25.12.10

Quando eu tinha 11 anos...



2011 chegando...


Quando eu tinha 11 anos...


Lembro de mudar a minha vida numa revolução de hábitos e costumes. Saí do primário e fui para o ginásio. A professora jamais poderia ser chamado outra vez de tia e um descuido seria um vacilo fenomenal. Aliás, eu não tinha mais apenas uma tia, passei a ter várias professoras. E professores também, o que era uma tremenda novidade. Intervalo entre as aulas: delícia!


Foi um ano especialmente espetacular porque muita coisa de interessante aconteceu. Fatos que de certa forma alteraram o rumo da minha vida. Ou melhor, deram rumo.


Foi a primeira grande peça de teatro que participei como protagonista. Tinha figurino, foi bem engraçado. Apresentei o texto: "A Estranha Passageira", de Stanislaw Ponte Preta. Lembro de ter colocado travesseiros na barriga e na bunda para ficar uma gorda de respeito. Um vestido de elástico e peruca. A turma rolou de rir. Tivemos que reapresentar umas quatro vezes seguidas.


Voltei para casa vestida como A Estranha Passageira e na rua foi a maior curtição quando eu cheguei. Sempre tive muitos amigos à minha volta. Isso é interessante lembrar.


Com 11 anos também teve a feira do livro na minha escola. O autor da nossa turma foi o Pedro Bloch. E como já contei aqui, foi ele que me fez decidir por ser jornalista. Foi um desses encontros definitivos. E por mais que a vida hoje me aproxime mais do segundo ofício dele - ele era fonoaudiólogo - não me arrependo de começar as letras através do jornalismo. Uma coisa não precisa rejeitar a outra.


Por isso gosto desse esquema de escola "construtivista". Minhas melhores lembranças sempre passam pela sala de aula. Curioso isso. Não todas, mas muitas e muitas. E tenho a escola como referência do passar do tempo infantil.


Com 11 anos eu já tinha dado o primeiro beijo. Mas foi com 11 anos que eu ganhei a primeira Barbie. E percebi, chocada, que mesmo tendo sonhado durante anos com essa boneca, algo em mim já refutava a ideia de brincar de boneca. Eu estava crescendo e não compreendi...


Com 11 anos eu fui à Disney. E talvez ali eu tenha me tornado a maior amante de montanhas russas num raio de... De um looping imaginário.


Que 2011 me faça reviver em ações essa pureza que emanava do meu mundo e essa certeza de que tudo sempre vale a pena e que há de ser melhor de quando eu tinha 11 anos... 

Um comentário:

Anônimo disse...

rsrs, aos onze anos entrei no teatro, já tinha dado o meu primeiro beijo...e não, não ganhei uma boneca.
já havia decidido o que queria... (e não segui diretamente, mas estou lado a lado...correndo em volta do que quero, que é a mesma coisa desde os 7 anos...)
e o que voce me faz pensar muito é que eu trabalho com um cara (genial por sinal) que começou a vida como jornalista ( se tornou um fantástico) e agora trabalha com letras espetacularmente...
Não sei, mas já falei que sua vida entrelaça com a minha de uma maneira assustadoramente gostosa?

Por sinal, Bia, jamais abandonaria seu blog e seu dom ( e que dom!), só uma despedida de um ano que passou, alegremente? e fica a esperança de um ano novo surpreendente. (porque as surpresas são mais gostosas...dependendo delas claro!)

então, feliz ano novo!

Anonimous (haver com um algum deus grego que nunca existiu..rsrs)