Bibi está pedalando em outro país: férias!
Louca para contar as Aventuras!
Será que devo?
Preciso!
Um beijo a todos os Ciclistas!
Não sumi, estou produzindo fatos :)
30.12.10
26.12.10
25.12.10
Quando eu tinha 11 anos...
2011 chegando...
Quando eu tinha 11 anos...
Lembro de mudar a minha vida numa revolução de hábitos e costumes. Saí do primário e fui para o ginásio. A professora jamais poderia ser chamado outra vez de tia e um descuido seria um vacilo fenomenal. Aliás, eu não tinha mais apenas uma tia, passei a ter várias professoras. E professores também, o que era uma tremenda novidade. Intervalo entre as aulas: delícia!
Foi um ano especialmente espetacular porque muita coisa de interessante aconteceu. Fatos que de certa forma alteraram o rumo da minha vida. Ou melhor, deram rumo.
Foi a primeira grande peça de teatro que participei como protagonista. Tinha figurino, foi bem engraçado. Apresentei o texto: "A Estranha Passageira", de Stanislaw Ponte Preta. Lembro de ter colocado travesseiros na barriga e na bunda para ficar uma gorda de respeito. Um vestido de elástico e peruca. A turma rolou de rir. Tivemos que reapresentar umas quatro vezes seguidas.
Voltei para casa vestida como A Estranha Passageira e na rua foi a maior curtição quando eu cheguei. Sempre tive muitos amigos à minha volta. Isso é interessante lembrar.
Com 11 anos também teve a feira do livro na minha escola. O autor da nossa turma foi o Pedro Bloch. E como já contei aqui, foi ele que me fez decidir por ser jornalista. Foi um desses encontros definitivos. E por mais que a vida hoje me aproxime mais do segundo ofício dele - ele era fonoaudiólogo - não me arrependo de começar as letras através do jornalismo. Uma coisa não precisa rejeitar a outra.
Por isso gosto desse esquema de escola "construtivista". Minhas melhores lembranças sempre passam pela sala de aula. Curioso isso. Não todas, mas muitas e muitas. E tenho a escola como referência do passar do tempo infantil.
Com 11 anos eu já tinha dado o primeiro beijo. Mas foi com 11 anos que eu ganhei a primeira Barbie. E percebi, chocada, que mesmo tendo sonhado durante anos com essa boneca, algo em mim já refutava a ideia de brincar de boneca. Eu estava crescendo e não compreendi...
Com 11 anos eu fui à Disney. E talvez ali eu tenha me tornado a maior amante de montanhas russas num raio de... De um looping imaginário.
Que 2011 me faça reviver em ações essa pureza que emanava do meu mundo e essa certeza de que tudo sempre vale a pena e que há de ser melhor de quando eu tinha 11 anos...
24.12.10
23.12.10
22.12.10
Trim trim
Uma bela surpresa de Natal é você estar no meio do tumulto de trabalho e receber um telefone surpresa:
- Oi
- Opa
- Adivinha onde estou?
- Onde?
- Aqui em baixo. Vim almoçar com você.
Uma maneira simples de tornar o cotidiano infinitamente mais agradável. O mais legal é que amanhã eu tenho outra almoço assim. Esse último, combinado, mas charmoso e especial igual :)
O clima muda no instante de um telefonema. Faça mais isso. Por tudo ou por nada. Para estar perto, mesmo estando longe. Hoje eu passei na prova escrita do Detran e liguei para um monte de gente. Nem era o caso de grande comemoração, porque tratava-se apenas da renovação da carteira de motorista - que aposentei há 10 anos. Mas é um passo em direção a uma conquista. E todo avanço consciente e consistente merece ser celebrado. Rumo ao alvo: 2011 de resgate, recomeço e realização.
21.12.10
Até a "Tia Varizenta" é muito especial
Acho o fim de ano uma época tão curiosa. Queria eu poder me sentar em um café e só observar as pessoas ou andar por ai sem tempo e sem pressa só para registrar essa euforia que toma conta das pessoas durante a ocasião. E, creio, sem embasamento científico algum, que quem mora perto dos trópicos vive mais a ebulição dos festejos do fim do calendário cristão.
Por exemplo: a pessoa que lota a sua caixa de e-mail com cartões e mensagens de Feliz Natal é a mesma que segue tresloucada com o carrinho de compras dentro de um supermercado lotado. Vai me dizer que o índice de topada de carrinho na canela não aumenta nessa época?
E a B-U-Z-I-N-A? Até o pacato cidadão que passa o ano todo sorrindo para você no elevador, na banca de jornal ou cuidando do jardim já descobriu que o carro dele tem buzina. E como ela funciona nesse mês de Dezembro! Faz até hora extra, patrocinada por Anapyon, o remédio de gargarejo mais tosco da história.
Shopping vira a "A Hora do Pesadelo 333". Tem o costureiro, que passa com pressa desviando das pessoas cadencialmente. Tem a luta de espadas com os cabides de uma mesma peça disputada por duas mulheres loucas. Tem as senhoras-polvo, que parecem surgir com oito braços num mergulho em uma bancada que acabaram de jogar peças em promoção. Tem sempre aquele dia que o ar-condicionado não está dando vazão e o cara suarento cisma de descansar a sua "asa" justamente naquela arara a qual você está agarrada no afã de encontrar algo que te sirva.
Sim, porque nunca vi época mais propícia para ganhar um quilões extras (porque falar quilinhos é eufemismo demais para a situação gritante que se apresenta) que essa, quando TODOS os restaurantes parecem estar cheios de gente que recebeu a família do interior e que leva para passear no shopping para pegar uma fresca. Até porque, olhar vitrine é mais divertido que ficar fazendo sauna em frente à TV, positivo? Resta ir para o tal do lanchinho veloz, que vem com um brinde extra de gordura trans.
E o estacionamento?! Grande oportunidade para você praticar várias modalidades esportivas! Ioga: para encontrar o equilíbrio da sua oscilação hormonal que está a mil no instante da busca por uma vaga. Localizada: para braços e pernas, quando você tenta colocar o seu carro naquele espaço mínimo que o cidadão à direita e também à esquerda deixou para você. Inspire e respire, afinal, em tempos do politicamente correto é bom você se conscientizar de que ninguém tem culpa de ser "tortinho". Musculação: para tirar as inúmeras compras do carrinho que a patroa fez com seu "décimoterceiro" e colocar na mala do seu carro, naquele ambiente de paz e felicidade que é a garagem fechada com o sol a pino lá fora...
E quem tem crianças? Sempre sobra para um coitado olhar a criançada, enquanto o/a consumista faz "jogging" pelos corredores do shopping como se não houvesse amanhã. Geralmente o escolhido é aquele que não tem filhos e que tem que aguentar a molecada entediada e já entupida de doces dados antes para convencer de que o passeio seria legal. Percebeu a bomba armada? Criança + doce = glicose na veia = energia de fio desencapado, que dentro do shopping não pode ser liberada... É combustão na certa, pode esperar!
E por falar em combustão... Tem ainda o capítulo "B-A-N-H-E-I-R-O". O que pode ser mais terrível que banheiro de shopping no fim de ano, dias antes do Natal? Tem sempre a cagona sem-noção que põe a culpa no intestino irritado para a obra que ela deixou para o usuário seguinte. Tem a "Tia Varizenta" que toda hora quer furar a fila interminável que se forma com a desculpa de sua incontinência urinária. Na verdade, ela estava o tempo todo lá fora exibindo suas pernas em tons de púrpura para os transeuntes, enquanto mandava para dentro litros e litros de cerveja gelada. Nessa situação, qualquer um teria o "pipi' solto, não é verdade? E quando acaba o papel ou a descarga falha? Melhor é ir terminando o texto e poupar vocês dessa situação.
Mas sabe de uma coisa? O tempo passa e a gente esquece. Tudo volta a ser lindo, mágico e especial, quando você recebe AQUELE Feliz Natal, seja através de um cartão que lota sua caixa de e-mail ou através de um beijo que alguém te deu com a boca toda engordurada de peru. O que vale é o que existe dentro da gente, mesmo que o mundo lá fora pareça hostil. Natal é perdão, é celebração do amor que tudo supera, é a lembrança mais terna do aniversariante mais importante que já existiu. E pessoas que são realmente importantes têm o dom de nos fazer sentir especiais. Até a "Tia Varizenta" é muito especial. Pense nisso e Feliz Natal :)
20.12.10
Partiu
Partiu então.
Tinha medo de ficar.
Dois segundos naquele coração seriam suficientes para criar raízes.
Uma vez instalada, era de difícil remoção.
Ao ser arrancada, deixava marcas.
Dos dois lados da questão.
Partiu enfim.
Sem nem dizer adeus.
Deixou um perfume de jasmim.
Marca de uma existência fugaz.
Sabendo que instantes são mesmo transitórios.
Sabendo que passageiros somos todos nós.
Sabendo que amar é também saber a hora de ir.
Ou ficar.
Então partiu - Bia Amorim
Então partiu - Bia Amorim
Conto
- Você fala tanto de amor.
- Palavras de amor jogadas no ar.
- Insinuações constantes. Um quê de quem quer conquistar.
- Coisas de instantes.
- Você fala tanto de amor e sabe tão pouco dele.
- Talvez eu saiba demais, não acha?
- Não, você não sabe...
"O amor não é instante, é constante" - ela pensou, desvendando um dos prismas daquela questão.
De que adianta?
De que adianta sonhar um sonho sem rosto?
Sem forma?
Disforme?
Dissonante?
Resistente?
Resiliente?
De que adianta ser uma e ser todas?
Todas as que não sou...
Todas as que não fui...
Todas as que posso ser...
Todas as que ainda serei...
Todas as que fui um dia...
De que adianta a saudade de uma ausência instante?
Daquilo que não foi
Daquilo que foi
Daquilo que poderia ter sido
Daquilo que não é mais
Daquilo que não há mais
Daquilo que deixou de ser
E o que ficou para trás?
E o que partiu?
E o que não mais se viu?
E o que não falou?
E o que não calou?
E o que não sorriu?
E o que não rolou?
E o que não se permitiu?
De que adianta toda essa inspiração?
Se é tudo piração
Se é tudo invenção
Se é tudo sem razão
Se é tudo tão mesquinho
Se é tudo tão pequeno
Pequenininho...
Me ensina a rodopiar?
Olá Ciclistas queridos!
Dias de sol.
Dias de MUITO sol e calor.
Dias de MUITO sol, INTENSO calor e trabalho.
Dias de MUITO sol, INTENSO calor e EXTENUANTE trabalho...
Daí uma ausência literária, digamos assim, mais consistente.
Vamos pedalando que essa ciclovia é grande e cabem muitas bicicletas nas nossas histórias.
Falar nisso... Queria ter boas histórias para contar. Até tenho fatos. Mas esse fim de ano está me consumindo muito mais que os anteriores, onde eu também passava trabalhando. E derretendo feito sorvete, deixa a coisa mais "melecada". Acho curiosa essa expressão "derretendo feito sorvete". Um dia, um amigo colorido me escreveu "beijos me derretem como sorvete". Achei bonitinho e a expressão antiga ganhou novo fôlego no meu "caderninho" de significados.
É um texto-justificativa? Siiiim. Mas saboreie as palavras como um sorvete - antes de derreter hohoho
Fim de ano eu sempre ficava deprimida. SEMPRE. Melhor, sendo mais justa: desde uns 12, 13 anos, quando eu tive que começar a efetivamente me despedir das pessoas e perceber certas maldades no coração humano e no seio das famílias. A questão dos presentes, a comilança do tipo glutonaria, o álcool para melhor passar o tempo... E o trânsito no final da festa? Batidas, pessoas impacientes buzinando, aquilo tudo na minha cabeça adolescente me parecia tão sem sentido, que não encontrava uma forma. Apenas calava o não compreendido, tentando arrumar-lhe lugar...
Porém, desde que a "Tia Biscoito" morreu dias depois do Natal - e eu havia prometido a mim mesma fazer daquela noite a mais maravilhosa possível -, a coisa mudou. Mudou para melhor dentro de mim. Não apenas se alterou circunstancialmente. A coisa mudou mesmo. Percebi que a gente é mais forte do que nós próprios nos supomos e que a palavra "determinação" é de uma grandeza emocional tão imensa, capaz de verdadeiros milagres cotidianos internos e permanentes nessas impermanencias de sentidos que damos aos fatos. E agora, mesmo com a ausência do meu Pai, a vida segue seu curso sem maiores contratempos. E isso é um de um poder... De um grau de conquista inalienável!
E você percebe que mesmo super cansada, muito chata e morrendo de calor é capaz de gestos que de fora podem parecer idiotas, mas que agregam todo o valor que importa. Quer saber? A gente pode ser tão mais divertido quando destila amor longe dos olhos de terceiros. A gente pode ser tão mais legal quando ninguém está olhando... Minha Mãe ganhou um cartão de Natal que toca musiquinha. Coisa que velho ADORA. Ontem à noite ela abriu o cartão pela milésima vez. Isso poderia me irritar, mas eu quis fazer daquele momento diferente. Tirei ela para dançar. E ela aceitou. Fizemos uma espécie de valsa puladinha (a gente gosta mais de um rockzinho) e ela me pede:
- Me ensina a rodopiar?
Dançamos pelo quarto às gargalhadas (e eu achando belo aquele simples pedido, que nem de longe era um pedido simples). Rodopiamos uma à outra como se não existisse um mundo lá fora. E percebi que quando o mundo de dentro está em harmonia, o que existe lá fora fica por segundos suspenso, mesmo que seja no tempo de uma canção de cartão de Natal. Dançamos como quem corre atrás de toda a pureza da diversão perdida nos bailes da vida.
19.12.10
18.12.10
17.12.10
16.12.10
Frases
"Por que - quase sempre - dizer que não está afim
ou não é hora é muito mais fácil que dizer:
'te quero agora'!"
- Bia Amorim
Casos de Família
MOMENTO UEPA
Eu adoro a minha família sabe por quê? Não é na obrigação do amor co-sanguíneo, porque falar em amor e obrigação é no mínimo incoerente. É porque todo mundo aprendeu a ser tão livre e tão espontâneo, que criamos seres quase originais. Respeitadores das leis do bom convívio social, mas sem frescuras. E isso é um prato cheio para quem adora escrever histórias.
Essa semana, voltando para casa com meu coleguinha (termo jornalístico para designar seu parceiro de profissão - mesma espécie) Dezan nós saímos do escritório e vimos uma cena muito curiosa. Um mendigão passava andando rápido, sem camisa, todo malandro e atrás dele três cachorros magros. Os bichinhos seguiam o "mestre" na maior alegria (dava para ver pelo rabinho e andar tipo saltitante) e com bastante devoção. Não deu para não rir com a cena daquele quarteto em fila indiana. Deu até vontade de ir atrás, tal qual a história do Flautista de Hamelin.
CORTA PARA. Hoje de manhã. Levantei ainda meio zonza, coisa de quem sempre dorme meio mal. Uma barulhada lá fora me desperta confusa. Um cachorrinho começa a latir fininho, depois dois, três, quatro cachorros se juntam à sinfonia. Não era tipo ópera, mas o cenário - pelo menos o auditivo - parecia de guerra. Dois em um mesmo time, contra um terceiro. O quarto parecia só botar pilha na disputa de gritos.
Minha Mãe fala alto:
- Eita barulhada!
Eu fico rindo e concordando, com as escovas de dentes na boca, com aquele sorriso de espuma.
O coro parece estar comedo lá fora. Minha Mãe chega à janela e entra na brincadeira:
- Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!
Ela começa a latir e uivar junto! HAHAHAHAHAHAAHHAAHHA - Moral da história: "Se não pode vencê-los, junte-se a eles" (e sem pudor!).
Soltas
Gisele - Foto: Bob Wolfeson para Hope
SONHO
Território hostil esse dos sonhos :) Sonhei que estava entrando no box da minha antiga residência com um travesseiro e lençol. Chegando lá, chuveiro ligado, tinha uma pilha de calcinhas para eu lavar. De todos os tamanhos e cores. Todas minhas (reconheci algumas), não estava lavando "pra fora". Ao entrar muitas outras começavam a cair do basculante e eu com cuidado para molhar o lençol, mas não o travesseiro (dane-se a pilha de calcinhas!). Ali do lado, ainda dentro do box tinha um fogão (seis bocas!!!!) e uma grelha gordurosa. Tudo para eu lavar com detergente! hahhahahahahahah
Alguém chama o Freud para brincar, por favor?!
RECADO
E pra você que me esqueceu? Aquele abraço!!!!!!
FIM DE ANO
Agora devo escrever assim: ano-novo. Definitivamente essa revisão ortográfica está me deixando doidinha. E são tantas novidades que até parece que eu estou "emburrecendo". Sinto que o desafio de 2011 será aprender de vez o novo português. E, quem sabe, não decidir ficar com o antigo só de protesto? Meio impossível, né? Enquanto isso vou reclamando um tiquinho e me acostumando com o conhecido diferente. Hablas español?
14.12.10
"too much information"
Queria ser daquelas mulheres que todo fim de semana, quase que religiosamente, vão à manicure fazer mão e pé e mudar a cor do esmalte. Há séculos não passo na porta do Salão de Beleza. Mas sou beeeeem cheirosinha e depilada! Tenho horror a "partes" femininas com pêlos em evidência! Suvaco-Amazônia tô fora! Essa mata eu não preservo... Qua-quá
UPDATE: A Bia Bug falou que aqui tem "too much information". Pode ser, mas sou traumatizada com certas coisas. Só queria falar que fatos que nos marcam na "infância", perduram por longos anos. Estudava em um colégio que tinha internato e externato. Uma das internas deixava o suvaco cabeludo com a "desculpa" de que não dava para depilar/raspar no dormitário. E aquele suvacão-bárbaro me deixava com náuseas. E aquela sensação-escândalo me volta sempre que fatos parecidos acontecem ao meu redor...
Sorry pelo desabafo!
UPDATE: A Bia Bug falou que aqui tem "too much information". Pode ser, mas sou traumatizada com certas coisas. Só queria falar que fatos que nos marcam na "infância", perduram por longos anos. Estudava em um colégio que tinha internato e externato. Uma das internas deixava o suvaco cabeludo com a "desculpa" de que não dava para depilar/raspar no dormitário. E aquele suvacão-bárbaro me deixava com náuseas. E aquela sensação-escândalo me volta sempre que fatos parecidos acontecem ao meu redor...
Sorry pelo desabafo!
13.12.10
Do livro...
"Eu preciso de
Uma suave mão para minha mão,
Um braço abraço para meu corpo,
Um rosto para meu sonho,
Uma terna alma para meu coração tristonho,
Um homem para meu desejo,
Mas, dentro de mim, há não..."
- Autor Desconhecido
Causo
A Onça diz que "toda mulher apaixonada é meio réptil: se arrasta".
Verdade.
Porque quem ama - e é amado em retribuição - não tem a menor necessidade disso, não é?
Fui ofidioglota tantas e tantas vezes!
Uia!
Porque até em ser há que se ter liberdade, não acham?
Foto: VMoratelli
Passando para exercer o livre direito do exercício do pensamento e da escrita no blog. Porque até em ser há que se ter liberdade, não acham? Ou principalmente em ser e saber-se você mesmo em suas manifestações civilizadas. Just be. Adoro essa expressão.
Então, cá entre nós, estou gastando meu tempo vivendo um pouquinho. Outside. Festa da Firma na quarta-feira; Festa da Diretoria na sexta-feira; Festa dos Amigos Unidos no sábado e no domingo uma participação num lindo musical de Natal. After session, fomos nos despedir de um casal de amigos que está se mudando para outro estado. Pensei que a medida que a gente vai ficando mais velho, muito mais vezes você vai tendo que lidar com essa coisa chamada despedida. Nunca é simples, no entanto. Principalmente quando há afeto envolvido.
Resumo etílico das festas? 3 taças de espumante, 2 caipirinhas de Absolut e um taça de vinho. Sim, nas três juntas e não em cada uma delas. Cuidado com a pele, o corpo e a capacidade das sinapses :)
Faz calor no Rio. Chove no fim do dia. Sobe vapor na selva de pedra. Saara is near.
Estou lendo três livros ao mesmo tempo. Ô coisinha complicada. Mas está rolando bem, cada um com a sua profilaxia, seu propósito e sua loucurinha:
- Amar Pode Dar Certo - de Roberto Shinyashiki;
- O Sucesso é Ser Feliz - de Roberto Shinyashiki;
- A Cama na Rede - de Regina Navarro Lins
Os dois primeiros são motivacionais e até bem interessantes, porque não são como "receitas de bolo para uma vida com sorriso de Prozac". Mamãe andou vasculhando a estante de auto-ajuda da livraria e me trouxe vários exemplares desse tipo. Foi fofa.
O terceiro é coisa do trabalho, mas está me dando um panorama interessante sobre o que o brasileiro anda pensando e agindo em relação ao sexo nesses tempos. O conceito sexual muda, como mudamos todos nós em relação à vida, à sociedade, à modernidade e nosso tempo. Não falo de mudanças de parceiros ou posições sexuais, mas do pensamento que leva à prática. Desejos e postura não para o outro, mas diante do outro; não na cama, mas em face dela. Venho lendo no coletivo, na volta para casa. E isso, em si, já é uma experiência antropológica - digamos assim (ainda bem que não antropofágica! hehehe).
Foto: Onça
Sem tempo, sem tempo, sem tempo. Fim de ano chegando e a contagem nunca esteve tão regressiva.
As fotos que ilustram o post de hoje são de autoria 1) Valmir Moratelli 2) Onça. Na primeira estamos, eu e o autor, em SP comemorando "O Ano do Pensamento Mágico" das nossas vidas. Na segunda, a loira "Gorda" e a Onça comigo na festinha dos Amigos Unidos. Clima de fim de ano, minha gente. Ambas as fotografias eu chamaria de "a arte de se auto-fotografar com quem se gosta".
Tin tin!
11.12.10
Essa foto foi feita em um dia muito especial, num lugar especial e por alguém que amo muito: minha Ruivinha. Faltam poucos dias para acabar o ano. Já comecei a entrar no clima de contagem regressiva. Espero bons ventos em 2011. Faço a aposta plantando a semente da esperança e esperando em Deus. Queria colocar uma foto minha, porque tem muito tempo que não faço uma foto que eu goste. Tem tempo que só o que compartilho de pessoal são minhas palavras e coração.
Termino essa semana frenética mandando beijos para vocês que me acompanham de longe e de perto: smacks!
9.12.10
7.12.10
Senhor Jabulani
Acho que foi na sexta-feira.... Estava na porta de um shopping esperando uma amiga para almoçar. Dei de cara com o Cid Moreira, que ia comer com outros amigos meus. Ele parado ali e eu dando beijinho nos meus amigos. Fiquei reparando a pessoa: todo de jeans, camisa para fora da calça, tênis e aquele inconfudível cabelo branco, branquinho, disfarçados por óculos escuros fininhos, do tipo playboy.
Eu fiquei olhando o Cid ali na minha frente e pensando:
- Tem como olhar esse cara e não pensar em algo do tipo: "Jabulaaaaaaaaaaaaaniiiii!"
Essa palavra esdrúxula está intimamente ligada ao Cid Moreira!
Não tem jeito.
Eu fiquei olhando o Cid ali na minha frente e pensando:
- Tem como olhar esse cara e não pensar em algo do tipo: "Jabulaaaaaaaaaaaaaniiiii!"
Essa palavra esdrúxula está intimamente ligada ao Cid Moreira!
Não tem jeito.
Meu Coral
Eu me amarro nessa foto de verdade e "de com força", como eu falava quando era pequena. Olho cada detalhe dela - desde enquadramento, estética, luz, expressão. Gosto ainda mais porque fui eu que fiz, né? Registrou e representou um momento. E foi num momento, sem preparo. Fui lá e flash. Devia estar com um olho bom para a vida.
Essa foto está ai hoje porque não tenho certeza se falei para vocês que eu estou participando de um coral. Minha evolução musical passa pelo canto coral desde muito cedo. Assim moldei ouvido e voz, eu creio. Mas estava afastada há algum - bom - tempo. Não só do coral, mas também da música, da arte de cantar com um propósito.
Só que há poucas semanas, esse maestro que ai está sentado na foto, o Cid Caldas, me chamou para fazer parte desse grupo que vai apresentar canções tradicionais dessa época do ano (não é esse coral da foto, é outro, que vira família e só fera que canta que nem anjo). No repertório sim, tem "Noite de Paz", por exemplo. Mas as músicas antigas estão com uma "roupagem" moderna, a ponto de se tornarem o "novo conhecido".
Cantar me faz muito bem. Estou voltando do ensaio tarde da noite, no meio da semana, mas feliz da vida. A música ocupa espaços ocos e reverbera o nosso interior, provocando novas acomodações. Então, o Natal que sempre me é deprimente (achava falso, comercial e cheio de gente faltosa - sabe quando você lembra de quem já partiu?) e que esse ano, sem meu Pai, poderia se tornar algo com o significado do avesso, acabou por se tornar uma experiência intensa e suave. Nessa medida estranha mesmo.
Sensibilidade do maestro, que me acaricia com um convite à música.
6.12.10
Pensamento
- Acho que já ouvi essa frase antes. - Ela pensou, divagando. - Pode ser... Dentro de mim cabem muitas filosofias, algumas ideologias e uma só fé. - Ela concluiu meio contente por ter matado uma charada. Melhor, por ter acalmado o pensamento.
News
Lembra que eu contei aqui que eu fiquei com a marca do vestido por fazer uma matéria na praia? Pois então! Ai está o video que ajudei a realizar e AQUI você encontra as fotos e a entrevista. A Michelle e a Giselle são duas meninas sensacionais e que têm o maior astral. Essa pauta foi muito divertida. Muito.
Amiga minha perguntou:
- E você não é repórter do tipo Gloria Maria?
- Oi?
- Você não experimentou andar na corda bamba?
- Até sou. Mas não fui...
Explico: eu estava de vestido. A assessora também e tentou. No primeiro desequilíbrio, ela deixou o biquíni todo de fora. A pessoa aqui estava com a calça da vovó! hahahaha
"Hello Mommy?!" - Como diria Hugh Grant...
5.12.10
Filho do Hamas
Acabei de ler um livro que julgo bem interessante chamado "Filho do Hamas" - Um relato impressionante sobre terrorismo, traição, intrigas políticas e escolhas impensáveis. Isto é, vamos com calma, bem interessante para quem acha que o que acontece no Oriente Médio tem alguma relevância. Amiga minha diz que aquela é uma zona escura para ela, portanto, o livro sobre o qual eu vou falar passaria em branco. Eu, no entanto, acho que a narrativa do jovem Palestino Mosab Hassan Yousef é muito maior que apenas uma pincelada de história. Ou um acerto de contas com a História Geopolítica recente da região.
Mosab é o filho mais velho de um dos fundadores do Hamas e, por isso, viveu os bastidores do grupo fundamentalista islâmico e testemunhou as manobras políticas e militares que contribuíram para acirrar a sangrenta disputa no Oriente Médio.
"Filho do Hamas" é o relato impressionante do caminho inesperado que Mosab resolve seguir ao questionar o sentido de um conflito que só traz sofrimento para os inocentes, sejam eles palestinos ou israelenses. Ele faz uma contextualização de termos que a gente ouve falar - ANP, Fatah, Jihad Islâmica, Intifada, OLP - mas que nunca se dá conta do que realmente é, além de nos convidar para voltar na História para a origem do conflito entre Israelenses e Palestinos.
No livro, ele revela como se tornou espião do Shin Bet (o serviço secreto israelense), narra passagens da vida dupla que levou durante dez anos e fala das escolhas arriscadas que fez para conter a violência de uma das organizações terroristas mais perigosas do mundo. Esta é também uma história de transformação pessoal, uma jornada de redescoberta espiritual e de escolhas e renúncias que transformam vidas.
A obra tem uma inspiração espiritual sim, mas é muito mais uma história de vida; uma análise sobre equívocos dessa guerra que parece sem fim; uma luz sobre costumes e perpetuação de hábitos que levam a escolhas erradas; um relato da coragem de olhar além e decidir ser diferente; um alerta sobre o que acontece por trás da política, das grades de um sistema, da formação de um povo, do interesses que se sobrepõem ao bem comum, do ódio que nasce nas entrelinhas, de vida e morte. E mais: me impressionei com os costumes e devoção da religião islâmica, que passei a respeitar mais, como algo que já não me parece estranho, por ser totalmente desconhecido.
O mais legal: o livro é da minha Mãe, que me saiu uma grande conhecedora da história dos conflitos naquela região. Minha Mãe não é judia, mas ela ama Israel. Não a posição política, mas o lugar e seus costumes.
4.12.10
Frase e Pensamento
As frases que eu coloco aqui surgem, quase sempre, em um piscar de "olhos". Ou melhor, num tempo de uma sinapse. Quero dizer que não são construídas na cadeia de um longo pensamento, mas na beleza de um instante. Quase sempre o mesmo ocorre com as poesias, que "desaguam" na tela ou no papel, como um jorro de sentidos e sentimentos.
Ontem, por exemplo, ao responder a um comentário colocado aqui, fiz nascer mais uma frase. Eu ia deixá-la escondida no meios das pedaladas, para que seu destinatário ou os desbravadores - que são muito bem vindos -, tivessem acesso a ela. Contudo, me apego a certas criações.
Se aqui não escrevo, corro o sério e muito real risco de deixar cair no esquecimento. Se um dia o "Senhor Blogger" apagar meus textos, estou perdida! Registro tudo aqui, já que os vírus de estimação que a minha Mãe cultiva na máquina sistematicamente nos obrigam a formatações assassinas de letras.
Eis a frase, então, para registro:
Ontem, por exemplo, ao responder a um comentário colocado aqui, fiz nascer mais uma frase. Eu ia deixá-la escondida no meios das pedaladas, para que seu destinatário ou os desbravadores - que são muito bem vindos -, tivessem acesso a ela. Contudo, me apego a certas criações.
Se aqui não escrevo, corro o sério e muito real risco de deixar cair no esquecimento. Se um dia o "Senhor Blogger" apagar meus textos, estou perdida! Registro tudo aqui, já que os vírus de estimação que a minha Mãe cultiva na máquina sistematicamente nos obrigam a formatações assassinas de letras.
Eis a frase, então, para registro:
"Quando você escreve, me faz pensar.
Se quando eu escrevo,
te faço sonhar na mesma intensidade,
então,
estamos empatados!"
- Bia Amorim
Frase
"Até gosto de amor platônico -
faz parte dessa natureza romântica orgânica,
que eu tento dominar/adestrar/controlar -,
mas confesso, no entanto, que prefiro o amor "plutônico":
pura sinergia"
- Bia Amorim
- E quem não prefere?
BM e o "causo" da Malhada
A BrunaM disse que lê o BibideBicicleta todos os dias.
:))))) (cara de muito feliz)
Ih, hoje eu não escrevi nada...
:§ (cara tensa)
Será que ele vai voltar assim mesmo?
;) (cara de charminho)
***
Gente, hoje fez um sol no RiodeJaneiro.
Vou contar uma coisa para vocês...
Delouko!
Fui à praia.
E a galera pode pensar:
\\\\\00000//////
Que nada!
Era trabalho, longe do mar (nem a beirinha eu vi), perto do calçadão (fumegante).
Resultado?
Eu não fui bem à praia, mas ela veio toda em mim (reparem, não a mim, em mim mesmo).
Além do pé cheio de areia dentro da sandália (que tive que lavar na pia do banheiro do escritório - meu chefe prefere que eu não conte essas coisas a ele. Ele diz que eu tenho que ser mulher que toma proseco e usa água termal hahahahahaha), ainda fiquei com o bronzeado do vestido.
Muito prazer! Meu nome é "Malhada", sou prima da "Mimosa"!
(PS: Preferia ser a "Molhada", prima da "Gostosa", mas enfim, desce o pano!)
2.12.10
Pureza d'alma a isso eu chamaria
Conversando...
- Você acha que eu me torno menos misteriosa por - mesmo que aparentemente - me revelar tanto aqui no BibideBicicleta?
- Não. Acho que você se torna ainda mais bonita. É como uma rosa: se abrindo, revela ainda mais beleza, sem nunca perder o perfume.
Meu Deus, como é bom ter gente que te ama e te entende. Melhor, como é maravilhoso ter quem te oferte de presente um pouco de sensibilidade gratuita e elogios generosos vindos do coração. Pureza d'alma a isso eu chamaria.
- O que vocês acham: sou menos misteriosa?
Frase
Foto: Elena Corrêa
"Meu coração é parte da minha razão também,
mas as vezes ele precisa gritar para eu ouvir.
Vários decibéis acima da minha emoção,
que sistematicamente me transborda.
E desagua amiúde"
- Bia Amorim
Poesia
Esperança: espera!
Espera e alcança
Esperança seja como criança
Que não se cansa de sonhar
Esperança: espera!
Espera e permanece
Esperança não se esquece
Que só alcança
Quem não se cansa de esperar
- Bia Amorim
Coisas do Cotidiano
Hoje fui fazer o Moda de Rua em um shopping da zona norte carioca. Impressionante como é bem mais difícil convencer as pessoas a se deixarem fotografar. Todo mundo é muito mais arisco e desconfiado. O desafio é num grau...
Pois bem. Vi um cara boa pinta olhando para uma vitrine. Eu, focada em encontrar um estiloso para registrar para as lentes do iG, não reparo em mais nada ao redor.
Eu me aproximo com cuidado na abordagem, porque isso é fundamental, pode assustar alguém. Vou desenvolvendo técnicas. Muitas vezes parece aquelas pessoas que vão fazer pesquisa e todo mundo acha um saco.
Portando o meu melhor sorriso, eu me aproximei do cara. Alto, ombros largos, em forma, cabelos grisalhos e óculos de grau na moda. Sempre mostro logo o bloquinho, para não parecer cantada, embora eu tenha e muito que me exercitar mais nessa arte.
- Oi. Sou repórter e estou fazendo uma matéria sobre as pessoas mais estilosas que estão passeando por aqui hoje.
- É? (desconfiado)
- Pois é, te achei estiloso, interessante. Você se importa de fazer uma foto para o site?
- Eu? Estiloso?
- Claro.
- Você me abordou no lugar certo! (disse rindo) Estamos em frente ao uma ótica, acho que você precisa de óculos! (disse absurdamente sem graça).
- Que bom que você é espirituoso. Deixa a situação menos tensa!
- Ganhei o dia por você me chamar de estilo e interessante.
Gente! Como eu me divirto em pautas assim! Essas pessoas fazem o dia render positivamente. O cara era médico, 57 anos, estava passeando no shopping para fazer hora para uma "Happy Hour" e fugir do calor (a foto vocês podem curtir quando a matéria for para o ar). Hoje o Rio estava a sucursal do Saara.
Ele foi super elegante comigo, diferentemente de muitos que nem olham na sua cara e dizem "não" ou "estou com pressa" entre os dentes. Não os culpo. Tenho paciência e compreendo que nem todo mundo está disposto a entender o trabalho da imprensa. Ou gostar. E então surge essa "gente bronzeada para mostrar seu valor". E vira uma história do cotidiano.
Ele usava óculos. Será que eu preciso? Acho que não... hahahahaha Meu olhar é estritamente profissional, sabe? Mas olhar não tira pedaço, não é verdade? hahahaha
Assinar:
Postagens (Atom)