30.6.09

Refresco

Foto: Cydney Conger

Estava eu aqui no meu canto, escrevendo para que as palavras pudessem me fazer companhia [carente]... E foi assim, de repente, não mais que de repente, sem pedras no caminho, que o pranto fez-se riso e o acaso me pegou distraída...

Estava eu aqui no meu canto, quando uma guria de Floripa entrou no Google procurando por uma Bicicleta. Adivinha?! Encontrou a moça da Bicicleta: eu! E me deixou recado lindo. Pedaladas amorosas lá de Floripa [totalmente ônhooooo]. Depois de palavras tão lindas, vou dormir soft! (alias, nem falei para vocês que eu sonhei que tinha ido visitar uma casa de madeira e na varanda estavam presos dois ursos gigantes. O maior deles se soltou, porque meu amigo ficou mexendo na porta. A tratadora falou para ninguém sair dali, porque agora ele ia querer brincar. E eu fazia de tudo para o Urso não chegar perto de mim. Quando não consegui mais fugir da presença dele, que passou a me perseguir, ele fez xixi em volta de mim. Eu olhei para ele e énsei: fala sério! Desci as escadas P* da vida e saí da casa cantando num karaokê junto com o empresário da Juliana Paes, que estava entrando. hahahhahaha):

"Bibi, acabei de ler essa frase (AQUI). Nossa, fiquei sem palavras. Parabéns. Estou pensando em fazer um blog, mas nada se compara ao seu.

Vc assina suas frases como Bia Amorim ou é uma escritora? Me desculpe pela ignorância; mas me encantei com seu trabalho. Parabéns, muito bom mesmo.

Com certeza embarcarei com vc nesse seu diário transparente, aberto, lindo...totalmente poetico! Qdo. me dei conta, já tinha lido quase seu blog inteiro. Escreva sempre, vc tem um dom maravilhoso!!

Bjo,
Fabi, de Floripa.

PS: sua nova fã!"

Filminho

Alice Maravilha!

Teoria do Desenvolvimento Psicossocial

Foto: Rosangela Passos / Dois Cliques.com


Acho que eu nunca contei a vocês, mas... Uma vez eu fiz parte de um grupo de jornalistas que criou uma revista. O nome era: Alvo. Dentro da edição única, que lançamos há uns dois anos, fiquei responsável por fazer uma matéria psicológica. A matéria eu sei que já comentei aqui (falava até sobre a “Jornada de um Herói” e citava Luke Skywalker).


Pois bem, durante as entrevistas que fiz para realizar a matéria, acabei descobrindo um estudo sensacional de um psiquiatra alemão naturalizado americano chamado Erik Erikson, que cunhou a Teoria do Desenvolvimento Psicossocial. E é sobre essa teoria que há tempos eu desejo falar aqui... E fico enrolando. Chegou o dia, porque assim eu disse...


A teoria do desenvolvimento psicossocial prediz que o crescimento psicológico ocorre através de fases – não ao acaso – e depende da interação da pessoa com o meio que a rodeia. Cada fase é atravessada por uma crise e a forma como ela é ultrapassada ao longo de todas as fases irá influenciar a capacidade para se resolverem conflitos inerentes à vida. Se a fase não é bem desenvolvida, ficam-se “tarefas” a serem resolvidas fora das idades (fases) concernentes.


A descoberta de Erik Erikson foi muito importante para o período pós-início do “conhece-te a ti mesmo” e a viagem que eu faço em direção ao mundo das minhas emoções. Ela está apenas começando, mas o conhecimento desses estágios foi um processo extremamente interessante para o meu baú das generalidades pessoais.


1º estágio – confiança/desconfiança – ocorre aproximadamente durante o primeiro ano de vida. A criança adquire ou não uma segurança e confiança em relação a si próprio e ao mundo que a rodeia através da relação com a mãe. Se positiva, ela irá para a próxima fase adaptada a situações futuras e com capacidade de lidar com as pessoas e a problemática social requerida conforme seu amadurecimento. Se negativa, pode desenvolver medos, receios, sentimentos de desconfiança.


2ª estágio – autonomia/dúvida e vergonha – é caracterizado por uma contradição entre a vontade própria e as normas e regras que começaram a surgir dentro da realidade da criança. É hora de explorar o mundo e o seu corpo. Quem está em volta deve estimular a criança a fazer as coisas de forma autônoma, sem a extrema rigidez causará vergonha. Expor as suas vontades com liberdade e segurança – e receber uma explicação sobre cada negativa - é um passo importante na construção da identidade.


3º estágio – iniciativa/culpa – é o amadurecimento da fase anterior, quando a criança já tem a capacidade de distinguir entre o que pode ou não fazer. Este estágio marca a tomada de iniciativa: a criança experimenta diferentes papéis nas brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência da individualidade. E deve ser estimulada em suas escolhas sem culpa.


4º estágio – indústria/inferioridade – idade escolar antes da adolescência. A criança percebe a capacidade de produzir e sente-se competente. Neste estágio, a resolução positiva das crises anteriores tem relevância: sem confiança, autonomia e iniciativa, ninguém se sente capaz. A criança deverá estar integrada na escola, uma vez que este é um momento de novos relacionamentos interpessoais importantes. O sentimento de inferioridade pode levar a bloqueios.


5º estágio – identidade/confusão de identidade – Chegou à adolescência. Neste estágio se adquire uma identidade psicossocial: o adolescente precisa entender o seu papel no mundo e ter consciência da sua singularidade. Há uma redefinição dos elementos já adquiridos (crise da adolescência). Fatores que contribuem para a confusão da identidade: perda de laços familiares e falta de apoio no crescimento; expectativas diferente dos pais ou grupo social; dificuldades em lidar com a mudança; falta de laços sociais fora da família e o insucesso no processo de separação emocional entre a criança e os “pais”.


6º estágio – intimidade/isolamento – ocorre entre os vinte e os 30 anos. É a fase do estabelecimento de relações íntimas com outras pessoas. A vertente negativa é o isolamento, por parte dos que não conseguem estabelecer compromissos ou intimidade.


7º estágio – generatividade/estagnação – é a necessidade em orientar a geração seguinte, em investir na sociedade em que está inserido. É uma fase de afirmação pessoal no mundo do trabalho e da família. A vertente negativa leva o indivíduo à estagnação e à centralização em si mesmo.


8º estágio
integridade/desespero – ocorre a partir de 60 anos e é favorável a integração e compreensão do passado. Este estágio é mal ultrapassado quando se renega a vida, se sente fracassado pela falta força física, social e cognitiva.

14 mil


3 anos de BibideBicicleta
cerca de 650 posts
+ de 14 mil acessos
Muitas XXX Pedaladas
22 Ciclitas Oficiais (seguidores)
+ de 30 InterFriends
Rumo ao post 1000
E ao acesso 100 000
This is my life. So far...

Frase

"Viver é como andar de bicicleta: É preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio" - Albert Einstein.
faltam dois dias

29.6.09

My Bike


Ganhei uma bicicleta [foto] e um post de presente DAQUI:

"Bibi
Essa bike é um presente para você.
Pra você ficar pedalando, bem alto, em suas ideias.
Beijos"

Deny: YOU ARE LOVELY :)


Também descobri que quando alguém procura no Google frases sobre Bicicleta [sim, elas existem!], esse alguém é encaminhado para o BibideBicicleta com certa relevância!
Soube disso por uma leitora de Petrópolis, que baixou por aqui hoje.
Acho fantástico pedalar na blogosfera!

Leonardo

Foto: Vctor Sokolowicz

Essa semana a entrevista das Páginas Amarelas da Veja traz Leonardo Nascimento de Araújo. O Jogador que nunca foi Léo, nunca teve apelido ou sufixos "Inhos" após o nome. Aos 39 anos [ai papai!], ele mostra que ainda bate um bolão no quesito beleza. Soube gerir sua carreira de forma inteligente dentro e fora do campo, como jogador, claro, e depois na gestão empresarial desportiva. Agora, assume o comando do time do Milan, em mais um recomeço de carreira. O mais legal de tudo [pelo menos para mim, ora pipocas!]: ele foi casado com uma Beatriz. O moço não é fraco não! [e ainda faz a cara do gatinho do Shrek para a foto]...

PASSO MAAAAAAAAAAAAAAL!

Frase

Às vezes sou terrivelmente arrogante comigo mesma.
E grito com os meus botões!
Às vezes sou extremamente pretensiosa comigo mesma.
E rasgo os meus botões!
E me rasgo inteira, de fora para dentro.
(Bia Amorim)

Cicatrizes


Não sou o arauto de sentimentos modernos. Falo de mim, por mim e para mim. Só espero encontrar eco na vida de alguém, como muitas vezes já aconteceu. Fruto do acaso? Sei lá, não costumo acreditar em coincidências e acho que sorte, de certa forma, é estar preparado para a oportunidade. Escrever dá coragem, mas torna-nos seres extremante frágeis, porque expomos a alma. Nos tempos atuais há mais pudor em mostrar a alma que o corpo, já tão em evidência.

Aqui mostro mais que a alma, exponho cicatrizes.
Não tenho medo delas.
Elas contam uma história: a minha.
Procuro-me no outro, encontro-me apenas em mim mesma.

Fiel ao que sinto


Sou uma pessoa em análise. Busco o conhecimento tanto para dentro, quanto para fora de mim com a mesma fome e avidez. E temos sempre tanto a aprender! Tanta gente conhece muito do mundo externo [sua grandeza e sua beleza; suas curiosidades, pormenores e história] e não se dá conta de que é preciso também saber-se por dentro, conhecer aquilo que rege o mundo das emoções... Por isso tem tanta gente triste, frustrada, vivendo Invernos existenciais sem se dar conta de que o primeiro passo é o de fora para dentro. Eu penso, eu me reconheço. A realidade interior é senhora do destino também.


Tenho muitos defeitos. Não fujo deles [não gosto deles e sofro quando são apontados por mim, pelos outros, pela vida. Fato: é um dado de realidade]. Todos nós temos defeitos e virtudes, somos fruto do meio. Recebemos sentimentos em excesso e temos em falta tantos outros necessários. Por isso o ser humano é complexo. Eu não me furto a tentar descobrir e entender os percalços da minha existência e assim trabalhar o que há de mais importante em mim: meu ser. Ao fazer isso eu trabalho o amor em mim, por mim e pelos que me cercam. Não tenho o altruísmo de querer construir um mundo inteirinho melhor, porque o mundo é muito grande para ser abraçado pelos meus curtos bracinhos. E as minhas tarefas, quando maximizadas, me assustam. O desafio é o de se impor metas saudáveis e não cobranças enlouquecidas. Eu penso no hoje e planejo o amanhã. O agora é o que tenho em mãos para trabalhar. Amanhã? Talvez... Já disse isso aqui em outro texto, mas o tema é recorrente. Se não posso fazer do mundo todo um lugar melhor, posso fazer de mim mesma uma experiência válida, um ser produtivo e encorajador, posso aprender com meus erros e consertar os meus excessos. Só posso começar em mim.


Nessa busca, aprendi que dor e prazer fazem parte da mesma moeda. Só estão em faces diferentes. Ganhar e perder. Dar e receber. Existe uma balança dentro de nós. E ela deve estar bem azeitada para não nos pregar peças e pender de forma diferente para um dos lados. Quando isso acontece é arriscado, sinal de que lá na frente seremos cobrados por esse cálculo inválido. Sentimentos não são matemática, mas eu acredito muito mais na ciência do amor que na lógica das circunstâncias. Não sou cartesiana. Desenvolvo a filosofa de uma vida que faz sentido a mim e que visa a minha evolução e a felicidade daqueles que me rodeiam. Mas nunca me esqueço que sou responsável COM aqueles que cativo e não POR eles. Cada um deve dar conta de si e eu devo dar conta dos sentimentos que dou e doou a quem comigo comunga dias, horas, instantes. Instantes, inclusive, podem ser eternos, inequívocos e inesquecíveis. Não sou feita de instantes, no entanto. Sou feita de histórias. E construo a minha com o cuidado de uma engenheira de ideias e emoções.


Sou fiel ao que sinto, mas nem sempre o que sinto é fiel a mim. Ninguém nunca vai poder corresponder aos nossos anseios. Nem nós mesmos. Não podemos projetar expectativas no outro, mas é o que a lógica do pensamento abstrato nos incita a fazer. Porque as coisas precisam de uma espécie de lógica para existir. Só que o amor não obedece à lógica das relações. Ele se transforma e engrandece; ele cresce nos espaços emocionais que permitimos que sejam abertos. E enobrece. Só não temos é a coragem suficiente de lidar com a insustentável leveza do ser [do amar] por muito tempo na vida. A lógica vem restringir aquilo que não tem limite, porque ao delimitar criamos fronteiras e colocamos barreiras visíveis ao que não é compreendido plenamente quando é ilimitado e intangível. O amor é insensível à palma da mão, mas completamente tangível ao coração. Só requer ousadia, coragem e uma dose de risco.

faltam 3 dias

28.6.09

Game

Eu me amarro na imprevisibilidade do futebol.
"Jogão" esse segundo tempo da final da Copa das Confederações.
Estou apaixonada pelo jogo do Lucio. O CARA.

E começaram os festejos!
A fogueira arde e crepita!
O Quentão já está no fogo!
As bandeirinhas penduradas!
A sanfona nos convida para o baile!
Na foto, dizem, eu beijo Santo Antonio.
Para mim era apenas um grisalho pendurado,
O que muito me agrada!
Hummmmm
Movimento de Damas...

Chove lá fora


Nunca desejei tanto saber dirigir quanto ontem. Fato: tenho carteira e não consigo nem sentar no banco do motorista com o carro parado sem sentir nervoso, o que é uma situação vergonhosa e que me causa muito embaraço. Mas... Voilà: é o que acontece!


Ontem, quem mora no Rio e saiu à noite teve a oportunidade – não única, afinal – de presenciar um pré-dilúvio sujeito a trovoadas, raios, alagamentos. Como eu não dirijo, onde estava? Acertou! Dentro de um coletivo, que estava com um bafo tão grande, que ficou praticamente impossível de se olhar a rua. Não, ninguém dava baforada ou fazia exercícios privados em espaço público... Devíamos estar mais ofegantes com a situação simplesmente. Seu condutor teve que parar o bus num posto de gasolina para que o companheiro – ô trocador – pudesse passar uma toalhinha no vidro dianteiro. Senti como se estivesse a bordo de um submarino com destino à casa da Pequena Sereia.


Acionado o “periscópio” manual, pudemos seguir viagem. E a trajetória estava tão do tipo “Jornada Nas Estrelas” (do mar), que eu acabei pegando no sono. Novidade!? Estou com esse mau hábito de dar pequenas cochiladas em qualquer transporte público que o meu bumbum passeia. Cochilo de velha mesmo, um horror! Confesso que descrevo essa minha característica complicadinha, porque não sou de lutar contra a ação de forças naturais aparentemente inofensivas (o sono principalmente) – até que se prove o contrário.


By the way, estou em um coletivo agora e trago apenas um dos olhos abertos por detrás de um maxi óculos escuros. Driblo o sono como um bom zagueiro. O caminho é relativamente novo e não posso me dar ao luxo de deixar o caolho fechar (o outro jaz morto) e perder o ponto. E que Deus me ajude nessa tarefa inglória: quero dormir!

E o domingo está só começando...


Alguém me ensina a dirigir?

27.6.09

Resposta


...Ainda lembro
Que eu estava lendo
Só prá saber
O que você achou
Dos versos que eu fiz
Ainda espero
Resposta...

Desfaz o vento
O que há por dentro
Desse lugar
Que ninguém mais pisou...

Você está vendo
O que está acontecendo
Nesse caderno
Sei que ainda estão...

Os versos seus
Tão meus que peço
Nos versos meus
Tão seus que esperem
Que os aceite...

Eita lasqueira


Passando aqui entre uma festa e outra.
Sim, o BibideBicicleta é a minha cachaça.

Tenho o compromisso pessoal e instransferível de registrar a minha vida como um diário aberto, reservado a mim e àqueles que, por ventura, queiram me seguir. Minha vida não é ficção, mas confesso que tenho um olhar diferenciado em relação aos fatos que ocorrem ao meu redor. Um mix de jornalista e romancista. O resultado é uma blogueira sem muita direção. Quem conduz as pontas dos meus dedos no teclado é o meu coração.

Cheguei cansada do churrasco, mas agora à noite uma festa Junina me espera. E vou lá pular a fogueira iá-iá; mesmo que o meu corpo esteja gritando para eu ficar em casa. Não fico! Na rua eu sou amor e em casa eu sou saudade. Churrasco é sempre uma festa interessante, onde as pessoas ficam mais relaxadas, mais soltas.

Quem estava relaxado mesmo era um cidadão dentro do metrô. "Estive com ele" antes de chegar ao local do queima carne. O vovô tinha um jeitão de barão, com bigode robusto e olhar desafiante. Uma estação antes da que eu deveria saltar, ele fala alto:

- ATENÇÃO! ATENÇÃO! Foi dada uma nova ordem... E se aproxima da porta que está fechando. As pessoas olham para ele meio confusas. De que aquele cara poderia estar falando?! E ele desfez o mistério ao começa a cantar:

- Vale...Vale Tudo! Vale o que vier. Vale o que quiser. Só não vale dançar homem com homem e nem mulher com mulher.

Largou um Tim Maia como se estivesse cantando no banheiro de casa...

Instantes depois, eu saltei do metrô e fui pegar o ônibus de integração. Um outro cidadão, de camisa vermelha e sentado ao fundo do coletivo, começa a assoviar "Asa Branca". Ouvindo e reconhecendo os acordes, uma menina de, no máximo, seis anos, começa a cantar alegremente:

- "Qundo olheia a terra ardendo, qual fogueira de São João. Eu perguntei a Deus do céu, ai, porque tamanha judiação".
Ela batia os pezinhos no chão do ônibus, sem conter a animação.

Que cidade mais musical é essa em que eu vivo!? Que gostoso! Essa sinfonia me animou muito e me fez chegar pulante ao churrascão.

Agora vou esquentar e esqueleto com um quentão em volta da fogueira. Eita lasqueira!
Feliz. Feliz. Feliz. Feliz. Feliz. Feliz.

Gente!
Sabe aquele passo sobre qual eu falei ainda ontem?
#Uiuiuiuiui
Já obtive uma resposta positiva!
Yes!
Ainda não é uma resposta concluisva, a ponto de poder correr para o abraço!
{Aliás, by the way, um amigo meu disse que eu devo sim celebrar levantando a camisa e que ele fosse o juiz da partida me daria cartão-premium! Disse que as grandes potências jamais se escondem, quando tem que celebrar um grande feito. hahahahhahaha}
Obrigada pela parte que não me toca! {uia!}
Enfim, voltemos à programação normal...
É maravilhoso poder celebrar pequenas vitórias.
Sempre falo sobre isso.
É como tomar um gole da vida e brindar à uma melhor existência possível.
Movimento na cadência dos fatos, dos atos, dos autores.
Eu sou uma mocinha atrevida, que virou uma mulher destemida.
Não deixei a mocinha morrer, a criança parar de correr e sonhar dentro de mim.
Não me perdi da sabedoria e faço da paciência o meu novo desafio.
Construo castelos de areia, castelos de cartas, peças em dominó.
Construo a vida com a esperança, que as vezes cansa de esperar.
Busco a paz para atar em meu peito, busco o respeito... A mim e aos demais.
Celebro sorrisos, distribuo beijos, deixo as roupas caídas pelo chão.
Porque eu posso. E quando EU quero.
“Welcome to Hollywood! What’s your dream? Everybody comes here. This is Hollywood, the land of dreams. Some dreams come true, some don’t, but keep on dreamin’. This is Hollywood. Always time to dream, so keep on dreamin’.”
(Última frase de "Uma Linda Mulher")

26.6.09

Foto de Nathália Rodrigues by André Arruda
"Acorda Maria Bonita / Levanta vai fazer o café/
Que o dia já vem raiando / E a polícia já está de pé".

Sabe a mocinha de dois posts atrás? Ela está crescendo. E não vai para de evoluir nunquinha!

Hoje tomei uma decisão de gente grande: dei um passo firme e certeiro em busca de um sonho antiiiiiigooooo, que havia deixado de lado por forças das circunstâncias. Não sou vítima delas. Reuni toda a minha petulância e ousadia e mandei bala. E sabe que quando você une coragem para fazer a oportunidade acontecer, algo muda dentro de você?! É assim que estou me sentindo: diferente.

Tem uma frase que eu sempre repito para os amigos que eu aconselho: "Se as coisas estão mal paradas, levante-se e faça movimento. Mude. Transforme. Crie oportunidades. Circule. Saia de casa. Faça novos planos. Só a força do movimento tira um objeto da inércia". E foi o que eu fiz. Cavei e agarrei uma oportunidade e estou esperando para ver se a bola vai entrar no gol e eu vou correr para o abraço. Não posso celebrar levantando a camisa por motivos óbvios... O juiz me daria cartão amarelo! (hihihi) E nesse jogo eu não quero estar pendurada!

O resto se resolve com o tempo. A paciência é uma virtude tão bela quanto o amor; porque o amor é benigno e paciente. O senhor tempo anda me desafiando e eu não sou de me negar ao chamado à aventura. Eu me atiro frente a um desafio tal qual Luke Skywalker em Guerra nas Estrelas, uma das minhas sagas com "jornada de um herói" favoritas. Aprendi no curso de roteiro, que voltei a frequentar na levada da flauta. Mestre Honey sempre presente nas transformações da minha vida.

Amanhã é dia de ver gente tão querida em um lugar tão especial... Se tiver fotos, mostro para vocês com texto. O importante do dia é fazer o movimento! Acorda, menina!



É noite. Tudo estava quietinho aqui em casa. De repente: um grito!
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Meu pai sai correndo de dentro da saleta da televisão assustado.
Ele me pega rindo igual a criança!
AGORA FIQUEI MUITO FELIZ!
Hoje mesmo eu pensei: que saudade daquele maluco!
E agorinha mesmo: pumba!
Moratelli me escreveu direto de Santiago do Chile, bem no meio de uma aventura que começou há alguns vários dias!
Disse que está cheio de histórias para me contar!
ADORO!
Devia ter ido com ele, mas...
Não foi dessa vez. AINDA!
Volta logo Valmito!

Sou uma mocinha...


Sou uma mocinha transparente demais da conta! Tudo em mim parece refletir. Nem tudo é, no entanto, o que parece ser. Sou como o mar, que reflete o céu, mas que ninguém consegue saber, ao certo, o que tem em suas profundezas. Uma mocinha de sentimento e atitudes bastante profundas. Isso geralmente assusta! Bobagem, quem não gosta de nadar é porque nunca entrou no mar. Na serenidade do meu mar, pelo menos...

Sou uma mocinha feita de sonhos e desejos, forjada nos laços do amor. Fora disso, as poções certamente vieram de fora, agregadas por um 'combo' chamado vida cotidiana. Sou um ser ainda em formação, apesar de ter experimentado muito, ainda é pouco diante do que me espera. Precisa-se de bom professor e de muito amor, essência da minha formação. Isso basta. Eu só tenho o hoje. Amanhã? Talvez...

Sou uma mocinha sensível, mas não tão frágil; guerreira, mas nem sempre forte. Tenho a força frágil da qual são feitas as mulheres especiais. Engana-se quem pensa que todas são assim. Somos todas equilibristas de uma longa jornada, que começa again and again and again. O fim é apenas um novo começo e recomeçar é nossa tarefa a cada novo dia que nasce e nos oferece uma aventura.

Sou uma mocinha cheia de fôlego, mas que as vezes se afoga no mar da emoção. Mas, sabe de uma coisa? Eu nunca perco a minha alegria, mesmo que esteja correndo atrás da paz. Essa me foi dada como o nome ao batismo: “serás alegre” e assim tenho permanecido, leve, tranqüila, amando a vida e aos que ele me dá. Amo até os que me jogam pedras, porque são esses os que me tiram a atenção das borboletas e me fazem olhar o caminho. E caminhar é preciso. Assim como navegar no meu mar...

Sweet Deny


Ultimamente venho batendo altos papos com a Deny pelo MSN. Deny é personagem nova no BibideBicicleta, porque é amiga nova na minha vida. No instante de um estalo, ela já conquistou um espaço imenso! E vamos vivendo uma troca maravilhosa. Amo essas surpresinhas que a vida me oferece de tempos em tempos. A Deny chegou junto da Elma e as duas já se tornaram parceiras de alma. Três mulheres de alma sensível, espírito livre, sorriso largo e força incrível. A cada novo encontro, a gente vai bordando o nosso mosaico de vida em comum. A arte está sendo bem feita, da melhor categoria.

Hoje de tarde estava chorando umas pitangas com a Deny. E falei uma frase que mexeu com ela: "Não sou resolvida, mas sou transparente. Tenho muita dificuldade em viver as indefinições". Ela tinha que atender uma pessoa, mas disse: "Hoje eu estou uma máquina de escrever. Escreve sobre isso para mim, porque se você não o fizer, eu faço". Pois bem, em cinco minutos ela atendeu a pessoa e me mandou essa coisa linda de presente:


Nós as mulheres
Sensíveis e frágeis
Lutadoras e guerreiras
De coração bobo
E propósito firme
De gargalhadas e lágrimas
Médicas e artistas
Donas de casa
Malabaristas
Com tantas profissões
Cheia de opções
Lavando passando
Pescando ilusões
Buscando eternamente
Definições -
Deny Portes

MEDO DE AMAR

Achei um texto incrível do Roberto Shinyashiki e quero compartilhar com vocês. Eu amo esse escritor, esse cara, esse profissional, esse homem de uma sensibilidade linda com as palavras. Eu sou amor e sou saudade. Shinyashiki tem palavras de amor que cortam e não sangram; dignificam.


MEDO DE AMAR

Esse medo faz com que as pessoas arrumem desculpas e justificativas para explicar suas inseguranças. Ele faz parte da nossa vida. Negá-lo ou inventar respostas fáceis é o que menos resolve.
Todos os seres humanos possuem um grande objetivo na vida: viver em estado de pleno amor. Talvez poucas pessoas estejam conscientes da importância que o amor tem ou pode ter em sua existência. Alguns vivem o amor em sua plenitude pelo simples fato de dispor dele em abundância. Aprenderam a amar, a se entregar ao ser amado e a criar relacionamentos criativos.
Infelizmente, porém, a realidade da maioria é o permanente estado de carência, de confusão emocional, de miséria afetiva. Vivem em solidão, isolados num apartamento, ou num casamento sem amor, ou em relações superficiais sem um envolvimento profundo.
O grande medo do homem moderno é o de amar, que é tão grande quanto o medo de não ser amado. Num mundo tão materialista, muitas pessoas se sentem envergonhadas de amar, como se fosse algo ridículo e bobo. Somos seres nascidos para o amor e, no entanto, negamos na prática nossa própria essência.
Cada um de nós sabe que amar alguém pode provocar uma sensação de fragilidade e dependência; a presença do outro torna-se vital, e a possibilidade de ser abandonado a qualquer momento fica tão ameaçadora que, em geral, as pessoas optam pela saída mais fácil: sabotar a possibilidade de viver um grande amor.
Eis aqui um dos grandes dilemas do ser humano: queremos viver um grande amor, mas procuramos o tempo todo destruí-lo. Certamente, as tentativas de destruição não são totalmente deliberadas e planejadas, porém o que conta é o resultado final.
O medo de amar é uma praga, uma erva daninha que corrompe o coração da maioria das pessoas. E depois vêm as queixas de solidão, desilusão, sofrimento.
Imagine o caso de uma amiga. Estamos numa segunda-feira e você vê, ao longe, no corredor da faculdade (ou da fábrica, escritório ou consultório), a sua amiga Sueli. Ela está esplendorosa, radiante. Sua aura brilhante está à mostra, pulsando com todo o vigor. Ao aproximar-se dela, você a cumprimenta com entusiasmo e pergunta o que está acontecendo.
Ela responde que encontrou o homem de sua vida, alguém inteligente, culto, sensível, bonito, com uma conversa atraente, participativa, e um jeito másculo e sensual. Sueli fala do olhar meigo e penetrante do parceiro, do seu toque suave, de seus abraços (mais gostosos que um mergulho no mar em dia de sol) e, para completar, diz: “Não entendo como um homem tão especial ainda não se casou! Agora que o encontrei, tenho certeza de que vou fazer tudo para dar certo”.
Ela se despede e você sai todo feliz, por ver que sua amiga, por fim, encontrou alguém capaz de motivá-la a amar e a viver um grande amor.
Uma ou duas semanas depois, você a encontra outra vez e percebe que ela já não está tão radiante. Seus passos já não parecem tão firmes e, quando você lhe pergunta “Como está indo o namoro do ano?”, ela friamente responde: “Vai bem”.
Você pensa: “Como um namoro com um homem tão sensacional pode ficar, em menos de duas semanas, simplesmente... bem?”
Ela continua: “Estamos nos dando conta de um monte de desacertos. Acho que ele me tolhe muito; estou me sentindo sufocada, mas vamos levando”.
Vocês se despedem, e uma série de imagens de relacionamentos com pessoas especiais que você amou e das quais, por causa dessa mesma sensação de sufocamento, se separou começa a aparecer na sua cabeça.
Quando você a encontra alguns dias depois, ela está visivelmente de baixo-astral, com a aparência de que algo ruim aconteceu. Antes de você falar qualquer coisa, ela diz: “Não deu certo, nós nos separamos. Foi melhor assim; pelo menos nós nos respeitamos e não nos machucamos”.
Sem mais comentários, ela se despede. Cada um vai para o seu lado e você continua pensando como pôde acabar, tão rápido, algo que tinha tudo para dar certo.
Ou será que foi exatamente porque ia dar certo? Não terá sido justamente por causa do medo de que desse certo?
O medo de amar existe.
Esse medo faz com que as pessoas arrumem desculpas e justificativas para explicar suas inseguranças. Ele faz parte da nossa vida. Negá-lo ou inventar respostas fáceis é o que menos resolve.
Certa vez, depois de um caso amoroso mal resolvido, um rapaz muito bem-sucedido nos negócios desabafou: “Meu coração secou e está fechado”. Em todas as ocasiões fazia o maior esforço para parecer seguro, autoconfiante. Estava convencido de que jamais deixaria alguém invadir novamente seu espaço, sua vida. Talvez imaginasse que, destruindo o amor antes mesmo de ele nascer, teria chances de sair “ileso” de qualquer relação. O medo de sofrer novamente por amor era tão grande que inviabilizava uma nova relação. Por medo de sofrer, condenou-se a sofrer todos os dias a dor da solidão.
O melhor, sem dúvida, é estar atento para esse medo, dar um mergulho na própria vida e perceber que, no fundo, quando alguém está decidido a ficar sozinho por medo de ser abandonado outra vez, não consegue mais enxergar o amor e tampouco tem olhos para a pessoa amada.

25.6.09

Que dia mais estranho.
Perdemos Farrah, a deusa dos Anos 70.
Perdemos Michael Jackson, o Astro dos Anos 80.
Que dia mais estranho e triste.
Dia de dizer adeus a ícones.
Que lua temos no céu americano?!
Há lua?!
Acho que só estrelas...
E mesmo que esteja morto: ele morreu?!
Acho que se uniu a Elvis
sinto a sua falta!

Festival Farrah Angel's





Hoje a história vira lenda. Aos 62 anos morre Farrah Fawcett, a mais linda e loira Pantera de todos os tempos. Há cerca de três anos ela vinha lutando contra um câncer, que se estendeu até o fígado. Recentemente, a atriz protagonizou corajosamente um documentário exibido no canal "NBC" chamado "Farrah's Story", no qual narrava em primeira pessoa sua luta contra a doença.

FARRAH

BYE FARRAH

Vam bora


Como querer sentir o perfume das flores, se antes alguém não sujar as mãos para plantá-las? Quantos atletas perderam um lugar ao pódio, porque não se deram ao trabalho exaustivo de treinar e treinar e treinar? É preciso compreender que temos a necessidade intensa de navegar nas águas da emoção, de conhecê-la para, assim, conseguirmos sobreviver às hostilidades que a sociedade atual nos impõe.

24.6.09


Como falar dos pensamentos mais íntimos sem me revelar?
Como mostrar toda a verdade que carrego em mim sem conversar com o papel?
Como expor o interior sem mostrar o que me é mais caro? Mais casto?
Como proteger as estruturas emocionais quando já andamos tão armados? E eu sou da paz!
Como ser translúcida se tenho sede da transparência?
Engatinho na nobre arte das sutilezas...
Todos sentem: mistérios, desejos e encantos.
Todos têm: sonhos, anseios e vontades...
Você me diz:
"... E se todos nós, e todos os outros, soltarmos nossos amores, haverá muita correspondência se beijando pelo ar".
Não somos fluidos como os nossos pensamentos, não é?
Vivemos a realidade de carne e osso. Corpo no corpo, mente vagando...
Estou engatinhando na nobre arte da sedução... Com as palavras.
Volvo-me, revolve-me e volto a meus termos.
Sugo a seiva da vida e não me sacio.
Preciso estar além dos sonhos e das expectativas.
Sou terrivelmente sonhadora, mas mantenho os pés plantados no chão.
O pensamento viaja e encontra, todas as noites, o que o inconsciente não revela. Ou revela?
Mas eu sei...
Você sabe...
Cada um sabe de si...
Cada um, mais cedo ou mais tarde, se dá conta de que viver é aplicar a simplicidade.
Definir ironia? Coisa mais complicada é ser simples nos dias de hoje.
Sou complexa porque a espontaneidade é a minha irmã.
Faço tipo que não faço tipo.
Sou mulherzinha; sou uma flor que precisa ser regada de carinho.
O vento me leva... Para junto... Para longe... Para perto... Para sempre.
Planta a minha raiz e me rega.
Eu planto a sua, no terreno do amor, que brota.
Eu sou amor e sou saudade.
Eu sou a felicidade, brotando de flor em flor.

Frank & Mia


Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio pra dar alegria

Passam os Dias


Passam os dias e eu os vou escrevendo como uma engenheira das emoções. Busco ideias e encontro respostas. Nada calculo, mas os eventos parecem ter sido construídos em uma medida exata. Não a que planejei, mas a que faz sentido para um plano maior. Bem maior que eu e as minhas pequenas angústias e alegrias.

Passam os dias e descubro novos espaços dentro de mim. Li que o mundo da emoção é indecifrável pelo mundo das ideias. E não é que a gente tenta encontrar respostas que nos façam sentido? Analisar é possível, mas a arte do encontro é uma variável totalmente imprevisível. A do desencontro também, em menor grau. E sigo pensando que cada um aqui deve fazer a sua parte com consciência, mesmo que suas ideias não decifrem – de verdade – a sua emoção. Há controle em cima de cada decisão que a gente toma nessa vida.

Passam os dias e eu vou vendo que a felicidade é uma caixinha e música delicada. Ela se esconde no cerne de coisas simples; foge daquilo que lhe parece complexo demais. Tem época em que eu tento teorizar demais o que apenas é para ser vivido. E sentido em sua plena simplicidade. E como há beleza e plenitude em coisas simples. Eu gosto de você. Ponto. Existe maior beleza? Maior pureza? Maior entrega? Então por que a gente tem sempre um “mas” para colocar ao fim de sentenças tão simples de se ser e viver...

Passam os dias e ouço repetidamente a mesma sentença: a pior solidão é sentir-se só no meio da multidão. Tenho fatos a acrescentar, já que existe outra sentença que anda de mãos dadas com essa frase: a pior solidão também é achar que você sozinho se basta. A felicidade aprecia o cheiro de gente, o valor de um sorriso trocado, de mãos dadas, de um terno e caloroso abraço, de olhar no olho e comunicar sem sons.

Passam os dias e percebo, mesmo que ainda incrédula, que a felicidade, arteira, cresce em meio aos transtornos da vida. Ao fim de cada luta e da cada percalço, ela parece nos esperar de braços abertos, pronta para nos acolher. E que lá ela sempre esteve, mas não podia se revelar porque toda a jornada é importante para a nossa evolução pessoal e para nosso encontro com ela, que nos motiva e nos desafia.

Passam os dias e me dou conta de que cada vez menos tenho medo de amar; mas cada vez mais tenho medo de não ser amada em retribuição. Esse “apesar de” ainda ronda a minha mente como lobo sedento. É preciso transcender, evoluir, caminhar o caminho que conduz à vitória na minha linha de chegada. É preciso crer tão mais que apenas querer. É preciso esperar... Te espero na ousadia do meu querer.

23.6.09


"A lógica numérica jamais compreenderá a lógica da emoção"

A sua escolha


Recebi do meu amigo NEO uma mensagem linda por e-mail! Quero espalhar a alegria e o entusiasmo com a vida: a começar em mim...
A vida ensina muitas coisas...
Mas é você quem decide se há uma lição em cada alegria, cada tristeza e em cada dia comum pelo qual passa, ou se desperdiça todos os momentos de prazer e dor.
Não são todos os fatos que acontecem que fazem com que você aprenda algo, mas suas respostas
e reações àquilo que acontece. Também não são todas as experiências de sua vida, desde a infância, que transformaram você na pessoa que é hoje, mas na maioria da vezes,foi a maneira como reagiu, ou respondeu, àquilo que você viveu.Veja que são coisas bem diferentes.
Tudo o que você é, tudo o que você foi e tudo o que você será também tem relação
direta com o jeito como você age, quando uma coisa boa, ou má, acontece na sua vida. Exatamente por isso, uma mesma situação pode levar uma pessoa a tornar-se mais ácida, deprimida, cínica e isolada, enquanto outra - na exata e mesma situação - aproveita para se tornar alguém melhor, com mais fé, coragem, resistência e confiança no espírito humano ou em seu próprio potencial de ser feliz.
Coisas boas e coisas ruins acontecem a todos os seres humanos de modo aleatório, mas consistente como leis matemáticas e universais de ação e reação. Por isso não é possível vivermos em um paraíso, mas podemos ser um oásis de paz no meio das guerras que muitas outras pessoas vivem, se nos lembrarmos de que não podemos escolher tudo o que nos acontece, mas é importante saber que quase sempre podemos escolher o modo como reagimos àquilo que nos acontece.
Podemos fugir à tristeza? Não.
Podemos impedir todas as perdas? Não.
Podemos prender-nos a todos que amamos? Não.
Mas podemos usar os momentos de dor e separação como razão para tornar ainda mais importantes os momentos nos quais estamos ao lado dos nossos amados; podemos tornar nosso trabalho mais profundo e agradável, podemos nos tornar pessoas diferentes daquilo que já fomos. Podemos escolher nossas reações. Podemos ser, hoje, melhores do que fomos ontem.
Mesmo quando a realidade é dura sua reação, sua resposta à ela pode levar você para frente, para novos horizontes e uma vida mais rica ou pode derrubar você. Se isso acontecer e você cair ao chão, faça com que seja uma queda temporária. Levante-se e ande... Confie em DEUS e vá em frente!
O fracasso só existe se você não se levantar após uma queda e esquecer de que DEUS te ama e jamais te abandonará.

Cabe a você -- e somente você -- escolher se os acontecimentos de ontem,
hoje e amanhã serão usados para torná-lo uma pessoa melhor ou pior do
que você é agora.

É apenas uma escolha. A sua escolha.
Qual será sua escolha hoje?

Casa de Pedra


Casa de Pedra
* Quando eu era pequena, costumávamos passar os Verões em uma casa na praia. Eu a chamava de Casa de Pedra, porque assim era feita, não de tijolos. Um dia paramos de ir. Assim, sem motivos maiores. Meus pais voltaram a esse lugar "encantado" outro dia desses. Foi uma visita rápida, bem diferente das nossas em família. Gostoso ver as fotos de como tudo mudou. E tudo muda com o passar do tempo mesmo. Ele é implacável. A casa mudou para melhor, mas a cidade perdeu seu charme de balneário secreto. Foram muitas histórias naquele lugar. Muitas mesmo e eu ainda não havia falado sobre elas...

A primeira que me ocorre foi uma travessura de criança. Minha tia V - que tem um talento com as mãos de bolos confeitados à cortes de cabelo - estava dando um trato na juba das minhas primas. Era criança, a mais nova, a mais levada. Minha Mãe não deixou que ela cortasse o meu [hoje, usando a psicologia infantil, teriam pelo menos fingido, não é?]. Nada aconteceu. Minhas primas balançando a juba e eu lá... Meu cabelo era bonito, tão liso que os grampos escorriam. Mas eu era a diferente.

O que fiz? Peguei a tesoura escondido e VLAW cortei um enorme pedaço na lateral dianteira. A tesoura voltou correndo para o lugar, mas o chumaço de cabelo que ficou nas minhas mãos, eu escondi debaixo da cama. Na verdade eu empurrei mesmo, tirando a prova do crime do meio do caminho.

Algumas meninas dormiam em colchonetes no chão. Não foi difícil perceberem um tufo enorme de cabelo ali. O mais louco é que a minha cabeça só notaram depois. E eu, que tinha cabelos lindos de princesinha, inaugurei o estilo Joãozinho - do tipo: vai no que dá.

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* Foi nessa Casa de Pedra que dei o meu primeiro beijo de língua com um garoto que eu queria que fosse meu "namoradinho". Já havia beijado alguns garotos antes. Na rua, a gente brincava de "Pêra, Uva, Maça ou Salada Mista"; mas era diferente, sem sentimento. Parte de um processo da descoberta da sexualidade sadia.

Meu primeiro beijo mesmo foi aos sete anos. O menino era uma graça. Não era o meu melhor amigo, mas era um garoto que estava sempre por ali, nas rodas dos amigos. Não foi um beijo apenas, foram vários até a vizinha fofoqueira contar para o meu pai. De que adiantou? Deixamos de beijar em público e fomos nos beijar no escuro da escada. Até eu achar que aquilo já estava monótono demais. Bye boy.

Demorei um pouco para dar um beijo apaixonado {digo: entre esse primeiro infantilóide para o primeiro apaixonadinho}. Eu tinha 14 anos e ele também. Estávamos lá na tal Casa de Pedra. Era pós almoço e todo mundo estava deitado nas camas beliche conversando e descansando. Ele estava na de cima e desceu. Deitou-se do meu lado e me beijou com atitude. Assim, sem dizer palavras desnecessárias. Claro que lembro desse beijo: molhado, estranho, nervoso, mas com um bom rendimento.

Engraçado... Lembro de todos os primeiros beijos com os caras que eu quis beijar: T, Dé, N, M, L, L, JL. Beijo desejado tem relevância e deixa a sua marca especial. O outros são vento que aparecem para refrescar o dia...

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* Na Casa de Pedra eu:
Ficava torrada de sol / pescava siri e caranguejo para comer no jantar / andava duas ruas enormes para pegar água da fonte e colocar no filtro de barro / subia em árvore / nadava em rio / pulava de uma pedra gigante dentro do mar / fiz boneco de argila / participei de grandes momentos noturnos em volta da fogueira / vendi picolé para afastar o tédio / jogava carta e alguns outros poucos jogos / dormi dentro de casa em barraca, porque o teto estava com goteira / comia goiaba do pé / peguei catapora e passei para um monte de outras crianças / dormi no banheiro / dormi na cozinha / andava de bicicleta livremente pelas ruas sem asfalto / brinquei de escola nas férias / soltava pipa / andava à beira-mar catando conchas / Fui Feliz.

22.6.09

Força Frágil

Foto: Marcelo Corrêa


"Todos nós estamos na lama, mas alguns sabem ver as estrelas" - Oscar Wilde

Essa foi uma das frases que eu destaquei no texto sobre Mr. Wilde. Ultimamente tenho falado muito sobre as estrelas. Aqui, nos meus ensaios privados, nos meus pensamentos que voam tão distantes. Tenho tentado rememorar o hábito de olhar para as estrelas, pra cima, para o lugar onde mora a esperança.

Um dia, metaforicamente, me ofereceram asas para voar para perto das estrelas. Precisava tirar os pés do chão e colocar a cabeça nas nuvens. E lá fui eu. Cheguei tão perto delas, que quase as pude tocar. Estrelas são astros efêmeros, mas de brilho perene. Senão de uma específica, da reunião delas. Assim como eu e meu brilho interno. Perpétuo, mas oscilante.

Sou apenas uma sonhadora. Em busca de novos sonhos a conquistar. E realizar. Sou um pássaro com asas ainda em formação. Porque não consigo voar o suficiente. Nem no tempo e nem no espaço. Talvez porque queira desenvolver várias atividades ao mesmo tempo. Todas plausíveis individualmente. Todas sedutoras, aos seus modos. Todas sugadoras de uma alma sensível demais para resistir aos ruídos. Eu me dedico a todas e a nenhuma delas com exclusividade. Quero respirar todos os ares e, às vezes, isso é muito para uma pessoa só. Não só uma pessoa, mas uma pessoa só.

Eu sou bastante sensível, sim. A força frágil. A rosa que resiste ao vendaval. Você é partidário da teoria do Hulk? Conheço quem seja, mas a verdade se aplica? A força interior que você não conhece. Sim, existe essa força, manifesta de diferentes maneiras. Quando manifestas. Uns mais fortes que outros. Uns menos frágeis que outros. Uns só fortes. Outros só frágeis. Outros que não se conhecem e se entregam! Outros que são massa de manobra, apenas. Onde se esconde essa força frágil dentro de mim? Porque estou luar sem estrelas? Barco sem velas? Carro sem farol?

E quando estou deitada na lama, tentando olhar as estrelas com lágrimas a me atrapalhar, alguém vem se sentar ao meu lado...

“Amiga sou ruim de método, ordem e arrumação.
Mas sou boa de cozinha, de carinho e de atenção.
Serve?
Perco tudo e me esforço um bonde para procurar,

Depois perco de novo

E fico achando que só perco

Pela alegria de achar.
Só guardo gente, sentimentos e paixões

Guardo tudo o que não dobra
E que não cabe em nenhum lugar
Me estico e me esforço para poder lembrar

Mas o resto todo que é imenso

Na verdade perco tanto, é tão intenso

Que acho que me esforço para não conseguir guardar!

Esse é o melhor que consigo ser
Guardarei palavras, sonhos e sentimentos,

Guardarei pensamentos...
Em lugar que se pode achar. Por você.
Bjs, Elma”