23.3.11

Se joga e acredita que é sucesso - III

(parte 1)
(parte 2)


(Continuação)

Saí do hotel da "mão preta na fronha" meio tensa, porque até aquele momento eu sequer poderia supor quais seriam as cenas dos próximos capítulos. Afinal, esse era o script desde a nossa partida no aeroporto. Entramos na VAN mais uma vez e eu já estava até me acostumando com a ideia de badalar pela estrada dentro de um coletiVAN e achar que ali era meu porto-seguro. Uia.

Menos de 100 metros à frente os portões se abrem. E um novo mundo se descortina pela janela da VAN. Canapés, coquetel e refrigerante me esperam na recepção. A fome urrava, mas aquela voz no meu subconsciente me alertava: "vá com calma, você é fashion...". Mesmo chegando na VAN. Descobri que eu iria dividir meu quarto com a Ana Paula e a Talita ficaria com uma jornalista de São Paulo, que a gente ainda não havia encontrado. "Dei sorte", pensei, "pelo menos vou dividir quarto (e banheiro) com alguém que eu conheço a muito mais tempo. O que? Uns 10 minutos a mais (hohoho)".

Deixamos as malas para serem levadas e fomos almoçar. Comecei a ficar enebriada com a decoração tropical. Mal podia esperar para ver o mar. Entramos num living escuro, que de repente te dava uma lufada de luz vinda da orla. Eu, fazendo a chique com um óculos que cobria praticamente o meu rosto, fiquei encantada com aquela "chiqueza" toda e não vi uma mesinha de centro escura, da cor do chão. Só senti a porrada no joelho (desculpa, topada seria pouco para expressar o que foi)... TUM! Antes de ver estrelas e passarinhos rodando pela minha cabeça, senti que ia voar para cima da mesinha e cair deitada em cima dela. Ao lado, um sofá salvador. Fiz o S do Senna naquela curva de corpo, praticamente um duplo twist carpado, e cai sentada no sofá. Cruzei as pernas, porque a gente perde as pregas, mas nunca a pose, e mordi o lábio inferior fazendo um aiiiiiiiiiiiii interno. Só saiu um ãnh. Olhei para cima e fiquei balançando a perninha. Todo mundo veio me ver.

- Machucou?
- ih (a minha voz saia fina que nem cano de água furado. Falar não era ter que articular muito mais do que eu podia naquele momento).
- Claro que machucou, né?
- Não muito (falei, tentando manter a pose).
- Você é das minhas, antes de sair de casa, perdi a cabeça do dedo numa topada na porta.

Aquilo me consolou. Não a dor da menina, mas o fato de eu "ser das dela". Levantei com meu pivô e lembrei da frase: "se joga e acredita que é sucesso". Veio o ânimo e fui meio mancando, meio desfilando pelo corredor. Afinal: o almoço me esperava logo ali na frente.

(essa história continua amanhã)

4 comentários:

Saulo disse...

A foto ilustra bem o "teor" do evento!! rsrsrsr

Bibi disse...

Nem revelei ainda! Deixei para a parte final! hehehe

Anônimo disse...

é minissérie não! é novela. NAO ESQUECE O CAPITULO FINAL...

Anonimous

Bibi disse...

Tá ficando bom? Nem tenho un gran finale, infelizmente hahahahaha