17.11.13

Uma Lição de Amor

Ontem eu vi na TV (pela "milésima" vez) Uma Lição de Amor (I Am Sam) com Sean PennDakota FanningMichelle Pfeiffer. O filme é de 2001 e sempre que eu vejo, não consigo conter as lágrimas. A história é uma das coisas mais emocionantes para mim.


O filme emociona e conquista pelo conteúdo humano. Faz uma belíssima reflexão sobre a capacidade de cuidar, que uma pessoa com deficiência mental pode ter, nos mostrando que não há limites quando existe amor. Também nos fazendo refletir sobre a discriminação sofrida por pessoas em seu meio social, não só as com deficiência aparente, mas as que têm algum tipo de dificuldade social.

Dessa vez, chorei feito um bebê. O filme acabou e eu fui para a cozinha lavar a louça, porque a minha vontade era jogar a cara no travesseiro e me derramar. Não que eu não pudesse fazer isso. Podia. Mas acredito que se eu chorasse além da conta estaria chamando para mais perto uma pequena depressão, que prefiro longe.

Lembrei que nos EUA trabalhei em um parque que aceitava pessoas com deficiência mental em seu cast. No meu setor lidei com um funcionário que sofria discriminação por parte dos outros colegas. Eu gostava de falar com ele e assim como se faz com crianças, tinha que saber quando ele realmente queria ir ao banheiro ou só estava entediado de ficar controlando os brinquedos e queria dar um passeio. Ou vários durante o dia. No fim da temporada, ele apareceu com uma namorada.

Lembrei muito do poeta. A trilha do filme trabalha muito as letras dos Beatles. Algumas das canções que ele me ensinou. Deixou um perfume incrível na minha existência antes de partir.

Lembrei, lógico, do meu pai. Meu pai tinha aquele tipo de amor por mim, com suas falhas e seus exageros. Lembro que quando eu morava fora e voltei ao Brasil, ele me abraçou TANTO no aeroporto, tão apertado, que achei que fosse passar mal. Eu só dizia: "calma, eu estou de volta". Como é bom lembrar! No fim do filme, Sam abraça Lucy, que fez um gol, e sai correndo com ela no colo pelo campo de futebol. E todas as crianças atrás. Meu pai era um cara que as crianças corriam atrás. Então, fechar assim a trama, foi golpe baixo! hahahaha Nada, foi golpe alto.

Esse mês era aniversário do poeta. Nesse mês, meu pai completaria 80 anos. Faríamos festa, certamente. Então, faço festa aqui no meu coração. E digo a vocês: não poupem os abraços, eles marcam de forma positiva e para sempre.

  

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