28.8.13

Eu & Ela 'no passinho do canguru' - Missão: Chile

Quando cheguei ao Chile, escrevi de lá:


"Chegamos ao Chile. As cordilheiras estão branquinhas, emoldurando a paisagem. Pela manhã, zero grau, mas com um sol lindo de viver. E estamos vivendo. Tudo é paz. Meus casacos estão segurando bravamente a temperatura".

Chi chi chi le le le. Era aquele frio de doer. Sentimos a primeira lufada de ar, assim que a porta automática do aeroportou abriu. Voltei para o quentinho de dentro para pegar mais um casaco e fomos em passinhos rápidos para dentro do ônibus. Sim, eu estava em uma excursão, na qual eu era 'mascote'. Então você já pode imaginar a faixa etária da galera (rs). Não me perturba, na realidade, adoro. Há uma troca intensa entre as partes e, no geral, há muito mais sabedoria e altruísmo nos cabelos brancos.

Uma das companheiras ficou retida no aeroporto. Ela trazia consigo frutas e a entrada delas é proibida no país. Para quem viaja e tem o hábito de levar frutinhas, tem que ficar atento. Mas acho que foi ousadia de passageiro, porque há avisos em vários lugares desde que você desembarca do avião. O guia explicou que as condições no Chile são bem difíceis. De um lado há a Cordilheira dos Andes e do outro, o oceano Pacífico. De modo que na pequena faixa de terra, que nem é assim tão fértil, a produção é protegida com unhas e dentes, porque qualquer tipo de praga pode colocar em risco TODA a produção de um país. 

Não é a primeira vez que visito o Chile. Fez 20 anos que estive lá e reconheci muitos pontos. Com outros, me deslumbrei. Na estreia, fiquei na região do Centro, mas dessa vez nos hospedamos no bairro chique, Providência. Um lugar muito gostoso. Pudemos andar pelas ruas em direção ao shopping Costaneira, que tem seis andares , mais de 300 lojas - considerado, não sei se é verdade, o maior da América Latina. Todas as grifes e restaurantes internacionais badaladinhos marcam ponto lá. 

Passei o Dia dos Pais no Chile. O curioso é que lá estavam comemorando o Dia das Crianças. E eu chamava meu pai de 'garoto'. Bela homenagem. Curioso ver o tal shopping TODO enfeitado, com os lojistas fantasiados com personagens infantis, os restaurantes distribuindo balões. Uma festa colorida. Comi no Taco Bell - que não experimentava desde 2002 - e tomei sorvete no Freddo, que achava que só tinha em Buenos Aires. O carro-chefe, sorvete de doce de leite, de morrer comendo!

Por falar de morrer... Minha Mãe visitou o Vale Nevado e viu neve pela primeira vez. Ao saltar da van, os flocos começaram a cair do céu. Ela:  "Ai meu Deus, já posso morrer! Vi a neve!". Os companheiros de viagem: "Ah, não vai morrer não, que dá muito trabalho transladar o corpo". (mas, heim!?, rs). A neve é mesmo uma coisa muito linda e lúdica. A gente já sentia a emoção ao olhar da cidade cinza as montanhas com as pontas tão branquinhas. Coisa das telas... 

Entramos no metrô, caminhamos pelo centro histórico, conhecemos cidades tão distintas de Santiago, como Valparaíso e Viña del Mar. Visitamos uma vinícola e tivemos um almoço incrível em meio aos tonéis. Me senti na Itália. Para degustação no almoço, depois da degustação oficial, serviram Frisante. Eu, que já gosto de coisas docinhas, adorei. Passamos pela casa de Pablo Neruda, que esconde muitas histórias sob a parede... O único ponto dissonante foi o almoço no Mercado Central. Santiago é conhecida por seus pescados, mariscos. Não sou fã de frutos do mar, então, apostei num peixinho grelhado com purê, que me saiu o equivalente a 53 reais. Achei caríssimo, porque a quantidade nem era farta. Não tomei vinho e sim, coca zero. Mas vale um mergulho naquilo que é típico, certo?

Frio. Frio. Frio. Na porta do hotel, um cachorro fazia a guarda. Ele não é de 'ninguém', mas ama ficar ali. Virou atração e é alimentado pelo hotel. Ganhou um casaquinho para aguentar as baixas temperaturas. Já tentaram adotar ele, mas não deu certo. Ele sempre voltava para 'casa'. O nome dele? 'Some'.













ps: Vou aprender a juntar as fotos para colocar uma seleção aqui.

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