30.11.11

Cadê o Waldo, gente?



HAHAHAHA - Meu amigo Bruno é um cara absurdamente criativo. Na minha opinião, a melhor fantasia de Halloween de todos os tempos é a dele. Onde está Wally? Aproveitando-se da pergunta que não quer calar, ele se jogou na fantasia e ainda escolheu um cantinho da foto para "se esconder" [rindo muito aqui]. Ele me contou que lá Wally é Waldo. Oi? Que tipo de "tradução" foi essa? "Cadê o Waldo" soaria muito mais nacional, não acham? 


Nos dias em que estou levemente triste procuro os álbuns do Bruno no Facebook (fotos que falam). Ele tem o tipo de vida leve, assim como é a sua personalidade. E muito divertida. Bruno é o Boa Praça e busca nas suas histórias construir os melhores momentos para sorrir. E quem apenas lança o primeiro olhar para a sua vida de Garoto da Califórnia, pode achar que sua história é apenas feita de som, de sol, de mar (e amigas com corpos incríveis dignas de catálogo). A realidade, no entanto, nos faz perceber a todo instante que não somos apenas aquilo que aparentamos e os outros julgam ser, sentenciando um destino hipotético...


Semana passada estive com um jovem empresário bem sucedido, que nasceu no seio de uma família poderosa. Um cara cheio de gás, antenado e que nutre admiração pelas coisas simples e significativas da vida, como formar uma família e tratar a todos com a mesma distinção e respeito. Uma análise rápida e superficial diria que a vida dessa cara é privilegiada e cheia de regalias, portanto, "molinha". Pode ser, mas não é só isso. Nesse papo, ele me disse quantas barreiras emocionais teve que vencer para se tornar quem é. Fatos tão profundos e pessoais, que me pergunto: se fosse comigo, onde eu estaria?. Repeti para ele a redundante frase: "mas olhando ninguém diz!". Dignidade e superação, está ai a dobradinha protagonista.


Bruno também é assim: um vencedor das adversidades. Quase morreu em um acidente de carro e durante um tempo teve que lutar pela vida sem a presença da família no leito de hospital. Fez dos amigos cativados a família escolhida, que foi incansável no processo de cura. Sua serenidade não se abalou após o incidente e isso o torna ainda mais especial para mim. Ele segue firme, rindo com a vida e não dela. 


*** você pode brincar aqui 

29.11.11

Nosso presente: o Consolador


* Texto religioso que publiquei há algumas semanas no boletim da igreja 


Nosso presente: o Consolador

A semana que passou foi uma das mais especiais do ano para aqueles que acreditam e confiam o todo de sua existência a Deus. Celebramos o Dia Nacional de Ação de Graças, que é uma espécie de segundo Natal para o cristão. Ao invés de exaltar o nascimento do Messias (como fazemos tradicionalmente em 25 de dezembro), separamos a 4ª quinta-feira do mês de novembro para celebrar a gratidão ao autor da vida e consumador da nossa fé. Sem dúvidas foi um momento de lembrar que as misericórdias de Deus não têm fim, apesar de nós.

Passada a celebração, comecei a me perguntar se alguém consegue ficar chateado num dia que é destinado apenas a agradecer. Talvez. Um coração aborrecido não abre mesmo espaço para a gratidão, porque não percebe as sutilezas do agir de Deus na nossa caminhada. E assim, quem não consegue ser grato, começa a ver a alegria desaparecer, a paz sumir, o ânimo arrefecer e as menores dificuldades viram grandes tempestades existenciais. Agradecer torna o nosso coração mais animado em face de qualquer circunstância da vida, seja ela boa ou ruim. É como aquele bom e velho xarope para a tosse: alivia que é uma beleza! Experimenta só começar a agradecer três vezes ao dia. É profilático.   

Por fim, lembrei de algo pelo qual sou grata, mas que na realidade nunca agradeci especificamente a Deus. Lendo o evangelho de João, percebi que Jesus, antes de morrer, se preocupou em assegurar aos seus discípulos que eles não estariam sós depois de sua partida. “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”, João 14:26. Que alegria saber que dentro de nós habita o Consolador, que nos faz lembrar que fazemos parte do corpo de Cristo, que somos suas testemunhas e que nunca, em tempo algum, estaremos a sós à mercê das circunstâncias.

- Bia Amorim

28.11.11

Semana PUNK


26.11.11

Li por ai...

"Os nossos sonhos sao inspiradores, 
companheiros das grandes jornadas 
e bons parceiros nos momentos mais difíceis. 
Com eles, ao contrário do que se imagina, 
somos capazes de ir aos lugares mais longínquos"

25.11.11



Dia Nacional de Ação de Graças


A imagem não saiu muito boa não... Bem aquém da qualidade que eu busco para trazer para cá. Contudo, essa foto fui eu que tirei em condições nada ideais de "temperatura e pressão". Queria guardar o momento, mas só tinha o meu celular em mãos. Registrei. Hoje é Dia Nacional de Ação de Graças, uma data muito linda, mas que só é amplamente celebrada nos EUA, talvez. Eu comemoro desde muito pequena e me faz tão bem ter um dia para nada pedir e só agradecer a Deus pelas milhares de coisas que Ele proporciona à minha vida. Minha igreja estava LOTADA de gente na mesma sintonia. 


Eu não comecei o dia com o meu melhor humor, fato desagradável, mas real. Mas como não trazer a alegria para o coração, quando você começa a elencar todas as coisas boas que aconteceram durante o ano? E mais! Amigos reunidos no partir do pão. Gente nova aparecendo na minha vida, gente antiga fazendo acontecer e gente que ainda nem veio ao mundo, como a Marisol que está na barriga da mamãe dela, esperando a sua hora chegar.


Hoje ainda foi aniversário do meu irmão do meio, que estava feliz da vida com o dia especial que estava experimentando. É claro que a felicidade de quem se ama é um super aditivo para a sua história e a memória desse dia especial. 


Em três dias meu Pai faria aniversário. Já fiquei chateada no começo da semana e não ficarei mais, porque em 99% das vezes em que me lembro dele é com muito riso das boas lembranças. A dor da saudade é muito pontual, porque a esperança do reencontro é na realidade uma certeza que só alguns entendem. E por ela eu também agradeço.    

23.11.11

Frase







odeio 
vaticinar 
acontecimentos



E você, o que tem?

* Texto religioso que publiquei há algumas semanas no boletim da igreja 




“Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá”, Salmo 139: 8-10. 


 Essa semana, fiquei impressionada quando li que a jovem Muniki Goulart, que sobreviveu à queda do 12º andar de um prédio em chamas em Goiás, saiu do hospital. Ela se jogou em um ato de desespero e sofreu apenas fraturas leves. “Quando caí lá de cima eu fechei os olhos e pensei em Deus. Em nenhum momento eu desmaiei. Eu estava com o pensamento em Deus e Ele está mostrando para todo mundo que Ele existe”, contou. 


 A gente não entende os desígnios de Deus, não é? Nessa tragédia, o marido de Muniki se jogou e não sobreviveu. Mas ela ficou para mostrar ao mundo que o impossível dos homens é bem possível para Deus. E que pequenos e grandes milagres estão rotineiramente diante de nós para que saibamos que quem entrega sua vida a Jesus não vive diante dos frutos do acaso ou das probabilidades. 


Não importa onde eu esteja: Deus está. Quando era pequena, dei uma volta em um submarino e experimentei um silêncio tremendo. E no nada daquele instante, meu pensamento em Deus tomou todos os espaços. Já mais velha, passei engatinhando por um precipício numa montanha bem alta. O lugar era chamado de ‘garganta do diabo’. E não é que logo ali eu só sentia a presença de Deus? Experimentei Seu cuidado e me deslumbrei com a maravilha da Sua criação. No mais profundo abismo ou nos confins dos mares, eu sempre terei aquela doce presença no meu coração. 


 Tenho pena de quem não consegue crer naquilo que transcende a matéria e vivifica o espírito. Não por serem ignorantes, mas por não desfrutarem da emoção e do privilégio que é poder confiar em Deus. Em cada vitória e em todas as dificuldades: eu tenho um Pai que nunca dorme. E você, o que tem? 


 - Bia Amorim

chuá


Exhale


Hearts are often broken
When there are words unspoken
In your soul there's answers to your prayers
If you're searching for a place you know
A familiar face, somewhere to go
You should look inside yourself
You're halfway there

Sometimes you'll laugh
Sometimes you'll cry
Life never tells us, the when's or why's
When you've got friends, to wish you well
You'll find your point when
You will exhale

Costurando a Vida



Crônica – “Costurando a vida”

Por Bibi de Bicicleta

Tem certos dias que a gente se pega pensando em um assunto que não tem nada a ver com o que realizamos, vimos ou pretendemos fazer no dia. Hoje estou pensando em colcha de retalhos. Mas acredito que para tudo existe uma história, uma explicação, que pode servir como base para explicar o pensamento inicial. Caso não tenha, a gente credita como o bom e velho devaneio mesmo!

A primeira colcha de retalhos que vi na vida estava na minha própria casa. Foi feita pela minha avó e como todas as coisas feitas por vovós, ela tinha cara e consistência de carinho. Não convivi muito com a minha avó, por isso mesmo, cada uma de suas histórias teve peso extra para mim. Foi uma guerreira, sem dúvida, mas acima de tudo uma mulher cheia de contradições. Como a maioria de nós se apresenta em algum momento da vida.

Ela fez aquela colcha para os meus pais usarem, mas um dia ela se tornou minha através de um afetuoso afano de criança que adulto não liga. Achava interessante ficar olhando a combinação de seus recortes, a linha grossa, vermelha, costurada num ziguezague xadrez, que passava por cima de cada junção. Não tinha forro. Usei até rasgar. Aliás, até que se desfizesse, porque até mesmo cheia de buracos ela continuava sobre a minha cama.

Hoje percebo que a vida também é como uma colcha de retalhos. É a metáfora da nossa própria vida: somos feitos de muitas partes e estas formam o todo. Somos costurados às coisas, fatos e pessoas através de linhas tão finas, muitas quase imperceptíveis. Cada fração de momento é de um tamanho, padrão, textura e cor. Cada qual com sua importância e peso. Somos feitos de muitos pedaços, de muitas matérias. Somos a união da lembrança daquilo que se foi, esperando pelo próximo pedaço, a esperança daquilo que virá a ser. Somos o costureiro da nossa própria história, responsáveis por pontos que ferem, marcam, mas que também alegram e deixam coloridos registros.

Vovó não era dada a demonstrações de carinho, mas se preocupou em deixar esse retalho construtivo que me acompanhou durante tanto tempo. E pequenos retalhos têm o poder de te tirar da inércia dos sentimentos, do conformismo da falta de conexões. Somos ligados ao passado pela força do presente que vivemos e do futuro que plantamos para nós. Minha avó teve dez filhos e um sem número de netos e bisnetos. No fim da vida, já não se lembrava do meu nome e me chamava apenas de menina. Tem horas que penso que ainda sou aquela menina, costurando a sua própria colcha de retalhos. 

* conto reeditado a apreciado com louvor pela Professora de Narrativa na faculdade....

22.11.11


Dos Mares do Sul



Eu posso não ter um amor bem perto para me mimar [ :( ], mas em compensação: como meus amigos me mimam, gente! É algo impressionante e extraordinário. Claro que eu gosto muito e, sempre que posso, procuro fazer alguma coisa para retribuir tamanho cuidado. Mesmo que seja um singelo post falando da minha alegria.


Tenho esse lado criança bem forte. Um olhar guloso pelas coisas da vida e uma alegria espontânea que brota dos mínimos afagos, da atenção dispensada e principalmente tenho essa menina bem forte em mim em certas praticidades de relações, na oferta do perdão como quem apenas tivesse trocado o mindinho e destrocado logo em seguida. E esse lado sapeca se manifesta bastante quando recebo um presente surpresa.


E: surpresa! Ganhei um presente hoje. Esse veio de longe, viajou muitos e muitos quilômetros para chegar às minhas mãos. Lembra que eu falei aqui da Feira do Livro de POA? Achei que fosse apenas durante um final de semana, mas me enganei. E o L. E. Arnold - Ciclista, escritor, poeta, blogueiro e frasista - foi visitar a feira durante dois fins de semana! E lembrou de mim por aquelas bandas durante dois momentos:


1) Nas enormes filas de autógrafos que se formavam em torno de Martha Medeiros e Luis Fernando Verissimo (OMG!);


2) E na hora de tentar resolver as minhas dificuldades com o dialeto gaúcho, que tem todo um código cultural particular.


Vejam vocês! Voltando da faculdade, driblando o forte calor que está fazendo no Rio com um picolé na boca, 2L de coca zero em uma mão, a bolsa pendurada no ombro e a chave de casa na mão livre... Meu porteiro me grita: 


- "Dona Bibi, tem coisa aqui para a senhora!"
Hummmmm


Solto a porta do elevador para pegar aquele pacotinho hermeticamente embrulhado com o MAIOR selo do SEDEX colado, que ADORO (coisa de pobre? Que o seja. Vivam as minhas manias saudáveis que me tornam mais humana. Quando eu morava fora, isso era sinal de correspondência do Brasil, portanto, tem uma explicação afetiva relevante)


Peguei e senti logo que era um livro. Entrei meio pulando no elevador, lendo a letra caprichada e imaginando a intenção tão carinhosa. MIMO. Era um volume de "Contos Gauchescos e Lendas do Sul", de Simões Lopes Neto. Expandindo meus conhecimentos literários! Já está na fila de leitura, antes de pousar magnânimo na Estante Fer Chaib.




Esse blog pode não ter se revertido em dinheiro, mas com certeza os bens que recebo são  TÃO maiores! Não falo apenas dos mimos e presentes, que muito me honram e orgulham, mas das pessoas que pude conhecer - no real ou na realidade do virtual - e na dimensão que as palavras puderam tomar, tendo real alcance na vida de pessoas que nunca saberei. Batata!


***
E o presente veio no dia em que a professora de Narrativa me deu 10 em uma crônica que reescrevi a partir de uma que coloquei aqui. Reproduzirei mais para frente.


Noite Feliz. Quem disse que Natal não é sempre que a gente sente? HO HO HO!

Balão


Amiga minha quer voar de balão como presente de aniversário. 
Claro que eu toparia ir com ela! 
Só tenho medo de ficar entediada...
Hummmm Será que tem serviço de bordo? (hehehe)

21.11.11

Li por ai

Li um texto da jornalista Claudia Penteado em que ela diz que ganhou uma frase de uma amiga e desde então anda com ela na carteira. A frase é boa, claro. Na realidade é simples e ótima. Muito melhor que boa. Claro, não guardarei na carteira, mas no BibideBicicleta.


"escolhas são compromissos de amor com o caminho"

19.11.11

Pensamento



Desconfio
Poetas não nasceram para serem felizes
Mesmo que a outros façam
Poetas nasceram com o peito rasgado
Não volta com cola, cuspe e nem durex
Talvez seja possível fazer um origami
Ou chuva de papel picado

18.11.11

"Viver é arriscar sempre"



A pergunta mais fofa da semana: 
- Para andar com você de bicicleta, preciso usar acessórios de segurança? 


A resposta de bate-pronto:
- Não sei. Viver é um risco.


***
Não precisa muito para me fazer sorrir. Tenho o sorriso por vocação da alma. Ironicamente também não precisa muito para me deixar irritadinha. São meus 7 segundos do céu ao nível do solo. Do céu ao inferno precisa de muito, muito mais.


A pergunta veio de encontro com uma colocação que eu fiz em sala, numa daquelas aulas mais filosóficas. Eu disse: "Viver é arriscar sempre". Os mais experientes compreenderam. Mas a frase virou tema de embate, quando uma mocinha de 18 anos, toda vestida de preto e com o desafio a dar o tom da linguagem, disse que não concordava. Resposta cortante e peito para frente como quem chama para briga.


Recuei. Há dias mais sensíveis. Percebi que não poderia explicar com palavras o que só o tempo ou uma observação mais sensível e sincera da vida podem ensinar. As poucas experiências produzem grandes certezas. As muitas experiência aumentam o grau de variação dos fatos concretos e, portanto, cada um de suas significações dentro de nós. E as outrora certezas ficam mais suscetíveis à tal da experimentação. Não ficamos mais volúveis, nos tornamos mais experientes, mais conscientes e perdemos um pouco da arrogância quando nos abrimos para as experiências da vida. Quando olhamos o outro. E o vemos além de nós.


"Viver é arriscar sempre". Eu sempre me arrisco ao escrever aqui. Posso ser julgada, posso ajudar alguém, posso ganhar um sorriso que nunca saberei, posso transformar vidas. A minha própria, eu me arrisco em dizer.       

Frase

Metrô de NY - Foto: Rodrigo Lopes


"E se esse dia não chegar? Acho que vai ter valido cada segundo da luta para alcançá-lo. Quem vive só de resultado, perde a chance e a riqueza de desfrutar e aprender com o processo. É também preciso um pouco de calma na alma" - Bia Amorim

Selo do Bibi

Espia só, dois lugares que recomendo a passagem:


mind4quantic


&


Veteroscriptorim

17.11.11

Pensamento

A resposta para o texto abaixo veio a galope (acho mais romântico que a jato, que exprimiria melhor o tempo decorrido):


“A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original” 
- Albert Einstein

Se o medo de virar a mesa não me acovardou a tomar a decisão de mudar a vida naquela altura do campeonato, com suas perdas e ganhos embutidas no risco, não é a circunstancialidade que vai se tornar peremptória no decurso da formação e execução das minhas possibilidades aventadas. A coragem do ato teve a força de uma nova ideia, que aprendi que jamais volta ao seu tamanho original. Agora preciso de perspectiva e perseverança.    

Dom de Iludir




Confesso: as vezes eu busco um motivo para escrever. Gosto daqueles que fazem da escrita o seu motivo de vida ou a sua motivação. E há dias que sou assim. Nem todos. Vivo agora um deserto de ideias. Ou ideais. Busco algo que é por demais subjetivo: aprovação. Por que o olhar do outro é tão determinante para o desenvolvimento das circunstâncias, quando na realidade a essência toda devia partir e estar dentro de nós? 


Achava que isso era uma espécie de insegurança minha. Uma bobagem que eu precisava superar (por mim mesma ou no analista). De certa forma o é, mas não é apenas prerrogativa das minhas limitações pessoais. Moa me disse: "Precisamos de alguma forma da aprovação dos outros, um balançar de cabeças para a nossa segurança. Atenção, bajulação e colo todos querem. Inclusive eu, você e até a Força Fla".Se até a Força Fla precisa, realmente deve ser algo muito, muito forte (rs). Não uma tendência, mas algo essencial, in natura, intrínseco.


A não realização de desejos tão antigos e profundos me é muito limitante e desgastante. Ao mesmo tempo, me motivo ao ler relatos de pessoas, como eu e você (e até alguns da Força Fla hohoho), que usaram de suas pedras de tropeço, de suas derrotas e de suas limitações como o trampolim indispensável, o comburente necessário à combustão. Não são poucos. Talvez os que se distinguam da mediania, os que superam a mediocridade que se conforma em não correr atrás de sonhos. Sonhos são mesmo subterfúgios de uma alma infantil? Será que não são os fortes aqueles que se resignam sem abandonar a luta diária que é viver segundo as circunstâncias? Seria assim tão errado apenas tocar a existência sem grandes expectativas? Não sei. Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.


Minha professora de Narrativa anda me dando notas muito baixas nas soluções dos textos que produzo. "Falar de si não é literatura", foi o que aprendi recentemente. Mas é o que eu sei escrever, por enquanto. Minhas soluções não são suficientes e isso passou a alterar as minhas expectativas. O quanto a gente não muda em função do olhar do outro? A quem, afinal, a gente quer agradar? A negativa (a dela e a não-realização de um outro desejo antigo, profundo, plausível e que nunca acontece), no entanto, me fez produzir esse texto reflexivo e nada conclusivo. Vou guardar com carinho essas dores de hoje, mas que serão de outrora.

16.11.11

News

Duas matérias que me deram trabalho plus, mas também trouxeram prazer extra ao vê-las publicadas. Vou colocar o link e depois volto para contar um pouquinho dos bastidores, o meu Profissão Repórter - parte escrita. hehehe


Luiza Brunet em Paris




Casamento da atriz Simone Soares


Eu juro que havia me esquecido como é angustiante você ter um "dead line" para entregar uma matéria, ou seja, dia e hora sem condições de negociação. A matéria da Luiza tinha um prazo e eu não poderia faltar com ele. Recebi uma espécie de boneca da matéria, uma estrutura com as fotos que iriam entrar, e parti para o confronto. Dias, tardes e noites tentando telefonar e nada de marcar meu gol, né? Isso dá um nervoso que eu nem sei como explicar para vocês. É como quando você está jogando Imagem e Ação, está fazendo uma super mímica que ninguém compreende e você apenas nota a areia da ampulheta chegando ao fim...


A minha sorte é que trata-se de uma personalidade única a Brunet. Gosto de graça e acho linda até de vestido de chita do avesso. Falamos bem, mesmo que rapidamente em função de seus compromissos. E como tenho essa vontade gigante de sempre aprender com as situações, acabei descobrindo fatos sobre Paris, que nunca fui, mas deve ser mesmo um lugar especial, para se apreciar aos goles, sem tempo, no prazer máximo da experiência. Fiz uma pesquisa sobre a Ponte dos Cadeados e conheci muitos fatos sobre o Hotel Le Bristol. Tudo tem história, não é verdade? Todos nós somos história.


No dia seguinte ao que entreguei a matéria da Luiza, parti para uma nova missão: o casamento da Simone Soares. Falei com ela durante a semana, para não ter que interromper a moça na sua festa de casamento com aquele monte de perguntas absolutamente específicas. E como me diverti. Simone gosta de um papo, eu também. Minha conta de telefone agradece o fato de o celular dela ser da mesma operadora que o meu. hehehe Ela estava linda em O Astro e mais linda ainda vestida de noiva.


O local da festa era MUITO longe da minha casa. Muito, gente. Sorte 1) O fotógrafo era um querido, com quem o papo é sempre muito agradável; 2) O clima carioca estava supimpa: nem frio e nem calor. Nada de janela aberta e vento na cara para bagunçar o picumã. O meu até que nem é rebelde, só não gosta de pente.


A festa foi legal. Os convidados muito gentis comigo, inclusive o Boninho, que ele mesmo diz que é fera. Eu dou gargalhadas, gosto dele, dessa pose. A lua tava linda, lua cheia no céu de 11/11/11. Vi o Marcos Paulo e não resisti em dizer que eu tava feliz por vê-lo bem. Sabe, o jornalista deve permanecer isento, mas a gente é gente também, oras, não só o bloquinho S/A. Sou da época do Marcos Paulo galã (eu sempre gostei dos mais velhos desde criança). E gentileza nunca sai de moda.


A pista de dança bombou até depois das três da manhã. Impressionante. E me aguentei num saltão esse tempo todo. Foi praticamente um recorde. Saltos não são aliados da minha coluna, mas domei a Megera ou a Gata Borralheira (isso lá é nome de história de Princesa?) e me mantive na "linhagem". Carolina Ferraz escolheu um modelo bem simples para a ocasião, mas acho ela elegante sempre. Não são escolhas óbvias, o que deixa tudo muito mais interessante. E sai de lá, ora vejam, com o galo cantando. Sim, tinha galo na região e ainda estávamos nos limites bem plausíveis da cidade. Voltei rindo.     
  

13.11.11

Repórter Clara em Ação

Eu praticamente vi a Clara nascer. Ela sempre foi uma estrela, como mostra o vídeo. Acompanhei a sua gestação, a conheci pelo avesso, assim como a seu irmão, o Vitorio, e os gêmeos lindinhos da minha xará: Fábio e Nina, que faz charme como ninguém! "Eita ferro"! Esse embed é felicidade compartilhada, porque o carinho que tenho pelas minhas amigas é imediatamente transferido a eles. E me dá muito orgulho vê-los crescer!


Video AQUI





11.11.11

Machado de Assis


"O sonho é uma festa do espírito."
Em Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)

Pensamento



Meu Deus! Como o ser humano é estranho e complexo. A começar por mim! (hahahaha). Não dizem que feliz é aquele que se reconhece? Pois então. Tem dias (e noites acima de tudo) que acho que na realidade a minha nave passou por aqui e me esqueceu. Desde então eu vivo num realismo fantástico, sempre tentando me adequar às situações estranhas à minha natureza. Perdida no tempo. Solta no vento. Minha pele, não raro, é apertada para tantas aspirações. E o tempo é longo demais, sobram considerações, sobram ansiedades, faltam horas de sono por mais que eu durma. Nunca entendi Clarice Lispector de verdade. Talvez esse seja o problema, sou óbvia. Mas se eu olhar com cuidado, com muita atenção e essa sensibilidade que me é peculiar e extrassensorial, é difícil encontrar quem não o seja. O problema é que andamos todos muito distraídos, centrados na complexidade dos nossos umbigos. Um planeta Terra particular :P  

10.11.11

Tears

Claro que chorei...
Isadora tem um ano de idade e já canta Roberto Carlos com interpretação profunda. Música linda, fofura de menina e bela iniciativa do pai. Quanta expressão, uma explosão de fofura. Se eu fosse a mãe dela atrás da câmera teria um siricutico, pode ter certeza!


9.11.11

Alô além...



Recado dos astros para os piscianos

Júpiter se entende bem com a Lua e ajuda você a acreditar no amor. 
Se alguém quiser lhe conquistar, basta ouvir o que você tem para falar...
***
Coitado de quem quiser me conquistar por esses dias: ando tão falante! 

8.11.11

Carioca Breeze

Ligia Azevedo, musa de várias estações e que sabe das coisas, deu uma dica hoje que acho digno compartilhar (clima carioca, claro. No Nordeste é sempre verão e eu, particularmente, adoro):

Gente. Cuidado com a virose do momento. Ela vem chegando como quem não quer nada. Quando chega custa a sair. Conselho. Não fique com a cabeça molhada por muito tempo, quando sair à noite leve sempre um lenço para proteger o pescoço. Se você ficar bem, proteja-se do ventinho gelado com um chapeu ou uma boina.Se a madrugada estiver fria durma de meia. O frio entra no corpo atraves do pé, do pescoço e da cabeça.

7.11.11

Deles


— a virtude é preguiçosa e avara, não gasta tempo nem papel; só o interesse é ativo e pródigo


A Cartomante

Afinal, quem é Caju e Castanha?



Engraçado como um assunto puxa outro e assim nasce novo post para guardar para a tal da "posteridade" (que na realidade não deve fazer muito sentido para quem vier depois de mim, mas acredito que certas pessoas nasceram mesmo para fazer, viver e registrar história como simples parte de um existir). O post da música abaixo me lembrou de um fato antigo, que eu nem havia registrado decentemente no hall da memória.


Ontem eu estava com a TV ligada no canal Viva e eles reprisaram um Som Brasil em homenagem ao Edu Lobo. Peguei o programa justamente na linda apresentação da Mônica Salmaso, nessa música deliciosa. Então me veio logo à mente o ano de 2009, quando fazia freelas e o editor me mandou cobrir justamente um show memorável de Edu e Zizi Possi no Copacabana Palace. Era uma ação da Fiat e eu fiquei sentada na pilastra ao lado do palco. Se desse um pulo, um espirro ou um soluço mais forte, caia ao lado dos cantores. Deleite.


Mas ao postar o video da interpretação da Mônica para a "Ciranda da Bailarina", o nome dela me levou a um evento muito mais antigo e ainda mais especial. O ano era de 2005 e eu era funcionária da mesma revista que me mandou para o freela da Fiat. Estava com a divertidíssima repórter Bianca Portugal no Theatro Municipal para a cobertura do 16º Prêmio da Música Brasileira, que homenageava Baden Powell.


Dentre tantas apresentações, uma me arrebatou completamente. Justamente o dueto de Mônica Salmaso com Leny Andrade cantando "Vou Deitar e Rolar" e "Tem Dó". Tudo naquela noite, naquele exato momento, tinha uma consistência mágica. Era o Theatro Municipal do Rio. Era a primeira vez que eu assistia ao vivo à performance daquela que é considerada a maior cantora brasileira de jazz (a despeito de sua baixa estatura, a voz de Leny é gigante). Era "Vou Deitar e Rolar", canção imortalizada na voz de Elis Regina, que amo. Era a canção que a Elis cantava rindo, gozando o 'muso' da música; assim como eu faço, quando canto o hino da revanche aos brados de vitória. 


Infelizmente, o video que encontrei não faz jus ao que vi e ouvi naquela noite. E nem a apresentação é merecedora do que eu e Bianca guardamos para sempre daquela noite. No dia seguinte, recebemos a matéria do evento e começamos a escrever e identificar. A pergunta que ficou: Afinal, quem é Caju e Castanha?. Uma dupla. Não, quem é o Caju e quem é o Castanha? Até hoje acho que escolhemos no chute, porque estava difícil de encontrar uma alma caridosa para responder.


Desce o pano!
[o video]

Ciranda da Bailarina


Desses 'danadinhos' chamados Chico Buarque e Edu Lobo (que tive o deleite de ver cantar ao vivo essa canção) para emoldurar o meu dia de domingo (e quiçá momentos de toda uma vida) e para fazer trilha sonora para a pança onde mora a minha Little Shirazi.

Procurando bem

Todo mundo tem pereba

Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Verruga nem frieira
Nem falta de maneira
Ela não tem

Futucando bem

Todo mundo tem piolho

Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida
Ela não tem

Não livra ninguém

Todo mundo tem remela

Quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina
Ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem
Quem não tem

Confessando bem

Todo mundo faz pecado

Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem

O padre também

Pode até ficar vermelho

Se o vento levanta a batina
Reparando bem, todo mundo tem pentelho*
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família
Quem não tem

Procurando bem

Todo mundo tem...

5.11.11

Pensamento

Li o último texto que fiz homenagem para a minha Mãe e ela parou na seguinte frase:


Somos seres humanos absolutamente diferentes ela e eu, mas nos encontramos e nos reconhecemos nessa dádiva chamada amor.   


Então, depois de pensar, ela me disse:


- Somos seres humanos diferentes sim, mas acontece que somos cúmplices uma da outra.


Tem dias que a gente quer que a Mãe da gente seja mãe apenas. Há momentos em que elas se tornam como filhas, tamanho o cuidado que precisamos ter. Bendita a hora que nos percebemos cúmplices. É para emoldurar na alma.

Ler é Fashion

WOW, acabei de ler esses três livros quase que ao mesmo tempo. 


* Miguel me surpreendeu em vários momentos por transformar sua poesia interna e reminiscência em algo deliciosamente palatável, mas as vezes deixei de pescar o sentido das coisas. Li afetivamente, porque gosto dele, dessa multiplicidade de talentos encarnada. Uma das histórias, inclusive, serviu direitinho para eu acalmar uma amiga que passava por uma dessas questões da vida, que justamente uma das crônicas ilustrava. Gosto de coincidências. 


* Martha é sempre um deleite. Fico impressionada com a sua capacidade de encontrar assunto para tantas colunas e tão democráticos os tópicos. A escrita é moderna e de mão cheia, mas confesso que Doidas e Santas me inspirou muito mais a criar das histórias dela, as minhas próprias histórias de vida. O outro foi como um baú da vida e esse serviu para saber que posso me inspirar nela, sem medo! 


* Cecília já teci mil elogios aqui. É um livro fraterno e acima de tudo uma aula particular de como se escrever para o gênero. Não apenas o policial, mas algo interessante para os jovens que já nascem sabendo das coisas, inseridos nessa era digital. O livro não fala de internet, mas não faz o leitor de bobo, o leitor que tem um Google ao alcance dos dedos. Mal posso esperar pela continuação da saga. Nem a minha Mãe, que ficou querendo fazer justiça com as próprias mãos... Tipo, na ficção! hehehe


Agora estou na fase de tentativa e erro com dois:





4.11.11

O respeito ao coletivo parece estar acabando



Essa semana saí com o Professor Xéu e a gente começou a falar sobre os rumos da Educação. Papo longo, absurdamente ideológico e apenas ilustrativo. Mesmo ele sendo professor e eu aspirante ao cargo num futuro incerto, nada podemos fazer de efetivo para a transformação das circunstâncias. A não ser trabalhar o campo das ideias e exercer a parte que nos cabe com dignidade e profissionalismo. Mas até isso está parecendo complicado. Educação é um conceito muito amplo, portanto, passível à distorção.


Não sei se só eu entendi a coisa por esse viés, mas sabe os estudantes que estão ocupando a Reitoria da USP? No fundo, no fundo, a luta deles seria para poder fumar maconha livremente no campus? É isso? Porque a confusão toda começou depois do confronto ocorrido entre estudantes e policiais militares, por causa da detenção de três alunos , flagrados fumando maconha no estacionamento da faculdade na semana passada. E assim, eles pleiteiam pelo fim da parceria da PM com a universidade. 


É isso mesmo gente? Fumar maconha ainda é proibido no Brasil ou estou desatualizada? Acho digno, justo e irrevogável o fato de a Universidade ser um lugar de livre pensamento, mas há algum tempo "liberdade pra dentro da cabeça" ganhou uma nova conotação. Cada um faz o que quer da vida, inclusive burlar a lei é da consciência de cada um, individualmente. Mas sou a favor do respeito àquilo que é coletivo. A presença da força policial, em outra instância, beneficia a quem quer apenas chegar ileso à sala de aula. Sim, porque vivemos a instabilidade dos dias, sem saber se a violência endêmica vai nos deixar chegar ao nosso destino. Veja o exemplo do Rio, uma parceria como a que existe na USP, talvez (talvez mesmo) resolvesse a séria questão de insegurança que assola o campus da UFRJ no Fundão. 


***
Essa semana mesmo, leio uma notícia no mínimo curiosa sobre um fato inusitado ocorrido dentro de uma sala de aula em Viamão. Um aluno pichou a sala de aula e foi obrigado pela professora a repintar o que havia sujado. Eu acharia justíssimo, mas não é assim que prega o Estatuto da Criança e do Adolescente, que proíbe ''submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento''. 


Então, pelo visto, o conceito de Educação já vem deficiente de dentro de casa. Pais passam à escola a tarefa de dar modos, além da de formar cidadãos. E vítima de uma deficiência, professores ainda são pressionados pelo Estatuto, que em um âmbito específico diante da realidade dos nossos dias, protege a quem devia corrigir. O que fazer?  


Em casa eu aprendi que quando fazemos o errado, somos castigados e orientados a fazer o certo. Não tinha essa de passar a mão na cabeça e dizer que bronca vai deixar traumatizado. Era importante fazer o certo, consertar as coisas, e refletir para não repetir o mal passo. O que temos hoje? Para não traumatizar um filho, as pessoas submetem o resto de mundo a traumas ainda maiores e crescentes. O respeito ao coletivo parece estar acabando. Junto com o conceito total de Educação. 

57ª Feira do Livro em POA



Tá rolando a 57ª Feira do Livro em POA. Queria estar lá fisicamente, mas estou apenas em pensamento. Para quem não conseguiu ir à Bienal do Livro na própria cidade por falta de carona (obstáculo já resolvido para a próxima edição) e companhia, seria, no mínimo, incoerente baixar no Sul do país para ver ao vivo gente que escreve com a alma e faz tanto sucesso pelas bandas de lá e chega aqui com caminho consagrado. 


Impressionante como o sul do país é celeiro de bambas da escrita. Já amava LFV, a quem já timidamente abracei (e antes dele, amei seu pai, Erico Verissimo), e também Lya Luft (para desespero de alguns coleguinhas. Não ligo). Agora me contentaria em tirar uma foto com a Martha Medeiros e tomar um café - ou algo do gênero - com o Fabrício Carpinejar. E flanar pelo corredores com a alma aberta à novas descobertas.


A junção do Rio com São Paulo em certas áreas da arte, faz a gente pensar que isto é Brasil. Obviamente, não conscientemente. Martha é do Sul, mas está em O Globo, assim como Lya está na Veja, ou seja, são Brasil. Meu neurônio do resto do país é desligado até que o talento de fora é celebrado na grande imprensa e se torna menos local e mais coisa nossa. Etnocentrismo bobo, mas não voluntariamente excludente. 


Percebi essa minha projeção durante à visita ao Maranhão. Entrei em uma livraria e bati papo com uma simpática atendente. Ela me falou sobre os autores locais e me mostrou onde ficavam localizados nas prateleiras. Falou sobre uma poetiza famosa na região e eu fiquei feliz por talentos terem seus espaços em sua própria terra. Essa maximização que ocorre no eixo SP/RJ talvez torne até mais difícil para um autor encontrar seu espaço. Talvez, esse é só um pensamento em formação. E talvez uma mudança de paradigma interno. 

3.11.11

Presente

Adoro ganhar presentes. É quando o meu lado criança fica um pouco mais exacerbado. As manifestações são variadas, devo acrescentar: de pulinhos malucos, brilho nos olhos à uma vergonha que brota de não sei onde e me rouba as palavras. Tudo pode acontecer, menos uma coisa: a alegria de ganhar um presente. As bobagens são as que geralmente me encantam.


Carol Feichas há pouco tempo me fez um pedido e ficou sem graça. Na verdade, o que ela achava que era um favor para ela, acabou se tornando uma espécie de agrado para mim. O presente, na realidade, veio hoje: flores :) O mais curioso é que são flores reais mandadas por via virtual. Adorei. É um presente cuidado e personalizado: Carol é fotógrafa e as flores delas podem viver "para sempre".