15.10.14

Dois meses da Nina hoje e um mês lá em casa


Dois meses da Nina hoje


O que já havia escrito sobre ela (a chegada) - Como já falei, tirando dois pintinhos (Pedro & Bino) que morreram antes de ganharem penas/asas, nunca tive bicho de estimação. A preocupação sempre foi a mesma: eles prendem a pessoa em casa e minha alma é de viajante. Prendem sim, porque já estou louca para voltar para casa e ficar com a Nina. Mas soltam também: sorrisos, ternura, carinho, cuidado, sentimento materno. Tudo que, de certa forma, eu guardava em mim, esperando a hora certa de ofertar. Nina, minha gatinha preta, chegou lá em casa muito desconfiada. Ficou cansada da viagem que fizemos entre a casa de sua mãe peluda, para o apartamento de sua mãe humana. Dormiu, sem sair da caixinha de sapato que chegou - com um paninho bem quentinho. Na madrugada, miou baixinho (desconfiada, tímida, não devia entender onde estava). Levantei e fui tirar ela de lá. Ela sabia sair, mas estava com medo. Achei que podia ser fome. Coloquei em frente ao pote de ração. Antes, ela percorreu todo o quarto e mesmo com um pouco de medo de mim, se sentiu confortável para comer. Brincamos. Meu gás acabou. Coloquei um travesseiro meu no chão e acordei com a minha mãe invadindo meu quarto para brincar com a "netinha". Ela estava aninhadinha no meu travesseiro. Levamos tudo para a cozinha, ela voltou a comer e beber água e de primeira, já usou sua caixa de areia para fazer um "cocozão". Achava estranho as mães de bebês (humanos) falarem e se preocuparem tanto com as fezes de seus filhotes. Já compreendo. Celebrei a "bostança" feita no lugar correto tal qual um gol! E antes de sair de casa para trabalhar, ela já me seguia pela casa. Não é preciso dizer que deixei meu coração lá, né? Liguei para saber no meio da tarde. Minha mãe disse que também saiu, mas a deixou dormindo, aninhada no meu travesseiro. Minha filha peluda me faz feliz.
 


Duas semanas depois... - Há duas semanas a minha vida mudou um pouco. E foi para melhor. Desde que a Nina chegou, durmo menos, mas com mais qualidade. Vi minha gatinha crescer, embora ela ainda não tenha nem dois meses. Gosto de observar suas manias e evolução. Adora a vassoura e brinca de morder a "mamãe", quando sente cócegas na barriguinha. Estou toda arranhada e estranhamente feliz com essas marcas, porque são marcas que me fizeram dar muitas gargalhadas. Só sai da cama, quando eu levanto. E enquanto eu tomo banho, leva a minha camiseta para o quarto. Para o canto dela, claro. Só dorme encostada em mim. Gosta muito de leitinho, mas parei de dar, porque li que faz mal. Dia desses, cheguei em casa e ela estava na mesa do computador. Subiu sozinha, escalando os fios por trás da CPU. Ai ai ai. Já está dando grandes saltos para o seu tamanho. E sabe quando estou chamando por ela. "Cadê Nininha de mamãe?" Ronrona muito com meus carinhos e gosta de me lamber e mordiscar o meu nariz. Dia desses falei, "Nina, cadê a sua fita para a gente brincar?". Ela correu para cima da fita, que estava escondida. É magrela e me parece que não gosta muito da ração, mas come. Escolheu uma cadeira como dela. Minha mãe sentou e ela foi lá reclamar. Juro. Sentou em cima do livro que minha mãe olhava. Rimos. Água? Nunca a do potinho e sempre a que sobra no box. Como agir? Tive que segurar com mais força para passar o remedinho de pulga e quase morri do coração. Imagina quando chegar o tempo das vacinas? E a castração? Aff! Eu sou carinhosa e mimo mesmo quem me "É" amor. Talvez tenha vindo a esse mundo para espalhar um pouco de amor, que às vezes, em mim transborda. Não é fácil. O desafio é não ser hipersensível ao meu próprio sentir.


Três semanas em casa! - Era cinza do olho azul, ficou pretinha com mechas brancas e o olho esta esverdeando. Difícil de registrar, porque o flash a faz fechar os olhinhos. Passa boa parte do dia assim: dormindo. Ou me arranhando. Ou me lambendo. Ou ronronando com tanto carinho. Nina é meu tema sim! Minha alegria. Das raras nesses últimos dias. Fico especialmente feliz em ver que minha mãe também esta totalmente apaixonada por ela. Chama pela gata o dia todo e brincam juntas, quando dá. Vejo minha velhinha de 78 anos sentada no chão, às gargalhadas! Quando chegou, dormia no meu peito e sobrava espaço. Prestes a completar dois meses, ela ainda adora dormir assim, mas já preenche todo o espaço. Pior quando ela não couber mais e ainda assim tentar. Claro que vamos dar um jeito, porque esse chamego, precedido de um ronronar tão gostosinho, nao tem preço.
 

14.10.14

'a cabeça não aguenta se eu parar'

Muito. Muito tempo sem aparecer por aqui. Eu sei. Faço vocês perderem o ritmo e o BibideBicicleta, musculatura "digital". Mas estou sempre revisitando os versos de Raul Seixas: "Não diga que a canção está perdida /Tenha fé em Deus, tenha fé na vida /Tente outra vez/Beba, pois a água viva ainda está na fonte / Você tem dois pés para cruzar a ponte/Nada acabou, não não, não, não /Tente /Levante sua mão sedenta e recomece a andar/ Não pense que a cabeça aguenta se você parar, não não não não"...

Voltei, porque achei um tempinho entre os dois turnos da eleição. Estou mergulhada na campanha do Rio. Voltei, porque os amigos não devem mais aguentar meus relatos sobre a minha gatinha (aqui, lê quem quer, não é verdade?). Voltei, porque sempre volto. Porque 'a cabeça não aguenta se eu parar'. Voltei, porque tenho amor às letras, ao BibideBicicleta, a quem me lê - eventualmente ou não - e principalmente, porque existem aqueles que gostam de interagir, deixando um recadinho. Esses me fazem feliz. Amo.

Então, voltei e achei um recadinho tãooooooo fofo de uma leitora anônima, falando sobre a chegada da minha gatinha! ADOREI. E percebi que eu nada contei da chegada dela, é fêmea, por aqui. Porta aberta para o meu assunto preferido do momento: Nina.

Pois é, o nome ficou Nina e ela não é cinza, é pretinha com umas pequenas mechas brancas. O olho azul está esverdeando e eu não conheço criaturinha mais linda que a minha filha. Amanhã ela faz dois meses! Quase um mês lá em casa e posso dizer que não há amor maior! Amanhã, no dia do mês-aniversário, conto mais sobre ela.