30.3.11

Fora de Mim



Nem sempre é de cara que a gente aprecia uma obra. Eu amo a Martha Medeiros e isso não é segredo, mas, ineditamente, "Fora de Mim" me pareceu um livro muito difícil. A linguagem é facílima e me fez imaginar: "meu Deus, por que ninguém pensou nisso antes? Um tempo que sempre esteve quicando na vida de todo mundo e qualquer um: a dor de um amor perdido". Coisas de Martha, que fala de sentimentos de forma a descomplicar o que nos parece impossível...


O caso é que quando eu comprei esse livro, numa daquelas extraordinárias mensagens do inconsciente, eu estava fora de mim. E o que poderia me trazer luz, trouxe repulsa. Graças a Deus ela foi temporária e pude entender a grandeza dos ensinamentos contidos nesse pequeno diário de lavar a alma, ou purgar a dor. Livro difícil de ser resenhado. Então separei um trecho que me tocou demais e explicou muito também:

É a pior morte, a do amor. Porque a morte de uma pessoa é o fim estabilizado, é o retorno para o nada, uma definição que ninguém questiona. A morte de um amor, ao contrário, é viva. O rompimento mantém todos respirando: eu, você, a dor, a saudade, a mágoa, o desprezo – tudo segue. E ao mesmo tempo não existe mais o que existia antes. É uma morte experimental: um ensaio para você saber o que significa a morte, mesmo estando vivo, já que quando morrermos de fato, não saberemos.” Página 50

12 comentários:

Leopoldo E. Arnold disse...

A Martha é mesmo deliciosa, porque escreve de uma forma tão suave e simples que a leitura desliza no tempo... E quando a gente vê acabou o livro. Eu a leio, ainda, todos os finais de semana no jornal Zero Hora, aqui no RS. Grande beijo, Bibi!

Anônimo disse...

O amor é uma coisa que desperta diversas sensaçõens; mas pode ser apenas uma impressão: mas o amor perdido o torna mais criativo, a vida se torna mais intensa, a gente VIVE com todas as palavras. tira da nossa zona de conforto e crescemos, rumo a algo completamente desconhecido e novo.

Nunca li nada de Martha Medeiros, mas ficou um gostinho de "vou ler".

Um beijo.

Anonimous

Bibi disse...

Anonimous: queria tanto saber quem você é... Por que vc se esconde?

Leopoldo: compro sempre os livros com mas suas crônicas :)

Anônimo disse...

Eu sou o anonimous. :D
Agora, se voce quer saber quem me inventou, eu desapareceria, gostaria disso? :P

Anonimous

Bibi disse...

Anonimous, por que isso? Mas que pressão. É quase um arma na cabeça: ou dá ou desce...

Anônimo disse...

rsrs, minha personalidade, minha criatividade, vem de mim: anonimous.
Assim como os tantos heteronimos de fernando pessoa (o importante são as caracteristicas deles, não de fernando!)
Confesso, eu como fernando (diferente de fernando ele próprio), não tenho sal nem açucar. Não importa.
:D

Bibi disse...

Mas isso vc revela: sua personalidade e sua criatividade. Acho muito complicado dialogar com um estranho que parece me conhecer. Na verdade, acho meio assustador, se ficar pensando muito no assunto. Se não importasse, eu realmente não estaria dando "importância" e deixaria passar batido.

Anônimo disse...

Confesso, acho que voce é mais estranho para mim, do que eu para voce. se insiste em saber, se acha assim importante, não me importo em falar, mas provavelmente não voltaria a escrever Tão a vontade...
me sinto em casa.
:D
Anonimous

Bibi disse...

mas o problema sou eu saber ou são todos saberem?

Anônimo disse...

todos? não, escrevo para voce.
*estou contra a parede?

Bibi disse...

è que vc escreve para mim, mas todo mundo pode ler. Então queria saber se o problema em se revelar era comigo ou em relação aos outros olhos.
Parede? Existem paredem no mundo virtual? Na blogosfera você sempre está onde deseja estar. Não sou eu, portanto, que posso te segurar aqui, mas a sua vontade em estar e fazer parte disso aqui. O meu desejo sincero é saber com quem eu falo, quem me lê, para quem respondo as questões que me são postas. Não é uma questão de pressão, mas de confiança, do desenvolvimento de algo genuino e não oculto, entre sombras e disfarces.

Anônimo disse...

Contarei uma história, simples, mas história. se chama: o dia em que nasceu anonimous. :P
Eu queria te escrever um elogio, algo sincero, mas eu escrevia e apagava, escrevia e apagava, escrevia e apagava, depois de sucessivas vezes,escrevi algo que me agradasse, mas que se eu colocasse assinando um nome conhecido ou algo do tipo, seria para voce algo como "ah! valeu" sincero, mas não suficiente. Vi, então que de vez um "ah! valeu" voce curtiu, gostou, comentou. ME deu força para comentar mais e mais... e voce foi alimentando... e cresceu e dependi completamente do anonimous para me sentir a vontade, falar bem e criticar tb (apesar que não lembro quando te critiquei), mas é algo mais sincero do que : BIA ! adorei teu texto! assinado: irmã (Sei que nao tem irma, foi um exemplo).
é carapuça, mascara! mas quem é que não usa uma? A diferença é que a minha mascara é declarada.

BIA! Teus textos são F$#%!

Anonimous