30.1.08

Fragmentos...

“De um bom elogio posso viver dois meses”
Mark Twain


“A felicidade odeia os tímidos”
Eugene O'Neil


“O amor é uma grave doença mental”
Platão


“Sonhar é acordar-se por dentro”
Mario Quintana


“O Amor é privilégio dos maduros”
Carlos Drummond de Andrade


“O beijo do homem é sua assinatura”
Mae West

Arrumando a Casa



Aquela parecia ser uma simples quinta-feira. Gosto de usar a palavra inglesa ordinary day. Não tem relação com a tradução “auditiva”, mas a literal e a forma como ela soa na minha boca e nas minhas lembranças. Era um dia comum, portanto, um ordinary day. Ou parecia ser. Fui até o centro da cidade, a trabalho. Era noite e a noite (evento) que não estava rendendo nada – para a espécie de operária dos famosos que sou –, acabou se transformando em um delicioso encontro, regado a bate-papo da melhor categoria. Coisa de novela? Pode ser, como veremos mais à frente. O caso é que não canso de repetir que a vida é o que acontece enquanto a gente está respirando ou simplesmente existindo. E assim foi.
Estava eu existindo no Odeon, roendo a tampa da caneta, uma vez que eu finalmente parei de roer unha, para ver se a porca atividade curava a minha total inércia. Quando já estava entrando em alfa, ou coisa que o valha, flashes disparam e eu despertei imediatamente daquele limbo: estava chegando o escritor Manoel Carlos, acompanhado por sua mulher, Bety, que para mim sempre foi uma mistura perfeita da doçura com a fortaleza. A simples presença do Maneco ali me alegrou “deveras”. Para mim ele é um ponto de referência há muito tempo. E a minha, digamos, história com ele já é bem antiga.
Flashback, por favor. Era eu uma pobre e inocente estagiária. Frágil em meu vestido de chita. Praticamente a imagem da candura (hahahahahaha). Sofria muito para cobrir os eventos com os famosos, quando me mandaram fazer o aniversário do filho do Maneco, o Pedro, numa boate em São Conrado. Gente, nunca fui tão bem recebida. A festa foi um barato e não sei porque “adotei” toda a família. Fiquei amiga da Júlia Almeida -- filha dele, atriz de primeira e uma pessoa super carinhosa comigo -- a quem passei a acompanhar a carreira de perto e a fazer matérias sempre que possível.
Vi o Pedro deixar a infância e se tornar um homem, ou seja, o Pedrinho virou Pedrão e está maior que eu (não que isso seja um grande comparativo). Fiquei amiga da Bety, que sempre foi a pessoa mais gentil do mundo comigo, mesmo quando eu tinha que ligar falando que alguém havia feito um flagra dela na praia do Leblon e ela, roxa de vergonha, me dava todas as informações. E, mais do que nunca (como diria Faustão), desenvolvi um carinho explícito pelo cara que sabe melhor que ninguém traduzir letras em imagens e imagens em sentimentos, dos mais lindos. Um grande escritor, uma pessoa simples e sincera. Uma vez eu estive na casa dele e ele me disse: “eu não vou mais me esquecer de você, porque você tem o nome de uma sobrinha (ou sobrinha-neta, não lembro) que eu gosto muito”. Boba sou, boboca fiquei.
Voltando à noite no cinema. Maneco e Bety estavam sentadinhos lado a lado bem na fileira do canto central do Odeon. Ele, cavalheiro, na ponta. Tomei coragem e me aproximei, não porque precisasse, mas pelo simples prazer de poder desfrutar de palavras que fazem tanto gosto e sentido. Falamos de muitas coisas, lembramos de tantas outras. Eu ali, agachada, torcendo para que o tempo congelasse por uns instantes mais. Falei do meu blog para ele e ele disse que ia dar uma passada aqui. Pelo sim, pelo não, isso não me importa. O fato é que toda vez que vamos receber uma visita ilustre, a gente tenta arrumar a casa. E acho que na minha casa faltava acrescentar esse texto.
Uma ode à pessoa que me inspira a continuar escrevendo, sonhando, realizando e que me mostra que para se ter uma carreira como esta, não é preciso abdicar da vida e da família. Viva o Maneco!

28.1.08

Querido Estranho




Querido Estranho. Achei esse título forte à primeira vez que ouvi. Trata-se de uma peça de Maria Adelaide Amaral, que ela mesma adaptou para o cinema, marcando a sua estréia na grande tela. Gosto de fazer referência e reverência aos autores aqui no blog, sempre que possível. Gosto mais ainda de transpor coisas da ficção para a realidade e vice-versa. Porque acho que a realidade tem esse tipo de ondulação: uma hora a vida imita a arte e, em outras, a arte imita a vida e assim vamos construindo a nossa realidade numa mistura frenética de sonho e fantasia.
Tomei emprestado esse título da ficção para falar de um fato real. Desde a última vez que escrevi, muita coisa aconteceu. Uma sucessão de frames que não sou capaz de parar e transformar em palavras. Mas há certas palavras que precisam e merecem serem ditas. Eu tive a honra e o prazer de ter um Querido Estranho na minha vida. O nome dele: Zequinha.
Nunca fomos apresentados oficialmente, mas ele estava sempre por perto. Cansei de ver ele sentado junto à Merinha, sua esposa, numa demonstração clara de um casamento cheio de amor e cumplicidade. Nunca nos falamos diretamente, mas sua atitude era clara e podia-se saber sobre sua boa índole através da linguagem não-verbal. Zequinha era um dos “milhares” de irmãos de uma grande amiga, a Onça.
Ele não era apenas marido, era também pai. E devia ter sido um pai exemplar, porque fez da Rafa uma mulher cheia de bons predicados. Nunca conheci uma menina que tivesse tanta fé e que mostrasse tanto isso nas entrelinhas, que tivesse tanto amor no coração, que fosse tão nova, mas que mostrasse uma responsabilidade e um amor pela vida muito além das outras meninas da idade dela. Rafa parece que nasceu pronta. E o Ricardo, seu irmão, seguiu a mesma linha. Conheci o Ricardo bem depois.
E chegou a época do réveillon. Mesmo sem me conhecer, o Zequinha disse que havia lugar à mesa para mim. Naquele momento me senti tão agraciada, porque quem recebe alguém à mesa no seio da sua família, também está recebendo em seu coração. Por uma cilada do destino, não pudemos estar juntos. Nosso último encontro foi na igreja. Eu estava com a Onça e ele a chamou para dar um beijo e um abraço. No meio desse abraço, ele me olhou e piscou para mim, num gesto de cumplicidade e bem-querer. Ali ele se despedia da sua irmã. Ali ele dizia um oi e um até breve para mim. Na quinta-feira o Zequinha foi para os braços de Deus. Antes de se despedir, porém, ele mostrou o homem honrado que foi. Dezenas de pessoas se revezavam no hospital, dezenas de pessoas tiveram sua fé renovada, sua vida balançada, sua existência questionada, sua história marcada pelo doce perfume deixado por um homem que sabia fazer o bem. Mais de 500 pessoas estiveram presentes ao seu enterro. Muitas outras estariam presentes se não fosse dia de semana e um lugar de difícil acesso. E ao invés de pranto, sua partida foi suave. A dor da despedida foi marcada pela alegria de uma vida de vitória, de uma vida que marcou outras vidas. Como a minha. Vai em paz Querido Estranho e até nosso reencontro, quando poderemos finalmente dizer: muito prazer!

23.1.08

O Beijo

Encontrei esse versinho em um outro blog. Achei super gostosinho - com trocadilhos, por favor - e resolvi compartilhar com vocês!!!



Pode ser de língua
Beijo de uma hora
Pode ser de longe
Beijo indo embora
Beijo de boa noite
Antes de dormir
Beijo de boas-vindas
Pra não mais partir
E o local do beijo?
É fundamental
No carro é legal
(durante o sinal)
E o beijo no umbigo,
Que você me diz?
Perto do perigo
Habita esse kiss
Existe ate beijo
Interestadual
Beijo via correio
(um beijo ligeiro)
Ou beijo virtual
Pode ser de amigo
O beijo inocente
Ou pode ser chato
Beijo de parente
Com o olho fechado
Beijo no escurinho
Com os olhos abertos
A espiar o carinho
Tem beijo com gosto
Sabor de chiclete
Tem beijo desgosto
Não parece o que é
Beijo é sempre igual
Mas, se é com a gente
Daí, sim, o beijo é
Sempre diferente!

Cuma?

CONSEGUI!
Agora
sei
como
dar
parágrafo
aqui
no
blog!

estava
virando
uma
obsessão!
Previsão para o dia: basta querer mudar, para mudar! UHU!

22.1.08

Pombices

E a chuva não pára de cair na cidade do Rio de Janeiro. Isso me faz lembrar um dia recente que tive. Na hora do almoço, desci com a Taty para caminhar até uma dessas biroscas que tem por aqui. Se no nosso escritório o ar funcionava à toda – como se fizéssemos constantemente um curso para pingüim –, a rua estava ensolarada, quentinha. O cabelo loiro dela começou a refletir, como acontece com toda garota de praia que se preze. A Taty é uma espécie de filósofa da verdade nua e crua. Adoro suas frases. E nesse dia, ela não decepcionou:
“Eu sou igual a colchão mijado, não posso ver um sol que já me estico.”




Hahahahaha Eu amei essa frase! Quem é que vai querer se comparar a colchão mijado!? Genial! E no fim do dia, ao voltar para casa com a Dani Maia, fomos brindadas por um começo de noite com céu azul-bic em várias nuances. Coisa mais linda. E parei para pensar que aqui na cidade a gente olha tão pouco para o céu...
Então resolvi prestar mais atenção ao dia de chuva. Sabe que até percebi uma curiosidade? Pombo é uma praga na cidade, não é?

O bairro de Botafogo, então, é tão cheio deles, que fico me perguntando: onde será que eles todos dormem à noite? Onde eles se escondem, quando não estão fazendo pombices ou pombinhos? Onde eles se protegem em dia de chuva? Então, hoje, passando pelo Aterro do Flamengo, tive uma surpresa: não é que em plena chuva havia dois ou três grupos de pombos relaxados nas areias da praia de Botafogo? Todos agrupadinhos, fechadinhos em si mesmos, cabecinhas baixas, tomando uma chuvinha na areia, numa boa! E eu sempre ouvi dizer que pássaro com asa molhada não voa...Será que eles são garotos de praia, como a Taty?

21.1.08

Que será?



Dúvida cruel...No fim de semana Helena deixou escapar:
“sempre passo no seu blog, mas quando vejo o tamanho dos textos, nem sempre leio.”
Então fiquei me perguntando: será que devo dar uma reduzida no conteúdo a fim de garimpar mais leitores – e assim amaciar meu ego – ou devo ser fiel à filosofia de colocar a alma no papel e tentar fazer um entendimento de mim mesma enquanto alguém mutável, novidadeira, em constante construção – e assim amaciar a minha alma? Gosto mais da alma, que do ego, que deve ser controlado. Mas quem me conhece sabe que sou tranqüila em relação a isso. E quando falo ego, é porque quero que as minhas letras ganhem rumos além dessas páginas virtuais. É o sonho de todo escritor.
Não sou o que os outros esperam, mas escutar e avaliar te leva ao aprendizado e, conseqüentemente, ao crescimento. Aprender sobre tudo e reter o que é bom, essa é a minha filosofia.




Tem certas coisas que acontecem que você fica se perguntando: heim!? Sexta-feira ganhei uma mini-abóbora. Heim!? Foi isso, uma mini-abóbora agora enfeita a minha mesa do trabalho. Quem teria coragem de cozinhar um filhote? Ela é linda, tão pequenininha e tão perfeita em seu design...Ganhei da minha colega de baia. Coisa estranha, né? Ela chegou aqui e me perguntou: oi! Quer uma abóbora? Eu fiquei olhando para ela de forma estranha, imaginando a moça em uma granja miniatura, com chapéu de palha e botas de plástico cano-alto. Mas era apenas um dos objetos de produção da foto de uma casa. Alívio!hahahahahahahaha

18.1.08

O Coração Deseja



Fim de tarde. O dia de hoje começa a terminar de forma especial. Depois de escrever dois posts atrasados, abri o MSN. Vi a foto da minha amiga Debby que está meio longe de mim lately. Em seu quadradinho de comunicação, encontrei como frase de abertura uma música que tem tudo a ver com o feeling desses dias...Desejo a todos que me lêem um ótimo fim de semana! Um ótimo momento! Uma great life!

When you wish upon a star / Makes no difference who you are / Anything your heart desires / Will come to you / If your hearts is in your dream / No request is too extreme / When you wish upon a star / Like dreamers do


Moda - Parte 1



“Qual a tendência para a próxima estação?”
O gaiato que me fizer essa pergunta ganha de brinde um soco no nariz! Vocês sabem que isso é mentira, porque eu só bato quando pedem! E pedem com jeitinho!(rs)Mas a vontade é grande, viu?! Essa é a pergunta que eu mais escuto toda vez que “descobrem” que eu trabalhei no Fashion Rio. A palavra não foi mal empregada, não. Eu só contei aqui no blog que estava indo para lá, porque sabia que ficaria dias sem escrever. Com motivo justo, vocês hão de crer! Resolvi avisar, mesmo correndo o risco de escutar a mesma ladainha!



Gente, pára tudo. Como é que uma simples mortal como eu vai entender de tendência? Sim, porque para mim os fashionistas são seres iluminados, que tem o poder de transcender o que olhos comuns não são capazes de decodificar. Ou então, eles todos se juntam antes em uma reunião secreta
– tipo aquelas entidades dos mais modernos entre os hypes-society-new-glam-generation-power-plus –
para afinar o discurso e deixar gente como eu chupando o dedo e babando na gravata. Falando sério: claro que existem tendências, claro que a criatividade dos estilistas é extraordinária, claro que é preciso entender que passarela é show e nem sempre corresponde exatamente ao que vai estar exposto nas lojas e nas araras. Porém, existem algumas “viagens” que são mais que intergalácticas. E esse foguete não passa no meu itinerário, baby.


Assim sendo, não me perguntem sobre tendências, está combinado? A tendência é ser você, no matter what , e me deixar em paz com a moda, no matter how. Vamos falar de outras coisas. Pra mim, o Fashion Rio ainda não acabou. Ele ainda me rende pelo menos mais uma semana de matérias e relatórios e coisas a serem pesquisadas. Num dado momento do tempo eu me dei conta que cubro o evento há pelo menos 12 edições. E se reinventar não é das tarefas mais fáceis, concorda? Dessa vez eu me diverti bastante, vou te contar...

Moda - Parte 2




1º Dia

Foi aquela alegria. Minhas colegas de trabalho, como diria Silvio Santos, gritando o meu nome por todos os lugares. Ganhei beijos e abraços aos montes e acho isso um fato especial. No fim do dia, fui até o centro da cidade ver o desfile da Gisele Bündchen. Fiquei 40 minutos de pé, presa no curralzinho sem entrar na sala de desfile. Primeira vez que me senti um gado fashion. Depois de muito debate e esforço, entrei fantasiada de fotógrafa, que era o único elemento humano autorizado a passar de gado a gente interessante. Depois da confusão, acabei dividindo uma cadeira da primeira fila com uma das minhas chefes. Apareci em vários jornais, impressos e televisonados. A cara era das piores. Comédia.
2º Dia

A correria começou. Quase ganhamos uma multa de trânsito no caminho até a Marina da Glória.

3º Dia



Estava eu nos bastidores dos desfiles, quando um stylist olhou para a minha sapatilha dourada e achou o m-á-x-i-m-o. Colou o meu pé junto ao da modelo Camilla Finn e abraçadas fizemos uma fotinho de pé com pé. Fiquei como!? Shine happy people. Tudo bem, a sapatilha dela era uma Marc Jacobs e a minha Mr. Cat. Mas fala a verdade, não é mais luxo bombar com uma criação nacional? Na edição anterior meu tênis xadrez foi parar no site do Caderno Ela, de O Globo. Charmosa do solado...

4º Dia



Já estava transpirando purpurina. Já sabia o nome de muitas modelos sem precisar da ajuda dos universitários. Elas podem ser todas iguais, se quiserem. Elas podem se transformar em outras pessoas num passe de mágica. Caso um louco-varrido te solte em um jardim do tipo labirinto – saca Harry Potter? Saca aquele filme Elektra? – cheio de modelos e maquiadores armados com seus pincéis, minha filha, você vai ter certeza de que está vendo coisas. E estará!
Nesse dia fiquei mais próxima da modelo Gianne Albertoni, que agora é atriz e apresentadora. Uma pessoa simplesmente iluminada, gente boa, alto-astral e sem falar que é linda demais! Gianne é gente que faz e refaz! Anotem esse nome na lista de coisas boas at all!


5º Dia

Último dia, sábado de sol. Abriram a gaiola das loucas e eu estava à serviço lá dentro. Foi um dia bem divertido, embora toda a equipe estivesse no último suspiro do pacote. Dia de fazer balanço e o saldo foi muito positivo. Só no fim do dia é que rolou uma parada bizarra. Vou ter que contar. Faz parte do meu show...Fui ao banheiro. Era aquele tipo químico, todos juntos dentro de uma tenda. Cada uma delas tinha dois corredores com uns três ou quatro banheiros. Eu na fila e a porta lá do fim se abre. Eu penso, ufa, vou no tranqüilinho. Uso aquele cubículo cheia de tensão e atenção para não encostar em nada além de mim mesma. O término da operação foi bem sucedida. Ao abrir a porta em busca de um ar melhor para respirar: susto! A mulher do cubículo à frente estava com a porta aberta. Ela, bêbada, tentava se agachar perto do vaso segurando a roupa. Tarefa complicada sob o efeito do álcool. O cabelo de cima era loiro bem platinado e o cabelo ‘de baixo’ era negro como a asa da graúna e sarará tipo bombril. Tenho que confessar que àquela altura do campeonato, aos 45 do segundo tempo, aquela cena me chocou. Nunca havia visto um contraste que me parecesse tão esquisito.



Mas tudo bem, ainda tenho muito tempo pela frente, se Deus quiser, para vivenciar experiências menos bizarras. Ou tão estranhas quanto, que me rendam boas histórias. E quem quiser que conte outra...

7.1.08

Fora da Passarela


Sei que tenho poucos leitores assíduos e alguns tímidos que lêem em oculto (sem deixar recado). Assim mesmo, devo respeito a ALL. Babies, essa semana estarei LOTADA no Fashion Rio, ou seja, dias de muito brilho na passarela e nada de glamour nesse corpinho que será explorado até a última tendência! Porém, na volta, certamente, muitas histórias serão contadas, com uma deliciosa calda fashion. Espero que vocês me esperem! Se joga bicha!

Smacks coletivos e um smack special para a musa da foto, a querida Natasha Hydt, de Caminhos do Coração, que é bonita por fora e por dentro!! Miss sardinhas!

4.1.08

Clarear

Roupa Nova - Composição: Octavio Burnier & Mariozinho Rocha



Clarear! / Baby, clarear! / Pelo menos um pouco de sol / Eu só quero clarear / Quando não houver mais o amor, nem mais nada a fazer / Nunca é tarde prá lembrar que o sol está solto em você... / Um pouco de luz nessa vida / Um pouco de luz em você / Um pouco de luz nessa vida / Clarear! / Baby, clarear! / Eu quero clarear de vez tudo aquilo que encontrar / Quando o pouco de bom rarear e a vida for escura e ruim / Nunca é tarde prá lembrar que o sol está dentro de mim.../ Um pouco de luz nessa vida / Um pouco de luz em você / Um pouco de luz nessa vida...

3.1.08

Lança Perfume


Um dia me falaram que meu gosto musical é totalmente anos 80. Não me importei, pois sou mesmo fruto dessa geração. E não é que essa é a mais pura verdade?! Adoro as musiquetas de Madonna, Air Supply, Phil Collins, Bon Jovi (sim, a banda foi lançada em 1983 e começou a fazer sucesso em 86) e tanto outros nomes. Não estou aqui para ser execrada, rotulada, questionada, atacada, elogiada ou qualquer outra manifestação no que concerne ao meu gosto musical. Também não quero fazer uma ode à época. E daí que a gente usava aquele gel New Wave cheios de purpurina? E daí que o teclado eletrônico, o sintetizador e as guitarras dominavam os acordes musicais? E daí que a gente fazia Hi-fi (que depois virou a tal da festa americana)? E daí que éramos coloridos e usávamos roupas esquisitas! Vai olhar a sua foto de hoje daqui a 20 anos. Tenha certeza de que a sua roupa mais fashion vai te parecer medonha! Mas também não deixe de ser o que você é. Isso é parte do pacote. Afinal, não há nada mais Anos 80 que o bom e velho All Star, hoje totalmente IN!



Bem, essa introdução enorme foi para saldar o talento de Rita Lee, que conheci a aprendi a amar nos Anos 80. Hoje acordei cedo (milagre!) e fui à praia com outros quatro amigos. Depois de um sol escaldante e muito banho de mar, voltamos meio arrasados para casa. O motorista, claro, ligou o rádio para ter uma alegre companhia em meio a tantos morgados ou moribundos ou coisa que o valha. Logo nos primeiros acordes da canção, todo mundo despertou. Era Rita Lee cantando Lança Perfume. Foi o suficiente para um alegre coral se formar dentro do carro. Se bobear tinha até divisão harmônica de vozes! A animação foi natural, espontânea e contagiante, porque a cantoria miúda, baixinha, foi ganhando força até ficar mais alta que o próprio rádio. Quem não sabe a letra de Lança Perfume decorada?! Ou melhor, quem é capaz de passar impune à letra de Lança Perfume?! Eu A_D_O_R_O! Faço até o barulhinho do spray do perfume ao final da frase do refrão. O carro, por alguns segundos era a nossa boate particular. Ainda bem que os vidros eram escuros! Imagina a cena pra quem estava alheio do lado de fora? Se bem que, como diria Roberto e Erasmo Carlos, “Bom é ser feliz e mais nada! Nada!”. Afinal, a cena nem era grotesca, era pura euforia!

Lança menina / Lança todo esse perfume / Desbaratina, não dá pra ficar imune / Ao teu amor que tem cheiro de coisa maluca... / Vem cá meu bem me descola um carinho / Eu sou neném só sossego com beijinho / Vê se me dá o prazer de ter prazer comigo... / Me aqueça! / Me vira de ponta cabeça / Me faz de gato e sapato e me deixa de quatro no ato / Me enche de amor, de amor / Oh! Lança! Lança Perfume! / Oh! Oh! Oh! Oh! Lança! Lança Perfume! / Oh! Oh! Oh! Lança! Lança! Lança Perfume! Lança Perfume!... Composição: Rita Lee e Roberto Carvalho


PS - Eu AMO a parte que diz: “Vem cá meu bem me descola um carinho, eu sou neném só sossego com beijinho.” Essa frase fala muito das mulheres... que delícia!









Nem Luxo, Nem Lixo


Ok. Ok, eu confesso! Deixei de escrever por outro longo período. Dessa vez não posso culpar a falta de tempo ou o excesso de atividades. O que rolou, na real, foi uma falta de vontade enorme. Não foi preguiça. Nem foi falta de inspiração, já que as duas últimas semanas foram ululantes... Eu explico. Mas será que convenço? Rs Mera tentativa, como em tudo na vida! Estou de folga e vir ao computador me dá certo arrepio na alma! Toda vez que me sentava, pronta para contar as novidades, algo me chamava no mundo lá fora. Ou então era o meu pai ocupando a vaga no computador com a sua “amante”: o jogo de paciência! Não posso acreditar que aquelas damas vermelhas e pretas juntas tenham mais charme que a minha mãe. Mas o meu “velho garoto” se perde aqui nessa tela e conversa com a “tela”, assim como eu faço com os textos. Só que seus personagens são mais restritos:
King, não era para você estar nesse espaço! Sota (a maneira como ele chama a Dama) vai para o lado de lá! Cadê o Setembrino de Carvalho (a carta sete)? Ô Jelendrino (Valete) você não está me ajudando!
Tenho certeza que de todas as figurinhas, a maior e melhor delas não são as da carta e sim, o meu pai.
Assim o tempo foi passando e quando vejo: pum! Já estamos no terceiro dia de um novo ano. Como assim?! Se eu me obrigasse a seguir a tendência do post anterior e tivesse que fazer uma crônica sobre o meu reveillon, acho que teria certo problema... foi um dia que nem bem existiu para mim. Mas posso dizer que toda a mística em torno daquela noite e da noite anterior também foi mais que especial. Acho que muito da alegria se resume em estar com quem se gosta e fazer o que se quer. Nem luxo, nem lixo. Eu estava apenas existindo junto a outras pessoas e foi bom. Um brinde a 2008!