31.5.09

estamos entrando em junho e chegamos ao meio do ano
uma boa semana para todos nós
muitas alegres pedaladas
beijos da
bibi

Think!


Visitando o blog da Ana Raquel Em Que Espelho Ficou Perdida a Minha Face? – eu descobri uma frase ótima:

“Todo sopro que apaga uma chama reacende o que for pra ficar...”


Eu simplesmente amei essa frase.
Achando poder ser de autoria dela, respondi algo no mesmo tom, para dar uma força:


“Quando a chama apaga, fica um escurinho bom para a gente olhar as estrelas! Elas estão sempre lá! Mesmo que a cada dia um novo céu se nos apresente.”


Depois descobri que a frase da Ana Raquel, na verdade tinha um autor. O nome dele é Fernando Anitelli, um compositor que faz parte de um badalado grupo chamado O Teatro Mágico. Vi uma reportagem uma vez no Fantástico. Sobre o grupo, Fernando diz:


“Eu tinha um trio de música brasileira chamado
Madalena 19 que acabou porque cada um tomou seu rumo. Eu acabei indo trabalhar ilegalmente como garçom nos Estados Unidos durante um ano. Lá eu comecei a ler o livro "" O Lobo da Estepe". Tinha uma passagem que dizia que as pessoas têm muitos personagens dentro de si e, ao mesmo tempo, todo mundo está em extinção. Isso tinha tudo a ver com o que eu imaginava para um projeto musical e decidi nomear o CD como "O Teatro Mágico - entrada para raros".


E foi pesquisando o dono da frase do blog da Ana Raquel, que descobri outras frases interessantes desse mesmo autor. Vou compartilhar a beleza dessas linhas:


“A estrela que eu escolhi não cumpriu com o que eu pedi e hoje não a encontrei, pois caiu no mar, e se apagou. Se souber nadar, faça-me o favor, o milagre que esperei nunca me aconteceu. Quem sabe é só você pra trazer o que já é meu”
.
/ Achei essa frase interessante, porque antes de saber dela, eu escrevi para a Ana Raquel justamente sobre estrelas. Gosto de observar o céu. Muitas vezes é como se eu tentasse olhar para dentro de mim mesma. Eu me sinto daquele tamanho, porque os meus sonhos e desejos parecem não ter fim.


“Metade de mim agora é assim, de um lado a poesia, o verbo, a saudade, do outro a luta, a força e a coragem pra chegar ao fim. E o fim é belo, incerto... Depende de como você vê!”
/ Essa frase é praticamente o meu slogan! Eu sou a fé, a esperança e o amor. Eu sou amor e sou saudade. Eu sou o verbo e a poesia e eu luto! Luto para vencer meus medos e as minhas barreiras, que muitas vezes parecem quase intransponíveis. Eu sou o meu próprio obstáculo.


“Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você”
. / Eu não esqueço o que não quero deixar de lembrar.


“Borboleta parece flor que o vento tirou pra dançar”.
/ Adoro vento, borboletas, jardim, estrelas e mar.


“Os opostos se distraem, os dispostos se atraem”.
/ Essa é uma das minhas frases favoritas! Como eu acredito nas leis da atração!

Quem é você?


Quem é você?
Essa pergunta lhe é familiar? A mim é, porque ela me é sistematicamente apresentada em uma série de ocasiões na vida. Engraçado – e até curioso – é perceber que não há apenas uma resposta para esse tipo de interrogação. Todas às vezes que a elas me lancei, pude me perceber uma nova pessoa. Nem sempre uma outra pessoa; porém, mais da mesma... Além de mim mesma...


Quem sou eu?

Me diga quem você é? Ou quem eu seria segundo a sua ótica? Porque dentro de cada um de nós habita uma definição diferente do seu semelhante. Há os que projetam no outro seus defeitos e/ou virtudes. Há os que conseguem fazer um tipo de avaliação menos premissiva ou livre de preconceitos (ok, praticamente impossível). Tem os que se lançam ao desafio de decifrar o outro não mais cativo daquelas pequenas amarras que nos fazem tão mesquinhos.


Quem eu sou?

Em primeiro lugar eu sou filha do Deus vivo. Sou mulher. Mulherzinha mesmo. Quase menina. Estou viva e tenho um bocado de idéias e incertezas. Sou amor. Sou eternamente amor. Também sou saudade. Sou um amor imperfeito, que se escora na saudade do que fui, do que fiz, dos que amei e até do que não vivi, mas gostaria de ter experimentado. Coisas de outra geração.


Quem eu sou?

Eu sou aquilo que vivi somado ao desejo do que ainda quero me tornar. Sou feita de lições e esperança. Tenho fé. Hoje, mais uma vez, tive a revelação de que a fé não é um sentimento, mas um dom {já falei bem sobre isso aqui}. Trata-se sobre isso no filme Anjos e Demônios, baseado no livro de Dan Brown. O homem que salva a igreja católica, considera-se apenas um cara da ciência e não da fé. Durante o filme, nós percebemos que fé e ciência podem tomar o mesmo viés de coexistência pacífica. Num dado momento do longa, o protagonista, Tom Hanks, é confrontado e ele diz algo (mais ou menos) assim: ‘como só posso acreditar em minhas certezas e a fé não pode ser provada cientificamente ela é, na realidade um dom que não me foi outorgado’. (em inglês dom é gift = presente). Um presente divino dado a um grupo seleto, que tem que decidir o que fazer com esse ele.

Quem eu sou?
Eu sou a fé, a esperança e o amor.
Quem é você?
Não o sabe? Talvez seja esta a melhor curiosidade de toda uma vida. Você está em construção. Como você tem aproveitado as chances de viajar para o seu interior e fazer essa louca e tão necessária descoberta? Não é fácil, não é simples; mas navegar sempre foi preciso. Como se achar sem se perder? Como formular uma definição de quem você é sem juntar lutas? Lições aprendidas em tropeços? Erros e acertos dos máximos aos mínimos?


Quem sou eu?
Sou uma pessoa gregária, altamente influenciada por estímulos externos, que trago para dentro de mim a fim de encontrar sentido. Quem passa na minha vida, não passa sozinho; traz consigo uma série de experiências com as quais eu vou aprender. A cada novo ser que conheço há uma troca enorme e infinita. Aproveito aquilo que é bom e uso o que não considero um espetáculo como parâmetro das coisas que não são "espetaculares". Não preciso andar nas mesmas pegadas para aprender, basta caminhar junto; quer dos fatos, os mesmos fatos; quer nas histórias, as que ouvi.


Quem sou eu?

Hoje eu sou um pouco da Onça, da Bia Bug e do Franitos, do , da Andrea, da Vivi e Ellus, do Val, do Luke, do Suspiro, da Cecil, do Mestre Honey, da Quel Novaes, da Conza, do Lucio, da Beloca, do Esmê, do Jorge, do Ninho, da Dali, da Kriegger, da Ruiva, do Tom, da Taty, da Gorda, do , do Saulo, do Neo, da Lou... Pessoas com as quais eu convivo face to face, phone by phone... Sou muito menos os meus pais e sou ainda mais como eles. E vivemos... Sou um emaranhado de relações humanas com as minhas características e necessidades individuais. Eu me relaciono bem com o outro, porque tento me relacionar bem comigo mesma, vencendo meus obstáculos internos.

like the wind


She's like the wind through my dreams / She rides the night next to me / She leads me through moonlight / Only to burn me with the sun / She's taken my heart, / (But) she doesn't know what she's done / Feel her breath in my face / Her body close to me / Can't look in her eyes / She's out of my league / Just a fool to believe / I have anything she needs / She's like the wind

elina brotherus

30.5.09

Momentos

Momentos

Instantes

Vamos falar só em prosa?

Mas prosa ou poesia?

O que vier à cabeça!

Fica mais junto?

Eu quero rir de todas as piadas, porque as acho engraçadas.

Ou porque tenho mesmo bom humor.

E quando se tem bom humor, tudo que lhe parece par é dueto e não duelo.

Gosto de tomar café.

Puro e preto.

Café não é média.

Média é café com leite.

Se você quer uma xícara média, você pede do tamanho médio.

É engraçado achar engraçado.

Não teimo.

Assumo que você está certo para te ver satisfeito.

E me satisfaço na sua satisfação.

Ouço Beatles e não sei que é um CD deles.

Eureca!

Vejo filmes: Tom Hanks, Tom Cruise, Tom Selleck ou Tom & Jerry?

Tem pipoca e Coca Light, oba!

Tem jujuba no fim da night.

Temos eu e você.

Tem o mundo lá fora.

Tem o medo rodando.

Uma coisa eu falo com o coração tranquilo:
“A mesma perna que entra é a que saí”.

Portanto, entro com coragem!

Acreditando que com a mesma coragem vou conseguir sair, se for preciso!

Passo como o vento, por você e pelo resto do mundo!

Leve como a brisa.

Valente como o furacão.

Passa o tempo.

Passam as feridas.

Faça-se história.

Momentos

Instantes

Vamos falar só em prosa?

Mas prosa ou poesia?

O que vier à cabeça!

Fica mais junto?

A Fazenda

Saiu a lista dos atores que farão parte de "A Fazenda", novo reality show da Record.
A lista fala por si só:

Pedro Leonardo - Filho do cantor sertanejo Leonardo
Bárbara Koboldt - Repórter de Otávio Mesquita no programa 'A Noite é uma Criança' (com roupa vai dá para reconhecer?)
Theo Becker - Ator (?) que posou nu para a 'G Magazine' de Superman
Franciely Freduzeski - Do quadro 'Dá um subidinha' do 'Zorra Total'
Jonathan Haagensen - Ator e modelo do Grupo 'Nós do Morro'
Danni Carlos - Cantora
Fábio Arruda - Consultor de moda e etiqueta. Apresentou por dois anos o quadro 'Perfil Décor e Comportamento' no Programa Perfil de Otávio Mesquita no SBT (Fábio Who?)
Luciele Di Camargo - Atriz e irmã caçula da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano (A Filha de Francisco)
Miro Moreira - Sete anos de carreira como modelo internacional (e dai?)
Mirella Santos - Modelo, dançarina e noiva do cantor Latino (O que me lembra Mari Alexandre da Casa dos Artistas? Depois de cadê Vavá, cadê Lalá?)
Carlos Alberto da Silva - Humorista conhecido como Mendigo (sem roupa vai dá para reconhecer?)
Babi Xavier - Atriz e Apresentadora
Dado Dolabella - Ator e cantor
Danielle Souza - Mulher Samambaia (Profissão? Enfeite)

Seduzir




Deu uma vontade de cantar...

Chega de fingir
Eu não tenho nada a esconder
Agora é pra valer, haja o que houver
Não to nem aí
Eu não to aqui pro que dizem
Eu quero é ser feliz, e viver pra ti
Pode me abraçar sem medo
Pode encostar sua mão na minha
Meu Amor,
Deixa o tempo se arrastar sem fim
Meu amor,
Não há mal nenhum gostar assim
Oh, Meu bem,
Acredite no final feliz...
Meu amor...
Meu amor...
Pode me abraçar sem medo
Pode encostar sua mão na minha
Meu Amor,
Deixa o tempo se arrastar sem fim
Meu amor,
Não há mal nenhum gostar assim
Oh, Meu bem,
Acredite no final feliz...
Meu amor...
Meu amor...

Pode me abraçar sem medo
Pode encostar sua mão na minha
Meu Amor,
Deixa o tempo se arrastar sem fim
Meu amor,
Não há mal nenhum gostar assim
Oh, Meu bem,
Acredite no final feliz...
Meu amor...
Meu amor...

Sabor

Fiz o teste "What would you taste like to a cannibal?", traduzindo: Que gosto vc teria para um canibal? Claro que essa idéia não partiu da minha cabeça, mas fiz à partir do blog da Bia Bug.
Olha o resultado:


What would you taste like to a cannibal?

Created by Recipe Star



E 'parafraseando' a Bia Bug: Eu seria peixinho grelhado. HOHOHO.
Por favor, não levem para lado perverso da coisa, viu?!
Sou moça de família.
Adoro um mar...

Dois Lados

Na foto: Dado Dolabella

Eu abro e fecho
Eu subo e desço
Eu choro e rio
Eu chuto para o gol
E espero
Eu digo sim e não
Eu avanço e recuo
Eu escrevo e apago
Eu dou abraço demorado
E espero
Eu aperto e relaxo
Eu bato e acaricio
Eu acelero e reduzo
Eu entro em êxtase
E espero
Eu brilho e sereno
Eu monto e derrubo
Eu vou para frente e volto para trás
Eu enlouqueço
E espero
Eu rasgo e colo
Eu amasso e aliso
Eu corro e fico parada
Eu me olho no espelho
E espero
Eu dou beijos e tapas
Eu sou ódio e desejo
Eu sonho e tenho pesadelo
Eu durmo agarradinha
E espero
Eu pulo e rastejo
Eu danço rock e valsa
Eu fico no claro e no escuro
Eu faço bolhas de sabão
E espero
Eu relaxo e reteso
Eu bagunço e arrumo
Eu aperto e relaxo
Eu trago para junto
E me entrego.
(Bia Amorim)

E esse sono que não vem?
Já não existem mais carneirinhos a serem contados!
Todos estão cansados de pular a cerca!

29.5.09

Paixão

Onze mil acessos, Ciclistas!
UHUUUUUUUUUUUU
519 posts!
20 InterFriends Oficiais - Welcome Bezito e Julio
2 poetas costumeiros
1 poesia, dele, para celebrar:

Paixão

a paixão
é uma loteria
é sorte
é noite e dia
parece a morte
mas remexe a vida
é sofrida
dolorosa
a paixão é gostosa
palpável
agradável
dengosa
é pra vida inteira
e sempre acaba de repente
mas nunca mais se esquece
a paixão merece uma reflexão
um estudo profundo
é gananciosa
se acha sempre
a maior do mundo
maior que o mundo

pretensiosa

vem do nada
como um assalto
uma surpresa
supera todos os percalços

impera
e quando desce do salto
sai de baixo
o mundo vem abaixo
poderosa
a paixão é misteriosa
prosa
mentirosa
arrogante
a paixão é para os amantes
os grandes amantes
famintos
é quase um instinto
uma fera
quando ferida

Ela é uma ferida
que nunca cicatriza
a paixão não brinca
nem ameniza
quer sempre tudo
e muito mais
do que pode ter
a paixão é sofrer
é doce
dietética
emagrece
é um vento contrário
é coisa de otário
coisa de bobo
a paixão é um engodo
um engano
pena que só se descobre depois
a paixão é os dois
é um jogo
uma roleta russa
a paixão esmiúça

subtrai
contrai o peito
a paixão é feito
um grande furacão
nunca aceita um não
as vezes nem um sim
a paixão é assim
contraditória
maluca
um tiro na nuca
uma bala perdida
a paixão é fodida
é foda
e como um ice cream soda
suave
saborosa
um bate papo num bar
um chope ou mais
a paixão é demais
um sotilégio

um sacrilégio
um privilégio
um fantasma
assustadora
familiar
a paixão é vulgar
xinga
passa a língua
e depois de tudo ainda
ri de você
a paixão é ridícula

sempre quando acaba
é chuvosa
ensolarada
venta muito
quebra todos os vidros
a paixão é um vidro
muito fino
um cristal
é sempre normal
mas só no começo
não tem endereço
a paixão só quer sexo
mas não pelo sexo
pela paixão
a paixão não se entrega
e se for preciso
nega
de pés juntos
a paixão faz a festa
testa, testa
e não se conforma
a paixão nunca retorna
nunca dá outra chance
dá sempre o último lance
é vencedora
e nunca se dá por vencida
se finge de amiga
mas aos poucos invade
domina
deixa cego
domina o ego
a paixão alucina
enlouquece
nunca envelhece
nunca termina
como acontece com a dor
e toda paixão que persiste
e que se preze
sempre vira amor

(Jose Luis)

No busão

Estava no busão e a viagem seria longa demais. A animação era grande demais para ficar presa no coletivo, vendo a paisagem sendo transformada pelo deslocar do trânsito. Voltava de uma matéria e as palavras dentro de mim começaram a gritar, querendo sair. Peguei o meu bloquinho e comecei a escrever o que me vinha até a ponta dos dedos. O resultado foi este:

Guardar sentimentos me dá dor na garganta. Estou cheia de dor nesse momento, com uma certa irritação que não me faz muito sentido. Eu não sou um conjuntinho de regras de um joguinho. Sou transparente como as águas de um aquário cheio de peixes coloridos, algumas algas e pedras que adornam o fundo do compartimento. Contudo, não sou peixe de aquário; daqueles que se habituam a nadar em um espaço delimitado e que servem mesmo é para exposição. Preciso do mar, preciso respirar e ser o melhor que eu possa vir a ser, sem que os outros venham impor barreiras e limitações ao fluir das ondas provocadas pelas minhas nadadeiras, que não sossegam. Elas gostam de saber que têm como limite o infinito horizonte azul.

Fazer escolhas não é das tarefas mais simples, mas desde muito cedo somos levados a fazer opções nesse sentido. Está com fome? Quer esse ou aquele? Cadê o nariz? Pega o nariz que eu te dou o brinquedo!? E se eu quiser chamar a bunda de nariz? Excuse me?

Ao longo da vida fazemos escolhas simples e outras bem profundas. Quem eu sou? Quem eu quero ser? Aquilo que os outros esperam ou o que o meu coração me diz baixinho, bem lá no fundo, com uma "voz" quase inaudível, abafada pelos gritos histéricos de uma sociedade que tenta nos manter o mais parecidos possível - para que assim o controle se dê de forma potencialmente mais dinâmica e adequada...

(preciso terminar a idéia desse texto)

28.5.09

meant to be


"Estamos todos na mesma sintonia. Pode chamar isso de Deus, de destino, do que for. We are meant to be close to each other" - Luke

Como contei aqui, fui almoçar com Luke e Ninho. O encontro é sempre recheado de ótimos risadas e lembranças de grandes momentos vividos juntos. Também aproveitamos para colocar a nova vida em dia, porque {como diz o Ninho} nossos encontros são anuais. Um engenheiro, uma jornalista e um psicólogo. Acho incrível essa fina mistura ficar tão homogênea. Nossos laços são mais fortes que a ligação óbvia que une grande parte das relações na sociedade atual. Luke diz que hoje as pessoas esperam que tudo venha pronto, inclusive as relações. Nós, ao contrário, percebemos a grandeza que é construir uma amizade com raízes fortes e profundas. Adequando diferença, minimizando erros, aparando arestas e tentando com respeito sem nunca perder o desejo de se estar junto. Ninho diz que quer ficar mais perto. Não duvido. Acho que chegou o tempo de estarmos mais juntos mesmo. Ninho afirma, categórico: "duvido que as pessoas estejam disponíveis e com chances de viver o que vivemos juntos naquele ano. Foram muitas histórias, muitos acontecimentos do tipo que mudam as vidas". Nós concordamos. Ele volta a falar: "Vocês, por exemplo, o que viveram nesses últimos oito meses?". Quando ele pensou que a gente fosse falar que praticamente nada de diferente, Luke começou a citar alguns exemplos. Eu... Bem, eu peguei um papel e escrevi: www.bibidebicicleta.blogspot.com

Digam a todos que eu vivi. Nessa mesma noite, pela primeira vez em sete anos o Juan - nosso brother americano (AQUI) - me mandou um email. Foi algo inacreditável. Mandei um torpedo para o Luke, que me mandou de volta a frase que abre esse post:

"Estamos todos na mesma sintonia. Pode chamar isso de Deus, de destino, do que for. We are meant to be close to each other"
- Luke


Digam a todos que eu vivemos. We are meant to be.

27.5.09

bb


BIBI DE BICICLETA / BIBI BANANA / CORAÇÃO DE MULHER ENGANA
Tenho um imenso mar em mim
Um mar assim
Todo pra navegar
Tenho um imenso céu em mim
Um céu assim
Todo pra voar
Tenho um imenso coração em mim
Um coração assim
Todo pra perdoar
Tenho um imenso amor em mim
Um amor assim
Todo pra te amar
(Zé Lacerda)

Casamento POP


Gostei demais de reviver uma matéria e dividir os bastidores com vocês. Estou contando coisas antigas, de quatro, cinco anos atrás. Voltando no tempo, fico tão satisfeita de ter presenciado momentos assim. Na época eu devia estar cansada e sobrecarregada. Hoje sinto o doce sabor do tempo. Virou história e ficou registrada em um cantinho bacana da memória.

Esse fato que vou contar aconteceu na etapa final da minha vida na revista um. Eu não sabia que era o fim dos tempos. Fazia as coisas apaixonadamente – como as faço até hoje, já que não é grana que me move e sim o prazer e a oportunidade de aprender. Estava na redação, sempre atarefada com matérias para fechar, quando eu recebo um telefonema. Era a cantora Nãna Shara {vocalista do SNZ e filha de Baby do Brasil e Pepeu Gomes} falando de seu casamento. Ela conhecia o meu trabalho e queria fechar uma matéria exclusiva para que eu pudesse cobrir. Ri de orelha a orelha. A revista além de adorar uma exclusiva, também é louca por casamentos. Falei com o meu chefe e os preparativos começaram.

Fizemos a cobertura do noivado {um capítulo à parte, que um dia eu conto; não hoje} e o dia do casamento chegou rapidinho. O local escolhido foi o Salão do Jockey Club Brasileiro no Centro do Rio. A decoração estava lindíssima, discreta, fina, elegante, clean. Um dos casamentos mais encantadores que já fui cobrir. Muitos copos de leite, velas, arranjos em branco e verde. A cerimônia foi evangélica, religião professada pelos noivos. Muita música e emoção.

Mas... Gente! Vou contar. Não foi um casamento qualquer! E nem poderia... A começar pela mãe da noiva que tem o cabelo roxo. Os irmãos foram padrinhos, todos muito coloridos e com as roupas mais transadas de que se tem notícia. Radical! A leveza da decoração foi quebrada pela vanguarda dessa família que foge dos padrões caretas sociais. O que também aconteceu de forma inusitada foi a entrada da noiva. Eu, do lado de fora do salão, esperando o elevador se abrir e trazer a Nana com Pepeu. Eles chegam. Pepeu está com uma guitarra. E o maior guitarrista do Brasil começa a tocar a marcha nupcial. Eu de frente para ele, mas ouvindo os acordes em metal purinho dentro do salão. Foi uma coisa de louco ver aquele cabeludo emocionado destilando seu veneno na guitarra e levando a seu estilo uma das canções mais tradicionais que existe: a Marcha Nupcial, de Mendelssohn (1809 – 1847). Pepeu rocks baby!

A matéria ficou mais ou menos assim:


Os salões decorados em estilo clean pareciam preparados para receber mais um casamento tradicional. Mas os primeiros acordes da música que anunciava a entrada da noiva já deram o tom pop da noite. Com a sua guitarra em punho, o músico Pepeu Gomes conduziu ao altar a filha Nãna Shara, interpretando em blues a tradicional Marcha Nupcial. O noivo, o cantor Cláudio Brinco, de chuteira, aguardava a chegada da dupla. Os 500 convidados viraram platéia; e a cerimônia, um show.

“Meus pais chocaram o Brasil com um estilo colorido e extravagante nos anos 70, quando faziam parte dos Novos Baianos. Os seis filhos foram criados praticamente no palco. Sou a primeira do clã que sobe ao altar, portanto, pela história de todos nós, meu casamento não poderia ser careta. A alegria da família é expressa em cores”, disse Nãna.

Evangélicos, os noivos optaram por uma cerimônia espiritual. O Ministério Paixão, Fogo e Glória, de Belo Horizonte, que tem como vocalista o irlandês David Quinlan, tocou ao vivo hits gospel, que foram cantados em trio por Nãna, Brinco e Baby do Brasil, mãe da noiva. “Há um ano e sete meses eles plantaram unidade e hoje colhem amor. Nossa família inteira não se reunia há mais de 10 anos. Eu não me casei no papel, mas minha união com Pepeu gerou seis filhos maravilhosos”, disse Baby.

Do altar, Baby comandou a oração. Esse momento foi especial para Brinco, vocalista da banda de punk-rock US.4. “Conhecer a Nãna transformou a minha vida e nesse momento percebo o quanto fui abençoado. Eu era gordo, pesava quase cem quilos, e tinha o corpo todo tatuado. Mas, por trás daquele dragão, ela enxergou a ovelha que eu sou e tornou a minha vida mais feliz. O dia de hoje é o clássico que se transforma na modernidade, a loucura que vira discernimento. Nosso visual quebra o paradigma de uma cerimônia tradicional. Não me acho careta por trocar essas alianças”.

A tão esperada hora do beijo foi recebida por uma onda de aplausos, puxada pelos 18 casais de padrinhos, que estavam acomodados em volta do altar. “Acreditamos que esse casamento é para o resto de nossas vidas. Selamos essa união de todas as maneiras possíveis, até no sobrenome, agora que a lei permite. Essa noite me deixou em êxtase, falar em felicidade é muito pouco perto do que estou sentindo”, revelou a noiva.

No salão anexo a dança começou. Pepeu Gomes esperou os DJs incendiarem a festa com músicas dos anos 70 para dançar com a nova família: a filha caçula Isabella Shekinah, a mulher, Simone Sobrinho, e o filho dela, Filipe, fruto de uma união anterior. O guitarrista ainda se mostrava visivelmente emocionado por ter conduzido Nãna até o altar. “Essa proposta de tocar guitarra na entrada da noiva foi minha e deu muito certo, a gente sentiu a vibração das pessoas. Sempre curti essa idéia de casamento tradicional, mesmo na época em que vivia a loucura de não pensar no day after. Para mim, nada é careta ou doido. Hoje tenho lado a lado dois momentos da vida: a Nãna se casando e a Belinha, tão pequena e desprotegida, no meu colo. Isso emociona”, revelou Pepeu, que também é pai, da relação com Baby, das cantoras Sarah Sheeva, Zabelê, dos músicos Pedro Baby, Krishna Baby e Kriptus Gomes. “Não há nada melhor no mundo que ser pai e sou daqueles que participa. Quem sabe depois da Belinha crescer eu não tenha outro?”, indagou o guitarrista, enquanto acalmava a caçula dando mamadeira com chá de camomila.

Hoje, Ah, Hoje...

Dia especial.
Vi o Jorge e a nossa turma.
Almocei com Luke e Ninho, de quem estava morrendo de saudade. Figura incrível. Vontade de dar uma abraço sem tempo regulamentar de terminar.
Hoje?! Ah! Hoje começa uma nova etapa na minha vida.
Anoitecem e amanhecem os meus sonhos.
Hoje? Ah! Hoje eu tive uma boa notícia.
Descobri um segredo.
Hoje? Ah! Hoje eu dei um passo para a eternidade.
Algo de muito bom vai acontecer.
Algo feliz, algo melhor!
Hoje? Ah! Hoje eu ainda não posso contar o que é...
Mas alegria assim é luz que não se pode esconder.
É um processo e nele me jogo.
Entro no jogo, com vontade de vencer.
Aliás, sou mais que vencedora.
Até quando pareço perder, eu ganho, na realidade.
Adoro novos desafios e novas conquistas.

***

UPDATE: Hoje, Ah! Acabei de ganhar a melhor das surpresas hoje. Juan, my american brother sent me an email! Just few minutes ago! We were apart for a long time, but he never forget about me! Juan, do you wanna marry me? lol! You are singular to me, unique, my precious! Lol Thanks for all love and support! Thanks for being there always and for the special food everytime we met!! Quality! I love you Canadien guy!
Best wishes
Xoxo
Bea

26.5.09

Quando bati papo com Zé Alencar


Hoje eu acompanhei uma notícia com certa apreensão. O vice-presidente da República, José Alencar, embarcaria esta noite para Houston, nos Estados Unidos, para tentar se qualificar para um tratamento experimental, com remédios contra o câncer que ainda estão em fase de testes. O médico dele diz que apesar do tumor, Alencar se encontra em ótimo estado clínico.

O vice-presidente confirmou a viagem e pediu para que os brasileiros continuem a rezar por ele. “O tumor é bravo. Mas eu sou da roça. Estou acostumado a montar cavalo bravo", brincou. "Tem que reforçar a reza porque estou indo para os Estados Unidos. Então, é preciso que lá também eles acertem, como aqui têm acertado", declarou, antes da viagem.

José Alencar luta contra o câncer desde 1997. Em janeiro, ele passou por uma cirurgia para retirar tumores no abdome. Ficou 27 dias internado. No fim de março, voltou ao hospital para a troca de um tubo plástico colocado dentro da alça de intestino, que substitui seu ureter desde a cirurgia. No início de maio, exames comprovaram a volta de tumores na região abdominal. E o homem segue lutando valentemente.

Aqui em casa a gente desenvolveu uma questão afetiva com José Alencar. Na época da sua saída do hospital, minha Mãe escreveu uma carta para ele, de próprio punho, dizendo que pedia a Deus por sua vida, pelo pronto restabelecimento e agradecia o sucesso das intervenções {até aquele momento}. O Vice respondeu com um cartão e com umas frases de próprio punho, chamando a minha Mãe de "brasileira". Como essa palavra ganhou outra conotação fortíssima vinda de uma autoridade como esta; mineira como ela.

Eu também tenho a minha história com o Zé Alencar {acho que ele não ficaria chateado de chamá-lo assim. Nem ele e nem dona Mariza Gomes da Silva, que já encontrei em muitos eventos da sociedade carioca. Uma mulher distintíssima e de um olho azul único}. O vice foi homenageado com um jantar no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio, e eu fui destacada para cobrir o evento. Na época, era bem conhecida pelo staff da {segunda dama?} dona Mariza. Alencar relaxou e curtiu a festa sem muitos "salamaleques". Ao me aproximar, atrevida, ele disse: “prometo que falo com você depois. Deixa eu aproveitar um pouco a festa?”. Disse com gentileza e eu retruquei: “Claro! Mas eu vou cobrar, ta?”. Ele riu e assentiu com a cabeça.

A matéria ficou mais ou menos assim:


O romantismo levou o vice-presidente da República, José Alencar, a pôr de lado a austeridade de seu cargo público e o próprio protocolo. Durante o jantar em sua homenagem, organizado pela socialite mineira Bertha Mendes de Souza, em prol do Banco da Providência, no Museu de Belas-Artes do Rio de Janeiro, ele e dona Mariza Campos Gomes da Silva protagonizaram cenas de muito carinho e afeto. “Somos casados há 45 anos, o que não é pouco. Esse tempo de parceria fala por si só. E se essa união é tão bem-sucedida, só pode ser creditada ao grande valor da mulher que tenho”, enaltece o vice-presidente, sob o olhar tímido da esposa, que revelou o segredo do sucesso conjugal. “O nosso casamento dá certo, porque unimos o companheirismo e a simplicidade”, explicou Mariza.

Entre cumprimentos e formalidades, o casal não resistiu aos primeiros acordes de New York, New York, sucesso na voz de Frank Sinatra. Cercados por 400 convidados, eles dançaram cheek to cheek numa pista improvisada no meio do salão. “Nós raramente temos a oportunidade de dançar, mas, quando dá, é sempre muito bom”, disse Alencar. O casal deixou a festa de mãos dadas, apreciando as obras que se estendiam ao longo dos corredores. “Sempre visitamos o Louvre. Mas a pintura de que mais gosto é o retrato da Mariza, feito pelo pintor mineiro Ricardo Wagner, galanteou José Alencar.

***
Agora, a cereja do bolo: José Alencar passou a noite cercado pelos seguranças, depois do meu ousado approach. Na hora de ir embora, ele e a segunda dama tomaram o rumo da rua. E parti atrás da comitiva. Já na porta, quando ele parou para se despedir da anfitriã, com o carro já esperando, eu grito:

- “Vice-Presidente, o senhor prometeu falar comigo!”
.

Ele respondeu:

- “É verdade! Promessa é dívida!”
.

Ao invés de me atender ali, foi para a lateral do Museu, onde havia duas cadeiras e sentou-se comigo e dona Mariza para bater papo! Juro! Os dois e eu ali. Ok, pouco tempo, mas que homem gentil e que frases que mostram tanta intimidade para um político de cargo tão alto. Ali ele se abriu para mim e foi franco, direto, verdadeiro e com um sorriso sempre a pontuar cada frase. Tudo que uma jornalista de celebridades poderia querer ouvir em uma festa – não era uma exclusiva, mas acabou sendo uma espécie de.

FATOS QUE MARCAM UMA CARREIRA. UMA VIDA.
E eu peço a Deus por ele. Agora e sempre.

Pensar em Você


Eu achei que o Chico César fosse um cara resumido a "Mama África, a minha mãe é mãe solteira... E tem que trabalhar como empacotadeira nas Casas Bahia". Aquele cara baixinho e esquisito que passava o clipe pulando de forma mais esdrúxula ainda.

Tenho um amigo que foi assistir ao show dele no antigo Metropolitan {casa de shows carioca}. Foi a trabalho, depois de um dia exaustivo. Conseguiu entrar. A casa estava tão vazia, que ele deitou no chão e dormiu. Caramba, ele teve o sono embalado por um cantor e banda ao vivo. Seria chique se não fosse trétrico.

Pois bem (well, well)... Ouvi uma música no rádio. Melodia perfeita na voz suave de Daniella Mercury. Mas a letra... Ah, foi a letra que me tirou o fôlego. Não consigo ouvir uma vez só, quando a executo aqui no computador. São três, quatro vezes seguidas. Que canção é essa? Pensar em Você, justamente do Chico César. E como eu amo as letras, só posso tentar me redimir dizendo que o cara é tétrico sim {não vou mudar de opinião, porque ela é baseada em fatos reais e analisados}, mas não menos talentoso. Em igual proporção. Eis a letra:

É só pensar em você
Que muda o dia

Minha alegria dá pra ver

Não dá pra esconder

Nem quero pensar se é certo querer
O que vou lhe dizer

Um beijo seu

E eu vou só pensar em você

Se a chuva cai e o sol não sai

Penso em você
vontade de viver mais
Em paz com o mundo e comigo

Se a chuva cai e o sol não sai

Penso em você

Vontade de viver mais

Em paz com o mundo e consigo



*****
Update:
Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausência esperei
Quando tive frio tremi
Quando tive coragem liguei
Quando chegou carta abri
Quando ouvi Prince dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei
Quando me chamou eu vim
Quando dei por mim, tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei

Digital Nosso


Eu me acho uma 'manca-digital'. Sério! O que vem a ser isso? Eu até uso a tecnologia, mas não em sua plena potência e minha capacidade. Tenho dificuldade de aprender um monte de coisas e, confesso, muitas vezes é por preguiça de me dedicar uns minutos a mais sobre a questão. Se consigo fazer o feijão com arroz, vou tocando a vida na base do baião de dois. E pronto.

Vivi não é assim. Ela e o marido, Ellus, são geniais em suas respectivas atividades tecnológicas. Eu babo. Não sei se já contei aqui. Uma vez fui com eles para uma loja comprar móveis para o novo apartamento. Ellus ia ter que preencher mais de 10 cheques, porque o vendedor simplesmente disse que a máquina estava com defeito e tinha parado de funcionar do nada. Ellus pediu para ver. O vendedor refugou. Ele insistiu. Eu e Vivi ficamos conversando e em menos de cinco minutos a gente começou a ouvir a máquina funcionando. O vendedor estava de boca aberta. Nós? Embasbacadas. A Vivi perguntou: “Você já mexeu alguma vez em uma máquina parecida com essa?”. Ele: “Não! Mas não acho difícil entender esses sistemas”. Eu: “Você é chipado! A nave mão chipou você com essa inteligência eletrônica artificial!”.

Essa historinha é para dizer como eu sou ruim nisso e como admiro o casal amigo por saber das coisas. Dessas coisonas. A Vivi está até bolando uma reformulação para o BibideBicicleta. Será que rola? Esse tipo de novidade é sempre bacana, não é? Prefiro tentar me acostumar com a idéia, porque evoluir é preciso. Ela me mandou alguns templates... Talvez eu faça uma votação. Sou a dona do blog, mas ele já não é mais só meu. O BibideBicicleta é nosso. AHA-UHU!

A Vivi tem um blog, o Digital Nosso. Bem específico para marketing digital, se não me engano. Fato é que encontrei lá um post que achei tão interessante. Ela conta lá:

Acabei de receber a newsletter do Yahoo! Search Marketing com as 10 palavras mais buscadas de maio de 2009:

* dia das mães
* presente
* chocolate
* flores
* perfume
* vinho
* dia dos namorados
* noiva
* casamento
* aquecedor

Pensei em boas frases que pudessem unir essas palavras...

Alguém se habilita?

Delux

Minha amiga Onça A_D_O_R_A um pretinho básico!
Vi essa foto (AQUI) e não pude deixar de lembrar dela!
Fica aí a sugestão!
Banheiro delux, baby!

Gift From The Sea


Sweater at Donna Karan.

(Photo- Italian Vogue)



Ontem estava com a TICA. Para quem não sabe, essa é a designação que dou para quando estou acelerada. Quando estou com a Tica, fico sem freios. Resultado? Uma da manhã comecei a arrumar dois armários. Tentei fazer pouco barulho, porque os vizinhos não merecem uma mulher com Tica àquela hora da madruga. Mas sabe que foi bom? Achei uma agenda de 1997, onde anotei um trecho de um texto fabuloso! Quero dividir com vocês...

"Quando se ama alguém, não se ama o tempo todo, exatamente da mesma forma, em todos os momentos. Isso é impossível. É uma mentira fingir que sim. No entanto, é isso que a maioria de nós exige. Temos tão pouca fé no fluxo e refluxo da vida, do amor, dos relacionamentos! Pulamos ao fluxo do tempo e resistimos aterrorizados ao seu refluxo. Receamos que ele jamais volte. Insistimos na permanência, duração, continuidade, quando a continuidade possível, tanto na vida, quanto no amor está no crescimento, na fluidez, na liberdade. A única verdadeira segurança não se encontra em ter ou possuir, nem em exigir ou prever, nem mesmo em ter esperança. A segurança de um relacionamento não está nem em olhar para trás, para o que foi, nem em frente, para o que poderá vir a ser, mas em viver o presente e aceitá-lo tal como ele é, agora" - de Anne Morrow Lindbergh em Gift From The Sea

Adivinha a hora que levantei?
Errou!
Oito da manhã já estava de pé, em atividade literária frenética!
What a day today!

Ele e Ela

Ele é o sol
Ela é a lua
Ele é o farol
Ela flutua
Ele é o dia
Ela é a noite
Ela é a alegria
Ele é o açoite
Ela é o jardim
Ele é o mar
Ela é o sim
Ele onde está?
Ela é outono
Ele é inverno
Ela é o sono
Ele é desperto
Ela é o sim
Ele é o não
Ela é assim
Ele é então
Ela se joga
Ele se retrai
Ela se empolga
Ele se sobressai
Ela é o romance
Ele é a poesia
Ela é o instante
Ele é a magia
Ele tem asas
Ela quer voar
Ele tem casa
Ela quer morar
Ele tem medo
Ela, pavor
Ele acorda cedo
Ela tem horror
Ele faz rimas
Ela conta histórias
Ele em cima
Ela na glória
Ele insiste
Ela resiste
Ela insiste
Ele persiste
Ele é o encontro
Ela é a contramão
Ela é um estrondo
Ele é o violão
Ele é partida
Ela é chegada
Ele é ferida
Ela? Coitada
Ele é excitação
Ela é prazer
Ele é a solução
Ela é você

25.5.09


SURPREENDA-ME / SURPREENDA-SE

Carla Diaz


Fiz uma matéria com a Carla Diaz há alguns dias. Conheço essa menina desde guriazinha mirim - ela, sua mãe e padrasto. Uma fofaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa de elite! Ela fez um registro do nosso encontro e postou no seu blog. Ah, titititi! Na foto, feita por ela, eu entrevisto a atriz Louise D'Tuani. Uma graça de menina também.

Para saber o que a Carlinha escreveu, clique AQUI

Acho que a cada dia a vida me leva para o caminho da escrita com mais vigor e força. Por quê? Porque é cada coisa que me acontece, que tem gente {até da minha família} que pensa que esse blog é cheio de histórias inventadas. Mas ATENÇÃO: oBibideBicicleta não se trata de um território da literatura ficcional, mas fatos que realmente acontecem comigo. E é cada coisa que me sucede...

Avaliem o caso. Hoje {domingo} foi aniversário do Luke. Depois de uma pedalada tão tristinha que ele me deixou, decidir ir contra a minha natureza de sair para a balada à noite e decidi ir à festa do meu brother. Graças a Deus - MESMO - o Suspiro foi à igreja, assim como eu. Resultado? Carreguei o meu escudeiro para uma night de aniversário em Copacabana. A ironia: eu saio de um lugar bendito para ir para um bar cujo nome é "Drinqueria Maldita". Fomos e foi ótimo.

Fiquei sentada entre Suspiro e Luke, meus dois amorecos. Relembramos muitas histórias de um passado glorioso, inesquecível! Suspiro ficou sabendo de mais três ou quatro podres da minha vida. Situação normal de quem já passou da adolescência! Abafa. Muitos risos e pastéis de gorgonzola {que eu totalmente recomendo} depois, Luke e eu marcamos um almoço para essa semana. E vamos chamar o Ninho, o terceiro mosqueteiro do Universo Paralelo. Eu adorei a idéia, porque não vemos o Ninho há bastante tempo. Luke me diz:
- Você devia ter largado o seu noivo e ficado com o Ninho quando moramos fora! - Podia, não é Luke? Nunca é tarde! Quem sabe agora? - Não! Pode estragar tudo... Se bem que se vocês tivessem um filho, ia ser a criança mais legal do mundo! - Eita!

Saí com um sorrisão da "Drinqueria". Não porque eu vá "agarrar" o Ninho; mas porque eu penso a mesma coisa dele - "o cara mais legal do mundo". E o Luke pensa assim de mim. Eu, e muito provavelmente o Ninho, pensamos a mesma coisa sobre o Luke. Esse triângulo é mesmo irresistível: um homem, uma mulher e um gay que se amam intensamente.

Na hora de sair, percebi que estava sem um dinheiro na carteira. Paguei a conta com o cartão e tive que ir para o ponto de ônibus com o Suspiro. Quem fim de noite mais delux: vestido longuete, sapato de saltinho e bico fino, echarpe e cartão Rio Ônibus para facilitar a passagem na roleta. É de quinta num domingo!

Entrei no coletivo sentei na janela e tirei o boletim da igreja, que era a única coisa que tinha para ler e entreter a longa viagem. Cinco minutos depois, um maluco sentou-se perto de mim. No ato ele já pergunta:

- Você é da igreja?
- Sim
- Evangélica?
- É
- Qual?

- Tal.

- Qual o seu nome?

- {Confesso que menti. Não ia dizer meu nome para o maluco. Pensei por três segundos} É Roberta.
- Roberta?
- É

- Mas Roberta é nome de boneca.

- ZzzzZzzZ

- Minha filha tem uma boneca com esse nome.
- Ah!

- Você trabalha em que Roberta?

- {Nova mentira} Sou professora {sabia que se ele estivesse me cercando para pedir dinheiro, professor é uma profissão que comove as pessoas}
- De onde?
- Do Estado.
- Você mora onde?

- No bairro TAL
{mentira! Se eu fosse Pinóquio, o nariz já estaria batendo no cangote do motorista}
- Em que rua?

- Tal
{falei a maior e mais movimentada do bairro}
- Você teria coragem de saltar comigo e fazer umas compras para mim no Mundial? Estou com fome
{falou isso com a boca toda suja de farelo de bolo. Olhei de esguela, porque uma amiga minha sempre diz: não faça contato visual, porque assim é que se dá corda para doido}.
- Meu filho sou professora! Você acha que eu tenho dinheiro?

- Não né?

- ZZZZzzzZZ
- Mas você não é casada?
- Não.

- Como não!? Deveria. Deveria ser casada com um marajá.

- Haha

- Porque você sabe que você não é bonita!

- ZzzzzzZ

- Você é linda. Já fez um
book?
- Não. {Ham!?}
- Eu sou casado
-
{que alívio, pensei}
- Sou casado com uma portuguesa; mas aí arrumei uma mulatinha, fiz uma filha nela e agora estou assumindo. Tem que assumir, né? Ela tá sentada aqui atrás.
-
{balancei a cabeça sem nem me dar ao trabalho de virar}
- Você parece uma rosa branca. Sabe o que é uma rosa branca?

- Não.
- É o símbolo do amor.

- {ai Papai}
- Você não tem nem namorado?
- Olha só. Eu vou me sentar ali na outra janela para pegar um pouquinho de ar, tá bom?



Essa conversa estava em um terreno muito perigoso. Já deveria ter cortado. Aliás, nem tirei os meus olhos do boletim, mas o sujeito é daquele tipo desesperado por um mísero gole de atenção. Ele só precisa de um ouvido e não de respostas. Fiquei penalizada por essa ausência de humanidade... Não sei bem se essa é a palavra, mas pensei que a gente sempre precisa de um outro para nos sentirmos pessoas totais. Existem aqueles que estão sempre à margem da sociedade e andam vagando em busca de migalhas de carinho. Fui até onde podia.

Bem, voltei para casa com uma nova identidade:
Roberta é uma professora de português que tem 19 anos e mora com os pais numa rua bem movimentada de um bairro no subúrbio. Sua meta é se casar com um marajá e para isso deverá preparar um book. O nome é de boneca, mas ela não é bonita; é linda como uma rosa branca, que é o símbolo do amor.

Depois não reclamem se eu começar a sofrer de múltiplas personalidades... hohoho

24.5.09

Cecil

Cecil... Volta logo!
Não suporto mais essa ausência!

update: Acabei de ligar para a Cecil. Sabe o que ela me disse? "Estou passando esse fim de tarde no Central Park. O dia está lindo co sol na medida certa!" Oh, my! Estou quase correndo para o aeroporto! Me segura!

E digo não!

ANTES DE DORMIR, LEMBREI E OUVI:


Meu bem às vezes diz
Que deseja ir ao cinema.
Eu olho e vejo bem
Que não há nenhum problema.
E digo não!
Por favor?
Não insista e faça pista.
Não quero torturar meu coração!
Garota ir ao cinema é uma coisa normal,
Mas é que eu tenho que manter a minha fama de mau!

Meu bem chora, chora
E diz que vai embora.
Exige que eu lhe peça
Desculpas sem demora.
E digo não!
Por favor?
Não insista e faça pista.
Não quero torturar meu coração!

Perdão à namorada é uma coisa normal,
Mas é que eu tenho que manter a minha fama de mau!

E digo não! Digo não! Digo não, não, não!
E digo não! Digo não! Digo não, não, não!

Perdão à namorada é uma coisa normal,
Mas é que eu tenho que manter a minha fama de mau!