz de escutar seus pensamentos, o banheiro se torna um ótimo lugar de meditação [talvez único]. Ali você se encontra com seu eu! Hahahaha

Também achei tão legal a Anne dizer que fará o mesmo no blog dela, o Protagonista Mexicana. E sim, Anne, eu era pequena e enfiei um feijão em uma das narinas. Lá dentro! Meu Pai tentou usar um alicate e nada... Tentaram fazer com que eu espirasse e nada... Passaram pimenta do reino no meu nariz [porque dizem que força o espirro] e eu só fiquei temperada, nada do maldito sair! Minha Mãe, vendo a hora que aquilo ali ia começar a germinar [já pensou?! Hahahaha], resolveu me levar ao lugar certo. Lembro de deitar em uma maca e lembro de estar com medo. Depois só lembro do médico me mostrando o caroço cheio de meleca! [eca, eca, eca, ê, ê, ê]

Fazer o que? Tenho muitas histórias fantásticas de coisas que parecem só acontecer comigo.

MAIS EU JÁ...

- me balancei entre dois muros, onde antes havia um portão, me desequilibrei e caí de queixo, joelhos e cotovelos no chão. Passei um mês com casca de feridas ENORMES nessas regiões. A do queixo era patética e quase inexplicável.


- dormi em uma barraca, que amanheceu cheia de galos e galinhas em cima [tipo poleiro]. Quando o galo cantou, a barraca não agüentou o peso e caiu. Foi pena para tudo que é lado e um susto sem fim para bicho e gente.

- fiquei com a cabeça presa entre duas grades e meu Pai teve que usar vaselina para me soltar.

- acordei de madrugada com uma barata passeando entre os meus cabelos. Fiz um escândalo e fui tomar banho para tirar aquela sensação. Vinte anos depois, já em outra casa, o mesmo aconteceu.

- estava numa parada de ônibus de excursão, a tia-gerente me deu papel para limpar apenas um xixi, mas saiu o número dois, sem planejar. Situação complicada...

- tive que cuidar da unha encravada de um amigo que tinha o maior chulé da região. Aproveitei e comprei meias novas para ele e o fiz adquirir um novo tênis.

- fritei uma carne de porco, que saiu tanta fumaça que disparou o alarme de incêndio! Enquanto tentava minimizar os danos, abrindo portas e janelas e abanando com um pano de prato, chega carro de bombeiro e polícia... E eu ali, de pijama e pano pro alto.

- andei de pau de arara, carro de boi, charrete, jet-ski, canoa, caiaque, jardineira, catamarã, aerobarco, barca, lancha, banana boat, stock car, quadriciculo, moto, vespa, cavalo, burro, jet boat, snowmobile, teleférico, trem, monorail, mini pônei, Kart, Kombi, ônibus de dois andares, trator, caminhão, velocípede, bicicleta de rodinha, bicicleta de dois [três e quatro] lugares, carrinho de rolimã, trenó, skibunda, aerobunda, pedalinho, submarino, patins, skate [mas caí vergonhosamente em todas a vezes].

- falei com mais de sete surdos diferentes, sem saber LIBRAS.

- assisti ao show do Bon Jovi na Times Square.

- tentei fazer xixi de pé igual aos amiguinhos da minha rua.

- bebi água de poço.

- arranquei pessoalmente os meus dentes de leite.

- tentei fazer agenda e diário, mas até o virtual [blog] eu nunca consegui.

- quis escrever livros e novela [e ainda quero].

- andei com a calça rasgada na bunda e não me dei conta.

- me afoguei em uma piscina e fui salva com respiração boca-a-boca.

- passei a mão em um tubarão, segurei água-viva, descobri em um aquário que tubarão tem dois pênis, segurei uma cobra [sem trocadilhos, por favor], dei leite para um cabritinho, tirei leite de vaca, quase morri ao sentir o cheio do “pum” do gambá [é sério, sem exagero!], tomei uma carreira de bode, nadei entre os peixes de um coral, quase fui beijada por um camelo [não, não era um camelô saliente, era o de duas corcovas], dei peixe para foca, fui colocada em cima de um boi para tirar foto e chorei apavorada, vi marcarem um boi e morri de pena, pesquei, vi matarem a galinha da refeição e me recusei a comer, tive pintinhos das feiras de filhote, sobrevivi ao pulo de uma lagartixa preta no meu rosto [gelaaaada], vi gatinhos nascerem, vi um gato caçar [e ganhar] um passarinho que tinha acabado de fugir da gaiola, soltei uma pomba branca.

- escalei a Pedra da Gávea.

- chorei vendo filme no cinema [de fazer vergonha].

- chorei vendo Extreme Makover – Home Edition [aliás, choro quase sempre] e também com a Babá Debby do SOS Babá [pois é, não conta pra ninguém].

- fiz xixi na neve da Cordilheira dos Andes, bem embaixo da placa de divisa do Chile com a Argentina. O gelo ficou amarelado.

- fiz guerra de neve, boneco de neve, escorreguei na escada de uma casa coberta de neve e vi a neve cair em flocos, como uma leve chuva, sobre mim.

- descobri que não dá pra viver longe de Deus.

- acreditei que tinha encontrado o amor da minha vida, mas estava errada.

- peguei carona em uma Brasília que praticamente não tinha chão. Você tinha que ficar com pé para cima e via a rua passar em baixo.

- tomei banho de piscina pelada.

- espirrei tão alto que fui expulsa de sala.

- atuei em um média metragem.

- ouvi do meu namorado: “Você é muito maior do que imagina e pode ir além daquilo que você acha que são suas fraquezas.”


- dormi no meio de um show de tango, no meio da oração, sentada ou vendo filme (inúmeras vezes), de boca aberta, na redação, na porta de uma boate, no tapete da casa da amiga, em uma pedra, no porão da casa de uma colega de trabalho.


- acenei para alguém que eu achava conhecer e não era a pessoa.


- ouvi de um homem: Bibi, você me faz acreditar que tudo é possível”.

- ouvi de outro homem: “Quanta coisa já vivemos juntos e em quanta coisa já morremos juntos também! Sei que a vida nos tem mantido um pouco distantes fisicamente, mas nunca vou me distanciar emocionalmente de você”.

- quase tive mãos e pés congelados, em situações diferentes.

- levei um tombo no primeiro encontro com um gatinho.

- cantei em um evento no Norte Shopping, numa disputa no programa da Angélica e ganhei [seis copos do Garfield, que se quebraram em dias], em um evento de rua, em uma disputa de bandas, em karaokê, em dupla com a Isabel Fillardis e Carolina Dieckmann.

- participei do Show do Mallandro como assistente de mágico [tem que falar toda a verdade, não é?!].

- sonhei em saltar de asa delta e ainda vou realizar esse sonho com a minha sobrinha.

- subi em muitas árvores, tomei banho de borracha, brinquei na rua, joguei bola e bolinha de gude e era craque no pique - esconde.

- escrevi muita coisa, mas ainda não me cansei. Porém, para não entediar vocês, a próxima, num futuro não tão próximo, deve ser o “EU NUNCA”.

15.10.08

Eu Já...


Esse post será TODO em homenagem à Bia Bug e seu blog. Passei lá e adorei as amenidades que ela elaborou para compartilhar com os seus. Então, pegando carona na onda da amiga, faço do meu post, o post dela e para ela.

Antes da cópia descarada, aí vai uma informação importante para a Bia Bug e para um monte de gente que já me perguntou a respeito. PRESTENÇÃO!!!!! Eu sempre quis colocar um contador no Bibidebicicleta e não sabia como. Com a cara e com a coragem, pesquisei no Google. Encontrei um site chamado Site Meter que acabou se tornando uma paixão e um vício! Depois que mudei o layout do blog, acho que ele começou a fazer a contagem outra vez ou parou de contar. Não sei, só noto que ele está estranho. Talvez refaça o processo. Vocês saberão! Quem tem blog, tenta aí e depois me conta!


Voltando à Bia Bug e seus Macaquinhos no Sótão... Ela fez uma lista com coisas que já fez [Eu Já...]. Logo que criei o Bibidebicicleta, a minha idéia era fazer semelhante. Só que eu conheço como Jogo do Currículo. Vou seguir, mais ou menos, a sugestão de cada item e contar um pouco de mim para vocês. Ou seja, seguir a temática que elaborou para cada frase, colocando a minha experiência a respeito.


Eu já...

- bebi vodka pensando que era água numa madrugada calorenta, com 10 anos.

- pedi alguém em namoro.

- terminei um super longo relacionamento e nunca mais falei com a pessoa.

- dormi 20 horas seguidas.

- voei de avião, helicóptero, bimotor e saltei de skycoaster.

- Morri de nojo de limpar vômito e depois de um tempo achei que a tarefa beirava a normalidade.

- passei creme de abacate no cabelo pra hidratar e babosa para tirar a oleosidade.

- fui ruiva, morena, loira.

- pilotei Montanha Russa.

- fui convidada para ser assistente de palco da Angélica e passei a oportunidade; fui figurante do CSI NY; almocei com Rob Schneider, Matt Dillon, Fischer Stevens, Dennis Haysbert; passei o carnaval com Dan Aykroyd; visitei a suíte de Elizabeth Jagger; fui apresentada a Rodrigo Santoro em uma festa (como se eu não soubesse quem é!); vi o desfile de Gisele Bündchen da primeira fila e também aos shows dos Stones e Lenny Kravitz na praia de Copacabana.

- tive piercing na orelha, mas tirei.

- quis ter outro nome, mas agora gosto do meu.

- passei a noite na internet e nem me dei conta de que o dia clareou. Levei um susto ao olhar pela janela.

- já soltei um pum alto em banheiro público, que chamou a atenção da companheira da casinha ao lado.

- trabalhei no Burger King e comi todas as porcarias vendidas lá.

- tive vontade de bater em um entrevistado.

- tive algumas paixões platônicas. A fase passou.

- fui à Disney três vezes; à Universal e ao Bush Gardens duas vezes; ao Six Flags quatro vezes e uma vez ao Hershey Park e Dorney Park.

- desejei o namorado da amiga, mas nunca tentei nada.

- voltei às aulas em abril.

- sonhei com coisas que aconteceram depois.

- pedi demissão, aparentemente, do nada e surpreendi pela decisão inesperada.

- passei em segundo lugar na Faculdade de Jornalismo, em nono na Universidade Estadual e fiquei em segundo lugar em mais de 10 seleções de estágio .

- fiz curso profissionalizante de secretariado e aprendi taquigrafia.

- morei um ano fora do Brasil.

- chorei e gritei com a cara enterrada no travesseiro pra ninguém ouvir o meu desespero.

- ri descontroladamente até ter tanta dor na barriga a ponto de me jogar no chão.

- desmaiei no banheiro, por causa do gás mal regulado pela CEG, duas vezes.

- virei a noite com os amigos e amanheci na Pedra Bonita e no Pico do Cocanha, na Floresta da Tijuca e também na praia.

- enfiei um feijão no nariz que teve que ser retirado no hospital.

- levei e já dei um pé na bunda, do qual demorei para me recuperar.

- falei “Pode me beijar, mas não se apaixone por mim.”

- dancei no meio da rua que nem uma maluca, sem me importar com o que os outros pensam.

- conversei “olho no olho”.

- desejei morrer.

- olhei para o meu quarto e me desesperei com a bagunça. Também já passei por cima da bagunça sem me importar.

- em matéria de fogão, fui capaz de queimar água.

- escrevi cartas das quais me arrependo e textos que me emocionaram anos depois.

- encontrei o amor pela internet.

- fui grande amiga de uma Tailandesa e não ouço falar dela desde a Tsunami.

- levei uma amiga da Rússia para conhecer o camelódromo.

- peguei o pote no congelador achando que era sorvete, mas era feijão.

- comi fruta no pé.

- conversei com patos e galinhas.
- beijei tomando banho de chuva e sonho em repetir o ato.

14.10.08

NY - Times Square


Hello everybody!

Não queria me tornar repetitiva, mas... Gostaria de conseguir progredir com os posts sobre as dicas de NY. Se eu estiver sendo “ranheta”, como gosta de dizer a minha Mãe, por favor, atirem a primeira pedra! E fiquem nela! Eu entendo as coisas rapidamente.

Hoje gostaria de me ater à área da Times Square. Para os navegantes de primeira zarpada, esse lugar é realmente o sinônimo de Manhattan [depois você acaba descobrindo outros pontos muito mais interessantes, mas definitivamente nunca um mais representativo. Talvez nem o Central Park]. A área está localizada na junção da Broadway ave. com a 7ª avenida, na região central da ilha. Essa é uma área estritamente comercial e qualquer prédio nessa localização é obrigado a permitir a instalação de letreiros luminosos.

Como havia dito anteriormente, o segredo é passar por ali - pela primeira vez - no começo da noite. Você vai ficar maravilhado com a potência das luzes, o colorido das coisas, o movimento, a modernidade, o cheiro de pretzel queimado [ai como fede]! Tudo isso faz parte do esquemão. Eu me lembro da minha primeira vez! E também de tantas e tantas outras... A sensação mais desconcertante [eu diria em exagero], é que muitas vezes você tem a impressão de que a noite é dia. Sempre acho isso curioso [ta, posso parecer meio retardada, mas é que sofro de fotofobia, oras! Tudo se torna claro e escuro em segundos, quase sem nuances]. E, afinal, você está em NY, pode ficar embasbacado, é normal! Só não fiquei no meio do caminho, porque com certeza passará um nativo apressado te atropelando e xingando até a sua quarta geração. [ah! Um detalhe a se reparar: os americanos SEMPRE trazem algo na mão para beber. Se não está carregando, com certeza está em algum compartimento secreto da bolsa! Seja café ou qualquer gorduroso do gênero; seja um suco de cor vibrante, um refrigerante ou a famosa garrafinha de água da Spring Polland de rótulo verde. Eita povo de boca seca!].

Voltemos à programação normal. Na TS você encontra a NASDAQ
, os estúdios da ABC, ESPN Zone e MTV, a loja da Swatch, o hotel Marriot [onde Madonna já se hospedou] e algumas franquias de restaurantes americanos típicos de importação, como Planet Hollywood, Hard Rock Café e o TGI Friday’s [Segundo a Moranguinho, a câmera do EarthCam da Google está localizada bem ao lado desse restaurante. Você pode marcar um horário com aquela tia velha e varizenta que é louca para te ver na TV; passar por ali e dar um tchauzinho exclusivo e ao vivo para ela. Que tal?!].

Um dos lugares que I Strongly Recommend que você vá é a loja da Toy’s R’Us. Não se faça de rogado: entre! Você é recebido por uma roda-gigante de brinquedo [quase em formato lego] de 18 metros, a altura de três andares da loja, se não me engano. Triste mesmo foi ver a Susana Vieira com marido e netos sentados no carrinho desse ícone da diversão nas páginas da Contigo! Eu passo! Tenho medo de roda-gigante... [é sério, não ria!]. Lá dentro da loja, além de uma infinidade de brinquedos divertidos – que certamente te farão voltar no tempo –, você também encontra um sensacional boneco animado do Tiranossauro Rex com 10 metros de cumprimento e uma mansão da Barbie, que obviamente foi cenário para algumas fotos minhas [embora eu nunca tenha realmente brincado de Barbie, já que ganhei a primeira no início da puberdade, quando as bonecas já não me seduziam].

Se a situação ficar complicada em relação à fome ou xixi, bem ali perto tem um MC Donald’s. Para entrar é meio insuportável, mas as atendentes são bem adestradas, você resolve logo a sua questão. Para sentar e comer, só no segundo andar, onde tem o banheiro feminino. O que a Onça e eu mais gostamos nesse lugar foi tirar fotos em uns painéis que enfeitam as paredes com desenhos estilizados de pontos turísticos. O banheiro é usável, mas ao abrir a porta, você fatalmente atinge com o golpe a incauta que tenta lavar as mãos. É assim desde 2002 e nada mudou. Um point para a noite é a boate que fica em baixo do hotel W. Na verdade é um lounge com música, onde os engravatados vão tomar o último drink after work. Não paguei para entrar e ainda tomei um cosmopolitan, para entrar no clima Sex and The City.

Foi também a Onça que encontrou ali a loja da Hershey’s [não gosto muito do chocolate deles não e já tive a chance de visitar a fábrica na cidade homônima, onde tudo é superlativo] e também a loja da M&M’s. Essa sim é sensacional. Vale a visita! Duvido que você saia de lá sem um chocolatinho colorido! Eu achei uma graça!

Ano passado, a Onça, Formigão e eu almoçamos em um restaurante ali. O nome? Bubba Gump Shrimp Co. Se o nome lhe parece familiar, não se assuste! Quem assistiu ao filme Forrest Gump sabe que o sonho do Bubba era abrir um restaurante de camarão junto com Gump. E assim nasceu a idéia de um estabelecimento feito sob essa temática. Não é baratinho, tipo MC, mas também não é um absurdo. Gosto dali, primeiro porque não tem no Brasil; segundo, porque ele fica no segundo andar e lá de cima você tem a vista da TS e fica sentado descansando as pernas e ainda admirando a vista; terceiro, porque tem a melhor Frozen Margeritta que já provei. E você ganha o copo de vidro, que é um presente perfeito. O meu ficou lá, com meu amigo Tom, para eu tomar caipirinha sempre que voltar! Saúde!



OPA!

13.10.08

200!


Geeeeeeente! O post de número 200 passou e eu nem percebi! Dá para acreditar nisso?

Há algum tempo estava pensando em uma forma diferente para celebrar o feito redondo [essa frase dita com todo respeito, por favor. Há menores lendo o Bibidebicicleta!]. Não dava para homenagear algumas pessoas, já que fiz algo semelhante no gol 100... Então, resolvi usar a minha última descoberta tecnológica em um benefício ainda maior ao que ela se propõe. De tempos em tempos, eu acessava o Bibidebicicleta através daquele contador celebrado anteriormente e [pacientemente] anotava as cidades que acessavam o blog. O contador só registra as últimas 100 cidades, daí o trabalhão que a tarefa me rendeu.

Outro fator importante, vá lá: muitos IP's não disponibilizam a localização. Assim sendo, tornar-se impossível saber, ao certo, TODAS as cidades que um dia já forneceram leitores para essa escriba que vos tira [ou põe, como preferir] do lugar comum periodicamente.

Contudo [eloqüente que só no dia de hoje], eis aqui a minha homenagem aos que ganharam [ou perderam em ócio criativo] seu tempo com os vernáculos fornecidos pela minha pessoa em 200 capítulos!

Resumindo a verborragia: Valeu galera!!!!! É nosso!

Aguaí, São Paulo
Alfenas, Minas Gerais
Americana, São Paulo
Anápolis, Goiás
Angélica, Paraíba
Aracaju, Sergipe
Bandeirantes, Paraná
Barão do Norte, Santa Catarina
Barbacena, Minas Gerais
Barueri, São Paulo
Bauru, São Paulo
Belém, Pará
Belford Roxo, Rio de Janeiro
Belo Horizonte, Minas Gerais
Benevides, Pará
Brasília, Distrito Federal
Brusque, Santa Catarina
Caarapó, Mato Grosso do Sul
Cajamar, São Paulo Campinas, São Paulo
Campo Limpo Paulista, São Paulo
Caxias do Sul, RS
Colombo, Paraná
Conchal, São Paulo
Contagem, Minas Gerais
Cotia, São Paulo
Cuiabá, Mato Grosso
Curitiba, Paraná
Espírito Santo Do Pinhal, SP
Florianópolis, Santa Catarina
Franco da Rocha, São Paulo
Garça, São Paulo
Goiânia, Goiás
Gravata, Rio Grande do Sul
Guapimirim, Rio de Janeiro
Guaratinguetá, São Paulo
Guarulhos, São Paulo
Ibateguara, Alagoas
Indaiatuba, São Paulo
Iracemópolis, São Paulo
Itaguaí, Rio de Janeiro
Itaquaquecetuba, São Paulo
Itaqui, Rio Grande do Sul
Jacutinga, Minas Gerais
João Pessoa, Paraíba
Juiz de Fora, Minas Gerais
Jussara, Paraná
Laranjeiras II, Maranhão
Lençóis Paulista, São Paulo
Londrina, Paraná
Louveira, São Paulo
Luis Alves, Santa Catarina
Magé, Rio de Janeiro
Manaus, Amazonas
Maringá, Paraná
Moji-Mirim, São Paulo
Monte Mor, São Paulo
Montes Claros, Minas Gerais
Mossoró, Rio Grande do Norte
Muriaé, Minas Gerais
Natal, Rio Grande do Norte
Nilópolis, Rio de Janeiro
Niterói, Rio de Janeiro
Nova Iguaçu, Rio de Janeiro
Novo Hamburgo, RS
Osasco, São Paulo
Palmas, Tocantins
Palmital, São Paulo
Paulínia, São Paulo
Paulista, Pernambuco
Pelotas, Rio Grande do Sul
Petrópolis, Rio de Janeiro
Piracicaba, São Paulo
Poços de Caldas, Minas Gerais
Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Praia Grande, São Paulo
Queimados, Rio de Janeiro
Recife, Pernambuco
Ribeirão Pires, São Paulo
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Rio Claro, São Paulo
Rio Das Ostras, Rio de Janeiro
Salgado, Sergipe
Salvador, Bahia
Santa Rita, Paraíba
Santa Maria, Rio Grande do Sul
Santana de Parnaíba, São Paulo
Santo André, São Paulo
São José dos Campos, SP
São Vicente, São Paulo
São Bernardo do Campo, SP
São Caetano do Sul, São Paulo
São Fidelis, Rio de Janeiro
São Gonçalo, Rio de Janeiro
São João de Meriti, RJ
São Miguel do Iguaçu, Paraná
São Paulo, São Paulo
Socorro, São Paulo
Sorocaba, São Paulo
Taboão da Serra, São Paulo
Taquaritinga, São Paulo
Taubaté, São Paulo
Toledo, Paraná
Uberaba, Minas Gerais
Uberlândia, Minas Gerais
Vila Velha, Espírito Santo
Vitória Da Conquista, Bahia
Volta Redonda, Rio de Janeiro
Xanxer, Santa Catarina
Xavantes, São Paulo
UFA!

12.10.08

Beija Bem


Um dos pontos mais legais de sair com os meus amigos é que a gente nunca sabe como o encontro vai terminar. Não falo de espaço físico, mas do saldo da noite. Isto porque eu sou daquelas que reúne o elenco mais diverso de pessoas na roda social, formando um belo mosaico de tipos, que me permitem viver um sem número de situações. Assim as histórias são feitas e dessa forma eu consigo transformá-las em fatos a serem narrados.

Há algumas semanas, por exemplo, formamos um grupinho bem eclético para passar o fim de noite na Feira de Tradições Nordestinas. Um administrador que é empresário, uma jornalista que é roteirista, um engenheiro que é economista, uma bióloga que é sexóloga, uma advogada que é professora, um advogado que está juiz. Todos na mesma mesa, dividindo o prato de macaxeira.

A alegria era o tema da mesa e o astral de todos estava altíssimo. Você sabe aqueles dias em que parece que o universo conspira a favor do riso frouxo? Você só quer estar ali desfrutando o momento na alegria de saber-se você em meio a quem tem o prazer de querer, tão somente, dividir o melhor de si contigo.

Rodízio de petiscos nordestinos. A certa altura, a prostração bate, não tem jeito. Eis que o nosso Filósofo solta a primeira pérola, no afã de aplacar aquele silêncio típico de fim de festa [não, senhores, ele queria mais papo, mais riso e mais noite]. Emergindo do silêncio, ele eclode:

Filósofo: Gente pára tudo! Vocês estão percebendo que nós estamos testemunhando uma virada de página da história? [Ele tentava introduzir na roda o alarmante caos das bolsas frente à crise americana... Mas ali? Assim, com todos querendo dormir? Mas sabe que a frase despertou a turma, frente às palavras de urgência? Hehehe].

Filósofo: Ele é um guerreiro! [Quando se discutia se dois amigos estavam ou não namorando de verdade. Por segundo, pude imaginar o rapaz de armadura, montado em um pangaré com sua lança apontada para frente!]

E o silêncio voltou a reinar outra vez. Duas ou três pessoas conversavam entre si, quando o casalzinho da mesa resolveu trocar um beijinho. Beijinho simples, mesmo, de quem está em público e quer fazer um carinho sem despertar atenção. O filósofo estava justamente em frente ao casal e ficou admirando a cena, frame por frame. Depois de um suspiro, ele solta o verbo:

Filósofo: Fulano, você beija bem! [O cara ficou sem graça, não sabia se falava alguma coisa ou se agradecia o “elogio”, enquanto a namorada dele explodiu em uma gargalhada, logo compartilhada por todos. Pois é, não é sempre que alguém que não participa do seu beijo, te elogia de forma tão contundente!].

E chegou o tempo que ninguém mais estava dando atenção ao nosso amigo. Não por uma questão pessoal, mas porque ele se sentou justamente naquele canto da mesa que acaba sendo meio isolado do resto do mundo. Mas era a noite do Filósofo e ele jamais admitiria ficar sem receber a atenção que lhe achava devida. Do fundo do seu âmago ele solta um arroto, que ecoa pelo restaurante: Braaaaaaaaaaaaaa! Já era sinal de que a noite precisava ser encerrada, não é? Começamos a juntar nossas bolsas, comanda de pagamento, quando vemos o nosso amigo pegando uma sacola plástica. “Para que isso?”, perguntaram. “Eu vou levar essas latas aqui!”, respondeu. “Para que? Está fazendo bico com reciclagem agora?”, insistiram. “Não, simplesmente porque as acho bonitas” [Cuma!? Latinhas de refrigerante que consumimos day by day?!. Pois é, alguma coisa estava fora da ordem mundial. Mas sabe que justamente por isso, tivemos uma noite diferente, surreal e que, portanto, foi digna de ser registrada em nossas memórias!].



E quanto a você, querido leitor, você beija bem? hehehe

NY - 42 STREET

Essa é para a galera que tem curiosidade a respeito de NY. Ontem, olhando os meus caderninhos de pauta em busca de uma informação [que até agora não encontrei. Drama!] acabei dando de cara com uma anotação interessante da viagem a Manhattan ano passado. As informações são atemporais, então vale a dica para aqueles marinheiros de primeira viagem e sonhadores de plantão, que chegam à ilha com pouco tempo, pouca grana e muita disposição.

Let’s GO! Tema do post: 42 STREET

Essa é uma das ruas mais badaladas do centro. Se Bibi & Onça passaram por ela mais de “trocentas” vezes, creia, você também passará. E deve – I strongly recommend! Nela encontramos:

1) Port Authority – 42 com 8ª avenida
É uma espécie de rodoviária, com ônibus saindo para vários pontos do estado e fora dele também. Foi aí que nós pegamos o bus em direção ao Woodburry Mall, o tal Outlet com várias grifes famosas [das mais caras tipo delux total nem sonhando às mais em conta, com as grifes que a gente gosta e conhece até aquelas outras prontas para serem desvendadas]. O preço da passagem é salgadinho, mas vale a pena dar um pulo lá. Perde-se um dia. Fuja da comida mexicana, já que passei mal por dois dias graças a ela!

Um dos pontos positivos de Port Authority é que logo na entrada você encontra um balcão de informações. Os atendentes – sempre – foram muito simpáticos, o que é um milagre [pode ajoelhar e agradecer], já que os nova-iorquinos são, há muito, conhecidos por seu mau humor. Eles te explicam que ônibus você tem que pegar e em que plataforma ele se encontra, indicando o caminho. O lugar é lotado de andares e plataformas e de alguma forma [intergaláctica talvez?] aquilo tudo funciona bem. Fique atento aos horários, porque lá eles são pontuais [em geral] e não esperam pelos atrasadinhos!

Um dos pontos negativos, na minha humilde opinião, é que como toda área de rodoviária, ali também tem um clima estranho. É um dos pontos onde me sinto menos segura dentro da ilha [obviamente não estamos falando do Central Park à noite e nem dos já conhecidos locais fora da ilha, como Bronx, Harlem e Brooklin, onde urubu voa para trás e galinha cisca para frente].

2) Museu de cera Madame Tussaud – Entre a 7ª e a 8ª avenida
Simplesmente imperdível! Se você tem poucos dias e precisa escolher apenas um museu para visitar, escolha este! Principalmente se você, como nós, aposta em uma viagem com mais diversão e menos erudição. A entrada é um pouco mais de 30 dólares, mas com a carteirinha de imprensa internacional eu acabei entrando de graça.

Já visitei o Madame Tussaud em duas oportunidades e garanti momentos inesquecíveis em cada uma delas. O museu abriga cerca de 200 réplicas em cera de celebridades. Todas feitas em tamanho, proporções e medidas iguais. Na primeira visita, encontrei a estátua do Pelé e do Ayrton Senna [ok, eles estavam um pouco diferentes do que sabemos ser... Mas creio que o mesmo acontece com as personalidades americanas. O destaque são os negros, feitos em uma perfeição quase inacreditável! Whoopy Goldberg parecia me olhar em cada canto da sala principal. Medo!]. O negócio é não ter vergonha e entrar na brincadeira fazendo poses com os homenageados, que podem ser tocados sem problema algum.

Ainda nessa mesma calçada você encontra um Mc Donald’s charmoso e muito mais tranqüilo de se estar que o da Times Square. E ao lado dele um teatro da Broadway. Foi justamente nesse espaço que eu assisti Mary Poppins, um musical da Disney que vale cada centavo. Com o fim da temporada de A Bela e a Fera [meu preferido de todos os tempos], I strongly recommend este aqui. Sensacional!

Andando mais para frente - de Porth Authority para o Madame Tussaud -, você chaga à Times Square. Eu chamo este lugar de coração do mundo e, uma vez lá, você vai experimentar uma série de sensações. Principalmente se a visita for feita no fim da tarde e começo da noite. Mas a Times merece um capítulo à parte... Avance três casas.

3) Bryant Park – Na 6ª Avenida, entre as ruas 42 e 40

Deixando a Times Square de lado e caminhando com firmeza, você vai encontrar um dos lugares de que mais gosto em toda a ilha: o Bryant Park. Ali você vai ter a sensação de que está no cenário real dos filmes. Um gramadão verdinho, cercado por delicadas mesinhas e cadeiras. Lugar ideal para namorar, almoçar e usar seu laptop, já que é área de wireless. Ali acontecem os grandes eventos de moda da cidade. Uma vez, fui com uma carioca, uma paulistana, uma equatoriana e uma nativa assistir ao clássico Gata Em Teto de Zinco Quente, projetado em um mega telão montado ali durante todo o verão. Foi um barato juntar as meninas para fofocar, beliscar e observar as pessoas.

Ao lado esquerdo do parque, do outro lado da rua, fica um dos meus restaurantes favoritos: Chipotle. A comida é mexicana, mas da melhor qualidade. Gosto de pedir os enroladinhos [wraps] com feijão, arroz e carne, que são saborosos, nutritivos, alimentam e têm um bom custo benefício. O refrigerante [diz-se soda] é refil, não esqueça de pegar o small e voltar à torneirinha para uma nova rodada. Eu e Formigão sempre dividíamos o mesmo copo de soda, já que as duas são viciadas em Diet Coke.

4) Atrás do Bryant Park você encontra a Public Library. O prédio é uma graça, vale a pena dar uma conferida na arquitetura! Adoro tirar fotos nos degraus da entrada. Sei que existe uma visita guiada, mas nunca consegui descobri como e onde me inscrevo... É justamente nessa região que você vai encontrar uma loja enorme da Best Buy, onde os eletrônicos em promoção são comparados ao canto da sereia.

5) Grand Central Station – Esquina da 42 com a Park Avenue
Esse é o maior terminal de trens do mundo em número de plataformas: 44 com 67 trilhos entre elas; dois andares subterrâneos, com 41 trilhos no superior e 26 no inferior. Também cenários de inúmeros filmes, como Madagascar. É lá que a turma dos bichos é capturada e mandada para a aventura! No estilo Beaux-Arts, a arquitetura é de uma beleza de tirar o fôlego. Vale a pena dar uma passada... fotos, fotos, fotos!

Além disso, o lugar é um ótimo ponto para observar o edifício art decó Chrysler Building. PRESTENÇÃO: é super fácil confundir esse prédio com o Empire State. Como o segundo é referência para me guiar pela cidade, é bom que se note que o topo do Chrysler é mais envidraçado e triangular que o do Empire. Em alguns pontos da cidade você tem golpes de vista.

6) Organização das Nações Unidas – 1ª avenida com 46
Se você tiver fôlego para caminhar até o fim, poderá observar o prédio da ONU [que na realidade fica na 46, mas você chega lá, afinal o terreno do prédio é de 7 hectares]. A sede mundial é aberta à visitação. Acho que por cerca de 12 dólares você visita salas, como a do Conselho de Segurança, o Hall da Assembléia Geral e outros points que você só costuma ouvir no noticiário e no filme A Intérprete. Estive na entrada com o Formigão, mas tivemos que dar meia volta, já que líderes mundiais estavam em reunião justamente naquele dia [inclusive o presidente Lula].

8.10.08

Algumas Respostas


Drica Delli - Amei seu blog! Não é novidade... O nome: Amada, Ouve! é totalmente você. E você é única! Assim como a gente acha o Gabeirão único! hehehe


CCoimbra - Estou bombando o Bibidebicicleta justamente porque você reclamou da ausência de novos posts! Agora me aguuuuuenta! Você não me contou a versão da frase do post do Esquisitologia!


Ana Martins - Certa ingenuidade em "tentar" fazer a diferença é justamente o que a gente faz através dos nossos blogs. Um oásis de coisas boas em um território existencial cercado de sentimentos e atitudes ruins. Muitos me perguntam: o que você ganha escrevendo nesse blog? Hello darling! A vida não é feita apenas de ganhar dinheiro; ela é de igaul modo sentir prazer em pequenas coisas e tentar fazer alguém mais feliz ou melhor. Quem já deu um sorrisinho com o Bibidebicicleta levanta a mão! Tenho certeza que você pensa igualzinho!


Saulo - Mudei a foto sim! Essa está mais up to date! Só não mudei a forma de chamar o meu amor: honey-honey! Quando estamos apaixonados somos todos ridículos! Já fui absolvida!


Bia Bug - "Sou feliz, por isso estou aqui. Também quero viajar nesse balão-ãaaao. Superfantástico!"


Kate - Mato de orgulho!? Não fiz nada e não me acusa, heim!? Se não eu chamo a minha advogada: a Onça! hehehehe


Anônimos - Já disse que não tenho bola de cristal e nem o dom da adivinhação! Assinem os recadinhos, please! A curiosidade é a minha ruína!


Genoud - Você amou o texto da Montanha Russa porque eu o escrevi pensando na Nitro! Você percebeu? hehehe [Genoud e eu moramos durante quase um ano praticamente debaixo do trilho dessa MR].


Sibele - Deu tudo certo, mas a gente já sabia, né!? Tamojunto, menos nas lojas de UD! Eca! Eu não tenho brevê do fogão!


Filósofa - Quase não consigo esperar pela sua volta aos textos na internet. Faz parte do meu dia tanto quanto tomar um café preto pela manhã. Não vivo se esse nego quente!


Onça - Quando é que você vai ficar mansinha e me ajudar a escrever as dicas de NY?


Jorge - Eu não consigo fazer post pequeno! Sou "exagerada, jogada aos seus pés!".


Sah - Tá de vagabundagem aí, tão longe de mim, e nem me escreve uma linha?! Vou chamar o Bobby! Ou então vou mandar a sua avó se levantar da cadeira para te dar umas palmadas! Garota, vc é linda!


Déa - Pára de ser macaca de auditório e assina os recados! Tô com saudade de vc e Taty.


Dida - Como assim? Você só soube que eu estava em NY no dia que eu voltei!? hahahahaha Tico e teco estão queimando unzinho! Vale pelo scrap de boa sorte! Palavras e gestos me animam!


E POR HOJE É SÓ PPPP-PESSOAL!!!

A Força



Antes de pensar no que escrever, quero agradecer a galera pelos votos de boa sorte, pelas vibes positivas, pelas orações e pela força [na peruca] que foram surgindo pelo caminho desde que escrevi sobre a decisão de me lançar a uma nova aventura.

Acreditem: não foi uma escolha fácil, mas a vida adulta é mesmo feita de decisões que necessitam de reflexão profunda e uma pitada de "caraca!". Muitas vezes você tem que fazer a opção do que lhe parece segura AGORA ou dar um salto em direção ao desconhecido para garantir aquilo que você quer para o seu FUTURO. Não tenho bola de cristal, mas tenho intuição, desejos, sonhos, planejamento e tenho fé em um Deus que nunca dorme [Se liga em mim, Papai! Sou um pontinho saltitante que abraça e manda ler o blog no meio da Terra].

Tudo fica bom, quando termina bem. E é dessa forma que esse ciclo se encerra. Alegria, alívio, entrega, respeito, feedback e a incerteza em relação ao dia de amanhã que até dá um friozinho bom na barriga. Melhor que esse só o friozinho da Montanha Russa e aquele que sinto quando vejo o meu amor.

Amo muito o que faço e quero sempre fazê-lo bem. Não é possível ter prazer sempre, mas a realização tem que ser garantida pelo bem-estar que se apresenta ao final de uma conquista. Quando perde-se o sentido da satisfação, o prazer é efêmero e acaba inexistente. Eu sou feita de sonhos, mas também de desafios, de variedade, de criatividade, de evolução, de querer o bem-querer. Sou a sopa de letrinhas com sabores variados, mas sempre apetitosos, surpreendentes.... quentinha e pronta para ser servida! [gostosaaaa!] hohoho

Tenho muitos amigos do trabalho que me acham LOUCA. [Eu não rasgo dinheiro, oras!?] É que eu sou rotulada de muito certinha e quando tomo essas decisões que parecem extremadas, eles têm a impressão de que isso é coisa de outro script. Mas estou ciente do filme da minha vida, mesmo que não saiba como vai terminar. E a graça está nessa busca e nos encontros pelo caminho.

Costumo dizer que não sou forte, mas determinada. E não tenho medo da vida e nem de trabalhar em coisas que me façam sentido. E existe um sentido em mim que basta. E não tentem me fazer caber em rótulos, porque o meu passatempo é surpreender - sendo eu mesma. Múltipla e única. Mulher. One of a kind!

Uma vez escrevi um artigo em um jornal, que cabe bem nesse momento:

Toda crise conduz necessariamente a um aumento da vulnerabilidade, mas nem sempre a um momento de risco. Mas a crise é vista, de igual modo, como uma ocasião de crescimento. A evolução favorável conduz à criação de novos
equilíbrios, ao reforço da pessoa e da sua capacidade de reação a situações adversas.

O mitólogo Joseph Campebell explicou que todas as histórias seguem a mesma estrutura, a qual denominou "A Jornada do Herói". A saber: vivemos tranqüilamente em um mundo comum, até o dia em que recebemos um chamado à aventura. Recusamos até que a decisão de seguir
por aquela trilha é inevitável. Nela, enfrentamos testes e obstáculos até a chegada ao clímax, quando aprendemos a lição necessária.

A crise segue, de certa forma, essa mesma cartilha. Somos expostos a uma série de provações, seguimos pelo caminho até que a lição seja absorvida. Se evoluímos, passamos para a próxima fase. Se falhamos, somos obrigados a trilhar pelo mesmo caminho repetidas vezes. Alguns, porém, se recusam a aprender os esinamentos e acabam se tornando como o personagem Peter Pan – o que nunca cresce.

Se for verdade que a arte imita a vida, é melhor tomarmos por base a saga de Luke Skywalker, em
Guerra nas Estrelas. Ele teve que sair do seu planeta, um lugar seguro, abandonar velhos modelos, aprender a usar um sabre de luz até se tornar um guerreiro Jedi. As nossas lutas estão inseridas nesse mesmo contexto. Eu e você somos constantemente chamados à aventura da vida. Luke acreditava que a “força” estava com ele. E se a nossa força – a verdadeira – é Deus, então “que a força esteja com você” em qualquer tempo e em todas as crises.

6.10.08

Gabeira

Adoro quem consegue ser o que é por conta própria; estar fora dos padrões sociais e permanecer em voga; saber-se único e misturar-se à multidão e ainda rir de si mesmo, como se a piada fosse, de fato, a não aceitação da diferença.
Gabeira neles!

Primeira Vez


Queria saber se alguém percebeu que o layout do Bibidebicicleta sofreu uma ligeira mudança? Tentava há séculos operar certas performances que me pareciam impossíveis, até perceber que eu usava uma versão antiga oferecida pelo Blogger. Fui "futucando" até perceber como e o que deveria fazer. O pior é que ainda não estou certa das maravilhas que essa ferramenta me oferece, uma vez que sou uma blogeira que se faz através de múltiplas tentativas, acertos e erros.


Lembrei que logo no início do mês vi um pedaço da entrevista do Washington Olivetto no Programa do Jô. Acho que os publicitários são seres de outra dimensão, funcionam em outra vibe tamanha a inteligência, criatividade e rapidez. Já estive com o Washington Olivetto algumas poucas vezes, mas todas elas foram muito interessantes. Ele é de trato simples e um pai apaixonado por seus filhos. Fiquei ali em frente a tela da TV vendo ele narrar a sua trajetória "brilhante", suas sacadas extraordinárias sendo habilmente narradas a cada oportunidade. Publicitários gostam de se saberem gênios. E também que todos saibam. Washington Olivetto é um doce de pessoa e tem a prerrogativa de fazer essencialmente o que gosta. Agora, por exemplo, ele está lançando o livro "O Primeiro a Gente Nunca Esquece", pela editora Planeta. O comercial do primeiro sutiã (abril de 1987) é realmente um marco na história da propaganda brasileira. E, logicamente, também o é na carreira de Olivetto, que colhe até hoje os frutos desse sucesso. Eis o motivo dele estar no sofá do , aquela noite. E eles falaram sobre algumas primeiras vezes...


Hoje eu tive uma primeira vez. Complicada, difícil, mas fruto de pensamentos profundos, maduros e calculados. Pedi demissão pela primeira vez. E estou em paz. A decisão foi fruto de um novo querer e não resultado de uma briga ou de sentimentos inflamados.


Durante o processo foi preciso tomar decisões de âmbito estritamente profissional. Um exemplo? Como contar à minha chefe - que fica em outro estado - sobre isso, sem envolver o lado sentimental que, inevitavelmente, desenvolvemos durante tanto tempo de convivência? Fui até o Google procurar algum modelo de carta que me colocasse dentro do padrão. Não achei nada que fosse menos formal que os documentos enviados de próprio punho ao RH. Só que eu precisava ser profissional, mas não queria ser fria. Resultado? Encontrei um artigo que detalhava a carta que a então Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, mandou ao Presidente Lula à época de seu desligamento. Jogando um pouco de pó de pirim-pim-pim, trouxe seus escritos à minha realidade e vou colocar aqui o resultado. Vai que possa auxiliar alguém!?


Querida AC,

Venho, por meio deste e-mail, comunicar a minha decisão em caráter pessoal de deixar o cargo XXXX, função confiada a mim desde fevereiro de 2006. Esta é uma decisão muito difícil, porém necessária para dar continuidade a evolução profissional a qual me destino e me entrego com coragem e vontade.

Quero agradecer a oportunidade de ter feito parte da equipe. Nesse período, tive a oportunidade de aprender muito, de desenvolver novas e antigas habilidades e de implementar características pessoais ao processo de trabalho. Agradeço também o apoio decisivo recebido e o carinho de todos os meus colegas. Reafirmo que em tudo, sempre, esforcei-me para oferecer o que há de melhor em mim, pessoal e profissionalmente.

Tenho o sentimento de estar fechando um ciclo cujos resultados foram significativos, apesar das dificuldades. Quero ter a chance de investir em uma nova carreira e de me preparar para um futuro acadêmico, uma vez que sonho em terminar a minha carreira formando novas gerações de jornalistas, que serão testemunhas de seu tempo, o nosso tempo. Para tal, preciso organizar meus horários e metas. Coloco-me à disposição para treinar e preparar a pessoa que vocês escolherem para me substituir, com a dedicação de sempre, na torcida e na certeza de quem ficar terá condições de dar continuidade ao trabalho exercido por mim – e as novas implementações – com o mesmo afinco e em igualdade de condições.

Deixo o cargo com a consciência tranqüila e certa de que, nesses anos de profícuo relacionamento, construímos algo de muito relevante para as nossas vidas e para as vidas daqueles que nos leram a cada nova edição. E que Deus continue abençoando e guardando os nossos caminhos até o próximo encontro.

Bibi

PS:
“Aquém da morte, para tudo existe um jeito.
Para tudo existe um fim, basta começar.
Para tudo existe um meio: aquele que você conhece e confia
ou um meio novo, inspirador, arrebatador e que te desafia.
Sem riscos, a vida perde o sentido.
Sem criatividade, a inteligência adormece.
Sem entrega, os atos soam vazios.
Sem o medo, os desafios tornam-se obstáculos.
Sem vontade, tudo perde o encanto.
Sem excitação, tudo perde o sabor.
Sem coragem, andamos nas mesmas pegadas.
Sem amor, a vida não vale a pena” - Bibi de Bicicleta

2.10.08

MR


Muita calma nessa hora!

Que prazer seria se eu pudesse postar algo interessante [pelo menos para mim] ou uma bobagem que divirta religiosamente todos os dias. Não por obrigação, mas para me dar uns minutos de 'cyber-prazer' - e a vocês, um tempo ócio criativo de leitura do tratado moderno sobre o mundo ao redor do meu umbigo - em algum momento do dia. Mas a roda gira e a velha continua a fiar...

Estive vivendo tempos difíceis, complicados. Nada pessoal; apenas a oportunidade de testar a capacidade de passar por cima das questões de forma honesta, sem ter que jogá-las para debaixo do tapete da alma. Esse tipo de sujeira acumula e depois faz um mal danado... Não é segredo que eu sou alucinada por Montanha Russa, então, faço com ela uma analogia para a minha própria existência: subir requer uma força extra, mas a sua meta é conquistar o topo e olhar a vida lá de cima, do ponto mais alto. A descida assusta, porque é veloz, desconhecida, sufocante e vai te levar para o que parece ser o mesmo ponto de começo ou o fim do caminho. Só que é na descida que você se sente totalmente livre, gravidade zero sem medo do que possa acontecer; adrenalina em carga máxima, fazendo com que todas as suas sensações sejam experimentadas de forma latente, intensa, efusiva. Para mim, esse é um momento de êxtase e prazer. E quando você chega ao fim do trilho dessa descida alucinante, percebe que ainda está cheio de força motriz, de energia para te fazer continuar. Afinal, o destino de todo carrinho de Montanha Russa é cumprir o seu trajeto e chegar à estação com seus passageiros bem diferentes da maneira que entraram. Qualquer volta em uma MR provoca uma mudança de estado interno. Meu coração sempre termina batendo na frequência da alegria. Em ritmo de festa, como bem cantaria Silvio Santos. A vida passa em velocidade cada vez maior e nos proporciona altos e baixos sem fim; loopings que te deixam sem noção de tempo e espaço; piruetas que te sacodem do lugar comum; curvas que te fazem experimentar novos espaços, outras maneiras... Vento nos cabelos, sorriso no rosto, desafio na mente, certeza no coração, adrenalina nos nervos e, muitas vezes, uma foto no final, para te provar que aquele foi apenas um instante. Bom ou ruim, a experiência é apenas uma partícula encadeada daquilo que chamamos de história. Quero muitas fotos nesse meu scrapbook real.


E para provar que as coisas parecem mesmo estar encadeadas, um fato. Voltei ao trabalho e vi na mesa da Beta um livro cuja capa me despertou imediatamente a atenção. O nome? "esQuisotologia - a estranha psicologia da vida cotidiana", de Richard Wiseman. Após ler o nome, não tive dúvidas de que ele estava ali, esperando por mim. Pedi, ela me deu. Fui para casa simplesmente me deliciando com seu conteúdo, que trata das mesmas coisas que me chamam a atenção - e me impressionam e me encantam e me encucam - nas pessoas. A resenha do livro diz que a Esquisitologia é a área da psicologia que adota métodos científicos para estudar os aspectos mais curiosos do comportamento humano diante das situações mais simples do dia-a-dia. Quero estudar isso! Onde estuda, tia?!

Hoje, sabedora de uma notícia que me deixou muito desapontada e triste, tenho a chance de ir para casa acompanhada por uma leitura que fará a minha mente vagar por lugares onde eu gostaria de estar e nem sabia... A identificação rolou logo na primeira página, onde sublinhei uma citação que, na minha opinião, resume a minha relação com o Bibidebicicleta:

"Penso que qualquer atividade tem valor se
satisfizer à curiosidade, estimular idéias e contribuir com um novo ângulo para
a nossa compreensão do mundo social."
-
Stanley Milgram em The Individual in a Social World